terça-feira, 2 de outubro de 2012

Irina Bokova junta-se ao secretário-geral da ONU para o lançamento de sua nova iniciativa global Educação em Primeiro Lugar

© UNESCO - diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, no lançamento da iniciativa "Educação em Primeiro Lugar" (Education First), New York, Setembro 2012

A diretora-geral da UNESCO Irina Bokova saudou hoje o lançamento de uma nova grande campanha para colocar todas as crianças na escola até 2015 como “um chamado histórico à ação”, e prometeu apoio integral da organização para garantir seu sucesso.

A Educação em Primeiro Lugar busca mobilizar todos os parceiros – tradicionais e novos – a colocar a educação no topo da agenda para o desenvolvimento. A iniciativa terá três objetivos prioritários: promoção de maior igualdade no acesso, melhoria na qualidade do aprendizado e promoção da cidadania global.
A campanha foi lançada em Nova Iorque pelo secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e já recebeu incentivos de mais de 1,5 bilhão de dólares para dar início às atividades.
"Educação é esperança e dignidade," declarou Ban Ki-moon, "educação é crescimento e desenvolvimento, educação é o módulo básico da construção de sociedades saudáveis."
O secretário-geral agradeceu à UNESCO por sua liderança exemplar e apoio na direção dessa iniciativa, que é vital para meninos e meninas em todo o mundo.
Ban Ki-moon colocou a educação no topo de sua agenda e no centro da nova agenda de sustentabilidade global que está sendo definida durante este seu segundo mandato como secretário-geral da ONU.
A diretora-geral, que atuará como secretária-executiva do Comitê de Direção da campanha, discursou durante o lançamento e pediu que seja reforçada a educação e alfabetização para mulheres, para garantir que mães coloquem seus filhos na escola, o treinamento de professores melhores e mais qualificados e a transformação da educação para o desenvolvimento da cidadania global.
Dirigindo-se aos chefes de estados, dirigentes de outras agências da ONU e líderes da sociedade civil e da indústria na sede da ONU hoje, Irina Bokova disse que os sistemas de educação no mundo “estão nos decepcionando” e pediu uma “transformação na maneira que educamos e nos fins para os quais educamos”.
"Nossa visão é clara," declarou Irina Bokova, "agora precisamos de um roteiro, e essa é a primeira tarefa do Comitê de Direção, pois as expectativas são elevadas e precisamos cumprir a promessa que hoje fazemos a cada menino e menina."
Presididos pelo secretário-geral, os oradores incluíram: Chenor Bah, representante da classe estudantil; Jacob Zuma, presidente da África do Sul; Helle Thorning-Schnidt, primeira-ministra da Dinamarca; Sua Alteza Sheikha Mozah; Dr Thomas Yayi Boni, presidente do Benin e presidente da União Africana; Julia Gillard, primeira-ministra da Austrália; Zoran Milanovic, primeiro-ministro da Croácia; Aloizio Mercadante, ministro da Educação do Brasil, e também Jim Kim, presidente do Banco Mundial, Anthony Lake, diretor-executivo da UNICEF e Gordon Brown, enviado especial de Educação Global.
O monitoramento frequente da UNESCO mostra que, embora se tenha feito avanços significativos em educação nas décadas recentes, o progresso está desacelerando. Sem maior empenho, há real perigo de que mais crianças estejam fora da escola em 2015 do que nos dias de hoje.
O próximo Relatório de Monitoramento Global Educação para Todos da UNESCO estima que em torno de 61 milhões de crianças em idade escolar primária ainda não têm acesso à escola, enquanto 250 milhões de crianças que deveriam ter chegado à quarta série ainda não sabem ler ou escrever, estejam na escola ou não. Por volta de 775 milhões de adultos permanecem analfabetos, dois terços deles são mulheres e crianças. Jovens em todo lugar aumentam as estatísticas de desemprego, aprofundando desigualdades e aumentando tensões sociais.(Fonte: Unesco)
A diretora-geral saudou os novos compromissos feitos no lançamento por diversos países, incluindo Austrália, Bangladesh, África do Sul, Timor Leste e Dinamarca, juntamente com aqueles feitos por dezenas de companhias e fundações privadas que mobilizaram mais de 1,5 bilhão em novos subsídios.
A Western Union Foundation e a MasterCard Foundation estiveram entre as primeiras a anunciar seu apoio à iniciativa. A Western Union Foundation prometeu movimentar diretamente 1 milhão de dólares para a educação global, fornecendo 10 mil dólares por dia em doações por 1 milhão de dias letivos. Sob o Scholars Program da MasterCard Foundation, uma iniciativa de 500 milhões de dólares permitirá que 15 mil estudantes talentosos, porém economicamente desfavorecidos, principalmente da região africana, acessem e completem educação secundária e universitária.

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