sábado, 20 de outubro de 2012

                       
 Leonardo Boff
                                                                                                                                                                  "A crise mundial está produzindo novos pobres que vivem do lixo a ponto de a pefeitura de Madrid enchaveirar os latões por saúde pública".
Parceria

Educação integral conta com a contribuição de universidades

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoveu, de terça-feira, 16, a quinta, 18, em Brasília, reunião técnica com universidades parceiras para debater o papel da universidade no desenvolvimento da educação integral. O encontro, sob o tema Programa Mais Educação: Construindo a Política da Educação Integral no Brasil, contou com a presença de 30 instituições federais de educação superior.

Desde 2008, representantes das universidades parceiras encontram-se semestralmente para debater os programas e as ações que as instituições vêm realizando no campo da educação integral. As propostas em destaque apresentam novos conceitos para formação de professores nos cursos de pedagogia e licenciatura e defendem a produção de conhecimento com base na pesquisa de pós-graduação.

Para a diretora de Currículos e Educação Integral da SEB, Jaqueline Moll, as federais devem participar da construção da política educacional brasileira. “As universidades têm um papel importante na construção dessa política e no diálogo com as escolas, para construir outros conceitos de educação integral”, disse.

A professora Ana Emília Gonçalves de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desenvolve projetos de extensão voltados para a educação em tempo integral, defende que o papel dessas instituições vai além da formação de profissionais que atuam na educação. “Estamos construindo algo novo em um processo que já está acontecendo, por isso precisamos de pesquisa e extensão no campo da educação integral. A universidade pública tem uma responsabilidade com a sociedade”, afirmou.

O programa Mais Educação foi criado em 2007 para atender, inicialmente, 1.380 escolas que apresentavam os piores resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). De acordo com a proposta do programa, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório. Contam ainda, com café da manhã, almoço e lanche. Os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e dão aulas de reforço, principalmente de português e matemática. Em 2012, o programa chegou a 32 mil escolas.

Assessoria de Comunicação Social (ACS MEC)

Para reduzir a pobreza e a fome

Este ano, o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, está lembrando as cooperativas, que têm participação decisiva na produção e distribuição de alimentos.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) escolheu o tema para o Dia Mundial da Alimentação 2012: “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo”. Tal opção está relacionada às comemorações do Ano Internacional do Cooperativismo.
Todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro. Trata-se de um chamamento aos países para a adoção de políticas, programas e ações com o objetivo de eliminar a fome no mundo e assegurar a segurança alimentar dos povos.
Conforme comunicado da FAO, “as cooperativas estão presentes em todos os países e setores, incluindo agricultura, alimentação, finanças, saúde, comercialização, seguros e crédito”. Ainda segundo a FAO, “estima-se que as cooperativas tenham um bilhão de membros em todo o mundo, gerando mais de 100 milhões de empregos. Na agricultura, silvicultura, pesca e pecuária, os seus membros participam em atividades de produção, partilha de riscos e lucros, poupança de custos e geração de rendimento, que lhes proporcionam maior poder de negociação na hora de vender ou comprar no mercado”.
O Dia Mundial da Alimentação 2012 destaca as cooperativas agrícolas e sua contribuição para a redução da pobreza e da fome. Afinal, do número aproximado de 925 milhões de pessoas que passam fome no mundo, 70% vivem em áreas rurais, onde a agricultura é a principal atividade econômica. As cooperativas agrícolas e alimentares já são um importante instrumento contra a pobreza e a fome, mas podem fazer muito mais.
É tempo de fortalecer essas organizações e facilitar sua expansão, bem como criar um ambiente comercial, legal, político e social favorável em que possam se desenvolver.
Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) / Fotografia: Douglas Mansur

Santuário de Lourdes é evacuado após inundação

Lourdes / AP
Transbordamento de rio forçou evacuação de santuário de Lourdes, na França
Autoridades francesas evacuaram neste sábado centenas de peregrinos que visitavam o santuário católico de Lourdes, no sudoeste da França, devido ao transbordamento de um rio local.
A elevação do nível de água forçou a maior parte do fechamento do santuário, que atrai anualmente cerca de 6 milhões de visitantes.
A cidade de Lourdes tornou-se um centro de peregrinação para os católicos, especialmente doentes e deficientes, após o relato da aparição da Virgem Maria a uma menina camponesa em 1858.
(Fonte: BBC Brasil)

