sábado, 29 de dezembro de 2012


 

1º Encontro de Blogueiros Católicos reflete fé na Web



Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou no último sábado, 17 de setembro, o E+Blog —  1º Encontro de Blogueiros Católicos, no Edifício João Paulo II, na Glória. O encontro voltado para a blogosfera, primeiro ocorrido no mundo após o do Vaticano, reuniu cerca de 80 pessoas para a reflexão sobre como dar testemunho cristão em ambiente virtual. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e o Vigário Episcopal para a Comunicação Social, Cônego Marcos William Bernardo, participaram do evento.

O coordenador arquidiocesano da Pastoral da Comunicação, Padre Márcio Queiroz, fez a abertura do encontro recordando aos presentes o valor da comunhão com Deus e com os irmãos. "É muito importante estar inserido no corpo, que é a Igreja. (...) Ninguém está sozinho: a Igreja caminha junto e também se importa com vocês", disse aos blogueiros.

A jornalista e assistente social Sílvia Helena Gonzaga refletiu sobre “Vida e Missão do Leigo no mundo de hoje”. Ela explicou que leigo “é todo aquele que não é membro do ministério sagrado, mas que é cristão batizado” e mostrou que, exatamente por causa do sacramento recebido, é importante que cada um tome a consciência de que não pode ser descomprometido.
O Beato João Paulo II foi apresentado como exemplo concreto de evangelizador que usou de todos os meios da expressão humana para o anúncio do Reino de Deus. A espiritualidade do comunicador, independente do tema explorado pelo blog, foi colocada em voga. Pois, de acordo com a abordagem de Sílvia, “passar valores humanos também é evangelizar”.
O tema “Liberdade, responsabilidade e clareza católica na comunicação” foi abordado pela jornalista Nice Affonso. A importância da coerência e unidade entre pensar, sentir e agir ganhou destaque como fator fundamental para uma autêntica comunicação.
"O blogueiro católico não pode acreditar numa coisa e se posicionar publicamente, pela rede, de uma forma diferente. Isso é uma incoerência. O cristão não deve fugir dos valores cristãos, porque é comunicador da verdade. Não de qualquer verdade, mas da verdade por excelência, da Boa Nova. Por isso é importante que cada um anuncie, em tudo o que faz, o próprio Cristo, que é caminho, verdade e vida", orientou.
O Arcebispo do Rio esteve entre os blogueiros para deixar a sua mensagem e abençoá-los: "Queremos utilizar os dons que temos para construir um mundo mais justo, mais fraterno. (...) Precisamos participar dessa nova cultura que a tecnologia vai fazendo nascer e ter responsabilidade. Nós não podemos nos omitir", exortou Dom Orani.
O Vigário Episcopal para a Comunicação Social lembrou a importância da missão de cada blogueiro, e a  historiadora Flor Marta deu dicas para melhor trabalhar na blogosfera, indicando o caminho de sempre pensar o blog como serviço, utilizando a valorização da vida cotidiana para o conteúdo apresentado. "Quantidade, qualidade e conteúdo importam", lembrou.
Encerrando a manhã, os veículos de comunicação oficiais da Arquidiocese foram apresentados, por meio dos testemunhos de alguns dos profissionais que neles atuam. A idéia foi apresentar o trabalho da imprensa da Arquidiocese como fonte confiável de informação e formação para os blogueiros católicos.
Na parte da tarde, houve um painel de discussão para o tema “Blogueiro Católico: desafios e testemunho”. O publicitário Aldo Marques foi o moderador da mesa, composta pelos blogueiros Alexandra Gurgel, Paulo Moraes e Flor Marta. A discussão abordou a atuação dos jovens na blogosfera, apontou a necessidade de os sacerdotes estarem mais presentes nas mídias sociais realizando um bom trabalho de evangelização e questionou a importância de os blogueiros serem defensores da Igreja, diante dos muitos ataques que ela sofre por parte da grande imprensa.


Texto: Nice Affonso - Arquidiocese do Rio de Janeiro
Fotos: Aldo Marques

O que uma criança empobrecida pediria ao papai noel?

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Em matéria de produção de alimentos, o Brasil é privilegiado. Existe alimentos para todos. O que falta mesmo é acontecer aquele milagre da partilha. Esse milagre só acontece numa civilização do amor pelos mais necessitados, numa civilização que segue o roteiro dos primeiros cristãos. Eles, os primeiros cristãos , colocavam tudo em comum e não havia necessitados entre eles. Aqui no Brasil vivemos a experiência de uma desigualdade violenta que deixa toda pessoa de boa vontade inquieta e inconformada. As crianças, geralmente, pedem brinquedos, um bolo, uma festinha com parabéns. Mas, existem crianças morrendo de fome, não tem o que comer. Há muita gente por aí preocupada com posição social, com status, com um cargo que recebeu de presente porque se compromete com os privilegiados. Quem está preocupado com os mais pobres?
Graças a Deus vivo numa paróquia setorizada. Que está intimamente ligada às comunidades, que escuta os clamores do povo e conhece a realidade. Esta carta alerta a sociedade para uma tomada de consciência, voltemos o nosso olhar para os mais necessitados.
(Carlos: Movimento Fé e Luz)

Reflexão

"Não se perde na estrada sombria, aquele que tem na memória a luz do destino final." (Padre Fábio de Melo)

Deus se nos revelou

"Deus se nos revelou vindo a nós, enviando-nos seu Filho e seu Espírito Santo" (Ladaria)
É importante lembrar que é Deus que vem primeiro ao nosso encontro para nos salvar. O encontro de Deus com o homem, é um encontro salvífico. Ter fé, nesse sentido, é reconhecer que Jesus é a autocomunicação de Deus que não desampara a humanidade, veio libertar todos da escravidão do pecado.
 
