sábado, 19 de janeiro de 2013

90 anos de transformações na Igreja.
  
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Dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás, pertence a uma geração de bispos brasileiros que identifica na missão da Igreja uma transformação social. Ele esteve à frente da criação da Comissão Pastoral da Terra – CPT e do Conselho Indigenista Missionário – Cimi, onde, ainda hoje, atua com bastante entusiasmo. Na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line, Dom Tomás recorda sua trajetória na Igreja e enfatiza que a "CPT aconteceu num momento de muita animação, decisão, caminhada e energia a favor dos pobres. Foi fruto do Concílio Vaticano II e de Medellín”. Para ele, tanto a CPT quanto o Cimi "trouxeram para dentro da Igreja uma abertura, porque a convivência com esses povos trazia, na pessoa dos agentes de pastoral das CPTs, para o interior da Igreja a preocupação com a situação deles”. E conclui: "Houve um crescimento dentro da própria instituição eclesiástica”. (Fonte: CPT)

A CF 2013 e a Juventude

 Vamos todos participar da Campanha da Fraternidade. A Igreja conta com o envolvimento de toda a sociedade. "Os quarenta dias que precedem a Cruz e a Ressurreição sinalizam o caminho que a Igreja, na liturgia, nos oferece como possibilidade de sermos atingidos pela experiência redentora de Jesus Cristo" (Texto base, p.7). É tempo também para mudar a mentalidade, deixarmos o comodismo de lado e procurar servir a Deus na pessoa do oprimido. A semana santa consegue na América Latina reunir em torno de Jesus os crucificados de hoje. Crucificados pelo modelo econômico, ganância, perseguição, inveja e tantas outras maldades que atormentam a vida humana. Que esta campanha possa devolver a esperança, principalmente, aos nossos jovens. Que a juventude se transforme no verdadeiro instrumento de libertação. (Carlos, Coordenador do Setor I)
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“Salve Jorge”: da Capadócia ou da Palestina?

19/01/2013
No Brasil e alhures são milhões que veem novelas. Atualmente uma, “Salve Jorge”, se desenrola na Capadócia, Turquia, onde teria  vivido São Jorge.
Entre os estudiosos há uma antiga discussão sobre o lugar de seu nascimento. Ela vem largamente discutida por Malga di Paulo, pesquisadora da vida do santo e que forneceu os dados para a atual novela. Um livro seu deverá sair brevemente. Para Malga que conhece a fundo a Capadócia, todos os indícios levam àquele lugar como a pátria natal deste famoso mártir. Outros o colocam em Lod na Palestina, hoje Israel, onde se construiu um santuário em sua homenagem.
É muito pouco o que podemos dizer de forma segura sobre o tema. A escola de historiadores críticos da vida dos santos e dos mártires, surgida a partir  do século XVII, os Bolandistas, e sua obra a Acta Sanctorum deixa a questão em aberto. Outro grupo, criado  ao redor de A. Buttler, baseando-se nos Bolandistas e acessível em portugues em 12 volumes, A Vida dos Santos (Vozes 1984) assevera: ”Há toda uma série de motivos para se acreditar que São Jorge foi um mártir verdadeiro e real que sofreu a morte em Lida na Palestina provavelmente na época anterior a Constantino (306-337). Fora disso, parece que nada mais se pode afirmar com segurança”( vol. IV, p. 188).
Minha tendência é afirmar a Palestina e não Capadócia como o lugar de seu nascimento. A razão se prende ao fato de que teria havido uma confusão de nomes. Com efeito, havia na Capadócia um bispo chamado Jorge da Capadócia, fato historicamente bem atestado. Entrou na história da teologia, em razão das polêmicas acerca da natureza de Cristo: seria só semelhante a de Deus (arianos) ou seria da mesma natureza (anti-arianos)? Tal discussão dividiu a Igreja.  O imperador Constâncio II (um de seus títulos era de Papa) queria assegurar a unidade do império mediante uma confissão  única, no caso, a ariana. Militarmente ocupou Alexandria, foco da resistência anti-ariana e impôs Jorge da Capadócia como bispo ariano (357-361), mais tarde assassinado. Isso consta até nos manuais de teologia.
Minha hipótese é que os primeiros compiladores da vida de São Jorge, já no século V e depois, no século XII, com o autor da Legenda Aurea, Jacobus de Veragine, confundiram São Jorge com esse conhecido Jorge da Capadócia e assim o fizeram nascer ai. Uma hipótese.
Deixando a discussão de lado, importa lembrar sua figura mais conhecida: um guerreiro, montado sobre um cavalo branco, vestido de couraça, com uma cruz vermelha num fundo branco, enfrentando terrível dragão com sua lança pontiaguda.
Por seu pai ter sido militar, seguiu essa carreira. Foi tão brilhante que o imperador Diocleciano o incorporou à sua guarda pessoal com a alta patente de Tribuno. Quando este imperador obrigou todos os soldados cristãos a renunciarem a fé cristã e adorarem os deuses romanos, sob pena de morte, Jorge se recusou e saiu em defesa de seus irmãos de fé. Preso e torturado, miraculosamente passou, diz a lenda, ileso do caldeirão de chumbo e de vários envenenamentos. Mas acabou sendo decapitado.
No início, no Ocidente, era venerado apenas como um simples mártir com sua palma típica. Com tempo e especialmente devido às cruzadas foi feito guerreiro com seus instrumentos próprios, especialmente associado ao enfrentamento com o dragão, símbolo do mal e do demônio. A lenda mais conhecida no Ocidente é a seguinte:
Certa feita, Jorge, como militar, passou pela Líbia no norte da África. Na pequena cidade de Silene o povo vivia apavorado. Num brejo vizinho reinava terrível dragão. Seu sopro era tão mortífero que ninguém podia se aproximar para matá-lo. Cobrava cada dia dois carneiros. Terminados estes, exigia vítimas humanas, escolhidas por sorteio. Um dia a sorte caiu sobre a filha do rei. Vestida de noiva foi ao encontro da morte. Eis senão quando, surge São Jorge com seu cavalo branco e com sua longa lança. Fere o dragão e domina-o. Amarra-lhe a boca com o cinto da princesa. Esta o conduz manso com um cordeiro até o centro da cidade. Todos, agradecidos, se converteram à fé crista.
É patrono da Inglaterra, já a  partir de 1222 mas oficialmente só em 1347 com Eduardo III com festa  solene (the St.George’s Day), da Rússia, de Portugal, da Bulgária, da Grécia, da província da Catunha e de muitas outras cidades.
Uma polêmica se instaurou quando o Vaticano em 1969 fez uma revisão da lista dos santos e retirou dela  o popular São Jorge, por motivos não totalmente claros. Houve uma grita geral, especialmente, por parte da Inglaterra, da Catalunha e também do time de futebol, o Corinthians de quem é patrono. O Card. Dom Paulo Evaristo Arns, corinthiano fervoroso, intercedeu junto ao Papa Paulo VI para que mantivesse a veneração de São Jorge, ao menos como  clebração optativa. Ao que o Papa respondeu: ”Não podemos prejudicar nem Inglaterra nem a Nação corinthiana; prossigam com a devoção”. Em 2000 João Paulo II, com senso pastoral, restabeleceu a festa. Ele está presente nas tradições afro: Ogum para a Umbanda e Oxossi para o candomblé-nagô. No Rio, o dia 23 de abril, sua festa, é feriado municipal, pois é o patrono de fato da cidade embora de direito seja São Sebastião.
No próximo artigo tentaremos decifrar o arquétipo de base que subjaz ao guerreiro São Jorge e ao dragão. Enquanto isso, fazemos nossa a oração popular: ”Andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos, não me peguem e tendo olhos não me enxerguem…E meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós. Amém”.
Leonardo Boff foi por muitos anos professor de história dos dogmas no Instituto Franciscano de Teologia  de Petrópolis Rio.
Fonte: L. Boff

É para refletir

Quem compreende que é criatura de Deus reconhece humildemente o Onipotente e adora-O.
Quem realmente adora Deus ajoelha-se diante d'Ele ou lança-se no chão. [485] 


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Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro



Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.
Em Natal
A programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.
O arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.
O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.
Origem da CF
A primeira Campanha foi realizada na arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.
Fonte: CNBB

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Papa recebe membros do Pontifício Conselho Cor Unum


Da Redação, com Rádio Vaticano


O Papa Bento XVI recebeu em audiência na manhã deste sábado, 19, os participantes da 24ª Assembleia Plenária do Pontifício Conselho Cor Unum. A Plenária, aberta na quinta-feira, 17, pelo presidente do Conselho, Cardeal Robert Sarah, enfatizou o discernimento e a vigilância como indispensáveis na obra de caridade da Igreja.

A Assembleia deste ano reuniu cerca de cem participantes de vinte países: religiosos e leigos engajados que trabalham em associações católicas e ONGs de diversas áreas, Caritas locais, entidades como a Catholic Relief Services, a Comissão Católica Internacional de Migrações, Terra Solidária e organizações de desenvolvimento e cooperação.

Em seu discurso, Bento XVI destacou que hoje se compartilha sempre mais um sentimento comum sobre a dignidade inalienável de cada ser humano. Porém, ele lembrou que o tempo atual conhece “sombras que escurecem” o projeto de Deus. Em especial, o Pontífice referiu-se à redução antropológica que re-propõe o antigo materialismo hedonista, ao qual se une o “prometeísmo tecnológico”.

“A partir da união entre uma visão materialista do homem e o grande desenvolvimento da tecnologia emerge uma antropologia no fundo ateia. Essa pressupõe que o homem se reduz a funções autônomas, a mente ao cérebro, a história humana a um destino de auto-realização. Tudo isso prescindindo de Deus, da dimensão propriamente espiritual e do horizonte além-terra”.

O Santo pontuou ainda que, na perspectiva de um homem privado da sua alma e também de uma relação pessoal com o Criador, o que é tecnicamente possível torna-se moralmente lícito, cada experimento resulta aceitável, cada política demográfica consentida, cada manipulação legitimada. A armadilha mais perigosa desta linha de pensamento, segundo o Pontífice, é a absolutização do homem, que quer ser livre de qualquer vínculo ou constituição natural: ele quer ser independente e pensa que a felicidade está em sua autoafirmação. Contudo, Bento XVI lembrou que o ser humano é ordenado para a sociabilidade.