sábado, 20 de outubro de 2012

Comentário litúrgico - 29º Domingo do Tempo Comum


Atenção! Tenhamos presente que, celebrar a Eucaristia sem ter presente a memória Daquele que disse que veio a este mundo e a cada um de nós, não para “ser servido, mas para servir” e, que, por isso, terminou morrendo, para ser fiel ao projeto de seu Pai, provando seu amor incondicional por nossa causa, é viver totalmente iludido (evangelho). Viver de acordo com a ética cristã é lutar e defender a vida, a exemplo de Deus, e se preciso, sacrificar a própria vida (I leitura). Como Jesus, nós também devemos ter a coragem de descer ao nível das “massas sobrantes”, dos oprimidos e marginalizados.
1ª leitura (Is 53,10-11)
                A pretensão de muitos é ter o domínio sobre os seus semelhantes; colocar-se a serviço de alguém é algo muito raro.
            Nos versículos apresentados, a narração trata do quarto canto do servo de Javé: sua paixão, morte e vitória. O “servo” é vitimado por um julgamento iníquo, consequência de uma sociedade patrocinadora da injustiça.   
            Tem-se a impressão que este “servo” fora castigado por Deus. Olhando sem o devido aprofundamento teológico-bíblico, parece até que Deus se felicita com o sofrimento dos outros.
            Nada disso! Aquilo que aos olhos dos homens é um fracasso, para Deus é um triunfo. É através do sacrifício, do sofrimento, dom de si mesmo que realiza a salvação.
            A imagem do “servo sofredor” é a imagem de Jesus, que nos patrocinou a salvação, humilhando-se para servir a todos, doando-lhes gratuitamente a própria vida.
A atitude de fidelidade ao Pai faz o “servo sofredor” oferecer a sua vida como sacrifício expiatório, o que garantirá o triunfo do plano de Deus, que é vida em plenitude para todos.
Evangelho (Mc 10,35-45)
Jesus e os discípulos estão se dirigindo a Jerusalém e o ministério de Jesus se aproxima do fim. Atenção para um detalhe: É sempre um caminho pedagógico. Mas, qual é mesmo a preocupação do Mestre? Dessa vez, a sua preocupação “número um” é demonstrar para os seus discípulos, que tipo de Messias ele O é. Não obstante, Pedro ter confessado a Jesus que Ele era o Messias, não o convenceu suficientemente. É necessário superar a ideia de que o Messias seria o líder poderoso prestes a manifestar domínio e glória. Pois bem, a questão aqui é a seguinte: Depois de cerca de três anos de convívio, os discípulos ainda manifestam incompreensão em relação à novidade de Jesus, imaginando que ele assumiria o poder (a “glória”) em Jerusalém.
Diante das pretensiosas e equivocadas reivindicações dos discípulos e das contendas entre eles, Jesus faz uma crítica do exercício do poder neste mundo.
Trata-se, aqui de um outro detalhe: Tiago e João que são os filhos de Zebedeu, eles são a segunda dupla a ser chamada por Jesus no início de seu ministério, conforme narração dos evangelhos sinóticos. Eles aparecem, ainda, com frequência, junto com Pedro, como um trio mais próximo a Jesus. O evangelho de João não menciona o nome de Tiago. Tiago foi decapitado por Herodes Agripa em 42 d.C.
Há uma menção do apóstolo Paulo a “Tiago, irmão do Senhor” (Gl 1,19). Trata-se de Tiago “Menor”, parente de Jesus, que foi chefe da Igreja de Jerusalém e foi martirizado por apedrejamento em 62 d.C.
Rejeitando, de maneira generalizada, o abuso de poder dos chefes das nações e de seus grandes, Jesus reafirma a novidade do Reino. Enquanto a sociedade é dividida entre poderosos e opressores e oprimidos explorados, Jesus propõe a conquista da unidade a partir da humildade e do serviço, resgatando-se a vida dos mais excluídos e marginalizados. Porém, quando Jesus é suspenso na cruz, são dois marginalizados que estão à sua direita e à sua esquerda, em duas cruzes.
Sem muitas demoras, Jesus logo nos leva a compreender que só há uma maneira de ser que caracteriza a autenticidade cristã, totalmente diferente do que é institucionalizado pelos grandes e importantes neste mundo: A lógica defendida por Jesus contradiz a lógica do mundo. Como assim? “Aquele que quiser se grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos”.
É exatamente essa compreensão que falta aos discípulos de ontem e aos de hoje; nem sempre alcançamos que seguir a Jesus, significa estar dispostos não só a falar, mas a viver, a beber o seu cálice. O caminho para chegar a isso não é o do poder, mas do serviço até o dom da vida. Finalmente é a via escolhida por Jesus, servo sofredor.
Um alerta para todos os cristãos, especialmente para nós os agentes da missão: Como discernimos o poder-serviço em nossa vida de homens e mulheres consagrados a Deus e ao povo?
Quais as relações que predominam em nossa sociedade? Em nossas comunidades? Em nossas próprias famílias?
2ª leitura (Hb 4,14-16)
            O segundo texto lido na liturgia deste 29º Domingo do Tempo Comum, no seu vers. 15, diz assim: “Com feito, temos um sumo-sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado”. A única diferença é que, enquanto nós frequentemente faltamos com a fidelidade a Deus, ele jamais deixou-se contaminar pelo pecado.
            Conclusão: “Jesus exerceu e continua exercendo seu sacerdócio solidarizando-se com qualquer um que seja filho de Deus”. “Porque solidário com nossas fraquezas, ele inspira confiança e esperança na comunidade cristã: “Por isso, permaneçamos    firmes na fé que professamos” (v. 14b).

Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco da Paróquia da Imaculada Conceição
Pascom Nova Cruz - RN
  Home > Igreja > 2012-10-20 10:30:31




"Nova evangelização e santidade": Editorial do P. Lombardi


Enquanto o Sínodo reunido em Roma continua o seu laborioso caminho de reflexão sobre o amplo tema da "nova evangelização", procurando temas unificadores e fios condutores entre as centenas de intervenções pronunciadas nos dias passados por bispos, convidados e observadores, a cerimónia da canonização de domingo 21 de Outubro surge como um foco de luz e de alegria.

Exatamente sete beatos serão proclamados modelos de santidade para toda Igreja. Sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres. Viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceânia. Do jesuíta missionário em terras longínquas que morre mártir em Madagáscar, ao sacerdote educador e formador de jovens em dificuldades, à doente que desenvolve durante décadas na sua cama a preciosíssima missão espiritual do sofrimento. Do jovem catequista leigo filipino, também ele mártir, até à religiosa dedicada à cura dos leprosos e àquela que se consome pela educação de crianças, jovens e operários. Mas a verdadeira flor deste maravilhoso grupo é a jovem Catarina Tekakwita, fruto extraordinário do primeiro anúncio da fé entre as tribos dos índios da América.