CARLOS

Mártires

Hoje, a Igreja lembra São Tomás Becket, bispo e mártir da Inglaterra (1118-1170), vítima da perseguição e da intolerância religiosa. A intolerância e a perseguição religiosa já deram muitos mártires e continuam causando mártires ainda hoje. São mártires da fé...( Dom Odilo Scherer )

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Fuga para o Egito

Defenda a vida!

A mais atualizada notícia que temos sobre o Japão é preocupante para o mundo. "Novo governo do Japão vai reiniciar reatores nucleares". Falta ainda coragem para os novos governos eleitos se unirem para derrotar a fome no mundo. Essa seria a melhor notícia. Mas, a preocupação continua, dos governos,  em ser melhor do que o outro, superá-lo em tudo, destruí-lo. Meter medo para adquirir respeito. Lamento em dizer que essa é a meta dos fracos. 
Ser plenamente forte é pensar no bem comum,é construir caminhos para se chegar a felicidade com trabalho, salário e alimento. Todos deveriam priorizar o essencial para uma família sobreviver. Como cristãos vamos rezar para adiar cada vez mais a destruição planetária. A destruição começou com os valores morais. Há uma inversão de valores muito profunda que está acarretando problemas na família, na escola e na sociedade. Uma sociedade que elimina a ética e a moral está fadada ao fracasso.

Para refletir


"Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando." Saint-Exupéry

Para refletir

"Por ora, basta-nos sinalizar que toda busca de Deus por parte do homem tem em Deus mesmo sua iniciativa, está guiado por sua providência e por sua mão, ainda que não o saibamos" (Ladaria in Agostinho).


Deus entrega-se por cada um de nós e quer transformar-nos mediante a Comunhão com Ele. [217]