"A visão cristã do homem de fato é um grande sim à dignidade da pessoa chamada à íntima comunhão com Deus, uma comunhão filial, humildade e confiante. O ser humano não é nem um indivíduo autônomo nem elemento separado da coletividade, mas sim pessoa singular e única, intrinsecamente ordenada à relação e à sociabilidade".

Por fim, o Papa lembrou que, diante dos desafios de cada época, a resposta é sempre o encontro com Cristo. "Nele (em Cristo) o homem pode realizar plenamente o seu bem pessoal e o bem comum", disse. 

Fonte: Canção Nova

Reflita

"É dando a fé que ela se fortalece." - Beato João Paulo II.
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Mentalidade das lideranças

Segundo, o historiador brasileiro,  José Honório Rodrigues: "A liderança (no Brasil) nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo - Jeca tatu - negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer e ele lhe negou pouco a pouco sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence"(RODRIGUES, Conciliação e reforma no Brasil, p.14). No Brasil muda-se sempre o contexto mas permanece a forma de exclusão do povo. Aqui mesmo, em nosso mundo globalizado, muitas lideranças tem medo de se misturar com os mais pobres porque acham que os mais pobres vivem em lugares marginais ou porque se intitulam "elite" cultural. Isso sim que é pobreza cultural. Reflitamos o nosso papel na sociedade como lideranças no mundo da política, na escola, na religião e em outros lugares. Pois, existe uma parcela significativa da sociedade que é responsável pela produção da riqueza mundial mas vive em condições precárias.
Que nesse século XXI possamos mudar a mentalidade das lideranças. Que elas possam se espelhar no maior líder de todos os tempos: Jesus Cristo. O Filho de Deus assumiu a condição humana e foi para o meio dos pobres ensinar o caminho da verdade e da verdadeira justiça. Ter vergonha dos pobres significa negar Cristo continuamente na vida prática.
(Carlos: Setor I, Centro)
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Uma excelente reflexão

Jesus e Paulo abordaram o assunto de perseverança varias vezes. Suponho que já os leu. Catequese e evangelização tem começo, meio e fim!  
A tendência de nossa sociedade, por conta do individualismo e do questionável 'projeto pessoal' que se apossou da pregação poucos perseveram 
A tendência é ir até onde queremos ir, e não ir onde Cristo e sua Igreja nos propõem. Seja feita 'a vossa,ou a nossa' vontade? Reflitamos!  (Padre Zezinho)
Amigos com o dinheiro iníquo


Há, nos evangelhos, uma exortação de Jesus que nos parece estranha, até mesmo incompreensível para muitos: "Fazei amigos com o dinheiro iníquo, que vos receberão nas moradas eternas" (Lc 16,9). De que amigos o Senhor nos está falando? E esta coisa de dinheiro iníquo? Devemos nós, de algum modo, possuir dinheiro iníquo? Fazer amigos com o dinheiro iníquo não é, precisamente, o que mais vemos nos escândalos de corrupção que carcomem a política do nosso País? Estaria Nosso Senhor corroborando atitudes vis, mesquinhas, até maquiavélicas, justificando meios tortos para fins proveitosos?
Primeiro de tudo: de qual dinheiro está falando o Senhor? Dinheiro, aqui, é uma metáfora. Na verdade esse dinheiro que nos pode fazer ricos é todo e qualquer bem, espiritual ou material que tenhamos. Assim, dinheiro, no dizer de Jesus, é minha saúde, minha juventude, meu bom nome, dinheiro é minha inteligência, meus talentos, dinheiro são meus bens... Até minha fé, minha vida espiritual são dinheiro! Dinheiro, portanto, são minhas riquezas. Todos estes bens são chamados “dinheiro” porque são uma forma de riqueza: proporcionam segurança e apoio na vida. Todas estas coisas nos definem e nos dão o horizonte no qual vivemos nosso cotidiano, nos dão segurança, configuram nossa identidade. Note que, de certo modo, todos temos alguns desses dinheiros, todos somos ricos de algo! Ninguém de nós pode, calmamente, ao escutar o Senhor falar em dinheiro, em riqueza, pensar: “Isto não diz respeito a mim, pois não sou rico!” As palavras do Senhor sempre dizem respeito a todos nós!
Mas, se é isto o "dinheiro", por que, então, Jesus o chama de iníquo? Tenho culpa de ser jovem? Que iniquidade há num talento que tenho - aliás dado pelo próprio Deus? E os bens materiais que ganhei com meu trabalho, por que seriam iníquos? Jesus não chama nossos bens de desonestos; chama-os iníquos. E por quê? Porque tudo neste mundo é ambíguo, tudo neste mundo pode tomar o lugar de Deus no meu coração! Eu posso endeusar minha saúde, meus amigos, meus talentos; posso absolutizar meus bens materiais, meu trabalho, minha fama, meu sucesso. Assim fazendo, permitiria que coisas deste mundo fossem o sentido e o referencial da minha existência, desviaria minha vida da sua verdade: vivemos por Deus e para Deus; cairia na mentira, numa vida de ilusão! Não esqueçamos, não sejamos ingênuos: as realidades deste mundo – todas elas – são ambíguas, pois trazem a séria ameaça de se tornarem um absoluto, a ponto de alguém chegar mesmo a pensar: Meu trabalho é minha vida; minha família é minha vida! Toda riqueza que possuamos nos deve colocar em estado de alerta para a ela não apegarmos de modo escravizador o coração. Por isso tais realidades são chamadas de “injustas pelo Senhor”, ainda que em si mesmas nada tenham de desonestas ou pecaminosas.
Por tudo isto é que no mesmo contexto do Evangelho, somente alguns versículos depois (v. 13), Jesus afirma que ninguém pode servir a dois senhores: ou coloco minha vida no Deus verdadeiro ou, ao invés, transformo bobamente em deus o que não pode me dar a vida verdadeiramente. Isto mesmo: Quem é o Deus da minha vida, quem é o Absoluto do meu coração: O Senhor ou estas coisas? Note, meu Leitor paciente, que esta questão é fundamental na nossa vida. Dela depende vivermos na verdade ou numa triste mentira!
Ainda seguindo a exortação do Senhor, podemos perguntar: Como fazer “amigos” com esse “dinheiro”? Como usar os bens deste mundo, os talentos que tenho, as chances que a vida me concedeu, de modo a ser livre em relação a eles e não roubar o lugar no meu coração que somente a Deus pertence por direito e por verdade? Eis a resposta: usando todas estas realidades de modo livre e libertador, sem absolutizar o que é relativo, sem endeusar o que é passageiro, o que é fugaz, o que não pode preencher totalmente o coração; sabendo utilizar para o bem dos outros aquilo que o Senhor e a vida me concederam; em outras palavras: passar por esta vida fazendo o bem aos que nos rodeiam, sendo generoso no uso dos dons que o Senhor nos concedeu! São estes os “amigos”, por nós beneficiados, que darão testemunho de nós diante do Cristo juiz, recebendo-nos, assim, nas moradas eternas. Estejamos atentos: que saibamos usar os bens que passam, de modo a abraçar os que não passam, pois é bem usando estas coisas pequenas que receberemos a grande coisa: a Vida eterna!
No Evangelho, há o contraponto desta generosidade, que ilustra bem a loucura de viver para si. Recorda-se daquele rico da parábola de Lc 12,13ss? Ele teve boa colheita e pensou consigo mesmo: “Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, goza a vida”. Veja: esse homem não roubou, não explorou ninguém, trabalhou... E foi condenado! Por quê? Simplesmente porque não foi rico para Deus e para os outros! Não pensou em agradecer ao Senhor pelo que adquirira, não lhe passou pela mente dar uma mínima ajuda a quem necessitava, não cogitou das algo ao empregados que lhe serviram... Nada! Pensou somente nele! A sentença do Senhor é implacável: “Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?” E o Senhor nos previne, a mim e a você: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus!” (Lc 12,21).



Escrito por Dom Henrique (Fonte: costahs.blog.uol.com.br)

Jovens filipinos 'correm' para participar da JMJ


Rádio Vaticano

A Jornada Mundial da Juventude acontece em julho deste ano, no Rio de Janeiro.
Jovens filipinos da cidade de Davao se reunirão no próximo dia 7 de abril na corrida “Run for Rio” – ou “Corra para o Rio”, em português – para arrecadar fundos para a viagem dos cinco voluntários selecionados da cidade. Eles precisam de 150 mil PhP, o que equivale a cerca de 7.500,00 reais (aproximadamente 3.750 dólares).

“A corrida vai acontecer primeiramente na cidade de Davao. O evento está sendo organizado pelos voluntários internacionais oficiais das Filipinas, mas as pessoas podem nos dizer se estão interessadas em estender sua ajuda, especialmente na organização da corrida” - explica Perry Paul Galario Lamanilao, um dos organizadores do evento.

De acordo com o jovem Perry, as expectativas pela JMJ são muitas e os desafios também. “Há muita expectativa espiritual, física, mental e emocionalmente. No entanto, um dos maiores desafios agora é levantar fundos para enviar todos os voluntários da cidade de Davao ao Brasil” - afirma.

Perry Lamanilao explica que o alto custo da viagem não desanima os filipinos que estão empenhados na arrecadação do valor. E ele ainda deixa uma mensagem aos voluntários que enfrentam a mesma dificuldade.

“Lembrem-se que a cada dia nós devemos servir ao Senhor com alegria. Servir ao Senhor significa servir aos outros que estão especialmente em necessidade. Todos temos a necessidade de alguma coisa – amor, tempo, cuidados e compaixão. E assim, viremos de diferentes regiões do mundo, reunindo nossas orações para louvar a Deus e amá-lo ainda mais. A JMJ, para mim, não é apenas um evento, é um dia de mudança de vida para todos nós, fieis leigos” - assinala.

Por último, o jovem filipino contou ao portal voluntários da JMJ Rio 2013 que pessoas de qualquer idade poderão participar da corrida:

“As inscrições foram divididas em categorias: há corridas de 3, 5, 12 e 21 km. A taxa de inscrição é para nos ajudar com as despesas e, claro, arrecadar fundos para nosso grupo de voluntários. Esta depende da escolha dos quilômetros a serem corridos” - finaliza.
Fonte: Canção Nova

Decisões...