Os santos são, desde sempre, as testemunhas mais credíveis da fé cristã, da presença viva e operante do Espírito de Jesus Ressuscitado, da transformação da humanidade graças à potência misteriosa do Evangelho. Sem o Espírito, a Igreja não vive, muito menos difunde eficazmente o Evangelho num mundo que terá porventura dificuldades em aceitá-lo, mas que tem uma imensa necessidade de encontrar gratuidade de amor, alegria e esperança, que não sabe onde encontrar. Também a nova evangelização recomeçará dos santos do nosso tempo. (RV)
Rigor científico e paixão pelo homem: Bento XVI, elogiando os vencedores do Prémio Ratzinger


Promover um saber que reuna ciência e sapiência, rigor científico e paixão pelo homem, de tal modo que este possa descobrir a arte de viver: Este – segundo o Papa – o principal mérito dos dois estudiosos hoje galardoados por Bento XVI com o “Prémio Ratzinger para a Teologia” 2012: o padre jesuíta americano Brian Daley, professor de Teologia na Universidade Notre Dame, nos Estados Unidos, e o historiador francês Rémi Brague (foto), leigo casado, professor emérito de Filosofia Medieval, na Sorbona, em Paris, e professor de Filosofia das Religiões europeias, em Munique.
Bento XVI sublinhou a competência e o empenho dos dois premiados em dois aspetos decisivos para a Igreja do nosso tempo: o ecumenismo e o confronto com as outras religiões. Estudando a fundo os Padres da Igreja – observou o Papa – o padre Daley colocou-se na melhor das escolas para conhecer e amar a Igreja una e indivisa, na diversidade das suas diferentes tradições. Por sua vez o professor Brague é um grande estudiosos da filosofia das religiões, em especial da religião hebraica e islâmica na Idade Média.
Estudos que, nos 50 anos do início do Concílio Vaticano II, convidam a reler dois documentos conciliares: a Declaração “Nostra aetate”, sobre as religiões não cristãs, e o Decreto “Unitatis redintegratio” sobre o ecumenismo, a que seria de acrescentar ainda – considerou o Papa – “um outro documento que se revelou de extraordinária importância – a Declaração “Dignitatis humanae”, sobre a liberdade religiosa.
Bento XVI exprimiu o seu “apreço e gratidão” pela atividade académica de investigação e divulgação desenvolvida pelos dois premiados:

“Personalidades como o Padre Daley e o Professor Brague são exemplares para a transmissão de um saber que une ciência e sapiência, rigor científico e paixão pelo homem (…). Temos necessidade precisamente de pessoas (assim), que, através da fé iluminada e vivida, tornem Deus presente e credível ao homem de hoje (…). Homens cuja inteligência esteja iluminada pela luz de Deus, para que possam falar também à mente e ao coração dos outros. (Isso) para que os homens e as mulheres do nosso tempo possam descobrir e redescobrir a verdadeira arte de viver: foi esta uma das grandes paixões do Concílio Vaticano II, mais do que nunca atual no empenho da nova evangelização”. (RV)
Home > Igreja > 2012-10-20 09:57:57



Papa preside neste domingo, na praça de São Pedro, à canonização de sete novos santos


Bento XVI preside neste domingo, na praça de São Pedro, a canonização de sete Beatos, entre os quais a primeira santa indígena norte-americana, Kateri Tekakwitha, nascida em 1656 e falecida em 1680, no atual Canadá. Tekakwitha nasceu numa localidade dos EUA hoje denominada Auriesville, e foi beatificada por João Paulo II em junho de 1980.

Esta proclamação solene de novos santos, que desta vez tem lugar no Dia Mundial das Missões, é a décima celebração do género no atual pontificado. Bento XVI proclamou até agora 37 novos santos, incluindo o português Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável (em abril de 2009).

Entre os santos que serão proclamados amanhã estão dois mártires: Giacomo Berthieu, missionário jesuíta francês morto em Madagáscar em 1896, por não querer renunciar à sua fé; o catequista filipino Pedro Calungsod, assassinado em Guam em 1672 por um pai que se recusou a deixar o seu filho ser batizado.

Os outros novos santos são: - o padre italiano Giovanni Battista Piamarta (falecido em 1913); - a religiosa espanhola Maria Carmela Sallés y Barangueras (Maria del Monte Carmelo, morta em 1911); - a norte-americana Barbara Cope (Madre Marianne de Molokai, (falecida em 1918), que se dedicou aos leprosos; e - a leiga alemã Anna Schäffer (morta em 1925).

A cerimónia deste domingo vai decorrer pela primeira vez antes e não durante a missa, a que o Papa presidirá seguidamente.
O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, pede em três momentos sucessivos que os sete beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos”. Bento XVI profere, então, a fórmula de canonização, com a qual o estabelece que os novos santos “sejam devotamente honrados” em toda a Igreja.
Nesta altura, são trazidas para junto ao altar as relíquias dos novos santos. O rito conclui quando o Papa responde positivamente à solicitação formulada pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos para que seja redigida a Carta Apostólica a respeito das canonizações que acabaram de ter lugar. (fonte: RV)
     Home > Igreja > 2012-10-20 10:30:31




"Nova evangelização e santidade": Editorial do P. Lombardi


Enquanto o Sínodo reunido em Roma continua o seu laborioso caminho de reflexão sobre o amplo tema da "nova evangelização", procurando temas unificadores e fios condutores entre as centenas de intervenções pronunciadas nos dias passados por bispos, convidados e observadores, a cerimónia da canonização de domingo 21 de Outubro surge como um foco de luz e de alegria.

