sábado, 18 de maio de 2013

A mentira

A mentira, ela é atormentada por ela mesma. Se comporta como um cão raivoso querendo devorar a verdade. Tudo isso porque a mentira sabe que a verdade é a única esperança do povo simples e dos empobrecidos. Com a verdade, a mentira não tem chance de prostituir e corromper o que é santo e puro. A mentira faz de seus súditos infelizes eternos, depósitos da maldade.
Vamos rezar para que Deus nos livre do mal. (Carlos)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Aumento das passagens

O aumento das passagens do transporte coletivo em Natal causa indignação na classe estudantil. A população saiu ganhando com a luta dos estudantes da última vez no governo anterior. O atual governo não se solidariza com os estudantes nem atende aos apelos pelo veto do aumento. Quem aprova o aumento não tem autoridade para falar do bem comum, da solidariedade, da justiça. Os mais pobres são afetados pelo aumento da tarifa. (Carlos)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Reflexão

 "Apenas sei que nada sei"
Sócrates

O Papa qualifica s redes sociais como novos espaços para a evangelização na Jornada Mundial das Comunicações Sociais

Dia 12 de maio se celebra a XLVII Jornada Mundial das Comunicações Sociais. A mensagem, assinada pelo papa Bento XVI, se centra nas redes sociais, que são apresentadas como nova ágora onde o cristão manifesta a medida de seu compromisso e generosidade. (Fonte: Ordem dos Agostinianos)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Papa: "O Espírito Santo é quem nos recorda as coisas de Deus"



Cidade do Vaticano (RV) – “O Espírito Santo permite que o cristão tenha ‘memória’ da história e dos dons recebidos de Deus. Sem esta graça, há o risco de se cair na idolatria”. Foi, em síntese, o que disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda, 13, a Casa Santa Marta.

Francisco lembrou que o Espírito Santo “é quase sempre um desconhecido de nossa fé”:

Hoje, muitos cristãos não sabem quem é o Espírito Santo, como ele é. E algumas vezes, ouve-se dizer: ‘Mas eu me arranjo com o Pai e o Filho: rezo o Pai Nosso ao Pai, faço a comunhão com o Filho, mas com o Espírito Santo... não sei o que fazer’. Ou então se diz: ‘O Espírito Santo é a pomba, aquele que nos dá sete dons...’. Mas assim, o pobre Espírito Santo fica sempre no fim e não encontra um bom lugar em nossas vidas”.

Prosseguindo, Papa Francisco, ressaltou que o Espírito Santo é um “Deus ativo entre nós”, que nos faz lembrar, que desperta nossa memória. O próprio Jesus explicou aos Apóstolos, antes de Pentecostes, que o Espírito lhes recordaria tudo o que ele havia dito. Ter memória – especificou - significa também recordar das próprias misérias, que nos escravizam, além da graça de Deus, que destas misérias nos redime.

Papa Francisco concluiu com um convite aos cristãos a pedirem a graça da memória, para serem pessoas que não esquecem do caminho percorrido, não esquecem as graças recebidas, não esquecem o perdão dos pecados e nem que foram escravos e que o Senhor lhes salvou.
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/bra/Articolo.asp?c=691554
do site da Rádio Vaticano

domingo, 12 de maio de 2013

O que dizer sobre a realidade da juventude? Os crismandos respondem.