 



Sexta, 18 de janeiro de 2013
Decisões, tempos e pessoas !

Nas decisões que envolvem sua vida, jamais decida sozinho! Tenha do lado alguém que lhe conheça a fundo, ame e deseje o seu bem. Nunca decida em tempo de crise! Quando decidimos em crise, a chance de cometer um erro é enorme. Não escute a todos! Se é tempo de decisão, fale com as pessoas certas. Se quiser ter absoluta certeza sobre como decidir, visite muitas vezes o Santíssimo Sacramento!

Estarei rezando por você!


Seu irmão,
Ricardo Sá 
Fonte: Canção Nova
Mensagem do dia
 
Sábado, 19 de janeiro 2013
Deus quer realizar maravilhas por meio dos carismas "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo, instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Gl 3,16-17).

O Senhor quer que você se assuma como carismático. Deus quer que os carismas desabrochem em você como ocorreu na vida da Virgem Maria e dos discípulos. Nossas famílias e o mundo precisam dessa manifestação do amor de Deus.

Todos os fundadores foram carismáticos, e o meu pai espiritual, Dom Bosco, foi 'ultracarismático'. Inúmeros foram os milagres que Deus realizou por intermédio dele, entre eles a multiplicação de pães, de avelãs, ressurreição de mortos, sonhos, visões, multiplicação de hóstias, etc..

Deus quer realizar maravilhas em sua casa também por meio dos carismas. Creia!

Vinde, Espírito Santo, e renova a face da terra!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Católicos indonésios ajudam vítimas de enchentes



Jacarta (RV) - Os católicos na Indonésia responderam ao apelo das autoridades de Jacarta, dando início a uma coleta de gêneros alimentícios em favor dos deslocados que sofrem por causa das fortes enchentes que atingiram a capital.

Nesta quinta-feira, o Governador Joko Jokowi Widodo declarou estado de emergência, lançando um pedido oficial de ajuda. Várias áreas de Jacarta estão alagadas e em algumas delas a água chega a 4 metros de altura.

O balanço é de pelos menos 11 mortos. Existem também milhares de pessoas que ficaram sem casa. Ao apelo lançado pelas autoridades, ressalta a agência AsiaNews, responderam vários grupos de voluntários, organizações ativistas e cidadãos comuns. Dentre esses, há muitos católicos. Na área de Kampung Melayu, a Paróquia de Santo Antônio já recebeu muitos deslocados oferecendo-lhes abrigo.

A essa iniciativa se uniram também vários grupos de fiéis que forneceram alimentos e bebidas. Contribuiu também de maneira ativa a Conferência Episcopal da Indonésia fornecendo o necessário para aliviar o sofrimento da população da capital, paralisada pelas inundações.

Na Indonésia, os católicos são uma minoria de cerca de 7 milhões de pessoas, equivalente a 3% da população total.

(Fonte: Rádio Vaticano)

Bolívia: Consagrado o primeiro bispo indígena



Santa Cruz de la Sierra (RV) - Foi ordenado o primeiro bispo indígena boliviano. Trata-se do bispo auxiliar da Arquidiocese de Santa Cruz de la Sierra, Dom René Leigue Cesari.

A cerimônia de ordenação foi presidida pelo Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Cardeal Julio Terrazas Sandoval, no último dia 16, e estavam presentes também o Arcebispo coadjutor, Dom Sérgio Gualberti Calandrina, o Núncio Apostólico na Bolívia, Dom Giambattista Diquattro, além de bispos auxiliares, sacerdotes, diáconos e agentes pastorais.

Na homilia, o purpurado agradeceu ao prelado indígena por aceitar essa missão não obstante as dúvidas e fraquezas humanas e lembrou-lhe que a missão do bispo é ser ministro da unidade e testemunha da verdade.

Depois de cinqüenta anos de sacerdócio e trinta e quatro de ministério episcopal, o Cardeal Terrazas disse que estava satisfeito por ordenar um bispo de Santa Cruz, homem nascido, criado e formado naquela terra.

"Agradeço a Deus por termos um guia confiável para o povo, uma palavra de encorajamento em todas as circunstâncias e uma presença amiga, uma presença que se tornou sorriso, que encoraja todas as pessoas e nos mostra a capacidade do nosso povo de acolher Deus, de amar e viver o que crê" – concluiu o purpurado. (Fonte: Rádio Vaticano)

Bento XVI sobre ecumenismo: juntos somos rosto e força de Cristo



Cidade do Vaticano (RV) - A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – que no Brasil se celebra entre Ascensão e Pentecostes – inicia-se nesta sexta-feira no hemisfério norte. A edição este ano tem como tema "O que o Senhor exige de nós", extraído do livro do Profeta Miquéias.

Desde o início de seu Pontificado, Bento XVI colocou o diálogo ecumênico entre as prioridades de seu ministério e em muitas circunstâncias as suas palavras expressaram com vigor o desejo de que todos os fiéis em Cristo reencontrem a unidade da primeira hora da Igreja. A esse propósito, aproveitamos a ocasião para recordar algumas afirmações do Santo Padre.

A unidade da Igreja nasce à distância de poucas horas de seu fim aparente. Nasce no Cenáculo – naquela esplêndida, intensa oração de Jesus que confia os Apóstolos ao Pai – e parece destruída pouco depois, quando o autor da oração pende crucificado no Gólgota.

Entre o Getsêmani e o Calvário os Apóstolos renegam, fogem, se dão por vencidos. E naquela dispersão parece espreitar o sinal daquilo que nos séculos vindouros seria da comunidade cristã, criada no sangue de um Deus morto e ressuscitado, mas incapaz de permanecer unida como o seu Artífice a havia pensado e abençoada.

Refletindo sobre os primeiros anos do cristianismo, Bento XVI observou, numa ocasião, a intervenção que São Paulo foi obrigado a fazer já no tempo dos primeiros fiéis de Corinto:

"De fato, o Apóstolo soubera que na comunidade cristã de Corinto havia nascido discórdias e divisões. Por isso, com grande firmeza, acrescenta: 'Cristo estaria dividido?' (1 Cor 1,13). Desse modo, ele afirmava que toda divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo; e, ao mesmo tempo, que é sempre n'Ele, único Cabeça e Senhor, que podemos reencontrar-nos unidos, pela força inesgotável de sua graça." (Angelus, 23 de janeiro de 2011)

A tentação da discórdia é realmente antiga, mesmo entre quem foi criado para ser uma só coisa. E a conseqüência daquela "ofensa a Cristo" – evidenciou o Papa mais vezes – é que a divisão entre os cristãos é muitas vezes uma tela escura que não deixa transparecer plenamente a presença de Deus para o restante da humanidade:

"O mundo sofre pela ausência de Deus, por causa da inacessibilidade de Deus, deseja conhecer o rosto de Deus. Mas como os homens de hoje poderiam e podem conhecer esse rosto de Deus no rosto de Jesus Cristo se nós cristãos somos divididos, se um ensina contra o outro, se um está contra o outro? Somente na unidade podemos mostrar realmente a este mundo – que tem necessidade – o rosto de Deus, o rosto de Cristo." (Audiência geral, 23 de janeiro de 2008)

E rezar juntos é o primeiro e mais imediato modo de testemunhar a unidade entre cristãos divididos:

"Na oração comum as comunidades cristãs colocam-se juntas diante do Senhor e, tomando consciência das contradições geradas pela divisão, manifestam a vontade de obedecer à sua vontade recorrendo confiantes ao seu socorro onipotente. (...) Portanto, a oração comum não é um ato voluntarista ou puramente sociológico, mas é expressão da fé que une todos os discípulos de Cristo." (Audiência geral, 23 de janeiro de 2008)

Oração, certamente, mas não só, para não ser címbalos que tocam. É necessária também a ação, a ação da caridade. E foi o que o Santo Padre sempre auspiciou do diálogo ecumênico. Colocar ao lado da oração também gestos concretos de partilhada solidariedade:

"Isso favorece o caminho da unidade, porque se pode dizer que todo alívio, mesmo pequeno, que os cristãos dão juntos ao sofrimento do próximo, contribui para tornar mais visível também a sua comunhão e a sua fidelidade ao mandamento do Senhor.

FONTE: Rádio Vaticano

Juventude promove primeiro Ilumina Fé

 
A partir deste mês de janeiro, o Setor Juventude da Arquidiocese de Natal promoverá, uma vez por mês, uma atividade intitulada "Ilumina Fé". O evento faz parte da preparação para a Jornada Mundial da Juventude - JMJ, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho deste ano, com a presença do Papa Bento XVI. O primeiro Ilumina Fé acontecerá no próximo sábado, dia 26na Catedral Metropolitana, iniciando às 22 horas, com a celebração da missa. Após a missa, será implantado e rezado o Terço da Juventude, seguido de uma catequese sobre a JMJ. Às duas da madrugada, terá início uma adoração ao Santíssimo Sacramento, seguindo-se Vigília dos Jovens Adoradores, até às 6 da manhã do domingo, 27. Durante toda a noite, haverá animação por conta de ministérios de música, além de momentos de formação com base no YouCat - o catecismo jovem, ação de graças e louvor.

"Acredito que o Ilumina Fé será uma excelente oportunidade de conversão, solidificação da fé e perseverança da minha dos nossos jovens", destaca o coordenador arquidiocesano do Setor Juventude, Diácono Inácio Lopes.

O Ilumina Fé também tem o objetivo de preparar os jovens para a Semana Missionária, evento que acontecerá na Arquidiocese de Natal, antecedendo a Jornada Mundial da Juventude. A Semana Missionária será realizada em todas as dioceses do Brasil, no período de 16 a 20 de julho.
 FONTE: Arquidiocese de Natal

Cardeal Bertone: sacerdotes diplomatas jamais cedam à rotina



Cidade do Vaticano (RV) - O Cardeal Secretário de Estado Tarcisio Bertone esteve nesta quinta-feira na Pontifícia Academia Eclesiástica de Roma para presidir às Segundas Vésperas de Santo Abade, padroeiro da escola que prepara os sacerdotes destinados ao serviço diplomático da Santa Sé junto a várias nunciaturas ou junto à Secretaria de Estado.

