Os grupos, movimentos e pastorais da Igreja Católica fazem a festa junina no Centro Pastoral Monsenhor Antônio Barros. Todos unidos e um só projeto. É o Arraiá paroquial numa demonstração de organização e competência dos nossos Padres. Padre Matias e o Padre Lenilson são duas grandes lideranças da Igreja Católica que conseguem transmitir a linguagem da comunhão e participação a partir do testemunho.(Carlos)
sábado, 22 de junho de 2013
Missão e Compromisso
Somos inseridos em Cristo pelo batismo o que exige de nossa parte compromisso com a causa do Reino de Deus. Se colocar do lado da fraternidade, justiça, respeito e da verdade. Essa é a nossa missão como filhos e filhas de Deus. É necessário estar no mundo para ao lado dos mais pobres resgatar a esperança de um mundo mais justo. Ser discípulo de Cristo na visão do Documento de Aparecida significa nutrir da verdade que liberta. Todo batizado tem a missão de anunciar o Evangelho, a boa nova. O que seria boa nova para nós, desse lugar? A boa notícia seria o encontro da justiça com a verdade e da vida com a qualidade.
Algumas pessoas descristianizadas, domesticadas pelo mania do poder, sempre estiveram lá festejando, tentam conciliar o poder com a religião. Não conseguem porque o próprio Cristo diz: "Não podeis servir a dois senhores..." Realmente, como é que a pessoa ajuda a construir o muro da desigualdade e depois sai para rezar? O fiel leigo tem que ter clareza de sua missão no mundo. Deve contribuir para o bem da humanidade.
A espiritualidade do cristão se dá no encontro pessoal com Cristo. A partir daí somos introduzidos na missão. É nessa vida que somos fortalecidos para vivermos em comunhão. O cristão na sociedade é um sinal de uma vida comprometida com o projeto de Deus. Aqui se faz uma distinção. O projeto de Deus não se confunde com o projeto do mundo. O projeto de Deus traz no âmago a defesa da vida. É diferente para quem está a serviço de um rei ou imperador, procura em tudo agradar o seu rei e dizer não para o bem comum. Esse é o caminho mais fácil e fossilizado pelo sistema político. Podemos estar a serviço da pessoa humana de vários modos, no trabalho, na fábrica, na escola e em tantos outros ambientes. Se faz necessário mudarmos as estruturas injustas que prejudicam a convivência da humanidade. As estruturas por si só não são injustas. Os homens, alguns privilegiados são os verdadeiros responsáveis pela construção dessas estruturas injustas.É preciso caminhar noutra direção e nunca dispensar a verdade do seu repertório.
Não podemos nos esquecermos de empregarmos um pouco do nosso tempo para contribuirmos com a formação política da comunidade. Pois, uma comunidade que conhece as razões da pobreza e miséria do mundo saberá se levantar contra o sistema que oprime violentamente a paz do mundo. O desenvolvimento econômico não pode passar despercebido. É um modelo destrutivo que passa por cima daquilo que é natural sem nenhum respeito. Basta olharmos nossas fontes naturais que está explicado. O interesse que predomina é o econômico. Num país desigual a distribuição da renda também é desigual. No Brasil é violentamente desigual.
Numa sociedade desigual, o papel do político é lutar pelo bem comum, fomentar a justa distribuição de renda e dessa forma está contribuindo o bem de todos. E ofertar uma qualificação moral no campo político a partir do exemplo. Assim, a democracia é o caminho que vai possibilitar a construção das bases que sustentarão os sonhos de um mundo melhor a partir dos oprimidos e superando essa condição de oprimido. Estaremos sempre a serviço de um mundo justo e longe dos opressores. (Carlos: Setor I, Centro)
MIPIBU: A FESTA JUNINA
O Brasil inteiro lutando por melhores condições de vida. Por aqui a história é outra é festa. mas não se enganem, é festa para poucos porque a maioria da população vive a mesma história de sempre. O que mais nos preocupa é o desemprego crescente, a violência e a imobilidade dos "movimentos sociais" na cidade. No Brasil, parecia que tudo estava perdido. Mas, o povo saiu às ruas. Que bom, é o próprio povo assumindo a liderança do movimento. Quem tem dívida com esse país é quem nega os direitos fundamentais da pessoa humana. Todo político é visível, não dá para se esconder porque conhecemos suas ações. O verdadeiro político é aquele que participa da luta permanente e está presente nas bases. Um dia a verdadeira festa acontecerá, quando nenhuma família amargar o desemprego e a exclusão. Esse sonho é possível. (Carlos)
sexta-feira, 21 de junho de 2013
O clamor do povo
CNBB faz pronunciamento oficial sobre manifestações populares
CNBB
CNBB
CNBB divulga nota de apoio às manifestações pacíficas e critica os atos de vandalismo
Ouvir o clamor que vem das ruas
Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos.
Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Denunciam a violência contra a juventude. São, ao mesmo tempo, testemunho de que a solução dos problemas por que passam o povo brasileiro só será possível com participação de todos. Fazem, assim, renascer a esperança quando gritam: "O Gigante acordou!"
Numa sociedade em que as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida, a presença do povo nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir. A indiferença e o conformismo levam as pessoas, especialmente os jovens, a desistirem da vida e se constituem em obstáculo à transformação das estruturas que ferem de morte a dignidade humana. As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em "berço esplêndido".
O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito.
Sejam estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de nossos tempos para todos. Que o clamor do povo seja ouvido!
Sobre todos invocamos a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a bênção de Deus, que é justo e santo.
Brasília, 21 de junho de 2013
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário geral da CNBB
(Fonte: Canção Nova)
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Para os políticos que falharam com a democracia: assistindo como se faz um Brasil democrático
Os políticos da classe dominante não fortaleceram a democracia. Na história do Brasil foram uma decepção no campo político e econômico. O povo ressurge numa posição de esperança de um Brasil melhor sem corrupção. Uma coisa nunca vista na história do Brasil, os estudantes, Eles mesmos são os protagonistas nessa história.
MIPIBU E A JUVENTUDE CATÓLICA
A Paróquia de Santana e São Joaquim vem se fortalecendo em todos os setores. Temos assistência por todos os lados. De um lado a comunidade acolhendo a proposta de evangelização com total confiança na Palavra de Deus. Quero aqui ressaltar a dedicação total dos Padres em nossa paróquia. A Paróquia não é mais a mesma. Temos 11 setores missionários em funcionamento. O Padre Matias Soares tem conduzido o Povo de Deus como o Bom Pastor conduz suas ovelhas. As ovelhas conhecem a voz do seu pastor. Em breve anuncio os temas que serão trabalhados na festa dos nossos padroeiros. Estamos caminhando para a formação de uma juventude integrada e fortalecida. Parabéns, Padre Matias! (Carlos, Setor I)
terça-feira, 18 de junho de 2013
Para reflexão
"Que princípios éticos nos poderão orientar para convivermos com um mínimo de paz e de cooperação entre todos os povos"?
(Leonardo Boff)
domingo, 16 de junho de 2013
Reflexão dominical
16 de junho: 11º domingo do tempo comum
AMOR QUE VEM DO PERDÃO
O Evangelho de Lucas é o evangelho da
misericórdia de Deus. Servindo-se das diferenças entre a mulher pecadora
e o fariseu Simão, o evangelista apresenta Jesus como o Deus que perdoa
e ama sem condições.
A mulher, conhecida na cidade como
pecadora, aproxima-se de Jesus. Em silêncio, sem nada exigir,
demonstra-lhe todo o seu amor. As suas lágrimas são um misto de dor e
alegria, pois carregam o sofrimento de quem é vítima da hipocrisia e do
preconceito, mas também a felicidade de sentir-se amada e, por isso,
perdoada pelo Mestre. Reconhecendo-se pecadora, a mulher reconhece o
amor de Jesus, aproxima-se dele e com perfume demonstra-lhe seu amor. Um
verdadeiro caminho de fé e libertação, modelo para todos nós,
seguidores de Jesus.
Já o fariseu, em vez de se considerar
devedor a Deus, necessitado do seu perdão, faz julgamentos sobre Jesus.
Toma distância da pecadora e espera que o Mestre siga sua lógica, que
divide as pessoas em boas e ruins, em pecadoras e santas, em merecedoras
da bênção ou do castigo de Deus. Mas, com a história dos dois devedores
perdoados, Jesus faz o fariseu tomar consciência do rigorismo com que
vivia as relações, bem diferente do amor da mulher que sente necessidade
de agradecer, com gestos concretos, a quem lhe havia perdoado.
A atitude do fariseu mostra que o amor
de gente que se diz religiosa pode por vezes se confundir com uma
relação superficial e legalista para com Deus. O Mestre ensina a acolher
quem está afastado, quem é vítima da hipocrisia e do preconceito, quem
está necessitado de amor. Nossa atitude é a de seguidores de Jesus à
medida que nos sentimos necessitados do perdão de Deus e à medida que
nos sentimos perdoados por um Deus que vai além de toda mesquinhez
desumana.
O amor de nosso Deus é sempre maior, é
infinito. Dele só pode vir o perdão, que gera amor e alegria. Mas o que
carregam hoje nossas lágrimas, e como estamos demonstrando ao Mestre
nosso agradecimento?