Internet na vida sacerdotal


Um curso orienta seminaristas sobre a atitude que se deve ter no uso da rede

José Antonio Valera Vidal
ROMA, Friday, 28 December 2012 (Zenit.org).
A imagem projetada é a de um jovem casal que está se olhando. Ambos estão tristes, enquanto ela reclama que lhe falta atenção. Em seguida, ele coloca a mão sobre a dela e vira-a de um lado para o outro, de modo mecânico, para depois fazer “dois cliques” como único carinho... O público ri. Com este pequeno vídeo de motivação – também de constatação - , foi inaugurado hoje o seminário “internet na vida do presbítero”, organizado pelo Instituto de Terapia Cognitivo Interpessoal de Roma e o Pontifício Colégio Internacional “Mater Ecclesiae”.
Serão dois dias para estudar os benefícios e também os riscos do uso da internet na formação dos seminaristas, bem como na forma como se deve lidar com os “novos” pecados dos usuários, que fizeram da “rede” um espaço desordenado para a sua vida afetiva, laboral e moral.
De acordo com a Dra. Michela Pensavalli, psicóloga e psicoterapeuta, bem como professora universitária e coordenadora do Instituto promotor do evento, é muito importante que a pessoa - neste caso o seminarista -, analise e se responda se é ou não "dependente" da Internet . Ou seja, se consegue dominar as emoções e impulsos que os sites e as redes sociais geram, seja quando se está conectado, como também quando se deve passar longos períodos off line.
Para a especialista, o domínio e o equilíbrio é vital, porque em uma sociedade "Tecnolíquida", segundo a definição recente do psiquiatra italiano, Tonino Cantelmi, os diversos dispositivos podem manter as pessoas em uma conectividade permanente, onde é difícil distinguir os limites ou o tempo passado, em detrimento de outros fins ou obrigações.
A teoria do "tudo e rápido"
Outro risco que o navegante moderno encontra, é a tendência a encurtar as coisas e evitar os encontros. Ou seja, se por uma mensagem de texto podemos explicar alguma coisa rapidamente, por que estender-se ou aprofundar? Ou pior ainda, se temos tantas plataformas de comunicação instantânea, para que encontrar-nos?
Também o usuário, na sua necessidade de estar conectado, pode perder a atenção do que as pessoas lhe falam, por exemplo, numa aula ou conferência, por estar pendente do modo rapidíssimo de como continuam a interagir os seus contatos e listas de interesses “lá fora”.
O fato de não poder se desconectar (switch off), já é um sinal de que deve ser observado... Porque nem hoje e nem no passado, foi possível estar num lugar e ao mesmo tempo em outro –fora – , não porque a internet não te deixe fazer isso, mas porque as normas básicas de convivência ou da vida comunitária te exigem. Mas para alguns – isso sim é de ontem e de hoje - , sua necessidade pessoal está por acima da dos demais, o que é um mau sinal...
O que mais oferece a Internet? Segundo a doutora Pensavalli, te oferece emoções – até mesmo fortes – relações – não sem perigos – , e te facilita as coisas para sair do “tédio”. Para outros, o tempo passa mais rápido conectando-se à rede, por tanto ajuda a evadir-se; enquanto que para um grupo de usuários é a porta entre o privado e o público, cuja chave se abre ou fecha de acordo com a conveniência ou a vontade.
Sobre isso, foi clara em advertir que, como emissor e dono das suas conexões de internet, o usuário se predispõe a evitar o que ele não gosta, e a eleger só aquilo que não lhe chateia; assim como selecionar o que não lhe coloque tenso e nem lhe faça refletir muito. Ou seja, a ambivalência toma conta da pessoa, e assim quando se vivem as relações humanas, e diante de uma situação real de convivência, em que se exige mais da mesma pessoa, chega-se a acreditar que é hora de “desligar a conexão” e basta...
Amizades perigosas
Tudo na internet parece tão fácil e acessível, que o usuário começa a clicar onde não deveria se aproximar nem um pouquinho, ou a “aceitar” convites de amigos que não tem nem a menor ideia de quem sejam.
Na internet todo mundo é igual, pelo menos, naqueles locais de acesso público e gratuito. Mas nem todos somos o mesmo, foi outra ideia da doutora Michela Pensavalli, pois as redes fazem surgir na pessoa o seu lado mais narcisista, exibicionista e sem dúvida, o voyeurista.
Somos assim nas relações cotidianas, por assim dizer, física? Na verdade não, de modo que o uso compulsivo da rede (líquido, sem padrões ou limites), às vezes nos obriga a mudar de atitude para interagir, de tal forma que aparecem também tendências patológicas ...
Só para citar os graus mais baixos de cada tendência – porque os mais altos são para correr deles - , pode-se identificar o narcisismo só no fato de colocar a “melhor foto” no perfil de uma rede social, tanto faz se é antiga ou que não esteja de acordo com a realidade atual (foto sem camisa clerical, sem a família, no exterior).
No caso de exibicionismo, aí estão as conquistas ou os comentários expressos sem medida, só pelo fato de que podemos também incluí-los nas nossas contas, independentemente de se os outros querem tanto bombardeio “made em mim mesmo”.
E uma terceira tendência comentada pela especialista – não menos grave, dependendo da pessoa – é o voyeurismo, ou essa antiga obsessão por olhar sem que nos vejam; ainda que hoje em dia, graças à Internet, pode-se fazer de modo consentido, falsificado ou pago sem controles. Ela  alertou para o alto consumo do chamado "cybersexo", que de acordo com dados dos EUA, no mundo, consome-se 3.000 dólares de pornografia por segundo.
É necessário considerar, portanto, o risco que significa que uma pessoa possa ser o oposto a si mesma na rede, distanciando-se dos seus princípios, obrigações e faltando com a confiança dos superiores. Pois muitas vezes estes toleram o uso da internet com a esperança de que ajude para aprofundar no estudo, para combater a distância recebendo mensagens dos familiares e amigos de bem, ou para dar os "primeiros passos" de uma futura e urgente pastoral na rede.
Uma conclusão clara foi que o mundo atual do ciberespaço, é um mundo onde se pode viver, mas cuidando a qualidade do uso que se faz e não deixando-se dominar pelos impulsos que este gera. E, assim com ontem, não confundir nunca o instrumento com a mensagem...
(Trad.TS) (Fonte: ZENIT)

Padre Bianor Júnior recebe título de pároco

 
O Pe. Bianor Francisco de Lima Júnior, que dirigia a paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará-Mirim, como Administrador Paroquial, passa a ser Pároco. A Provisão com a nomeação do Pe. Bianor Júnior como pároco, assinada pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, foi oficializada pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Pe. Edilson Nobre, na missa do Natal, na Igreja Matriz, em Ceará-Mirim.
Atualmente, o Pe. Bianor Júnior, além de pároco de Ceará-Mirim, também é o Vigário Episcopal Norte. Nos agradecimentos pela nomeação, o Pe. Bianor disse que a função de pároco aumenta as responsabilidades. A provisão foi assinada em 8 de dezembro.
(Fonte: Arq. de Natal)

Clero de Natal prepara lançamento da CF 2013

 
A Arquidiocese de Natal vai sediar, no próximo ano, o lançamento nacional da Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema será "Fraternidade e Juventude". Na quinta-feira, dia 20, a reunião do clero de Natal abordou esta temática. O objetivo do encontro foi preparar os padres, diáconos e leigos, principalmente integrantes das equipes paroquiais de Campanha, para o lançamento da CF 2013, nos dias 14 e 15 de fevereiro.

O lançamento será feito na Arquidiocese de Natal para comemorar os 50 anos da Campanha da Fraternidade. A Campanha, que atualmente é desenvolvida em todas as Dioceses e Arquidioceses do Brasil, surgiu no Rio Grande do Norte, no ano de 1862, na comunidade de Timbó, no município de Nísia Floresta, a cerca de 50 quilômetros de Natal.