Como em toda forma de ministério sacerdotal, também nesta particular condição existem os seus riscos. Entre eles está o risco do habituar-se, está aquela espécie de adequação superficial à rotina do dia a dia, de acomodação a formalidades vazias que com o passar do tempo correm o risco de tornar-nos menos atentos à dimensão sobrenatural do nosso cotidiano", – frisou o purpurado.

O Cardeal Bertone recordou que com o Ano da Fé o Papa chama "toda a Igreja a uma espécie de peregrinação ao essencial, uma peregrinação que quer levar todos ao coração da experiência cristã, que é o encontro vivificante com o Cristo crucificado e ressuscitado".

"Também para nós que nos encontramos a serviço direto do Sucessor de Pedro, nos dicastérios e repartições da Cúria Romana ou nas Representações Pontifícias, este Ano quer ser um tempo de graça, uma oportunidade para aprofundar o nosso estar radicado no Senhor e redescobrir assim o sentido genuíno do nosso serviço", prosseguiu.

Daí, a exortação do Cardeal Secretário de Estado: "Quanto maior for a identificação de vocês com Cristo, maior será a paixão de vocês pela vida da Igreja, o amor pelos homens de todos os povos e nações, a capacidade de construir relações fraternas, laços de colaboração e de paz para os quais a vida comunitária atual de vocês representa uma ótima propedêutica".

"Tudo isso lhes permitirá enfrentar com mais coragem as dificuldades, por vezes não poucas, que o ministério de vocês poderá requerer, e aceitar com realismo também aqueles aspectos ligados à inevitável fragilidade da natureza humana, dos quais fazemos experiência", enfatizou.

Por fim, o Cardeal Bertone recordou o núncio na Costa do Marfim, Dom Ambrose Madtha, morto em 8 de dezembro próximo passado num trágico acidente automobilístico.FONTE: Rádio Vaticano

Quem errou?


Começar é bom, prosseguir ótimo e perseverar é excelente. Na catequese há sofridas desistências. Erros do treinador ou dos atletas?

Refugiados e imigrantes: um desafio humanitário. Entrevista especial com Paulo Welter