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Reunião do Centro Operário
CENTRO
ARTÍSTICO OPERÁRIO
DE
SÃO
JOSÉ DE MIPIBU
Hoje, dia 16 de junho de
2013, realizamos a reunião mensal do Centro Artístico Operário. Compareceram
dez sócios para a discussão da pauta. Na reunião lembramos dos serviços
prestados à sociedade mipibuense por esta entidade. Ainda fazem parte do Centro
Artístico Operário uma ex-professora, Maria dos Prazeres da Silva e Dona Vilma,
ex-aluna. É uma alegria imensa rever o memorial, as lembranças do Centro
Operário que sobrevive com a interação e solidariedade dos sócios.(Carlos)
O ser humano como nó de relações totais
.
Leonardo Boff
O ser humano como nó de relações totais
16/06/2013
Em 1845 Karl Marx escreveu suas famosas 11 teses sobre
Feurbach, publicadas somente em 1888 por Engels. Na sexta tese Marx
afirma algo verdadeiro mas reducionista:”A essência humana é o conjunto
das relações sociais”. Efetivamente não se pode pensar a essência
humana fora das relações sociais. Mas ela é muito mais que isso pois
resulta do conjunto de suas relações totais.
Descritivamente, sem querer definer a essência humana, ela emerge como um nó de relações voltadas para todas as direções: para baixo, para cima, para dentro e para fora. É como um rizoma, aquele bulbo com raízes em todas as direções. O ser humano se constrói na medida em que ativa este complexo de relações, não somente as sociais.
Em outros termos, o ser humano se caracteriza por surgir como uma abertura ilimitada: para si mesmo, para o mundo, para o outro e para a totalidade. Sente em si uma pulsão infinita, embora encontre somente objetos finitos. Daí a sua permanente implenitude e insatisfação. Não se trata de um problema psicológico que um psicanalista ou um psiquiatra possa curar. É sua marca distintiva, ontologógica, e não um defeito.
Mas aceitando a indicação de Marx, boa parte da construção do humano se realiza, efetivamente, na sociedade. Daí a importância de considerarmos qual seja a formação social que melhor cria as condições para ele poder desabrochar mais plenamente nas mais variadas relações.
Sem oferecer as devidas mediações, diria que a melhor formação social é a democracia: comunitária, social, representativa, participativa, debaixo para cima e que inclua a todos sem exceção. Na formulação de Boaventura de Souza Santos, a democracia deve ser ser sem fim. Temos a ver com um projeto aberto, sempre em construção que começa nas relações dentro da família, da escola, da comunidade, das associações, dos movimentos, das igrejas e culmina na organização do estado.
Como numa mesa, vejo quatro pernas que sustentam uma democracia mínima e verdadeira, como tanto acentuava em sua vida Herbert de Souza (o Betinho) e que juntos em conferências e debates, procurávamos difundir entre prefeitos e lideranças populares.
A primeiro perna reside na participação: o ser humano, inteligente e livre, não quer ser apenas beneficiário de um processo mas ator e participante. Só assim se faz sujeito e cidadão. Esta participação deve vir de baixo para não excluir ninguém.
A segunda perna consiste na igualdade. Vivemos num mundo de desigualdades de toda ordem. Cada um é singular e diferente. Mas a participação crescente em tudo impede que a diferença se transforme em desigualdade e permite a igualdade crescer. É a igualdade no reconhecimento da dignidade de cada pessoa e no respeito a seus direitos que sustenta a justiça social. Junto com a igualdade vem a equidade: a proporção adequada que cada um recebe por sua colaboração na construção do todo social.
A terceira perna é a diferença. Ela é dada pela natureza. Cada ser, especialmente, o ser humano, homem e mulher, é diferente. Esta deve ser acolhida e respeitada como manifestação das potencialidades próprias das pessoas, dos grupos e das culturas. São as diferenças que nos revelam que podemos ser humanos de muitas formas, todas elas humanas e por isso merecedoras de respeito e de acolhida.
A quarta perna se dá na comunhão: o ser humano possui subjetividade, capacidade de comunicação com sua interioridade e com a subjetividade dos outros; é um portador de valores como solidariedade, compaixão, defesa dos mais vulneráveis e de diálogo com a natureza e com a divindade. Aqui aparece a espiritualidade como aquela dimensão da consciência que nos faz sentir parte de um Todo e como aquele conjunto de valores intangíveis que dão sentido à nossa vida pessoal e social e também a todo o universo.
Estas quatro pernas vem sempre juntas e equilibram a mesa, vale dizer, sustentam uma democracia real. Ela nos educa a sermos co-autores da construção do bem comum; em nome dele aprendemos a limitar nossos desejos por amor à satisfação dos desejos coletivos.
