sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Bento XVI abre o Ano da Fé neste mês de outubro

 
A Igreja Católica celebrará o Ano da Fé, no período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, convocado pelo Papa Bento XVI, através da carta apostólica Porta Fidei. As duas datas, a do início e a do término, foram escolhidas pelo Santo Padre por terem significado importante na vida e história da Igreja: 11 de outubro, data do aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II; e 24 de novembro, solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

O propósito do Papa com o Ano da Fé é fazer com que "todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, um rumo decisivo". Nesse sentido, o Papa entende que a fé vai ser reencontrada na sua integridade e em todo o seu esplendor "no encontro com Jesus Cristo ressuscitado". "Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar", diz Bento XVI, na carta apostólica.
A abertura do Ano
Na introdução da carta de convocação, o Papa cita dois eventos de grata satisfação e que marcaram a "face da Igreja" na data escolhida para a abertura do Ano da Fé: "o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecida à Igreja pelo beato João Paulo II". Sobre o Concílio, Bento XVI lembra o desejo do Papa João XXIII, ao convocar o conclave eclesial: "transmitir pura e integra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios".

O papa diz que, no entendimento de João XXIII, o Concílio deveria se empenhar para que "esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo". Bento XVI lembra que, neste sentido, continua sendo de importância decisiva a o início da constituição dogmática Lumen Gentium: "A luz dos povos é Cristo: por isto, este sagrado concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura".

Sobre o Catecismo da Igreja Católica, a carta apostólica Porta Fidei diz que "de um lado, é verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II e, de outro, pretende favorecer a sua assimilação". Os bispos, no Sínodo Extraordinário de 1985, por ocasião dos 20 anos do Concílio, convocado com o propósito de avaliar a sua assimilação, sugeriram que fosse preparado este Catecismo. O objetivo foi "oferecer ao Povo de Deus um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais".

A carta afirma que "o Catecismo compreende as coisas velhas, porque a fé e sempre a mesma, e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas". Para responder a estas duas exigências, o Catecismo da Igreja Católica, por um lado, retoma a 'antiga ordem', a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, retomando o conteúdo em quatro partes: "o Credo; a Sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e, por fim, a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com frequência exposto de modo 'novo', para responder às interrogações de nossa época", diz a Carta Apostólica.
Indicações para o Ano da Fé
A proposta do Papa para a celebração do Ano da Fé tem três indicações: a primeira, em nível de Igreja Universal, ou seja: "O principal evento eclesial no começo do Ano da Fé será a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos", convocada por Bento XVI para este mês de outubro de 2012. A assembleia vai se dedicar ao estudo da Nova Evangelização para a transmissão da fé.

No dia 11, já durante o Sínodo, acontecerá a celebração solene que marcará a inauguração do Ano da Fé. Ao mesmo tempo, será feita memória ao 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II.

A carta apostólica Porta Fidei recomenda que, no Ano da Fé, sejam realizadas romarias dos fiéis à Sé de Pedro para, ali, professarem a fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Outra proposta é realizar romarias à Terra Santa, lugar que viu a presença de Jesus, o Salvador, e a Mãe, Maria. O Papa pede que os fiéis também dediquem um especial devoção à figura de Maria.

Para os jovens, é indicada a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de janeiro, em 2013, como "uma ocasião privilegiada para experimentar a alegria que provém da fé no Senhor Jesus e a comunhão com o Santo Padre", diz a carta apostólica.

Congressos, simpósios e encontros de grande porte, em nível internacional, também são recomendados. O objetivo é favorecer o encontro com autênticos testemunhos da fé e o reconhecimento ao conteúdo da doutrina católica. Várias outras iniciativas são recomendadas, ainda em nível internacional.

Em nível de conferências episcopais, o papa recomenda que sejam realizadas jornadas de estudos sobre o tema da fé, do seu testemunho e da sua transmissão às novas gerações. Sugere, ainda, a publicação de documentos do Concílio Vaticano II, do Catecismo da Igreja e do seu compêndio, inclusive em edições de bolso. Propõe, ainda, que se dê conhecimento dos Santos e beatos, porque eles são "as autênticas testemunhas da fé".

A terceira indicação para celebrar o Ano da Fé é em nível diocesano. Na carta apostólica, o Papa propõe "uma celebração de abertura do ano da fé e uma solene conclusão do mesmo nível de cada Igreja particular". Na Arquidiocese de Natal, existem os Protomártires do Brasil, beatificados no ano de 2000. Como o Papa propõe que "se dê conhecimento dos Santos e Beatos", olhar o testemunho dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu seria uma boa indicação, em nível local.

Outras iniciativas deverão ser realizadas. A paróquia de Santana e São Joaquim, de São José de Mipibu, realizará uma atividade como parte celebrativa do Ano da Fé. "Vamos realizar o Congresso Eucarístico Paroquial, de 21 a 28 deste mês de outubro", informa o pároco, Padre Matias Soares. O Congresso também será uma forma de comemorar os 250 anos da paróquia.
( Fonte: Arquidiocese de Natal)

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