18/01/2013 | IHU On-Line "O refúgio já é muito antigo e vem acompanhado com sentimento de dor. Pois, quando uma pessoa é forçada a deixar a sua pátria ela carrega consigo o sentimento de dor e o desejo de regressar", aponta o irmão jesuíta.
"No mundo globalizado jamais será possível entender a existência de pessoas refugiadas. Falta globalizar o ser humano. Mas isso será muito difícil, uma vez que, nesse processo de globalização, faltam valores éticos necessários no relacionamento de respeito entre as pessoas". A declaração é do missionário e irmão jesuíta, Paulo Welter, que durante seis anos atuou no Serviço Jesuíta aos Refugiados, em Angola.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Welter relata sua experiência juntos dos refugiados africanos e dos imigrantes haitianos, no Brasil. Após retornar de Angola, o irmão jesuíta participou do projeto Pró-Haiti, uma iniciativa dos jesuítas brasileiros para dar apoio aos haitianos que chegam ao país. Ao avaliar essas iniciativas, ele é enfático: "A vida é feita de desafios e buscas de melhores condições para se viver. Para os imigrantes e refugiados, estes desafios sempre são urgentes e quase imediatos, pois a vida está em perigo e precisam encontrar uma solução. As organizações internacionais e nacionais apontam como desafio a possibilidade de proporcionar soluções duradouras e projetos que ofereçam oportunidades aos migrantes e refugiados. Dar comida é algo imediato e, em muitos casos, é disso o que mais necessitam tais pessoas. Mas não se pode dar comida por muito tempo, especialmente quando a demanda é grande. Encontrar atividades e projetos com soluções duradoras é, portanto, o grande desafio".
Paulo Welter é graduado em Ciências Jurídicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, assessor do projeto Pró-Haiti e de 2008 a 2011 foi diretor nacional do Serviço Jesuita aos Refugiados - SJR -, em Angola.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Como define a questão dos refugiados no mundo?
Paulo Welter - Foi a partir do início do século XX que os refugiados no mundo receberam atenção da comunidade internacional e, por questões humanitárias, o mundo inteiro resolveu prestar assistência e proteção. De acordo com a legislação, os refugiados são classificados segundo a sua origem, nacionalidade e ficaram desprovidos de proteção por parte de seu país.
O mundo está cada vez mais globalizado e as pessoas circulam com mais facilidade de um país para outro, ou seja, as fronteiras quase perderam o seu sentido em relação a uma sociedade globalizada e quando pensamos como seres humanos com os mesmos direitos em todo o mundo. Com certeza os refugiados provocam muitas inquietudes diante da legislação em vigor em certos países que se "protegem" impedindo e ou negando a dignidade de vida ao seu irmão e semelhante. Pois estas pessoas apenas têm uma opção: proteger suas vidas em outro país uma vez que o seu não mais garante a mínima proteção e os direitos básicos de vida. Em outras palavras, o refúgio já é muito antigo e vem acompanhado do sentimento de dor. Isso porque, quando uma pessoa é forçada a deixar a sua pátria, ela carrega consigo o sentimento de dor e o desejo de regressar. Muito bem foi definido por Eurípedes, 431 a.C.: "Não tem maior dor no mundo que a perda da sua terra natal".
IHU On-Line - Quais são as principais causas que fazem as pessoas abandonarem seus países de origem?
Paulo Welter - As principais causas são provenientes quando o Estado não dá ou já não consegue mais dar proteção ao seu povo. Geralmente, originados nos países por conflitos internos, tais como guerra, perseguição política, racial, de gênero, fome e por desastre da natureza.
IHU On-Line - Trata-se de um problema político internacional?
Paulo Welter - Nem sempre podemos dizer se tratar de um problema político internacional, pois os países ricos e influentes no mundo restringem a entrada de refugiados e tratam as pessoas como não globalizadas. Eles apenas têm interesse nos lucros e nos negócios internacionais. Normalmente, os países que "produzem" refugiados são proprietários de riquezas naturais, tendo um governo politicamente sem capacidade de gerir suas riquezas, seu povo, além de serem pouco democráticos. Nesse contexto, os países influentes no mundo conseguem dominar e explorar as riquezas dos países subdesenvolvidos ou mesmo miseráveis. A comunidade internacional, através da ONU e de outras organizações, vem há muitos anos desenvolvendo projetos de ajuda humanitária. Graças a Deus que existem tais organizações.
IHU On-Line - É possível estimar a atual população de refugiados no mundo? Em quais países eles mais se concentram?
Paulo Welter - Talvez seja necessário fazer uma pesquisa sobre a população atual de refugiados no mundo. África é o continente com mais refugiados e deslocados internos. Depois vem a região da Síria e Ásia.
Normalmente, deslocados internos também são tratados como refugiados, o que eleva este número. No aspecto legal e jurídico, apenas pode ser chamado refugiado aquele que é beneficiário do Estatuto de Refugiado. Isso porque um requerente de asilo é uma pessoa com expectativa de se beneficiar deste documento e, certamente, é o requerente de asilo quem mais sofre. Isso acontece devido ao fato de que ele está chegando a um novo país e lhe falta tudo: alimentação, moradia, dignidade. Necessita se adaptar a uma nova cultura, língua e legislação de outro país, sem acesso à saúde e à educação dos seus filhos. Além do mais, vivendo momentos difíceis de adaptação e muitas vezes sendo vítimas dos abusos e desrespeito da sua dignidade. Em outras palavras, precisa ser um herói para sobreviver.
Uma vez beneficiário do Estatuto de Refugiado, a vida começa a melhorar por serem portadores de documentos, podendo iniciar uma vida nova. Psicologicamente, sentem-se melhores acolhidos e, assim, se integram no país de acolhimento. Contudo, os refugiados historicamente, e ainda hoje, continuam sendo vistos como uma massa sobrante de pessoas em qualquer parte do mundo. É uma verdade e uma realidade que não podemos esconder e sim trabalhar cada vez mais para que todas as classes sociais da sociedade tomem conhecimento, e que um dia um novo horizonte venha a despontar na vida das pessoas refugiadas. Esperamos que um dia tudo isso seja passageiro, mantendo viva sempre a chama do retorno ao seu país, ou então a integração definitiva no país de acolhimento.
IHU On-Line - Como é desenvolvido o Serviço Jesuíta aos Refugiados no mundo?
Paulo Welter - O Serviço Jesuíta aos Refugiados - (JRS, a sigla em inglês) é desenvolvido através de seu Escritório Internacional com sede em Roma, e mais 10 Escritórios Regionais (África = 5; Ásia = 2; Europa = 1; América = 2) e com Escritórios Nacionais em 50 países.
O JRS foi fundado em novembro de 1980 pelo superior Geral dos Jesuítas, Pe. Pedro Arrupe, como sendo uma organização internacional da Igreja Católica. Tem como missão acompanhar, servir e defender as pessoas deslocadas internamente, em particular os refugiados. Segue os princípios da missão dos jesuítas no mundo de promover a justiça, o diálogo com outras culturas e religiões.
IHU On-Line - Qual o papel das Igrejas para com os refugiados, repatriados e deslocados?
Paulo Welter - As Igrejas vêm, ao longo de muitos anos, auxiliando no acolhimento dos refugiados e imigrantes, pois uma das maiores dificuldades que estas pessoas enfrentam é o acolhimento, e, logo em seguida, dificuldades de fazer os encaminhamentos junto às autoridades do governo para conseguir seus documentos. Devido ao medo e à insegurança, sem conhecer primeiramente ninguém, são nas Igrejas que tais pesssoas estabelecem o primeiro vínculo de confiança.
Em suas trajetórias de fuga, alguns chegaram ao seu destino e encontram em Deus a força e a segurança para continuar acreditar em dias melhores. Por mais que alguém se diga ateu, na hora do perigo, se lembra de um ser superior chamado Deus. Também as Igrejas dão muita credibilidade, e com mais facilidade é possível promover campanhas de ajuda. As Igrejas têm boas lideranças que se colocam à disposição para ajudar nos serviços de acolhimento. Por parte do governo, esse processo sempre é mais demorado, e são as Igrejas que iniciam e promovem a rede de solidariedade.
IHU On-Line - Como o tema é abordado pela comunidade internacional? Em que países a situação dos refugiados é mais complicada?
Paulo Welter - A comunidade internacional, através da ONU e especialmente pelo Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR, trata estes temas com muita seriedade, pois afetam a segurança mundial. Ela procura manter o controle sobre as crises humanitárias no mundo.
Os países mais complicados no momento me parecem ser os do Oriente Médio, como a Síria, e na África, o leste da República Democrática do Congo, na região do Kivu Norte.
IHU On-Line - Como podemos perceber o "rótulo" de refugiado em tempos de globalização?
Paulo Welter - No mundo globalizado jamais será possível entender a existência de pessoas refugiadas. Falta globalizar o ser humano. Mas isso será muito difícil, uma vez que, nesse processo de globalização, faltam valores éticos necessários no relacionamento de respeito entre as pessoas. Parece-me ser muito difícil a globalização sem valores humanos e sem união entre as pessoas. Assim sendo, o "rótulo" continuará nas pessoas refugiadas, muitas vezes vistas e reconhecidas como sem valor, como a massa sobrante da sociedade. Devemos nos preocupar em mudar este tratamento e proporcionar aos refugiados dignidade como pessoas com valores. Certamente eles têm muito para contribuir com seus conhecimentos e cultura no país de acolhida. Tudo isso é um processo que deverá constantemente ser tratado por parte das autoridades, agentes e pessoas que se dedicam à causa dos refugiados no sentido de fazer com que a sociedade mude o seu procedimento ou o comportamento em relação aos refugiados, atribuindo-lhes valores. Se um dia isso acontecer, poderíamos dizer que a humanidade e os povos estão globalizados.
IHU On-Line - Como foi sua experiência no Serviço Jesuíta aos Refugiados em Angola?
Paulo Welter - O trabalho em Angola e com o JRS foi muito marcante na minha vida; com ele aprendi a ser mais solidário e a partilhar a vida. Encontrei pessoas boas, próximas e amigas. Sempre fui bem tratado por todos e pelas autoridades do governo de Angola. Em poucas palavras, posso afirmar que foram seis anos especiais em minha. Conheci um pouco do continente africano, sua cultura e seu povo. Guardo com muito carinho todas as pessoas com quem partilhei a vida. Apenas sei que Angola e África marcaram a minha vida e sou grato por esta oportunidade que tive.
IHU On-Line - Qual a atual situação dos refugiados na Angola?
Paulo Welter - Angola tem uma história muito interessante em relação aos refugiados. Em primeiro lugar, mesmo durante os anos de guerra civil, proporcionou acolhimento e refúgio para inúmeros africanos de outros países, como do Congo, Ruanda, Costa do Marfim, Serra Leoa e outros.
Outro fator positivo é que em Angola os refugiados não foram colocados em campos de refugiados, e sim foram integrados na sociedade angolana. Em alguns casos foram criadas comunidades de refugiados, mas livres e abertas, sem controle, o que ocorre nos campos de refugiados. Isso dá mais dignidade a eles e ajuda na integração no novo país.
Brasil e Angola
Com a vinda da paz definitiva em 2002, Angola está avançado muito na questão de legislação e documentação para os refugiados, buscando integrar os que escolhem seu território como local para refúgio. Ele tem proporcionado acesso à saúde, à escola, à documentação. Dentro das suas possibilidades, oferece vida digna. Em Angola a língua oficial é o português e seu povo pode ser considerado "primo" dos brasileiros. Brasil e Angola mantêm constante troca de experiências sobre como melhorar a legislação e o tratamento dos refugiados. Ele é um exemplo para muitos países africanos referente ao acolhimento e refúgio, e vem se destacando como um país de refência em relaçãos aos refugiados no continente africano.
O Serviço Jesuíta aos Refugiados - JRS continua a sua missão em Angola e oferece diversas atividades de formação, educação, microcrédito, atividades contra a violência, assessoria jurídica etc. Todas elas são desenvolvidas em parceria com o ACNUR, com outras ONGs e com o governo local. O JRS é considerado uma referência muito importante para os requerentes de asilo, refugiados e autoridades.
IHU On-Line - Com seu retorno ao Brasil, como surgiu a ideia de criar o Projeto Pró-Haiti?
Paulo Welter - A criação do Projeto Pró-Haiti surgiu a partir do grande número de imigrantes haitianos que vinha chegado a cada semana de Tabatinga para Manaus, na Igreja São Geraldo. Esta migração se deu logo após o terremoto em 2010, e a Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Manaus, sob a coordenação das irmãs scalabrinianas e dos padres scalabrinianos da Igreja São Geraldo - auxiliados por outras congregações religiosas e o povo amazonense -, prestou os primeiros atendimentos de acolhimento, o que incluía principalmente alimentação e moradia. Quero ressaltar o importante trabalho das autoridades do governo que proporcionaram a documentação, como o CPF e a Carteira de Trabalho. Destacaram-se a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho. Logo que os haitianos tinham sua documentação, muitas empresas contrataram de imediato esta mão de obra, principalmente na construção civil na cidade de Manaus. Em seguida despertou o interesse de muitos empregadores de São Paulo e do sul do Brasil, que contrataram trabalhadores haitianos.
Pró-Haiti
Como a demanda era muito grande e a Igreja São Geraldo não conseguia vencer todos os atendimentos, os jesuítas resolveram somar forças e criaram o projeto Pró-Haiti em fevereiro de 2012. Até esta data os jesuítas na região amazônica não tinham quase nenhuma participação concreta. Eu pessoalmente participava das reuniões da Pastoral do Migrante e pouco poderia fazer de concreto por parte dos jesuítas, uma vez que falta definir o que e como integraríamos a "rede de solidariedade em favor dos imigrantes haitianos" na região amazônica e Brasil.
Após uma reunião, ficou estabelecido que o Pró Haiti auxiliaria não no acolhimento, mas sim na área profissional e no encaminhamento da documentação junto às autoridades, oferecendo aulas de português, assessoria jurídica, artesanato, banda de música, tradução de crioulo para português. Este último era particularmente necessário porque poucos haitianos falavam ou entendiam português.
Portanto, foi assim que surgiu o projeto Pró Haiti: para somar forças e prestar um trabalho profissional e específico. A equipe é integrada com pessoas qualificadas em atender às necessidades dos haitianos, e se tornou um espaço de encontro e partilha dos seus sofrimentos e anseios de vencer na vida.
IHU On-Line - Como tem sido a aceitação do projeto por parte da Igreja e que tipo de apoio tem recebido dela?
Paulo Welter - O projeto Pró-Haiti, por parte da Igreja Católica e outras Igrejas, foi e continua sendo um projeto de respeito por conduzir de forma profissional, ética e transparente as suas atividades e missão. Para isso, é fundamental ter uma equipe com a devida qualificação e que faça o trabalho com amor e compaixão, ou seja, sempre se colocando nos sapatos do haitiano que está longe de sua terra natal e necessita de pessoas que realmente orientem de acordo com a legislação brasileira. A Igreja Católica, através da Caritas, dos scalabrinianos, dos capuchinhos e de outras congregações de freiras, demostrou o melhor carinho por este projeto.
A Igreja de Manaus proporciou apoio financeiro através da Caritas Diocesana e dos jesuítas do sul do Brasil. O superior geral dos Jesuítas, sediado em Roma, também proporcionou ajuda financeira. Igualmente recebemos mais apoio de um doador espontâneo, de São Paulo, e um de um grupo de italianos, que fizeram campanhas de roupas e enviaram alguns valores.
IHU On-Line - Qual o significado desse trabalho para os imigrantes, que muitas vezes chegam aqui no Brasil sem perspectivas e sofrem muita discriminação?
Paulo Welter - Esta pergunta deveria ser respondida por algum haitiano. Mas sei o que os haitianos partilharam no Escritório do Pró-Haiti. Vinham e agradeciam pela assistência recebida e afirmaram inúmeras vezes que não saberiam como seria a vida deles se não tivessem recebido o apoio jurídico e o auxílio para o encaminhamento de seus documentos. O Pró-Haiti se tornou um segundo lar para eles. Um lugar para partilhar a vida e resolver os problemas de forma profissional nas mais diversas áreas. Encontram sempre no Pró-Haiti um ombro amigo e seguro.
IHU On-Line - Três anos depois do terremoto que atingiu o Haiti, como o senhor vê a postura do Brasil em relação aos imigrantes?
Paulo Welter - O Brasil, como mais alguns países, tem uma postura positiva e inovadora em relação aos imigrantes haitianos, vítimas do terremoto. O Brasil foi obrigado a atender uma demanda de imigrantes haitianos sem a devida legislação. Os haitianos simplesmente resolveram migrar para Brasil de diversas formas, em busca de melhores condições de vida. Tabantinga e Manaus foram as cidades que mais receberam haitianos no país, seguidas de Brasileia, no Acre.
O Ministério da Justiça, através do Conare, da Polícia Federal e do Ministério do Trabalho e Emprego, encontrou uma solução importante no sentido de proporcionar a documentação necessária para que os haitianos vivessem e trabalhassem legalmente no Brasil; isso se deu mediante o visto humanitário. Está decisão possibilitou a contratação de muitos imigrantes, gerando oportunidade para eles e para as empresas.
IHU On-Line - O senhor trabalhou com os haitianos que chegaram ao país nos últimos dois anos, através do projeto Pró-Haiti. Como ocorreu o ingresso deles no Brasil e o que relatam sobre a atual situação do seu país de origem?
Paulo Welter - Inicialmente, o ingresso dos imigrantes haitianos no Brasil foi quase todo feito de forma ilegal. Mas eles se apresentaram às autoridades solicitando o refúgio. Num primeiro momento, as autoridades brasileiras não estavam preparadas e tampouco havia uma legislação que orientasse a Polícia Federal como proceder. A grande dúvida era se classificavam os haitianos como refugiados ou imigrantes.
Em janeiro de 2012, o Ministério da Justiça resolveu legalizar todos os haitianos que estavam no Brasil, na intenção de impedir o tráfico de pessoas através de redes organizadas internacionalmente. Mesmo assim, continuaram entrando haitianos em Brasileia, no Acre, e Tabatinga, no Amazonas. O Brasil novamente cedeu, em virtude da ajuda humanitária, e legalizou estes imigrantes haitianos. Os vistos aos haitianos que desejam migrar para o Brasil são concedidos somente pela Embaixada do Brasil no Haiti, com um limite de 100 vistos por mês. No momento, esta regra também já não é mais considerada, e os vistos podem ser superiores a 100 por mês e tais adaptações se fazem necessários na legislação.
IHU On-Line - Muitos haitianos, após chegarem ao Amazonas e Acre, imigraram para outros estados, entre eles o Rio Grande do Sul. Qual a situação deles no estado e em que regiões estão localizados?
Paulo Welter - Os haitianos, após terem sua documentação para trabalhar, migraram para outras regiões do Brasil. Entre estas se destacam São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No Rio Grande do Sul, podemos encontrar haitianos quase em todas as cidades, graças à divulgação dos meios de comunicação, que despertaram a sensibilidade e o interesse de empresas do sul. No estado, os haitianos moram em Estrela, Lajeado, Encantado, Marau, Paraí. Há um bom número de imigrantes trabalhando em diversas outras cidades da serra gaúcha, como também em Sarandi, Igrejinha e Gravataí. É importante destacar ainda que o Rio Grande do Sul deu um passo importante através do governo, no sentido de criar o Fórum Permanente no final do ano de 2012, que envolve a sociedade civil e o governo.
IHU On-Line - Quais os desafios para pensar a questão dos imigrantes e dos refugiados nos dias de hoje?
Paulo Welter - A vida é feita de desafios e buscas de melhores condições para se viver. Para os imigrantes e refugiados estes desafios sempre são urgentes e quase imediatos, pois a vida está em perigo e precisam encontrar uma solução. As organizações internacionais e nacionais apontam como desafio a possibilidade de proporcionar soluções duradouras e projetos que ofereçam oportunidades aos migrantes e refugiados. Dar comida é algo imediato e, em muitos casos, é disso o que mais necessitam tais pessoas. Mas não se pode dar comida por muito tempo, especialmente quando a demanda é grande. Encontrar atividades e projetos com soluções duradoras é, portanto, o grande desafio.
IHU On-Line - Qual a relação entre direitos humanos e refugiados? O que diz a legislação internacional para com as populações de refugiados e repatriados?
Paulo Welter - Os direitos humanos e refugiados têm uma relação muito próxima, pois a vida de seres humanos, no caso os refugiados, tem seus princípios fundamentais violados ou ameaçados.
A legislação internacional é clara em relação aos refugiados e repatriados. Podemos afirmar que ela foi bem elaborada. Porém, difícil é cumprir esta legislação. Sempre se depende de muitos outros fatores não previstos nela, tais como o afeto à sua família e à pátria, imprevistos e novos conflitos, a questão financeira, o acesso à terra, ao trabalho, à documentação etc. Por isso os envolvidos que trabalham diretamente com uma população refugiada precisam ter qualificação para trabalhar de maneira criativa, atendendo às necessidades dos refugiados e repatriados.
IHU On-Line - Deseja acrescentar algo?
Paulo Welter - Com o expressivo número de haitianos no sul do Brasil, e a necessidade constante de renovação de seus passaportes, eles precisam de orientações concretas sobre encaminhamentos de documentos via consulado e ou Embaixada. É preciso defender seus direitos e proporcionar uma vida mais digna e segura.
Na cidade de Feliz foi atropelado um haitiano que morreu na hora ao ser atingido por um motorista brasileiro bêbado. Ele foi enterrado em Feliz, mas quem acompanha seus dois filhos no Haiti e o processo de crime no Brasil? Como fica tudo isso? A maioria dos haitianos homens que está no Brasil deixou sua esposa e filhos no país de origem, e agora desejam fazer a unificação familiar, direito previsto aos haitianos na legislação. Todavia, não há assistência e os encaminhamentos são feitos em São Paulo ou Brasília. Por isso, proponho que, urgentemente, seja instalado no Rio Grande do Sul um subescritório consular do Haiti para atender à demanda dos imigrantes que vivem aqui.
Por último, foi e continua sendo muito bom poder ajudar os imigrantes haitianos no Brasil, e gostaria de agradecer a todas as pessoas e empresas que ajudam, formando assim uma grande rede de solidariedade e proporcionando dignidade ao povo haitiano.
Fonte: www.ihu.unisinos.br
Mensagem do dia
 