Esta mesa de quatro pernas não existiria se não estivesse apoiada no chão e na terra. Assim a democracia não seria completa se não incluisse a natureza que tudo possibilita. Ela fornece a base físico-química-ecológica que sustenta a vida e a cada um de nós. Pelo fato de terem valor em si mesmos, independente do uso que fizermos deles, todos os seres são portadores de direitos. Merecem continuar a existir e a nós cabe respeitá-los eentendê-los como concidadãos. Serão incluidos numa democracia sem fim sócio-cósmica. Esparramdo em todas estas dimensões realiza-se o ser humano na história, num processo ilimitado e sem fim. (Fonte: L.Boff)
Descritivamente, sem querer definer a essência humana, ela emerge como um nó de relações voltadas para todas as direções: para baixo, para cima, para dentro e para fora. É como um rizoma, aquele bulbo com raízes em todas as direções. O ser humano se constrói na medida em que ativa este complexo de relações, não somente as sociais.
Em outros termos, o ser humano se caracteriza por surgir como uma abertura ilimitada: para si mesmo, para o mundo, para o outro e para a totalidade. Sente em si uma pulsão infinita, embora encontre somente objetos finitos. Daí a sua permanente implenitude e insatisfação. Não se trata de um problema psicológico que um psicanalista ou um psiquiatra possa curar. É sua marca distintiva, ontologógica, e não um defeito.
Mas aceitando a indicação de Marx, boa parte da construção do humano se realiza, efetivamente, na sociedade. Daí a importância de considerarmos qual seja a formação social que melhor cria as condições para ele poder desabrochar mais plenamente nas mais variadas relações.
Sem oferecer as devidas mediações, diria que a melhor formação social é a democracia: comunitária, social, representativa, participativa, debaixo para cima e que inclua a todos sem exceção. Na formulação de Boaventura de Souza Santos, a democracia deve ser ser sem fim. Temos a ver com um projeto aberto, sempre em construção que começa nas relações dentro da família, da escola, da comunidade, das associações, dos movimentos, das igrejas e culmina na organização do estado.
Como numa mesa, vejo quatro pernas que sustentam uma democracia mínima e verdadeira, como tanto acentuava em sua vida Herbert de Souza (o Betinho) e que juntos em conferências e debates, procurávamos difundir entre prefeitos e lideranças populares.
A primeiro perna reside na participação: o ser humano, inteligente e livre, não quer ser apenas beneficiário de um processo mas ator e participante. Só assim se faz sujeito e cidadão. Esta participação deve vir de baixo para não excluir ninguém.
A segunda perna consiste na igualdade. Vivemos num mundo de desigualdades de toda ordem. Cada um é singular e diferente. Mas a participação crescente em tudo impede que a diferença se transforme em desigualdade e permite a igualdade crescer. É a igualdade no reconhecimento da dignidade de cada pessoa e no respeito a seus direitos que sustenta a justiça social. Junto com a igualdade vem a equidade: a proporção adequada que cada um recebe por sua colaboração na construção do todo social.
A terceira perna é a diferença. Ela é dada pela natureza. Cada ser, especialmente, o ser humano, homem e mulher, é diferente. Esta deve ser acolhida e respeitada como manifestação das potencialidades próprias das pessoas, dos grupos e das culturas. São as diferenças que nos revelam que podemos ser humanos de muitas formas, todas elas humanas e por isso merecedoras de respeito e de acolhida.
A quarta perna se dá na comunhão: o ser humano possui subjetividade, capacidade de comunicação com sua interioridade e com a subjetividade dos outros; é um portador de valores como solidariedade, compaixão, defesa dos mais vulneráveis e de diálogo com a natureza e com a divindade. Aqui aparece a espiritualidade como aquela dimensão da consciência que nos faz sentir parte de um Todo e como aquele conjunto de valores intangíveis que dão sentido à nossa vida pessoal e social e também a todo o universo.
Estas quatro pernas vem sempre juntas e equilibram a mesa, vale dizer, sustentam uma democracia real. Ela nos educa a sermos co-autores da construção do bem comum; em nome dele aprendemos a limitar nossos desejos por amor à satisfação dos desejos coletivos.