Exatamente sete beatos serão proclamados modelos de santidade para toda Igreja. Sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres. Viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceânia. Do jesuíta missionário em terras longínquas que morre mártir em Madagáscar, ao sacerdote educador e formador de jovens em dificuldades, à doente que desenvolve durante décadas na sua cama a preciosíssima missão espiritual do sofrimento. Do jovem catequista leigo filipino, também ele mártir, até à religiosa dedicada à cura dos leprosos e àquela que se consome pela educação de crianças, jovens e operários. Mas a verdadeira flor deste maravilhoso grupo é a jovem Catarina Tekakwita, fruto extraordinário do primeiro anúncio da fé entre as tribos dos índios da América.

Os santos são, desde sempre, as testemunhas mais credíveis da fé cristã, da presença viva e operante do Espírito de Jesus Ressuscitado, da transformação da humanidade graças à potência misteriosa do Evangelho. Sem o Espírito, a Igreja não vive, muito menos difunde eficazmente o Evangelho num mundo que terá porventura dificuldades em aceitá-lo, mas que tem uma imensa necessidade de encontrar gratuidade de amor, alegria e esperança, que não sabe onde encontrar. Também a nova evangelização recomeçará dos santos do nosso tempo. (RV)



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Protesto de estudantes na Espanha: “Se não há solução, haverá revolução!”

Nessa quinta-feira (18), estudantes, professores, pais e mães saíram às ruas de várias cidades espanholas em protesto contra as medidas de austeridade impostas no setor da educação

19/10/2012


   
   Em Madri, cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas - Foto: Jan Slangen/CC
Após uma greve de três dias inserida numa semana de luta estudantil, que também foi marcada por manifestações e assembleias, milhares de estudantes, professores, pais e mães concentraram-se, em Madri, contra os cortes de 4.000 milhões de euros na Educação, o aumento das mensalidades universitárias, o aumento do horário letivo dos professores e a demissão de 50 mil docentes, que foram impostos pelo governo espanhol.
Os cerca de 100 mil madrilenos que participaram do protesto, convocado pelo Sindicato de Estudantes e pela Confederação de Associações de Pais e Mães de Alunos, contestaram ainda as medidas de austeridade implementadas na Comunidade de Madri na área da Educação, como por exemplo, o corte de 10 milhões de euros em refeições escolares e a substituição dos apoios para compras de livros por um sistema de empréstimo.
Ao som de palavras de ordem como “Por uma Educação pública de tod@s e para tod@s” e “Se não há solução, haverá Revolução!”, a marcha, que começou na Praça Netuno e passou pelo Ministério da Educação, juntou-se, na Praça do Sol, ao protesto dos trabalhadores do Metrô de Madri e da Empresa Municipal de Transportes. No local, um grupo de estudantes da Real Escola Superior de Arte Dramática realizou uma performance para ilustrar as consequências da austeridade no setor e assinalar a sua intenção de continuar a luta contra as medidas impostas pelo executivo de Mariano Rajoy.

Vivam os radicais e abaixo os ultras”
Francisco García, secretário-geral da Federação de Ensino das Comissões Operárias (CCOO) de Madri, sublinhou, durante o protesto, que os estudantes não se importam que lhes chamem “radicais”. “Sim somos radicais e extremistas em defesa do ensino e dos direitos dos cidadãos, já o ministro é um ‘ultra espanholista’, um ultra liberal e um ultra conservador”, disse García. “Então, sim, vivam os radicais e abaixo os ultras”, salientou, respondendo às afirmações do ministro da Educação espanhol, que afirmou que a convocatória do protesto “estava inspirada em supostos da extrema esquerda radical e antissistema”.
O protesto, durante o qual foi feito um apelo à mobilização para a greve geral de 14 de novembro, contou com a presença dos sindicatos UGT, CCOO e STES, bem como de Cayo Lara, representante da Izquierda Unida.

Manifestações em várias cidades espanholas
Realizaram-se ainda protestos contra os cortes na Educação em várias outras cidades espanholas, tais como Barcelona, Valência e Granada.
Conforme informa a Confederação Intersindical Galega (CIG), nessa quinta-feira (18) aconteceram 23 manifestações contra os cortes na Educação nas principais cidades e vilas da Galiza, no noroeste do país.
No município de Corunha, os alunos de Arquitetura da Universidade da Corunha fecharam a faculdade.
(Fonte: Brasil de Fato)

Crianças fora da escola

No mundo, 215 milhões de meninos e meninas trabalham para sobreviver ou complementar a renda de suas famílias