Sexta-Feira, 18 de janeiro 2013
Ressuscita-nos, Senhor Jesus Reze, agora, agradecendo a Jesus pelo grande presente que nos deixou: a Eucaristia.

"Obrigado, Senhor, pela oportunidade que tenho diariamente de receber-Te na comunhão e assim receber tantas graças de que necessito, especialmente a de vencer a tentação e o pecado. Creio que serei vitorioso usando esse poderoso remédio que é a Eucaristia.

Dá-me, Senhor, deste Pão, para que eu possa ser curado e ressuscitado, conforme a promessa que está em Tua Palavra: 'Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, e eu o ressuscitarei' (Jo 6,54.56). Ressuscita-me, Senhor Jesus. Amém!"

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
FONTE: Canção Nova

Somos todos políticos

Tudo que possuímos vem como herança ou conquista. Infelizmente somos herdeiros de uma política autoritária, do período colonial até nossos dias. A educação política faz a massa acreditar que ela tem que ser dirigida por uma classe de ricos que se fazem dirigentes de uma maioria, esta "sem condições" de lutar por seus direitos. Pois, acreditam que seus direitos vem como uma dádiva de quem está no poder. Nesse sentido se perpetua o poder de poucos. É a política da espetacularização.
Por outro lado, a política pode ser vista como instrumento a ser conquistado por todos. Um instrumento democrático, e através desse instrumento se reconheça e respeite as diferenças. Por enquanto, o abismo que separa pobres e ricos continua se aprofundando cada vez mais.
(Carlos:Fé e Luz)  
 
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

VATICANO - Os Agentes pastorais assassinados no ano de 2012

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Como sempre, no final do ano, a Agência Fides publica a lista dos agentes pastorais que perderam a vida de modo violento ao longo dos últimos 12 meses. Segundo os nossos dados, foram assassinados 12 agentes pastorais em 2012, quase todos sacerdotes. Trata-se, de fato, de 10 sacerdotes, uma religiosa e uma leiga.
Pelo quarto ano consecutivo, com um número mais elevado de agentes pastorais assassinados, consta em primeiro lugar a AMÉRICA, banhada pelo sangue de seis sacerdotes. Segue a ÁFRICA, onde foram mortos três sacerdotes e 1 leiga. Na ÁSIA, foram assassinados 1 sacerdote e uma leiga.
(Fonte: Agência Fides)

Índia: Luta ao tráfico de seres humanos em Orissa: prioridade no Ano da Fé

17/01/2013 | Agência Fides
Uma luta firme contra o tráfico de seres humanos, que atinge, sobretudo, as comunidades mais pobres de Orissa, como as cristãs; iniciativas para garantir a segurança alimentar da população: estas são as atividades promovidas por uma rede de apostolado formada pelas congregações religiosas presentes no estado de Orissa para o Ano da Fé. Como apurado pela Agência Fides, a rede acolhe outras confissões cristãs, ONGs, grupos de auto-ajuda, equipes diocesanas de assistência social e estudantes. A rede identificou duas emergências atuais na sociedade de Orissa, estado do leste da Índia palco de massacres anticristãos em 2008. A primeira é o tráfico de seres humanos, que atinge principalmente mulheres e crianças; a segunda é a insegurança alimentar: as famílias não têm a certeza de poder se sustentar com o mínimo cotidiano necessário à sua sobrevivência.
Dentre os religiosos católicos engajados na rede estão também os Franciscanos Capuchinhos (OFM Cap), os Verbitas (SVD), as Irmãs Clarissas Franciscanas (FCC), as Irmãs do Espírito Santo. A equipe é liderada por pe. Nithiya Sagayam OFM. Cap, responsável pelo Centro "Justiça e Paz" dos Capuchinhos e Secretário do Escritório para o Desenvolvimento Humano da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC). O franciscano sublinhou à Fides "a opção pelos pobres como tema especial para as comunidades que vivem em Orissa o Ano da Fé".
Os pobres são em grande parte tribais, dalits e habitantes das áreas rurais e favelas. "Uma das formas modernas de escravidão, ou seja, o tráfico de seres humanos, está destruindo o tecido social da sociedade em Orissa e paralisando o desenvolvimento econômico, social e cultural do povo" - afirma a rede, em nota enviada à Fides. A venda de crianças, a prostituição infantil, o trabalho forçado, o tráfico de pessoas e de órgãos são comuns. Os traficantes recrutam, transferem e detêm pessoas por meio de ameaças, chantagens, seqüestros, enganos, abusos de poder e vulnerabilidade. Para responder eficazmente a estas violações de direitos humanos, "precisamos construir um movimento através de uma intensa rede de funcionários do governo, advogados, policiais, líderes religiosos, animadores e professores" - destaca pe. Nithiya à Fides.
A rede propõe um texto com "os dez mandamentos contra o tráfico de seres humanos", para ser difundido amplamente, através de panfletos nas aldeias, instituições, paróquias, templos, escolas e outros locais públicos, aos líderes dos povoados e pessoas comuns oferecendo um guia útil para proteger todas as potenciais vítimas do tráfico. Um relatório sobre a questão será enviado nos próximos meses para as autoridades políticas e judiciárias, propondo um concreto plano de ação. Os religiosos também lançaram iniciativas de cooperação e formação para garantir a segurança alimentar ao povo de Orissa.
Fonte: www.fides.org

Bento XVI: avançar no ecumenismo e trabalhar em conjunto por uma sociedade mais justa e fraterna