Esta mesa de quatro pernas não existiria se não estivesse apoiada no chão e na terra. Assim a democracia não seria completa se não incluisse a natureza que tudo possibilita. Ela fornece a base físico-química-ecológica que sustenta a vida e a cada um de nós. Pelo fato de terem valor em si mesmos, independente do uso que fizermos deles, todos os seres são portadores de direitos. Merecem continuar a existir e a nós cabe respeitá-los eentendê-los como concidadãos. Serão incluidos numa democracia sem fim sócio-cósmica. Esparramdo em todas estas dimensões realiza-se o ser humano na história, num processo ilimitado e sem fim. (Fonte: L.Boff)
As consoladoras mensagens cotidianas
14/06/2013
Por
mais que estudemos e pesquisemos, buscando decifrar os mistérios da
vida e vislumbrar os desígnios do Criador, na verdade, somos guiados por
poucas mensagens que costumamos colocar sob o vidro de nossa
escrivaninha ou dependuramos à frente de nossa mesa de trabalho. Elas
são sempre lidas e relidas e possuem uma força secreta de nos tirar da
opacidade natural do dia-a-dia. Outras vezes, são fotografias de entes
queridos, de pais, de filhos e filhas que amamos e que nos aliviam no
trabalho geralmente fastidiante e até penoso.
Assim vi há dias na mesa do director de um banco uma frase que tirou da Imitação de Cristo,
um livro que há mais de 800 anos ilumina tantas pessoas:”Ó Luz eterna,
superior a toda luz criada, lançai do alto um raio que penetre o íntimo
de meu coração. Purificai, alegrai, iluminai e vivificai o meu espírito
com todas as suas potências para que a Vós se una em transportes de pura
alegria”. Disse-me que, durante o dia, reza com frequência esta oração,
entre negociações, cálculos de taxas e de porcentagens de juros nos empréstimos.
Eu,
de minha parte, possuo dependuradas à frente de minha escrivaninha,
onde passo muitas horas pesquisando e escrevendo, vários cartões com
mensagens que nunca deixam de me consolar e inspirar.
Em primeiro lugar, uma imagem, tirada da famosa Sagrada Face de Jesus, mas retrabalhada com traços fortes. O
rosto é desfigurado, com sangue escorrendo pela testa e os cabelos
desgrenhados pela tortura. Os olhos são profundos, cheios de
enternecimento e com uma força tal que nos obriga a desviar o olhar.
Parece que nos penetra na alma e nos faz sentir todos os padecimentos da
humandiade sofredora na qual Ele está encarnado e sofrendo conosco,
como diria Pascal, até o fim do mundo.
Ao
lado, uma foto de uma irmã querida, segurando ao colo, num gesto da
Magna Mater, o filhinho pequeno, irmã arrancada da vida, aos trinta e
tres anos, por um enfarte fulminante. Ai há tanta ternura e serenidade
que custa conter as lágrimas. Por que uma flor foi quebrada quando ainda
não acabara de desabrochar? Por que? A resposta não vem de nenhum
lugar. Apenas uma fé que crê para além de todas as razoabilidades,
sustenta o tormento desta pergunta.
Logo
acima, presa ao braço da lâmpada, uma mensagem em alemão que encontrei
quando ainda fazia meus estudos no estrangeiro e que me inspira durante
toda essa fatigante existência:”Eu passarei uma única vez por esta vida.
Se eu puder mostrar alguma gentileza ou proporcionar alguma coisa boa a
quem está ao meu lado, então quero fazê-lo já, não quero nem protelá-lo
nem negligenciá-lo, pois eu nunca mais passarei novamente por este
caminho”. Aqui se diz uma verdade pura, simples e sábia.
Viajo
muito por muitos meios e por muitos caminhos. Nunca se está livre de
riscos. Quantos não são aqueles que partem e nunca chegam. E ai leio num
cartão à minha frente a frase tirada do Salmo 91,11:”Deus ordenou a
seus anjos que te protejam, pelos caminhos que tomares”. Não é
consolodar poder ler esta mensagem como se tivesse sido escrita
diretamente para você, um pouco antes de partir para uma viagem
qualquer, sem poder saber se voltará são e salvo ?
Mais
consolador é ainda este outro cartão, colocado num vaso cheio de
canetas, no qual Deus pelo profeta Isaias me sussurra ao ouvido: ”Não
temas; eu te chamei pelo nome; tu és meu”(43,1). Como temer? Já não me
pertenço. Pertenço a Alguém maior que conhece meu nome e me chama e me
diz: “tu és meu”. A alma serena, as angústias da humana existência se
acalmam, apenas ressoa a palavra bem-aventurada: ”tu és meu”.
Aqui
há algo que antecipa a eternidade quando Deus nos revela nosso
verdadeiro nome. Segundo o Apocalipse, somente Deus e a pessoa conhecem
esse nome e ninguém mais. Ai seguramente Deus repetirá: ”tu és meu”; e a
pessoa retrucará: “eu sou teu”. Essa comunhão do eu e do tu se
prolongará pela eternidade afora, numa fusão sem distância nem limites
pelos séculos dos séculos, sem fim.