19/10/2012

Frei Betto

Os dados, divulgados pelo IBGE em fins de julho, são alarmantes: 3% do total de crianças brasileiras de 6 a 14 anos se encontram fora da escola, o que representa quase 1 milhão de excluídos dos bancos escolares. Se incluirmos o contingente de 4 e 5 anos e de 15 a 17, o percentual aumenta para 8%, ou seja, 3,8 milhões de crianças e adolescentes.
O Amazonas é o estado que apresenta maior número de crianças de 6 a 14 anos fora da escola – 8,8%. Ali, as distâncias e as dificuldades de transporte pesam no índice. Já Santa Catarina aparece na pesquisa como o estado onde há maior inclusão escolar. Apenas 2,2% daquela faixa etária estão fora da escola.
Nenhum estado do país conseguiu, até hoje, incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na escola. A pesquisa do IBGE revela ainda que, dessas crianças desescolarizadas, 62% já frequentaram a escola por algum tempo, mas abandonaram os estudos.
As razões da evasão escolar precoce são muitas. As mais frequentes, porém, são a falta de interesse (falha pedagógica dos educadores), repetência, gravidez precoce e o imperativo de ingressar no mercado de trabalho para ajudar a família.
A desescolaridade provoca na criança e no adolescente baixa autoestima, tornando-os vulneráveis a propostas ilusórias de enriquecimento e consumismo fáceis através do tráfico de drogas e outras práticas criminosas.
O programa “Todos pela educação”, do qual participo, estabelece 5 metas até 2022, data do bicentenário da independência do Brasil: 1) 98% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos devem estar matriculados e frequentando a escola; 2) 100% das crianças deverão apresentar as habilidades básicas de leitura e escrita até o final da 2a série ou 3o ano do ensino fundamental; 3) 70% ou mais dos alunos terão aprendido o que é essencial para a série que cursam; 4) 95% ou mais dos jovens brasileiros de 16 anos deverão ter completado o ensino fundamental e 90% ou mais de 19 anos deverão ter completado o ensino médio; 5) O investimento público em educação básica deverá ser de 5% ou mais do PIB.
São metas elementares e, no entanto, essenciais para qualificar as gerações futuras e permitir ao nosso país acesso ao desenvolvimento sustentável com justiça social. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT ), no mundo 215 milhões de meninos e meninas trabalham para sobreviver ou complementar a renda de suas famílias. Dessas crianças, metade está exposta a condições degradantes de trabalho, como escravidão, servidão por dívidas, exploração sexual com fins comerciais e atuação em conflitos armados.
O governo brasileiro já desenvolve intensa campanha contra a exploração sexual de crianças e o trabalho infantil. No entanto, é preciso aprimorar o combate a toda forma de violência contra crianças, em especial no âmbito familiar. Há que considerar também como violência à infância a extrema pobreza e determinados conteúdos do ciberespaço, pelo qual atuam os pedófilos e disseminadores de pornografia.

Frei Betto é escritor, autor do romance Minas do ouro (Rocco), entre outros livros.
(Fonte: Brasil de Fato)

Mensagem do dia
 
Sexta-Feira, 19 de outubro 2012
A importância de uma fé operativa A fé é o dom que recebemos no Batismo, dom este que vai crescendo em nós a ponto de se tornar uma fé operativa. Não a fé intelectual que acredita: "Eu acredito que Jesus pode curar" e só. Não, não é assim que o cristão deve pensar. De tal maneira este deve estar convencido do poder curador do Senhor, que sua fé o levará a ser instrumento d'Ele.

O Senhor quer reverter essa situação da descrença e da fé puramente intelectual e nos convencer. Basta que tenhamos uma fé do tamanho de um grão de mostarda (cf. Mateus 17, 20b). Tudo isso depende de estarmos no Espírito Santo e permanecermos n'Ele. Dessa forma, Ele, que tem todos os dons, manifesta-se em nós conforme a necessidade.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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Card. Bertone: Em junho encontro dos Representantes pontifícios com o Papa



O Papa decidiu convocar a Roma, em junho do próximo ano, todos os Núncios, os Delegados apostólicos e os Observadores permanentes da Santa Sé, para “um encontro de reflexão” como ocorreu durante o Jubileu do 2000. Foi o que anunciou aos 262 padres sinodais reunidos no Vaticano, o Secretário de Estado vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, durante os trabalhos sinodais. 
Em seu discurso, o cardeal destacou a “contribuição que querem oferecer à transmissão da fé no contexto da nova evangelização os representantes pontifícios e o conjunto das estruturas da Santa Sé que coordena seus trabalhos”, definindo “um serviço propedêutico à missão da Igreja, muito necessário” ainda hoje, enquanto “se registram, em não poucas regiões do mundo, restrições, às vezes graves, ao livre exercício da missão da Igreja”. 
“Garantir o direito de cidadania à Igreja, às suas instituições e à visão cristã do homem, hoje ameaçada por alguns elementos da chamada cultura dominante”: assim o secretário de Estado sintetizou o papel da diplomacia vaticana.
Fonte: Rádio Vaticano

     Home > Igreja > 19/10/2012 19:45:25



Apelo do Sínodo: Cristãos manifestem a esperança num mundo em crise


Cidade do Vaticano (RV) - Manifestar a esperança num mundo em crise: este objetivo da nova evangelização foi lembrado, nesta sexta-feira, pelo Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano. Os relatos dos círculos menores apresentam algumas propostas concretas para os documentos finais da assembleia.

Os pequenos grupos seguiram métodos diferentes, mas todos voltados para o mesmo resultado: levar a esperança a um mundo em crise, a uma modernidade em que há, ao mesmo tempo, a ausência e anseio por Deus.

Segundo os bispos, a Igreja deve focar primeiramente o exame de consciência. "Se falamos de nova evangelização talvez seja porque os cristãos perderam alguma coisa, algo que a Igreja não soube oferecer. Por outro lado, para evangelizar é preciso ser evangelizados" – destaca o Sínodo.

Outro tema importante abordado foi o diálogo ecumênico e inter-religioso. O primeiro torna crível o anúncio do Evangelho, o segundo se baseado no conhecimento profundo da Bíblia e nos testemunhos de vida, ajuda na difusão da Palavra de Deus até mesmo nos países de maioria muçulmana.