"Vejo os jovens desligados do mundo religioso, adolescentes sem apoio familiar e que por esse motivo são totalmente ignorantes, violentos. Eles só precisam de respeito das pessoas e principalmente Deus no coração" (Jovem Crismando).
"Muitos jovens preferem o mundo do que a Deus. Jovens que não respeitam a si próprio. Mas nem todos estão nesse meio. Preferem ir a uma festa do que a uma missa. Procuram a solução de seu problema nas bebidas ... e não em Deus. Jovens que se deixam levar por qualquer coisa" (Jovem Crismando 2).
"Muitos jovens de hoje em dia estão caindo no meio das drogas. São influenciados por algumas músicas que só falam de bebedeira e não respeitam as mulheres" (Jovem Crismando 3).
"A maioria acha que basta se batizar, já é um cristão. Mas muitas vezes a própria família não orienta para o caminho correto" (Jovem Crismando 4).
"Muitos não querem saber de Deus, nem de estudo e trabalho. Acham mais fácil roubar" (Jovem Crismando 5).
"Os jovens estão bastantes envolvidos no mundo da tecnologia esquecendo de ir à Igreja. Passam a maior parte do tempo no celular e não se lembram de servir a Deus. Os jovens são bem rebeldes, na maioria das vezes por motivos besta, daí ficam tristes" (Jovem Crismando 6).
"Montando uma história de tristeza para suas vidas" (Jovem Crismando 7).
"Os jovens de hoje em dia, a maioria, não todos, vivem dispersos no mundo onde não há regras nem limites. Não podemos descartar os jovens que tem bons objetivos na vida e que sabem o que quer, estes são acusados de não aproveitarem a vida. Muitos não pensam em traçar metas para o futuro, é por isso que muitas vezes se perdem na escuridão, nas drogas, perdem totalmente seu rumo. Boa parte deles não frequentam a Igreja, pois acham que só de pão vive o homem. Mas esses jovens são capazes de mudar se quiserem" (Jovem Crismando 8).
Comentário:
Existe uma parcela significativa da juventude que está presente na Igreja e que tem uma visão do mundo em sua volta. sabem fazer a distinção entre o que é bom e ruim na sociedade. Eles tem consciência disso: "Esses jovens são capazes de mudar se quiserem". A nossa catequese trabalha com uma realidade desafiadora. Vamos torcer para daqui surgirem novas lideranças jovens, claro, com conteúdos necessários para provocar a mudança na sociedade. (Carlos: Catequista)
A paz e unidade das religiões
“O mundo não terá paz enquanto as religiões não dialogarem e isso não ocorrerá se as Igrejas cristãs não se unirem”. Essa afirmação do teólogo suíço Hans Kung deve ser lembrada por ocasião da Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos que ocorre cada ano e dessa vez será celebrada nessa semana de 12 a 19 de maio. O costume de consagrar uma semana anual para orar e trabalhar pela unidade das Igrejas já dura de cem anos. Entretanto é difícil avaliar o resultado dessa prática ecumênica. Como a unidade é dom de Deus e cremos que a oração é sempre de alguma forma escutada, orar juntos é sempre bom e fecundo. O risco é que algumas Igrejas nomeiem uma comissão ecumênica, encarreguem seus membros de participarem das relações ecumênicas em nome da Igreja e depois disso se desinteressem pelo assunto. Nesse caso, as reuniões, fóruns e orações em comum envolveriam sempre os mesmos e poucos personagens. Estes, ao cumprirem as atividades ecumênicas acabam legitimando suas Igrejas a não mudar nada. As comunidades concretas e paróquias continuam como sempre foram. Ignoram e até desprezam as outras Igrejas e religiões.
Para evitar esse risco, em 1968, a coordenação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos católicos do Brasil) publicou um documento preparatório ao diretório ecumênico. Ali os bispos ensinavam que a pastoral ecumênica e a abertura para outras Igrejas só acontecem se se basearem em uma “ecumenicidade” de toda a pastoral e atividades eclesiais. Ou a Igreja inteira se compromete nesse caminho ou a pastoral ecumênica terá sempre poucos resultados positivos.  
Nesse ano de 2013, o tema proposto para a semana da unidade é a palavra bíblica do profeta Miquéias: “O que Deus exige de nós?”. O próprio texto responde: “ Deus pede que pratiquemos a justiça e a bondade e vivamos com simplicidade” (Mq 6, 6- 8).
Infelizmente, no mundo atual, um dos fenômenos religioso que mais crescem é o fundamentalismo dogmático e moral. Em nome de Deus, essa corrente religiosa prega a intolerância e a discriminação de grupos e pessoas. Hoje, no Brasil, cada vez mais aumenta o número de deputados e políticos ligados a esses grupos impropriamente chamados de “evangélicos”. Dominam a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e impõem a toda a sociedade seus preconceitos moralistas, afirmados em nome da Bíblia e de um Deus bem diferente do Pai de amor maternal, revelado por Jesus e acreditado por muitas tradições espirituais.
Nas Igrejas mais antigas, (como a Católica, Anglicana e Luterana), essa semana de orações pela unidade dos cristãos prepara a festa de Pentecostes que encerra o tempo pascal e celebra que o Espírito de Deus é dado a todo o universo, aceita todas as culturas e se manifesta em todo gesto e ato de amor. É esse espírito de abertura universal que a semana de oração pela unidade e os fóruns de diálogo inter-religioso praticam. Essas atividades de diálogo entre Igrejas e religiões podem sim ajudar a nossa sociedade a não afundar em projetos autoritários e fanáticos que oprimem e discriminam grupos e pessoas, em nome da fé. Paulo escreveu: “Foi para que sejamos livres que Cristo nos libertou. Permaneçam na liberdade” (Gl 5, 1). “Onde houver liberdade, aí está o Espírito de Deus” (2 Cor 3, 17). (Fonte: Marcelo Barros)