O padre José Adalberto Vanzella, atualmente assessor do Regional Nordeste 5, da CNBB, veio assessorar o encontro do Clero de Natal. Ele já foi da coordenação nacional de Campanhas, da CNBB, e atuou na construção do texto-base da Campanha da Fratrernidade. O padre Carlos Sávio, do Clero de Natal e atual assessor do Setor Juventude, da CNBB, também participou do encontrro do Clero.
Foto: Luiza Gualberto
Pe. José Vanzella, falando ao clero sobre a CF 2013

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Para refletir

"A autocomunicação divina significa, portanto, que Deus pode comunicar sua própria realidade a uma realidade não-divina, sem que deixe de ser a realidade infinita e o mistério absoluto e sem que o homem deixe de ser o ente finito e distinto de Deus que é".(Karl Rahner)

Participe

Precisamos aprender a rezar. O cristão deve ser alguém que reza de maneira pessoal. (Padre Paulo)




O que devo ler para ser um bom líder?

Estamos a dois anos com um grupo de estudo no Setor I. É um grupo pequeno e aberto a inovação da Igreja. Nesses dois anos estudamos três documentos da Igreja que nos ajudou muito no trabalho missionário. Alguns continuam desatualizados sem saber da existência do setor, outros porque não tem o hábito de estudar se afastam. E ainda tem aqueles que são líderes centralizadores, mandam em tudo, viveram essa experiência. Vejam que não é fácil trabalhar com formação. Vamos ler o Evangelho, a passagem do lava-pés. Essa passagem define o perfil do líder cristão. Quem é esse tipo de liderança? Essa é a melhor que temos para refletirmos sobre a liderança ideal. Não alcançamos ainda esse ideal de liderança mas fazemos um esforço grande para, por meio do estudo e missão, compreendermos nosso papel na Igreja. O verdadeiro líder é aquele que se torna servidor de todos. (Carlos: Fé e Luz)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As razões da fé...



  






As razões da fé em tempos de secularismo: teólogos buscarão respostas



Cidade do Vaticano (RV) - A fé com as suas razões, interpelada na idade secular. Durante três dias, especialistas convocados pela Associação Italiana de Teólogos (AIT) buscarão respostas. De fato, nesta quinta e sexta-feira, especialistas realizarão o tradicional curso de atualização proposto aos docentes de Teologia. A Rádio Vaticano entrevistou o secretário da referida associação, Prof. Pe. Riccardo Battocchio. Eis o que disse:

Prof. Pe. Riccardo Battocchio:- "Vivemos imersos numa situação histórica que podemos chamar secularismo, dando, porém, com este termo uma interpretação negativa de um complexo de realidades que talvez apresente também aspectos que devem ser lidos de forma positiva. Estamos numa época em que, como muitos afirmam, a religião, a fé cristã em particular parece, no âmbito do discurso público, uma opção entre tantas outras. Isso interpela a responsabilidade dos cristãos, de quem reflete sobre a fé, à busca das possibilidades que isso oferece, sobretudo pelo fato de a fé se apresentar como escolha. Como teólogos devemos buscar, neste curso, refletir sobre as condições que tornam possível uma livre adesão à fé, à Palavra da Revelação que se propõe como dotada de sentido hoje como em todo contexto: no contexto secular não menos do que em contextos que aparentemente pareçam comumente marcados por uma presença pública da religião."

RV: A fé como escolha de liberdade. Qual é o dever dos teólogos?
Prof. Pe. Riccardo Battocchio:- "Os teólogos não têm tanto o dever de demonstrar a verdade da fé, mas, sobretudo, o dever de mostrar as razões que tornam plausível a adesão de fé, e um dos caminhos que buscamos percorrer é evidenciar a correspondência entre a proposta da fé, o anúncio do Evangelho e aquela expectativa de liberdade que reside na experiência humana originária, conscientes também da fé como instância crítica face ao humano. Não podemos propor a fé sem levar em consideração aquilo que o homem é neste nosso tempo, na sua história. E a Teologia deveria buscar esse diálogo com a história, com as condições em que o homem se encontra. O dever dos teólogos é oferecer as razões pelas quais crer é hoje um ato de liberdade, que não somente supõe a liberdade, mas lhe permite realizar-se no modo mais pleno." (RL)

Reflexão com Padre Paulo


Santo Estevão perdoou seus algozes, como fez o Mestre. Amanhã o evangelista São João nos ensinará o centro da mensagem de Jesus: Jo 3,16. 

A fúria do mal

Uma das marcas de nosso tempo é invasão e ataques contra a Igreja. Notícia recente nos informa o que aconteceu na Nigéria: sacerdote e cinco fiéis mortos. Ainda bem que sabemos que o reino do mal não terá a última palavra. Para quem acompanha a história do povo de Deus sabe que no mundo teremos aflições. Mas como disse o mestre Jesus Cristo: Coragem, Eu venci o mundo". (Carlos)

Sacerdote e cinco fiéis mortos na Nigéria



Abuja (RV) - A violência contra cristãos na Nigéria mostrou mais uma vez não dar trégua. Na noite de Natal um grupo de homens armados atacou a Igreja da localidade de Peri, no Estado de Yobe, norte do país. Um sacerdote e cinco fiéis foram mortos. Em seguida a igreja foi queimada.