A profunda crise da família foi também debatida pelos padres sinodais. A família deve ser ajudada apoiando os pais como primeiros catequistas de seus filhos e reiterando a importância do Sacramento do Matrimônio.
Os cristãos políticos foi também outro ponto abordado pelos bispos. "Coerentes com a fé, eles devem ser guiados pela reta consciência e por valores não negociáveis. Neste contexto, foi feito o convite de relançar as obras de justiça social e caridade, segundo a Doutrina Social da Igreja, para que a opção pelos pobres torne crível o anúncio do Evangelho e crie verdadeiros oásis de encontro com Deus".
Home > Igreja > 19/10/2012 19:46:50



Arcebispo mexicano: É preciso resgatar os católicos que se distanciaram da Igreja



Tlalnepantla (RV) - O Arcebispo de Tlalnepantla, Dom Carlos Aguiar Retes, Presidente da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), encontrando-se com os jornalistas numa pausa dos trabalhos do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, disse que uma das prioridades da Igreja no México é resgatar os católicos que se distanciaram da vida eclesial.

O prelado frisou que na América latina as dioceses católicas têm milhares de agentes pastorais, fiéis que trabalham em várias atividades da Igreja, mas que não possuem influência na sociedade, não obstante o número seja grande.

"A Igreja cresceu muito nos últimos cinqüenta anos e chegou o momento de fazer um salto de qualidade para promover, ajudar e apoiar os leigos a tornarem presente o Evangelho na vida particular e profissional.

Dom Aguiar observou que incentivando os católicos a estarem presentes no mundo da política, economia, empresas, sindicatos e hospitais, os fiéis que se distanciaram da Igreja tomarão consciência de sua identidade espiritual.

Nesse sentido, será necessário que a Igreja mude de mentalidade, que os sacerdotes não continuem utilizando métodos do passado para uma pastoral de conservação.

O arcebispo recordou que em 1910, 90% da população viviam nas zonas rurais, nas pequenas comunidades, enquanto 10% viviam na cidade. Cem anos depois, em 2010, a situação mudou completamente. Quase 90% vivem nas cidades e poucos ficaram nas zonas rurais. "Isso significa que é necessário modificar as estratégias. Os métodos que a Igreja usava devem mudar para novas condições" – concluiu Dom Aguiar. (MJ)
O trabalho das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil para o Dia Mundial das Missões


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Cidade do Vaticano (RV) - No próximo domingo, 21, a Igreja no Brasil e no mundo celebra o Dia Mundial das Missões. Trata-se de um grande acontecimento e uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária da Igreja.

O Dia Mundial das Missões tem o objetivo de celebrar a unidade da Igreja através da partilha e da fraternidade.

Mariangela Jaguraba conversou com o Diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil, Pe. Camilo Pauletti, sobre o trabalho das POM no Brasil para o Dia Mundial das Missões. (MJ)

Home > Igreja > 19/10/2012 15:00:01




Apelo de Dom Kaigama pela paz na Nigéria


Roma (RV) - Retornar aos verdadeiros valores do Cristianismo e do Islamismo para criar uma sociedade nigeriana que viva na paz e na harmonia. É o apelo lançado por Dom Ignatius Ayau Kaigama, Arcebispo de Jos e Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, no seu discurso ao Fórum organizado pela “Federal Radio Corporation of Nigeria” sobre a “Tolerância Religiosa e Coexitência Pacífica”.

Dom Kaigama sublinhou que as três religiões monoteístas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo pregam a paz e a tolerância. Em particular o arcebispo de Jos recordou diversos trechos evangélicos nos quais Jesus exorta ao diálogo para resolver disputas, evitando a violência

Dom Kaigama – destaca a agência Fides – apresentou então alguns exemplos de solidariedade entre cristãos e muçulmanos, fazendo referência também à sua experiência pessoal. “Recentemente fui convidado pelos jovens muçulmanos de Jos a romper o jejum do Ramadã na Mesquita Central, enquanto alguns anos atrás passei duas noites na casa do falecido Emir de Wase, Alhaji Haruna Abdulahi, e viajei com ele para a Alemanha durante duas semanas, para apresentar os nossos esforços de construção da paz. Para mim esses são exemplos de diálogo de vida que auspicio para os muçulmanos e cristãos”, concluiu Dom Kaigama.

O apelo do presidente da Conferência Episcopal nigeriana chega no momento em que a violência se faz presente em várias áreas do país. Ontem 30 pessoas perderam a vida no Estado central de Benue num ataque perpetrado pelos criadores Fulani, em grande parte muçulmanos, contra um vilarejo habitado por agricultores Tiv, na maioria cristãos. Nos dias passados em Maidugiri durante violentos conflitos entre o exército e o grupo islâmico Boko Haram, foram assassinadas pelo menos 24 pessoas. (SP)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quinta-Feira, 18 de outubro 2012
Cumulados pela graça da sabedoria Em I Coríntios 2,6-7 está escrito: “Entretanto, o que pregamos entre os perfeitos é uma sabedoria, porém, não a sabedoria deste mundo nem a dos grandes deste mundo, que são, aos olhos daquela, desqualificados. Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória”.

Sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu (pois se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da Glória). Aqui Paulo diz dos dons do Espírito Santo; estes foram o meio que Deus nos deu.

Os dons do Espírito Santo foram reservados para nós, por isso devemos ser apóstolos do uso dos dons, pois quem tem o Espírito tem os dons d’Ele. Da mesma forma, que nós somos inseparáveis dos nossos defeitos e qualidades, assim é o Espírito Santo e os seus dons. Para Deus nada é impossível. Não podemos nos basear no intelectual dos homens, mas sim, na sabedoria de Deus. Peçamos ao Divino Amigo que nos cumule com essa graça [sabedoria].