A verdadeira oração faz-nos sair de nós próprios... para as chagas de Jesus e dos irmãos: Papa Francisco na homilia da Missa



A verdadeira oração é a que nos faz sair de nós mesmos e nos abre ao Pai e aos irmãos mais necessitados: recordou o Papa Francisco neste sábado de manhã, na homilia da Missa celebrada na capela da Casa de Santa Marta, com a participação de alguns agentes da polícia do Vaticano e um grupo de jornalistas argentinos, com as respetivas famílias.
“Por vezes, aborrecemo-nos na oração” – considerou o Papa, observando que mais do que pedir isto ou aquilo, a oração é antes de mais, como lembrava o Evangelho de hoje, “a intercessão do próprio Jesus diante do Pai, fazendo-lhe ver as suas chagas”.

"Ele reza por nós diante do Pai…. Eu sempre gostei disto. Jesus, na sua ressurreição, teve um corpo bonito: as chagas da flagelação, dos espinhos, desapareceram, todas elas. Os hematomas dos golpes, desapareceram. Mas Ele quis ter sempre as chagas, e as chagas são precisamente a sua oração de intercessão ao Pai: "Mas ... olha ... este Te pede em meu nome, olha!". Esta é a novidade que Jesus nos diz. Diz-nos esta novidade: ter confiança na sua paixão, ter confiança na sua vitória sobre a morte, ter confiança nas suas chagas. Ele é o sacerdote, e este o sacrifício: as suas chagas. E isso nos dá confiança, hein?, nos dá a coragem para rezar".

"A oração ao Pai em nome de Jesus faz-nos sair de nós mesmos; a oração que nos aborrece está sempre dentro de nós mesmos, como um pensamento que vai e vem. Mas a verdadeira oração é sair de nós mesmos para o Pai em nome de Jesus, é um êxodo de nós mesmos".

"Se nós não conseguirmos sair de nós mesmos para o irmão necessitado, para o doente, o ignorante, o pobre, o explorado, se nós não conseguirmos fazer esta saída de nós mesmos para aquelas chagas, nunca aprenderemos a liberdade que nos leva à outra saída de nós mesmos, para as chagas de Jesus. Há duas saídas de nós mesmos: uma para as chagas de Jesus, a outra para as chagas dos nossos irmãos e irmãs. E este é o caminho que Jesus quer na nossa oração".
(Fonte: Rádio Vaticano)