ROMA, Thursday, 17 January 2013 (Zenit.org).
Na festa de São Henrique de Uppsala, padroeiro da Finlândia, o Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência uma delegação ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia, que, como todos os anos, viaja em peregrinação a Roma nesta data.
O Santo Padre manifestou a sua alegria por esta tradicional visita anual e recordou que ela acontece na véspera da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, cujo tema vem do livro de Miquéias: "O que o Senhor pede de nós?".
“O profeta”, disse o papa, “esclarece: Deus nos pede fazer justiça, praticar a piedade, andar humildemente com o nosso Deus. O natal nos lembra que é Deus que, desde o início, caminha conosco e, na plenitude dos tempos, se encarnou para nos salvar dos nossos pecados e para guiar os nossos passos no caminho da santidade, da justiça e da paz".
"Andar humildemente na presença do Senhor, em obediência à sua palavra de salvação e com a confiança no seu plano de graça, é uma mostra eloquente não só da vida de fé, mas também do nosso caminho ecumênico rumo à unidade plena e visível de todos os cristãos. Neste caminho de discipulado, somos chamados a avançar juntos pelo caminho estreito da fidelidade à soberana vontade de Deus, para lidar com as dificuldades e com os obstáculos que podemos encontrar".
"Para avançar no caminho da fraternidade ecumênica, devemos estar cada vez mais unidos em oração, mais e mais engajados na busca da santidade, e cada vez mais envolvidos na pesquisa teológica e na cooperação a serviço de uma sociedade justa e fraterna. Ao longo deste caminho do ecumenismo espiritual, caminhamos realmente com Deus e com os outros, na justiça e no amor, porque, como afirma a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação: 'Somos aceitos por Deus e recebemos o Espírito Santo, que renova os nossos corações e nos capacita e convida às boas obras’".
O papa terminou o discurso expressando a esperança de que a visita da delegação finlandesa a Roma "ajude a fortalecer as relações ecumênicas entre todos os cristãos na Finlândia. Damos graças a Deus por tudo o que já foi alcançado até agora e rezamos para que o Espírito da verdade guie os discípulos de Cristo em seu país na direção de um amor e de uma unidade ainda maiores, à medida que eles se empenham para viver à luz do evangelho e iluminar com essa luz as grandes questões morais das sociedades atuais”.
“Ao caminhar juntos na humildade pelo caminho da justiça, da misericórdia e da retidão que o Senhor nos indicou, os cristãos não só permanecerão na verdade, mas serão modelo de alegria e de esperança para todos aqueles que procuram um ponto seguro de referência neste mundo em rápida transformação".
FONTE: ZENIT
Irmão do papa faz 89 anos

Anita Sanchez Bourdin
ROMA, Thursday, 17 January 2013 (Zenit.org).
O pe. Georg Ratzinger acaba de comemorar seu aniversário de 89 anos. O sacerdote, músico e irmão do papa Bento XVI, nasceu em 15 de janeiro de 1924 em Pleiskirchen, na Baviera, Alemanha.
Em 2011, Georg Ratzinger publicou um livro de entrevistas com Michael Hesemann intitulado Mein Bruder, der Papst (Meu irmão, o papa), que lança luz sobre o ambiente autenticamente cristão e visceralmente antinazista da família Ratzinger.
O livro mostra como o pai deles, o comissário de polícia Joseph Ratzinger, conseguiu proteger os filhos e impedi-los de ser obrigados a participar nas atividades da Hitlerjugend (Juventude Hitlerista).
Na introdução da obra, Michael Hesemann se mostra particularmente impressionado com a história da infância, muito significativa neste Ano da Fé, contada pelo irmão mais velho do Papa. Georg mostra "o retrato de uma família que, graças a uma fé viva, resistiu a todas as dificuldades da época, incluindo os males do regime nazista".
Ratzinger-pai lia dois jornais antinazistas, inclusive o Der gerade Weg (O Caminho Reto), cujo diretor, Fritz Gerlich, foi fuzilado sem julgamento no campo de concentração de Dachau, perto de Munique, em 1934, ou seja, bem antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Os relatos vão além. Após a guerra, em 1946, os dois irmãos entraram juntos no seminário de Munique e foram ordenados no mesmo dia, 29 de junho de 1951. Enquanto o futuro papa Bento XVI ganhou logo a reputação de "Menino prodígio da teologia" (Wunderkind der Theologie), o pe. Georg Ratzinger continuou a sua formação musical, tornando-se, em 1957, maestro de coral de Traunstein e, em 1964, diretor do famoso coral de crianças de Regensburg, o Regensburger Domspatzen. Neste cargo, ele permaneceu até a aposentadoria, em 1994. Como diretor dos Domspatzen, o pe. Georg realizou concertos em todo o mundo e inúmeras gravações.
Em 1967, Georg Ratzinger recebeu o título honorífico de "monsenhor", e, em 1993, de "protonotário apostólico".
Ele reside em Regensburg e conversa com o irmão por telefone regularmente. Viaja seguidamente até Roma, seja para concertos, seja para passar algumas semanas com o irmão na residência de verão de Castel Gandolfo, ao sul de Roma.
Curiosidades? No livro, Georg Ratzinger revela a relação espontânea que o irmão papa sempre teve com os animais, desde criança, quando ganhava, por este motivo, bichos de pelúcia de presente.
FONTE: ZENIT

Reflexão com Padre Paulo

(Padre Paulo, Arquidiocese de Natal)
"Todo mundo na Igreja de Deus está de acordo: em virtude da poderosa Encarnação do Verbo...(1) 
"... nossa alma está totalmente devotada ao Cristo, centrada nele" (Teilhard de Chardin).

Atitude de uma vereadora

No dia 23 de fevereiro, a vereadora Amanda Gurgel (PSTU) vai realizar seu primeiro seminário temático para elaboração de projetos. Junto com os trabalhadores e a população de Natal, o mandato começará discutindo os diversos problemas da Educação Pública e um conjunto de propostas para o setor. No seminário, serão debatidos vários aspectos do tema, como a crise nas escolas de Natal, a luta pela valorização do professor (a), a educação infantil, a falta de creches, o direito das mulheres e o financiamento da educação.
Não fique de fora deste momento! Participe do Seminário sobre Educação da vereadora Amanda Gurgel. Opine, dê sugestões, ajude a construir um mandato socialista e dos trabalhadores. Todos estão convocados a participar. No dia 23 fevereiro, às 9 horas, esperamos vocês no IFRN Central, na Av. Salgado Filho, 1559 - Lagoa Nova.

Inclusão da Juventude

Construir a liberdade não é tão fácil numa sociedade de desiguais. Estamos no início de um ano sem nenhum projeto de sociedade que sirva de referência, principalmente,  para os jovens  que se encontram sem alternativas para o mundo do trabalho. As oportunidades estão cada vez mais encolhidas, sem visibilidade. É preciso dar passos significativos para oportunizar a juventude no mundo. A juventude tem necessidade de revolucionar o mundo com sua criatividade, sua inteligência e sua força. Falta agora um projeto político econômico para promover esse importante segmento para a construção de uma sociedade justa. Sem a juventude não temos futuro. Mas, o que vem a ser jovialidade? "Jovialidade é, pois, o vigor, a essência do ser jovial"(CF2013). Portanto, não se refere a uma idade específica. É preciso ver o sentido da palavra. "Jovialidade vem de duas palavras: jovial e idade. Idade significa a essência, a força, o vigor de alguma coisa. Jovial vem de jovis, nome com que os gregos designavam o deus supremo, o deus da força do dia"(CF2013). Vamos conferir, então, qual será a proposta para introduzir a juventude na dinâmica do mundo. Os jovens precisam de apoio e valorização.
Tudo isso passa por uma nova educação. Tudo aquilo que representa atraso, sofrimento, exclusão, perseguição não é obra que se aproveite na construção de uma nova sociedade. É necessário construir uma mentalidade na juventude para que se libertem da alienação imposta, para que se fortaleçam e se transformem na esperança do povo. Ainda precisamos avançar bastante para atingir esse objetivo. Nesse sentido, a educação deve ser prioridade e sob a liderança do espírito jovial. É um sonho, mas começa assim.
Temos uma longa caminhada para tornar concreto esse sonho, com a juventude assumindo seu protagonismo. O conservadorismo da juventude é reflexo de uma política conservadora que nada muda na história. Que a jornada mundial da juventude possa ser o início de uma nova história.
(Carlos:Movimento Fé e Luz)
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Frase que retrata a verdade


UMA COISA É RENOVAR e INOVAR , E OUTRA COISA É MUDAR APENAS A FACHADA . MUDAR OS AROS SEM MUDAR AS LENTES, MUDA O VISUAL, MAS NÃO A MIOPIA .

Frase do Papa Bento XVI

"Mas a força de Deus age penetrando no meio do mundo, onde vivem os discípulos".
Bento XVI

Urgente: política na direção do bem comum

Podemos dizer que política é lutar pelo bem comum. Aqui já não tem lugar para o individualismo, projetos pessoais. A dimensão social da política cobre  todos os interesses. Para isto é necessário formação de novas lideranças nessa perspectiva. Que sejam independentes, comprometidos com a causa dos oprimidos. É verdade que está em falta esse tipo de liderança. Mas não podemos desanimar quanto a essa realidade.
O povo segue a tradição de esperar que a sua libertação venha da parte dos poderosos do mundo. É uma tradição que precisa ser mudada a partir da organização das comunidades. Uma comunidade organizada torna-se sujeito de sua história. Ninguém tira proveito de uma comunidade independente, ninguém compra a consciência de quem possui conhecimento e se pauta na ética e na moral. Política deve ser feita com motivação e esperança num mundo de justiça e paz. As lideranças de relevância colocam seus serviços para a comunidade e trabalham na perspectiva de libertação de todas as formas de opressão.
Liderança solidária com os mais pobres abre caminho para que todos tenham o necessário para sobrevivência. É claro que essa construção é necessária sem o assistencialismo perpétuo que tem contribuído no imobilismo social. Como foi que surgiu um Dom Hélder Câmara? Marcelo Barros? Leonardo Boff? Teresa de Calcutá? Surgiram do conhecimento verdadeiro, do desapego, colocaram suas vidas a serviço da dignidade humana. É importante saber que não estamos sozinhos nessa luta permanente pelo reino de justiça, igualadade, paz e amor. Não de outra coisa.
(Carlos: Professor/Líder no setor I missionário)
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Catequese de Bento XVI: A revelação da face de Deus

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)


CATEQUESE
Sala Paulo VI - Vaticano
Quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Queridos irmãos e irmãs,

O Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a divina Revelação Dei Verbum, afirma que a íntima verdade de toda a revelação de Deus brilha para nós “em Cristo, que é também o mediador e a plenitude de toda a Revelação” (n. 2). O Antigo Testamento nos narra como Deus, depois da criação, apesar do pecado original, apesar da arrogância do homem de querer colocar-se no lugar do seu criador, oferece novamente a possibilidade da sua amizade, sobretudo através da aliança com Abraão e o caminho de um pequeno povo, aquele de Israel, que Ele escolhe não com critérios de poder terreno, mas simplesmente por amor. É uma escolha que permanece um mistério e revela o estilo de Deus que chama alguns não para excluir outros, mas para que faça uma ponte que conduza a Ele: eleição é sempre eleição para o outro. Na história do povo de Israel podemos refazer os passos de um longo caminho no qual Deus se faz conhecer, se revela, entra na história com palavras e com ações. Para este trabalho, Ele usa mediadores, como Moisés, os Profetas, os Juízes, que comunicam ao povo a sua vontade, recordam a exigência de fidelidade à aliança e mantêm viva a realização plena e definitiva das promessas divinas.