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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Cotas sociais e raciais

Em conformidade com as resoluções do STF, a presidente Dilma sancionou a lei das cotas sociais e raciais, definida como direito de acesso às universidades públicas federais. Além do que é previsto na Constituição Federal, o Brasil adota políticas afirmativas em atenção aos interesses dos grupos sociais. Leve-se em conta que o Legislativo evita enfrentar várias questões conflitivas, remetendo-as ao Judiciário. Algumas políticas afirmativas convertem-se em leis. No caso da lei das cotas, a tentativa é a inclusão social dos empobrecidos e dos afro-descendentes, secularmente excluídos. Esse resgate social serviria de reparação às injustiças e às dívidas sociais. De fato é desejável que os grupos (e as minorias) discriminados e excluídos socialmente recuperem as oportunidades que lhes foram negadas ao longo da história. Que sejam incluídos no processo do desenvolvimento com melhores oportunidades de estudo, capacitação profissional, saúde, assistência social. Tais condições podem e devem ser absorvidas ampliando as boas condições para o funcionamento de escolas técnicas, vinculadas às universidades públicas.
A lei das cotas sociais e raciais arrisca-se a uma resposta imediatista. A decisão do STF revela a constitucionalidade das tais cotas, porém não resolve a questão crucial, relativa aos critérios para admissão de alunos em universidades públicas. Onde fica a valorização e o mérito de candidatos e de alunos que pleiteiam ansiosos a universidade? Em cada universidade caberá aos reitores a definição dos critérios de implementação da lei das cotas. Não basta a simples facilitação do acesso de alunos se não estiverem preparados. Pergunta-se se os professores possuem condições concretas para manter e elevar o nível do sistema de aprendizado e habilidades oferecidas nas universidades... Esse fator é fulcral. O que já acontece na maioria das escolas públicas brasileiras, no ensino fundamental e médio? Os alunos têm acesso à escola cujo sistema de ensino e aprendizado é péssimo. Resultado, os alunos não conseguem se qualificar. Não basta facilitar o acesso à escola ou à universidade, omitindo-se ou se camuflando os indicativos e critérios de seleção e acompanhamento de alunos.
Com isso, a atual lei de cotas sociais e raciais abre um precedente para a adoção de outros tipos de cotas. O questionamento fundamental reside na qualificação profissional dos universitários credenciados por mérito. A delicada questão remete-nos à urgente reforma do sistema de educação brasileira, criando condições e oportunidades para todos, independentemente de raça ou quaisquer outras particularidades. Os crimes odiosos cometidos no passado, como o regime escravocrata e, consequentemente, a reprodução da discriminação e da apartação social, não são reparados ou compensados por “decretos”, mas com a superação do atraso científico, tecnológico, econômico, priorizando a criação de oportunidades para todos, sem exceção. O atraso de um povo não se identifica apenas com a falta de recursos, mas com a corrupção e ausência de valores éticos e morais.



Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.
Home > Cultura e sociedade > 18/10/2012 11:49:46




Ruas de Jerusalém vão ganhar nomes



Jerusalém (RV) - Em princípio, no fim do ano, todas as ruas de Jerusalém terão um nome. E no ano de 2013 a cada casa será dado um número. Dito isto, batizar na cidade antiga é um assunto delicado.

Se Jerusalém não tem necessidade de se “fazer um nome”, mais de mil das suas ruas saem, pouco a pouco do anonimato. Com efeito, a Comissão de finanças da municipalidade de Jerusalém, sob a égide do Presidente da Câmara, Nir Barkat, destinou um orçamento inicial de cerca de 1 milhão de Shekels (mais ou menos 200 mil euros) para pôr em prática o seu projeto de dar um nome às ruas e números às casas em Jerusalém do Leste. Foi durante uma reunião do tribunal Supremo de Israel, em 9 de novembro de 2011, que a municipalidade de Jerusalém decidiu a dar, até ao fim de 2012, a todas as ruas e ruelas um nome. O plano da numeração, por seu lado, deveria acontecer em 2013. Concretamente, o plano foi tornado possível graças à ajuda de fotografias aéreas e de mapas de satélites. O estaleiro começou primeiro nos bairros de Choufatat e de Beit Hanina e em seguida de Tsur Baher e de Jabak Moukaber.

O que está por trás das placas

À primeira vista, é um atraso que é assim colmatado. Desde há dezenas de anos, os habitantes do Leste de Jerusalém, por falta de toponímia, e apesar dos impostos municipais pagos, não podiam receber o seu correio em casa. Para isso tinham de ir às mercearias do bairro ou às raras agências dos correios de Jerusalém Leste (9 agências contra 42 em Jerusalém Oeste). Inútil de dizer que a distribuição de cartas e encomendas sem morada é uma missão impossível. Dir-se-á mesmo, irracional. É portanto uma boa notícia para facilitar a vida quotidiana do bairro oriental, que seja para os moradores, os carteiros, entregas no domicílio, canalizadores, electricistas ou outros técnicos …mas também para os serviços de socorros de urgência (bombeiros, médicos…).