Responsabilidade coletiva face ao futuro da espécie humana

10/05/2013
Numa votação unânime de 22 de abril de 2009 a ONU acolheu a idéia, durante muito tempo proposta pelas nações indígenas e sempre relegada,  de que a Terra é Mãe. Por isso a ela se deve o mesmo respeito, a  mesma veneração e o mesmo cuidado que devotamos às nossas mães. A partir de agora, todo dia 22 de abril não será apenas o dia da Terra mas o dia da Mãe Terra.
Esse reconhecimento comporta consequências importantes. A mais imediata delas é que a Terra viva é titular de direitos. Mas não só ela, mas também todos os seres orgânicos e inorgânicos que  a compõem; são, cada um a seu modo, também portadores de direitos. Vale dizer, cada ser possui valor intrínseco, como enfatiza a Carta da Terra, independentemente do uso ou não que fizermos dele. Ele tem direito de existir e de continuar a existir nesse planeta e de não ser maltratado nem eliminado.
Essa aceitação do conceito da Mãe Terra vem ao encontro daquilo que já nos anos 20 do século passado o geoquímico russo Wladimir Vernadsky (1983-1945), criador do conceito de biosfera (o nome foi cunhado do geólogo  austríaco  Eduard Suess (1831-1914) chamava de ecologia global no sentido de ecologia do globo terrestre como um todo. Conhecemos a ecologia ambiental, a politico-social e a mental.  Faltava uma ecologia global da Terra tomada como uma complexa unidade total. Na esteira do geoquímico russo, recentemente James Lovelock,  com dados empíricos novos, apresentou a hipótese Gaia, hoje já aceita como teoria científica: a Terra efetivamente comparece como um superorganismo  vivo que se autoregula, tese apoiada pela teoria dos sistemas, da cibernética e pelos biólogos chilenos Maturana e Varela e pelo físico quântico Fritjof Capra.
Vernadsky entendia a biosfera como aquela camada finíssima que cerca a Terra, uma espécie de sutil tecido indivisível que capta as irradiações do cosmos e da própria Terra e as transforma em energia terrestre altamente ativa. A vida se realiza aqui.
Nesse todo se encontra a multiplicidade dos seres em simbiose entre si, sempre interdependentes de forma que todos se autoajudam para existir, persistir e coevoluir. A espécie humana é parte deste todo terrestre, aquela porção da Terra que pensa, ama, intervem e constrói civilizações.
A espécie humana possui uma singularidade no conjunto dos seres: cabe-lhe a responsabilidade ética de cuidar, manter a condições que garantam a sustentabilidade do todo.
Como  descrevemos no artigo anterior vivemos gravíssimo risco de destruir a espécie humana e todo o projeto planetário. Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com altissimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram  um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda?
Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos agora, brevemente, apresentar um complemento necessário: a ética da responsabilidade do filósofo alemão Hans Jonas (1903-1993) com o seu conhecido Princípio Responsabilidade, seguido pelo  Princípio Vida.
Jonas parte da triste verificação de que o projeto da tecno-ciência tornou a natureza extremamente vulnerável a ponto de não ser impossível o desaparecimento a espécie humana. Dai emerge a responsabilidade coletiva, formulada nesse imperativo: aja de tal  maneira que os efeitos  de tuas ações não destruam a possibilidade futura da vida.
Jonas trabalha ainda com outra categoria que deve ser bem entendida para não provocar uma paralização: o temor e o medo  (Furcht). O medo aqui possui um significado elementar, um medo que nos leva instintivamente  a preservar a vida e toda a espécie. Há efetivamente o temor de que se deslanche um processo irrefreável de destruição em massa, com os meios diante dos quais não tínhamos temor em construir e que agora, temos fundado temor de que nos podem realmente destruir a todos. Dai nasce a responsabilidade face às novas tecnociências como a biotecnologia e a nanotecnologia, cuja capacidade de destruição é inconcebível. Temos que realmente nos responsabilizar pelo futuro da espécie humana por temor e muito mais por amor à nossa propria vida. (Fonte: Leonardo Boff)
Leonardo Boff é autor Do Iceberg à Arca de Noé, Mar de Idéias 2012.