Não
serão, por acaso, coisas singelas como essas que orientam nossa vida e
nos trazem alguma luz no meio de tanta penumbra e de questões sem resposta?
Fonte: Leonardo Boff
Meditação bíblica, sábado, 15 de junho 2013
Neste
dia, encerrei o retiro com o grupo de padres anglicanos de São Paulo e
comecei o retiro (vai até amanhã) com leigos/as da mesma diocese. Um
grupo de 35 pessoas. Estamos meditando sobre o que seria uma
espiritualidade laica e para leigos na Igreja e no mundo, hoje. Sempre
aprendo muito com esses grupos, tanto pelo testemunho de fé (às vezes,
me surpreendo ao ver a maturidade das pessoas das comunidades eclesiais,
mesmo em meio a certas imaturidades do clero e dos pastores. O povo
permanece fiel e resiste na fé. Acho isso uma graça divina muito
grande.
Hoje,
reparto com vocês a reflexão quem no livro "Boas notícias para todo
mundo", (Conversa com o evangelho de Lucas), faço sobre o texto do
evangelho lido nesses domingos na Igreja
– Jesus e a
pecadora pública (Lc 7, 36 – 50)
Conforme Lucas,
a relação de Jesus com os fariseus era boa e tranquila. Ele aceitava até
convites para comer na casa dos fariseus, o que é sinal de certa intimidade. A
tradição anterior a Lucas (Mc 14, 3- 9 e Mt 26, 6- 13). conhecia uma cena
parecida com essa: a unção em Betânia na casa de Simão, que estes relatos
chamavam de “o leproso”. O relato era ligado à paixão de Jesus como uma
profecia (“essa mulher prepara o meu corpo para a sepultura”). A tradição
posterior (principalmente Santo Agostinho e São Gregório Magno) identifica essa
mulher “pecadora” com a “mulher adúltera” de João 8, como se todo pecado fosse
sexual e fosse adultério. Identificou ainda com a figura de Maria Madalena, que,
por sua vez, muitos confundem ainda com
Maria de Betânia, irmã de Lázaro (Jo 12). Quanto preconceito machista e
moralista se esconde por trás dessas confusões. Por que fazer de personagens
como Maria Madalena, a apóstola dos apóstolos e como a contemplativa Maria de
Betânia, imagens de mulheres depravadas que Jesus “teria convertido”? Por trás
disso, tem uma concepção terrível do corpo da mulher e uma concepção de
sexualidade diferente da atual. Entretanto, a comunidade de Lucas dialoga com
outras culturas. Talvez por isso, tira essa história do contexto da paixão de
Jesus e o coloca agora neste contexto que mostra Jesus abrindo fronteiras para
o anúncio do Reino. Ao colocar este relato nesse lugar da narrativa do conjunto do evangelho, Lucas o torna um “resumo”
dos diversos contatos de Jesus com pecadores e pessoas antes consideradas
excluídas da salvação. A mulher é uma dessas categorias e, no conjunto do
evangelho, ela tem muita importância. Este relato se liga ao anterior, sobre o
fato de Jesus comer com pecadores e gente de má vida. Agora, o Evangelho mostra
isso concentrado em uma pessoa duplamente marginalizada: ela é, ao mesmo tempo, mulher e pecadora
pública.
Jesus aceitar
“comer” com o fariseu significa que estabelece uma relação de aliança com o tal
homem. Conforme o texto, o fariseu tem convidados, companheiros do seu grupo.
Jesus, não. Está sozinho. E aí, há uma surpresa: uma mulher pecadora pública
entra naquele ambiente. Duas vezes, o texto diz: “Eis uma mulher e pecadora”
(v. 37). Há uma nota de surpresa, embora sem qualquer comentário. Já vimos que,
na sociedade de Jesus, a mulher vivia marginalizada. Não podia participar da
sinagoga, nem ser testemunha em um julgamento. A mulher não era plenamente
cidadã. É claro que, na sociedade de hoje, pode não se compreender bem o que o
texto quer dizer ao chamá-la de “pecadora”. Poderia ser uma adúltera, como é o
caso de João 8, ou poderia ser uma prostituta, sim. Mas, essa tal mulher de que fala o texto do evangelho pode também ser uma
parteira que lida diariamente com sangue humano; ou ser simplesmente uma mulher
casada com um estrangeiro de outra religião, ou ainda uma mulher doente com
algum tipo de hemorragia. Todas essas podem ser chamadas pelo texto de
“pecadoras”. A noção de pecado era uma noção mais legal e ritual do que moral.
No mundo de Jesus, a realidade da mulher era essa. Em alguns círculos, havia um
começo de resistência e nessa cena transparece uma realidade de inconformismo e
de subversão das normas e costumes vigentes. A mulher, “ao saber que Jesus estava
lá”, entra naquela casa e toma a iniciativa de alguns gestos que o Evangelho
descreve em três verbos: “regar/ enxugar, beijar e ungir”.