A uma segunda observação, pode-se esconder por trás deste projeto de números e letras, um caso de memória, logo um caso político. A escolha do nome das ruas, – privilégio da municipalidade – quer-se geralmente como uma vitrine de uma cidade (a sua história política, a sua história religiosa, a sua história cultural….), numa palavra o seu bilhete de identidade no esmalte de milhares de placas. Entre outros, seguramente. Compreende-se, portanto, que para a cidade três vezes santa, o que está em jogo se transforma num verdadeiro quebra-cabeças, quando se sabe que o estatuto da cidade é discutido desde 1967 na cena internacional. De uma maneira geral, cada cidade defende, pelas suas placas toponímicas, a imagem que ela quer dar de si mesma. Mas Jerusalém cristaliza entre os seus muros e no coração dos seus habitantes uma mistura de subjectividades e de heranças muitas vezes controversas.

A questão que se esconde é crucial: o nome de uma rua representa um patrimônio imaterial. Como evitar o perigo de fazer desaparecer a identidade do bairro acrescentando nomes que não têm uma ligação direta e/ou positiva com moradores?

Para Mgr. Shomali, vigário patriarcal em Jerusalém, “dar um nome a uma rua é tomar uma posição: é dar um sinal de autoridade”. Face ao “embaraço da escolha dos nomes em razão da história tripla de Jerusalém (judaica, cristã e muçulmana) “, o bispo auxiliar espera que “os nomes das ruas respeitem as heranças de Jerusalém”. E Mgr. Shomali continua, dizendo que “se derem às ruas o nome de personalidades que fizeram bem à cidade (para lá da sua pertença religiosa) não há problema”.

Teoricamente, os residentes e as associações locais em Jerusalém Leste (maioritariamente de língua árabe) foram consultados para proporem nomes para as ruas. Na realidade, a municipalidade apelou aos cidadãos para se absterem de todas as propostas “provocadoras”, por exemplo de autores de atentados. Os nomes foram submetidos à aprovação de uma primeira comissão especial, depois a uma segunda presidida por um juiz do Supremo Tribunal como é o caso de Jerusalém Oeste. Entre a lista de nomes, os dos escritores libanês Khalil e egípcio Taha Hussein foram apresentados. O nome de uma ex-cantora vedeta egípcia Oum Kalthoum foi atribuído a uma rua de Jerusalém Leste.

(RB - Patriarcado Latino de Jerusalém)
Home > Jovens > 18/10/2012 11:53:57




Aplicativos possibilitam novas formas de ler a Bíblia


Natal (RV) - O constante avanço das tecnologias digitais possibilita que a Bíblia torne-se cada vez mais acessível aos católicos conectados ao mundo digital.

Atualmente, estão disponíveis na internet versões online da Bíblia, bem como, Liturgia diária e Liturgia das Horas, Orações e Ofícios. Dentro desse universo, hoje, os católicos podem fazer uso também de aplicativos da Bíblia para smartphones e tablets, que permitem uma maior comodidade de conexão, com facilidade e baixo custo.

Padre Vicente Fernandes, da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz (RN), faz uso constante dos aplicativos da Bíblia e Liturgia das Horas. "Os aplicativos nos possibilitam uma conexão mais rápida com as informações, e, nesse caso, com a Palavra de Deus, pois podemos acessar os textos bíblicos em qualquer lugar. Acredito que a Igreja seja assertiva em utilizar as novas tecnologias para evangelizar, pois é preciso que ela esteja inserida em todos os meios", destaca.

Entre os jovens católicos, o uso das novas tecnologias é muito comum. Este é o caso de Éden Guerra, administrador e vocalista da Banda Divina Luz. Segundo ele, o mundo atualmente proporciona inúmeras facilidades em diversos setores, e uma delas, é a busca de Deus nas tecnologias. "Na minha opinião, ler a bíblia pela internet, smartphone, celular, notebooks ou trablets, tem a mesma finalidade e entendimento que na impressa. Ando com minha Bíblia dentro do carro, mas também com o aplicativo no meu tablet, que possibilita o estudo todos os dias, em qualquer lugar. Para mim, a palavra de Deus é a mesma em todos os lugares e formas em que ela se apresenta. O que devemos ter em mente é que Deus, com certeza, se alegrará se dedicarmos o mínimo de tempo a ler os seus ensinamentos, seja de qual forma for", ressalta.

Apesar do constante crescimento entre os católicos que utilizam os aplicativos para ler a Bíblia, ainda existem pessoas que preferem a versão impressa. Este é o caso da jornalista e agente da Pascom, Janyara Lima. "Mesmo com todas as ferramentas tecnológicas ao nosso alcance que nos permite acessar a Bíblia virtualmente e de uma forma mais rápida, prefiro ler a versão impressa, pois dessa forma, tenho a sensação de estar mais próxima de Deus e da sua palavra. Além disso, saber localizar os livros na Bíblia para mim é muito importante, pois mostra conhecimento e aproximação com o Evangelho", destaca.

Mensagem de Bento XVI

Segundo a mensagem do Papa para o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado este ano, os novos meios de comunicação são um "verdadeiro dom para a humanidade" e, por isso, devem ser postos ao serviço de todos os seres humanos. Ainda na mensagem, Bento XVI diz que as novas tecnologias tem um "potencial extraordinário", quando usadas para favorecer a compreensão e a solidariedade humana.

Alguns aplicativos

Pocket Terço - Aplicativo gratuito para Iphone, que permite o acesso a liturgia diária, orações, bem como, uma opção para recitação do Santo Terço.

YouVersion Bíblia - Aplicativo gratuito da Bíblia para smartphones que possuem tecnologia Android. Contém todos os livros da Bíblia, e possui a opção de ouvir os textos bíblicos em áudio.

(RB-Muticom)