E é propriamente a realização destas promessas que contemplamos no Santo Natal: a Revelação de Deus alcança o seu ápice, a sua plenitude. Em Jesus de Nazaré, Deus visita realmente o seu povo, visita a humanidade de um modo que vai além de todas as expectativas: manda o seu Filho Unigênito; faz-se homem o próprio Deus. Jesus não nos diz qualquer coisa sobre Deus, não fala simplesmente do Pai, mas é a revelação de Deus, porque é Deus, e nos revela assim a face de Deus. No Prólogo de seu Evangelho, São João escreve: “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único que está no seio do Pai foi quem o revelou” (Jo 1, 18).

Gostaria de concentrar-me sobre este “revelar a face de Deus”. A este respeito, São João, no seu Evangelho, relata-nos um fato significativo que ouvimos então. Aproximando-se a Paixão, Jesus tranquiliza os seus discípulos convidando-os a não terem medo e a ter fé; depois começa um diálogo com eles no qual fala de Deus Pai (cfr Jo 14, 2-9). Em um certo ponto, o apóstolo Filipe pede a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e nos basta” (Jo 14, 8). Filipe é muito prático e concreto, diz também o que nós queremos dizer: “queremos ver, mostra-nos o Pai”, pede para “ver” o Pai, para ver a sua face. A resposta de Jesus é respondida não somente a Filipe, mas também a nós e nos introduz no coração da fé cristológica; o Senhor afirma: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14, 9). Nesta expressão está contida sinteticamente a novidade do Novo Testamento, aquela novidade que apareceu na gruta de Belém: Deus pode ser visto, Deus manifestou a sua face, é visível em Jesus Cristo.

Em todo o Antigo Testamento está presente o tema da “busca da face de Deus”, o desejo de conhecer esta face, o desejo de ver como Deus é, tanto que o termo hebraico pānîm, que significa “face”, aparece nada menos que 400 vezes, e 100 delas são referentes a Deus: 100 vezes refere-se a Deus, deseja-se ver a face de Deus. No entanto, a religião judaica proíbe todas as imagens, porque Deus não pode ser representado, como em vez disso faziam os povos vizinhos com a adoração de ídolos; então, com esta proibição de imagens, o Antigo Testamento parece excluir totalmente o “ver” do culto e da devoção. O que significa, então, para o israelita piedoso, todavia buscar a face de Deus, na consciência de que não pode existir imagem alguma? A pergunta é importante: por um lado se quer dizer que Deus não pode ser reduzido a um objeto, como uma imagem que se toma em mãos, nem sequer se pode colocar algo no lugar de Deus; por outro lado, porém, afirma-se que Deus tem uma face, isso é, um “Tu” que pode entrar em relacionamento, que não está fechado no seu Céu a olhar do alto para a humanidade. Deus está certamente acima de todas as coisas, mas se dirige a nós, escuta-nos, vê-nos, fala, estabelece aliança, é capaz de amar. A história da salvação é a história de Deus com a humanidade, é a história deste relacionamento de Deus que se revela progressivamente ao homem, que faz conhecer a si próprio, a sua face.

Propriamente no início do ano, em 1º de janeiro, ouvimos, na liturgia, a belíssima oração de benção sobre o povo: “O Senhor te abençõe e te guarde. O Senhor te mostre a sua face e conceda-te a sua graça. O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz” (Nm 6,24-26). O esplendor da face divina é a fonte de vida, é isso que permite ver a realidade; a luz da sua face é o guia da vida. No Antigo Testamento tem uma figura à qual está conectado de uma forma muito especial o tema da "face de Deus"; trata-se de Moisés, aquele que Deus escolhe para libertar o povo da escravidão do Egito, doa-lhe a Lei da aliança e o conduz à Terra prometida. Bem, no capítulo 33 do Livro do Êxodo, diz-se que Moisés tinha um relacionamento fechado e confidencial com Deus: “o Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo” (v. 11). Em virtude dessa confiança, Moisés pede a Deus: “Mostra-me a tua glória!”, e a resposta de Deus é clara: “Farei passar diante de ti todo o meu esplendor e proclamarei o meu nome... Mas tu não poderás ver a minha face, porque nenhum homem pode me ver e permanecer vivo...Eis um lugar perto de mim...Tu me verás por detrás, mas a minha face não pode ser vista” (vv. 18-23). De um lado, então, tem o diálogo face a face como entre amigos, mas do outro tem a impossibilidade, nesta vida, de ver a face de Deus, que permanece escondida; a visão é limitada. Os Padres dizem que estas palavras, “tu me verás por detrás”, querem dizer: tu podes somente seguir Cristo e seguindo vês por trás o mistério de Deus; Deus pode ser seguido vendo as suas costas.

Algo de completamente novo acontece, porém, com a Encarnação. A busca da face de Deus recebe uma mudança incrível, porque agora esta face pode ser vista: é aquela de Jesus, do Filho de Deus que se faz homem. Nele encontra cumprimento o caminho da revelação de Deus iniciado com o chamado a Abraão, Ele é a plenitude desta revelação porque é o Filho de Deus, é ao mesmo tempo “mediador e plenitude de toda a Revelação” (Const. Dog. Dei Verbum, 2), Nele o conteúdo da Revelação e o Revelador coincidem. Jesus nos mostra a face de Deus e nos faz conhecer o nome de Deus. Na oração sacerdotal, na Última Ceia, Ele diz ao Pai: “Manifestei o teu nome aos homens...Fiz conhecerem eles o teu nome” (cfr Jo 17, 6. 26). A expressão “nome de Deus” significa Deus como Aquele que está presente entre os homens. A Moisés, na sarça ardente, Deus havia revelado o seu nome, isso é, tinha se tornado exigível, tinha dado um sinal concreto do ser “existir” entre os homens. Tudo isso em Jesus encontra cumprimento e plenitude: Ele inaugura de um modo novo a presença de Deus na história, para que quem o vê, veja o Pai, como diz a Filipe (cfr Jo 14, 9). O Cristianismo – afirma São Bernardo – é a “religião da Palavra de Deus”; não, porém, de “uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo” (Hom. Super missus est, IV, 11: PL 183, 86B). Na tradição patrística e medieval, usa-se uma fórmula particular para exprimir esta realidade: diz-se que Jesus é o Verbum abbreviatum (cfr Rm 9,28, relatado em Is 10,23), o Verbo abreviado, a Palavra breve, abreviada e substancial do Pai, que nos disse tudo Dele. Em Jesus toda a Palavra está presente.
Em Jesus também a mediação entre Deus e o homem encontra a sua plenitude. No Antigo Testamento há uma série de figuras que desempenharam esta função, em particular Moisés, o libertador, o guia, o “mediador” da aliança, como o define também o Novo Testamento (cfr Gal 3, 19; At 7, 35; Jo 1, 17). Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não é simplesmente um dos mediadores entre Deus e o homem, mas é “o mediador” da nova e eterna aliança (cfr Eb 8,6; 9,15; 12,24); “um só, de fato, é Deus – diz Paulo – e um só o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus” (1 Tm 2,5; cfr Gal 3,19-20). Nele nós vemos e encontramos o Pai; Nele podemos invocar Deus com o nome de “Abbá Pai”; nele nos é doada a salvação.

O desejo de conhecer Deus realmente, isso é, de ver a face de Deus é inerente a todos os homens, também nos ateus. E nós temos talvez inconscientemente este desejo de ver simplesmente quem é Ele, o que é, quem é para nós. Mas este desejo se realiza seguindo Cristo, assim vemos as costas e vemos enfim também Deus como amigo, a sua face na face de Cristo. O importante é que sigamos Cristo não somente no momento no qual temos necessidade e quando encontramos um espaço nas nossas ocupações cotidianas, mas com a nossa vida enquanto tal. Toda a nossa existência deve ser orientada ao encontro com Jesus Cristo, ao amor por Ele; e, nisso, um lugar central deve ter o amor pelo próximo, aquele amor que, à luz do Crucifixo, nos faz reconhecer a face de Jesus no pobre, no indefeso, naquele que sofre. Isso é possível somente se a verdadeira face de Jesus tornou-se familiar para nós na escuta da sua Palavra, no falar interiormente, no entrar nesta Palavra de forma que realmente O encontremos, e naturalmente no Mistério da Eucaristia. No Evangelho de São Lucas, é significativa a parte dos dois discípulos de Emaús, que reconhecem Jesus ao partir o pão, mas preparados pelo caminho com Ele, preparados pelo convite que fizeram a Ele de permanecer com eles, preparados pelo diálogo que fez arder os seus corações; assim, ao fim, veem Jesus. Também para nós a Eucaristia é a grande escola na qual aprendemos a ver a face de Deus, entramos em relacionamento íntimo com Ele; e aprendemos, ao mesmo tempo a dirigir o olhar para o momento final da história, quando Ele irá nos satisfazer com a luz da sua face. Sobre a terra nós caminhamos para esta plenitude, na expectativa alegre que se realiza realmente no Reino de Deus. Obrigado.



Fonte: Canção Nova