O ataque ocorreu pouco após a meia-noite, durante a celebração da Missa de Natal. Nenhum grupo reivindicou o atentado, mas as suspeitas recaem sobre o grupo islâmico radical Boko Haram, que usa a violência com fins políticos e já havia declarado guerra à comunidade cristã. No Natal do último ano também ocorreram violentos ataques contra algumas igrejas nigerianas.

A região de Potiskum, onde ocorreu o atentado, é de maioria muçulmana, mas acolhe uma fértil comunidade cristã. O Papa Bento XVI, na sua mensagem de Natal proferida por ocasião da Bênção Urbi et Orbi, havia condenado os contínuos ataques na Nigéria, nomeadamente contra cristãos, “que continuam a ceifar vidas”. (JE)

 

AOS EDUCADORES

A educação nunca deverá deixar de ser prioridade para os educadores porque os avanços que percebemos nascem dos próprios protagonistas: os professores. Hoje, temos nomes de alunos publicados em faixas com parabéns pela aprovação para escolas superiores. Isso é fruto de um trabalho permanente que tem a escrita dos professores e, claro que fundamentalmente dos alunos interessados. Finalmente percebemos que o tempo de exposição do aluno ao ensino cria essas possibilidades para atingir a meta. Uma coisa extremamente importante é o sentimento de pertença à escola principalmente por parte do aluno. É o que faz a grande diferença, é você sentir prazer de estar ali e compartilhar conhecimentos. Esse sentimento de pertença não acontece com todos, somente com aqueles que colocaram suas vidas e esperança na educação defendendo-a de todo o mal. À luta professores, porque 2013 não será fácil para nossas conquistas mas ninguém tira a capacidade de luta de uma categoria que é autora de sua própria história. Por isso mesmo o discernimento é um instrumento para nos ajudar a conhecer também os obstáculos que podem atrapalhar nossa caminhada. Um feliz natal!(CARLOS: PROFESSOR)

A QUESTÃO DO MEIO AMBIENTE

A questão do meio ambiente foi praticamente deixado de lado em nossa cidade. Houve um tempo em que o rio mipibu era preocupação, a mata da bica idem e a questão da água. São questões que diz respeito a todos visto que na atualidade o mundo se volta para as questões ambientais. As primeiras cidades do mundo surgiram em lugares próximos de água. Água é vida.
O nosso meio ambiente precisa ser reconhecido como um patrimônio respeitado por todos. Cuidar para não perder de vez a grande riqueza de nossa terra. Essa é uma meta que deve ser abraçada pela comunidade. Discutir o assunto é o primeiro passo. Que tipo de projeto podemos elaborar para cuidar de nosso meio ambiente? (Carlos: FÉ E LUZ)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. Jo 1,1-18 
(Catecismo Jovem)

Defenda a natureza

A devastação continua acelerada em todos os cantos do planeta. O mundo está globalizado e a destruição também. Com a finalidade de adiar a destruição que vem, precisamos combater aqueles mecanismos que contribuem com a destruição planetária. A Amazônia é considerada o pulmão do planeta está sistematicamente sendo destruída. A derrubada de milhões de árvores nos afeta profundamente. Não podemos desenvolver uma educação do conformismo achando normal que o paradigma do desenvolvimento autorize o desmatamento, a poluição do ar, dos rios e dos mares. 
As escolas do século XXI devem intensificar cada vez mais conteúdos que possam formar cidadãos conscientes que defendam um ambiente saudável. Tudo isso começa com mudança de mentalidade. Uma escola assim contribui com a conquista da verdadeira cidadania. Vale aqui a cidadania conquistada que preza pela independência da comunidade. Uma comunidade que luta permanentemente pelo direito de viver com dignidade. (Carlos: Fé e Luz)


 Chico Alencar
Vamos olhar menos a árvore de Natal, mas cuidemos das reais: 232 milhões delas derrubadas na Amazônia, em 2012! (dados do Imazon)

Reflexão de Padre Paulo Henrique


Desde que aconteceu a Encarnação (concepção de Jesus), o Filho de Deus uniu-se, de certo modo, a todo ser humano (Concilio Vaticano II)o II).

Fé e Luz

Diáconos terão assembleia nacional

 
A Comissão Nacional dos Diáconos (CND) realizará a primeira Assembleia Geral não eletiva, de 19 a 21 de abril de 2013, Em Florianópolis-SC. O edital de convocação foi publicado em outubro deste ano. Podem participar diáconos, estudantes de escolas diaconais e respectivas esposas. Durante a assembleia, haverá um momento de formação específico para as esposas.

Na Assembleia haverá abordagem sobre "A Missão do Diácono Permanente à luz das Diretrizes para o Diaconato Permanente"; e a apresentação das emendas em vista da modificação dos estatutos Canônico e Civil da CND. Em Janeiro, a CND publicará mais informações sobre as inscrições.
E o Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós! Vivamos este dia na companhia daquela que contemplou o Menino Deus em seus braços: Maria. (Padre paulo Henrique, Arquidiocese de Natal)

O Verbo se fez carne



Rio de Janeiro (RV) - Celebramos o Natal! Mesmo para os que não creem é um momento de repensar a vida e a fraternidade. É o grande Mistério da Encarnação! A notícia do Deus que se faz homem, da salvação presente na doce figura do Menino Deus, convida o homem à contemplação.