Naquela época, o
fato de uma mulher soltar os cabelos em público já era um gesto de
independência. Para a cultura antiga, o gesto de tocar nos pés de Jesus é pouco comum e muito corajoso. E o texto deixa
claro que Jesus não se retrai nem se afasta, nem rejeita. Acolhe a moça. Interpreta o seu gesto como um sinal de
carinho e amor. Jesus interpreta o seu gesto como uma prova da gratidão que ela
sente por ter sido perdoada. “Ela muito amou porque muito lhe foi perdoado”.
Mas, é importante notar que ela manifesta essa gratidão com seu corpo, não como
objeto de “pecado” e sim como instrumento de comunhão e salvação. O próprio
corpo feminino se torna meio de graça e salvação e não como alguns comentadores
acentuariam “instrumento de pecado”.
O texto se concentra mais sobre
a relação de Jesus com o fariseu e não sobre a relação com a mulher. O fariseu
se revela escandalizado não pelo fato de que a mulher tenha entrado em sua
casa, mas em ver que Jesus se deixa tocar por aquela mulher. Quem toca uma
pessoa impura fica também impuro. O fariseu e seus companheiros fazem a Jesus
duas censuras: primeiramente, põem em dúvida que Jesus seja profeta. Depois, se
perguntam como ele pode até “perdoar pecados”? (7, 49). É uma crítica secreta que ninguém expressa.
Jesus toma a iniciativa de conversar sobre o assunto através de uma parábola. Essa
tem elementos em comum com a história que, antigamente, o profeta Natã tinha
contado ao rei Davi (Cf. 2 Sm 12, 1- 10). “Era uma vez dois homens...” No
primeiro tessamento, era Davi que deveria julgar. Agora, o próprio Simão deve
decidir e julgar... Ambos, tanto Davi, como o fariseu Simão se condenam por suas próprias
palavras. A parábola dos dois devedores perdoados mostra como Jesus interpreta
o fato: Jesus não diz que a mulher não é pecadora, ou que o que ela vive não é
pecado. Nem diz que os justos não são realmente justos. Mas, frisa por que ele
veio para os pecadores: “ela manifesta mais amor porque mais lhe foi perdoado”.
– Quem segue Jesus
(Lc 8, 1- 3)
A narrativa de Lucas é teológica. O “depois disso” não é necessariamente no tempo. É mais
conseqüência. O modo de dizer que Jesus abriu o reinado divino para todo tipo
de gente foi contar que ele “atravessa” cidades e aldeias, assim como, no
início da Bíblia, o patriarca Abraão, tendo escutado a promessa de Deus,
atravessa a terra prometida (Cf. Gn 13, 17). Antes, vocês tinham dito que “ele
andava anunciando...” (4, 43- 44).
Um sociólogo
especializado na idade antiga escreveu:
“No mundo de
Jesus e no Evangelho de Lucas, a aldeia aparece como uma unidade homogênea. A
aldeia não é apenas uma povoação pequena que ainda não é cidade. A cidade
representa a população heterogênea e em geral é apresentada no plural. A aldeia
tem uma população quase como clã: um povo como “uma grande multidão” (ochlos) coesa e com auto-suficiência em
atender a todas as necessidades. Na maioria das vezes, os líderes das aldeias
estão ligados à sinagoga. Por conta dessa homogeneidade, a aldeia deixava muita
gente excluída do seu círculo. As pessoas que vinham de outras aldeias eram
consideradas “forasteiros”. As relações entre as aldeias eram de conflito e
competição. Vimos que os habitantes de Cafarnaum queriam reter Jesus em sua
aldeia e Jesus não aceitou a restrição: “Devo anunciar a Boa Nova também a
outras cidades” (Cf. Lc 4, 43). Os pobres, doentes, pecadores são considerados
pessoas “de fora”. É muito mais duro ser excluído em uma comunidade pequena do
que em uma sociedade maior e mais heterogênea. Na sua narrativa, Lucas
demonstra interesse especial pelos que estão em posição periférica com relação
à comunidade da aldeia”[1].
Parece que
Jesus escolhe seus seguidores mais próximos no meio de pessoas inseridas na
aldeia e que mantinham contato com suas famílias quando estavam nas próprias
aldeias. Entretanto, Jesus os chama a uma vida de itinerância que, pouco a
pouco, cria dificuldades com as aldeias. Ele tem seguidores e também algumas
mulheres que o “seguem”. No
evangelho, o verbo seguir só é usado
para os discípulos mais próximos e mais imediatos: os doze. “Seguir” significa a condição do
discípulo ou discípula que acompanha o Mestre vinte e quatro horas por dia e
incondicionalmente. “Seguir” denota
ir até a cruz. Jesus chamou seguidores para ser testemunhas de sua morte e
ressurreição.