A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar. Um mistério tremendo que ilumina, porém, toda a vida do homem. O Natal chega, como acontece a cada ano, trazendo um clima diferente.

Para quem crê e para quem ainda não cruzou a “porta da Fé”, este é um tempo de mudar o ritmo da vida, parar, e se reencontrar com aqueles que Deus nos deu. O clima que se estabelece neste tempo faz com que o Natal seja a época de rever a família, de se alegrar com os amigos, de cuidar de quem não tem família, de ajudar os mais necessitados.

Crendo ou não crendo, todo mundo entende que é uma festa, em que sente-se a necessidade de partilhar um presente com alguém. Porém, sabemos que o grande e maior presente é justamente o Verbo de Deus que se fez carne. Deus tanto amou o mundo que enviou o Seu Filho.

Ninguém pode ficar fora da noite de Natal. É uma noite diferente, uma festa especial. O “espírito” do Natal nos investe a todos. Mas, de onde vem toda esta ternura?

Parece-me que este clima nasce do mistério que nós celebramos: a gruta de Belém, os pastores, a estrela, o Menino que nasce. Neste cenário se esconde e se revela o dom imenso do Menino Luz. Um dom que é reconhecido e anunciado pelos presentes dos magos, um dom que comove e faz cantar pastores e anjos, um dom que, tantos homens o entenderam, é o dom maior que se poderia ter. Da ternura anunciada por esses sinais vêm as consequências sociais do Mistério celebrado.

Naquela manjedoura de Belém uma longa espera tem fim, a espera de todo um povo, mais ainda: a espera de todo homem que amou a verdade, a beleza, a justiça. Naquela noite esta espera tem fim. No presépio está presente a Salvação. O simbolismo da manjedoura como o espaço onde é colocado o verdadeiro alimento da humanidade, Jesus Cristo, aparece com muita clareza.

Agora, no lugar da longa espera, uma Presença. Uma Presença, um presente, que inunda de silêncio a noite e que muda, sem que o mundo o saiba, a história. Uma Presença: O Emanuel!

No início do III milênio, o Papa João Paulo II nos lembrava que o “nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d'Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela Sua presença. Ele é « o Vivente » (Ap 1, 18), « Aquele que é, que era e que há de vir » (Ap 1, 4)” (IM1)

Um fato que tem um alcance universal, um fato na história que julga toda a história. Na plenitude dos tempos, a Plenitude ali, repousando na manjedoura de Belém de Judá.

O que foi anunciado a Maria, a Salvação que ela carregou no seu ventre, se torna uma presença destinada a alcançar cada homem. A salvação presente numa criança, na carne de um homem. Este é o anúncio alegre que muda toda a história. “Torna-se evidente que Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, como exprime a fé da Igreja” (Bento XVI, em seu livro sobre a Infância de Jesus, p. 106)

É o anúncio de uma Presença que é germe de um mundo novo, realidade nova num mundo ainda marcado pela injustiça e pela violência. O mundo parece o mesmo de antes, mas não é. No mundo em que Ele nasce, ontem e hoje, tinha e têm guerras, genocídios, injustiças, violências, divisões. Mas a Sua presença ilumina, dentro de todas as contradições, cada homem que O encontra.

A Sua presença gera uma humanidade nova, um amor mais potente e doce, que se chama Caridade. A Sua presença muda a vida de muitos homens e continua, na carne deles, sendo um germe de um mundo novo.

Ele é o centro da história, para quem converge toda a história e de onde inicia toda a nova humanidade nascida do novo Adão. Depois da encarnação, o Divino continua presente na vida daqueles que O encontraram e seguiram.

A nossa cidade está prestes a viver o acolhimento alegre de milhares de jovens unidos por um único ideal: o seguimento d'Aquele que nasceu em Belém. Eles serão um sinal eloquente para todos nós de uma humanidade, de uma carne que carrega o Divino e que convida à alegria de viver na Sua presença.

Desejo a todos um Santo Natal, pleno da luz e da paz quem vem do Cristo Senhor.

† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Papa mantém tradição e acende Círio da Paz



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI acendeu na noite desta segunda-feira, na janela de seu apartamento, uma vela símbolo da luz do Natal, inaugurando o presépio na Praça de São Pedro.

Milhares de fiéis presenciaram o gesto na Praça, aonde foi aberto o presépio de 150 metros quadrados e mais de 100 estátuas de terracota do artista Francesco Artese.

O Círio da paz é uma tradição polonesa introduzida por João Paulo II no Vaticano, e a que o atual Pontífice dá continuidade. Bento XVI não pronunciou discursos; apenas rezou alguns segundos pela paz no mundo e com a vela fez o sinal da cruz. Depois, na escuridão da tarde romana, cumprimentou com a mão e abençoou os presentes na Praça.

Uma banda de música entoou Noite de Paz, enquanto um colaborador do Papa colocou outra vela ao lado do Círio da Paz.
(CM)

Bento XVI: "Onde Deus é esquecido, não existe paz"



Cidade do Vaticano (RV) – “A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis”. Foi uma das avertências feitas pelo Papa durante a tradicional Missa do Galo, segunda-feira, 24, na Basílica de São Pedro.

“Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos, de modo que não resta qualquer espaço para Deus; deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os estrangeiros, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós?” – questionou o Papa na missa, concelebrada no Altar da Confissão por cerca de 30 cardeais.

No início da cerimônia, de mais de duas horas, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, saudando e abençoando os fiéis que o aplaudiam.

“Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade”.

“É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência” – esclareceu o Pontífice, continuando: “É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado”.

A este respeito, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença da religião”:

“Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem”, concluiu Bento XVI

Em seguida, o Papa convidou os fiéis a “irem ‘virtualmente’ a Belém, aos lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu:

“Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem em Belém. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelenses e palestinos possam conduzir sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar suas casas naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, seus países, na paz de Deus”.


NÃO HÁ ESPAÇO PARA O PROJETO DE DEUS?
As marcas de nosso tempo já diz tudo, não tem espaço para Deus reinar, para o seu projeto sobreviver. Não tem espaço mas a teimosia é necessária e urgente. É preciso superarmos as críticas, primeiro, dos nossos, daqueles que se desviaram do projeto de evangelização por confundirem este com eventos, daqueles que guardaram o projeto porque exige comprometimento e rompimento. É preciso romper com os opressores sem medo de ficar sozinho e isolado. Aqueles que acolhem o projeto de evangelização por vocação sabem ao mesmo tempo quem de fato estão acolhendo. Acolher Jesus é acolher o próprio Deus que se encarnou para habitar entre nós.
As pessoas não pararam de rezar, não devem parar nunca. Mas, a sociedade está sendo engolida pela corrupção, hedonismo, a busca do sucesso pessoal, individualismo e violência. É importante lembrar que o nascimento de Cristo foi uma má notícia para os poderosos. Pois, desde cedo, Jesus cristo foi perseguido porque havia essa mentalidade do messias que viria para implantar o Reino de Deus. Ainda criança Jesus foi perseguido. Os poucos que o receberam fizeram a grande diferença porque se impregnaram do amor de Deus, da vontade e da liberdade para o serviço do Reino de Deus.
Em pleno século XXI, o projeto de Deus continua. O Deus que vem ao nosso encontro é o mesmo que nasceu em Belém. Segundo o Documento de Aparecida, temos os lugares de encontro com Jesus. “Encontramos Jesus na Sagrada Escritura”, por exemplo. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo”(DAp, 247). As dificuldades que os setores missionários sofrem tem uma explicação. Falta de conhecimento.
A conclusão que temos, fazendo uma analogia em relação com nascimento de Cristo, “não havia lugar para ele na sala”; assim também, de certo modo, não há lugar para o projeto de evangelização no coração de todos. Quem esclarece isso é a omissão, a rejeição, a indiferença e até mesmo a exclusão que acontece. Mas, a última palavra não fica com os protagonistas do pessimismo. O que vale é a qualidade. O que nos aguarda não são “palminhas”, um dos ingredientes que vicia. O que nos aguarda são os desafios que não podemos evitá-los. Coragem e perseverança na caminhada!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Verbo se fez carne