Em um tipo de sociedade, na qual as mulheres não eram consideradas dignas
ou aptas a ser testemunhas em qualquer processo, Jesus escolheu mulheres para
serem suas testemunhas privilegiadas. É difícil imaginar como naquele tipo de
sociedade, uma mulher “normal” teria
a liberdade de “seguir” e “servir” a um rabino itinerante como
Jesus e a seu grupo masculino. Mateus já tinha dito que as mulheres que
acompanharam a paixão, haviam seguido Jesus desde os tempos da Galiléia,
servindo-o” (Mt 27, 55). Tinham de ser mulheres “especiais”.
Lucas diz que
eram várias e cita algumas: Maria Madalena a quem o Senhor tinha libertado de
“sete demônios”. Libertada, era mais livre do que outras. Maria era uma pessoa
de aldeia. Chama-se “Madalena” como
podem me chamar de “pernambucano”.
Ela é de Magdala, uma aldeia da beira do lago da Galiléia. Elizabeth e Jürgen
Moltmann dizem que “ela sofria de uma grave doença mental, provavelmente
epilepsia e começou a seguir Jesus porque ele a curou”[2].
Conforme a
tradição, Maria Madalena ocupou uma função de liderança feminina nas primeiras
comunidades cristãs. Sempre que os evangelistas trazem nome de mulheres
discípulas, o nome dela vem em primeiro lugar. E nos Evangelhos apócrifos,
aparecem cenas, nas quais Pedro disputa com ela a coordenação do grupo. O nome
das outras mulheres vem junto de uma alusão a certo poder social: Joana, mulher
do procurador ou intendente de Herodes na Galiléia e Susana que, com outras,
garantiam o sustento do grupo. Então, eram mulheres com mais poder aquisitivo
do que os homens que seguiam Jesus. Este dado parece histórico. Vem mesmo da
vida de Jesus. Isso fica claro porque é justamente este evangelho que mais
realça a pobreza como valor evangélico, o que fala da posição social elevada
que elas têm. Então, só podemos ficar contentes com o fato de que mesmo essa
escolha radical da pobreza como comunhão com os mais pequeninos não exclui
ninguém, nem mesmo as pessoas de classe média ou mais ricas que se integram na
caminhada do grupo, como seria o caso dessas duas, Joana e Suzana. Alonso
Shokel na Bíblia do Peregrino comenta: “Ao grupo de seguidores, junta-se um
grupo de mulheres, contra os costumes dos rabinos”[3].
Fonte: Marcelo Barros
Como ser cristão na atualidade? E em culturas diferentes?
“Vocês
representam a multiplicidade das pessoas de que falam os Atos dos
Apóstolos no dia de Pentecostes... Trago-lhes a todos a saudação e a
bênção do Papa Francisco, que me garantiu sua solidariedade a todos
vocês com afeto e estima especiais”, disse o Cardeal Fernando Filoni,
Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, na homilia da
Missa celebrada ontem, 12 de junho, na igreja dedicada a São José em Abu
Dhabi.
O
Cardeal recordou em especial a situação dos migrantes: “Eu sei que vocês
vêm de vários países, alguns dos quais eu conheço bem e passei alguns
anos de minha vida como sacerdote e bispo, aprendendo a conhecer e
apreciar suas culturas. Hoje, vocês vivem aqui, numa terra que lhes
permite trabalhar e ganhar o pão de cada dia para o sustento de suas
famílias. É um aspecto importante, porque na vida todos somos um pouco
migrantes. Além disso, vocês vivem numa terra querida para o Islã,
religião com a qual nós cristãos compartilhamos o princípio do único
Deus, a adoração do Altíssimo e o valor da oração. Aqui, vocês aprendem a
praticar a convivência inter-religiosa baseada no respeito recíproco e
na colaboração em vários aspectos”.
O
Cardeal Filoni incentivou os fiéis recordando o compromisso da
comunidade: "Hoje, não se pode ser cristãos pela simples razão de ter
nascido numa família cristã. Isto é ainda mais evidente para vocês que
vivem num país diferente do seu. Renovem todos os dias a opção pela fé,
dando a Deus o primeiro lugar e vencendo as tentações provenientes de
diferentes culturas. As provações às quais vocês são submetidos são
numerosas. A tentação de anular a fé está sempre presente e a conversão
se torna uma resposta a Deus que deve ser confirmada cotidianamente”.
Fonte: Agência Fides
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