A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar

Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, Monday, 24 December 2012 (Zenit.org).
Celebramos o Natal! Mesmo para os que não creem é um momento de repensar a vida e a fraternidade. É o grande Mistério da Encarnação! A notícia do Deus que se faz homem, da salvação presente na doce figura do Menino Deus, convida o homem à contemplação.
A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar. Um mistério tremendo que ilumina, porém, toda a vida do homem. O Natal chega, como acontece a cada ano, trazendo um clima diferente.
Para quem crê e para quem ainda não cruzou a “porta da Fé”, este é um tempo de mudar o ritmo da vida, parar, e se reencontrar com aqueles que Deus nos deu. O clima que se estabelece neste tempo faz com que o Natal seja a época de rever a família, de se alegrar com os amigos, de cuidar de quem não tem família, de ajudar os mais necessitados.
Crendo ou não crendo, todo mundo entende que é uma festa, em que sente-se a necessidade de partilhar um presente com alguém. Porém, sabemos que o grande e maior presente é justamente o Verbo de Deus que se fez carne. Deus tanto amou o mundo que enviou o Seu Filho.
Ninguém pode ficar fora da noite de Natal. É uma noite diferente, uma festa especial. O “espírito” do Natal nos investe a todos. Mas, de onde vem toda esta ternura?
Parece-me que este clima nasce do mistério que nós celebramos: a gruta de Belém, os pastores, a estrela, o Menino que nasce. Neste cenário se esconde e se revela o dom imenso do Menino Luz. Um dom que é reconhecido e anunciado pelos presentes dos magos, um dom que comove e faz cantar pastores e anjos, um dom que, tantos homens o entenderam, é o dom maior que se poderia ter. Da ternura anunciada por esses sinais vêm as consequências sociais do Mistério celebrado.
Naquela manjedoura de Belém uma longa espera tem fim, a espera de todo um povo, mais ainda: a espera de todo homem que amou a verdade, a beleza, a justiça. Naquela noite esta espera tem fim. No presépio está presente a Salvação. O simbolismo da manjedoura como o espaço onde é colocado o verdadeiro alimento da humanidade, Jesus Cristo, aparece com muita clareza.
Agora, no lugar da longa espera, uma Presença. Uma Presença, um presente, que inunda de silêncio a noite e que muda, sem que o mundo o saiba, a história. Uma Presença: O Emanuel!
No início do III milênio, o Papa João Paulo II nos lembrava que o “nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d'Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela Sua presença. Ele é « o Vivente » (Ap 1, 18), « Aquele que é, que era e que há de vir » (Ap 1, 4)” (IM 1).
Um fato que tem um alcance universal, um fato na história que julga toda a história. Na plenitude dos tempos, a Plenitude ali, repousando na manjedoura de Belém de Judá.
O que foi anunciado a Maria, a Salvação que ela carregou no seu ventre, se torna uma presença destinada a alcançar cada homem. A salvação presente numa criança, na carne de um homem. Este é o anúncio alegre que muda toda a história. “Torna-se evidente que Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, como exprime a fé da Igreja” (Bento XVI, em seu livro sobre a Infância de Jesus, p. 106)
É o anúncio de uma Presença que é germe de um mundo novo, realidade nova num mundo ainda marcado pela injustiça e pela violência. O mundo parece o mesmo de antes, mas não é. No mundoem que Elenasce, ontem e hoje, tinha e têm guerras, genocídios, injustiças, violências, divisões. Mas a Sua presença ilumina, dentro de todas as contradições, cada homem que O encontra.
A Sua presença gera uma humanidade nova, um amor mais potente e doce, que se chama Caridade. A Sua presença muda a vida de muitos homens e continua, na carne deles, sendo um germe de um mundo novo.
Ele é o centro da história, para quem converge toda a história e de onde inicia toda a nova humanidade nascida do novo Adão. Depois da encarnação, o Divino continua presente na vida daqueles que O encontraram e seguiram.
A nossa cidade está prestes a viver o acolhimento alegre de milhares de jovens unidos por um único ideal: o seguimento d'Aquele que nasceuem Belém. Elesserão um sinal eloquente para todos nós de uma humanidade, de uma carne que carrega o Divino e que convida à alegria de viver na Sua presença.
Desejo a todos um Santo Natal, pleno da luz e da paz quem vem do Cristo Senhor.

Virtudes heroicas de Paulo VI são reconhecidas pelo Vaticano

O papa Bento XVI autorizou, nesta quinta-feira, 20 de dezembro, a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos concernentes a numerosos novos Santos, entre os quais, Antônio Primaldo e companheiros, mais de 800, assassinados por ódio à fé durante o assédio turco de Otranto – sul da Itália – em 1480; concernentes também a 40 novos Beatos, entre os quais muitos mártires durante a guerra civil espanhola; e também concernentes a 10 novos Veneráveis, entre os quais o Papa Paulo VI, de quem foram reconhecidas as virtudes heroicas.

O papa Paulo VI ficou à frente da Igreja Católica por 15 anos, entre os anos de 1963 e 1978. Um decreto assinado pelo Sumo Sacerdote tornou Paulo VI “venerável”, primeiro dos três passos que levam à canonização.

Giovanni Battista Enrico Antônio Maria Montini, nome de batismo de Paulo VI, nasceu em 1897, na cidade de Concésio, na Itália. Ele foi responsável por dar continuidade ao Concílio do Vaticano II, após o falecimento do papa João XXIII.

Paulo VI é lembrado pelas viagens que fez ao redor do mundo — visitou Jerusalém, Índia, Colômbia, Uganda, entre outros países — e por sua busca por um diálogo sem precedentes com outras nações e religiões.

“Paulo VI teve um papel muito importante para a Igreja. Foi um dos primeiros a viajar para fora da Itália e entendeu a necessidade de mudanças para que a Igreja voltasse a atrair os mais pobres e necessitados”, atesta dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF).

Milagre

A principal causa defendida para a beatificação é a cura de um feto diagnosticado com problemas cerebrais irreversíveis na Califórnia, Estados Unidos. Aconselhada a abortar, a mãe escolheu manter a gravidez e rezar para Paulo VI. Saudável, o menino completou 16 anos.

A beatificação inclui Paulo VI em uma longa lista papas que tiveram um ato reconhecido pelo Vaticano como milagre. A canonização, ou cerimônia que torna um venerável santo, é atribuída após o reconhecimento de ao menos dois milagres. Em maio de 2011, o papa João Paulo II foi beatificado em tempo recorde numa cerimônia que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na Praça São Pedro. Junto com João XXII e Pio IX, ele faz parte do grupo de três papas beatificados desde os anos 2000.

Fonte: CNBB

sábado, 22 de dezembro de 2012

Subsídio “Hora da Família 2013” entra em sua etapa final

O subsídio “Hora da Família” utilizado em todo o Brasil para encontros e reflexões dos assuntos relacionados à família, chega a sua etapa final. Hoje, dia 21 de dezembro, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, da CNBB, padre Wladimir Porreca, divulgou a finalização da Hora da Família 2013, que depois de acertos em detalhes gráficos será publicada e espera-se que dia 21 de janeiro já esteja à disposição de todos.

“A Hora da Família 2013, no ano da fé e em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude propõe ser um valioso instrumento para o relacionamento pai e filhos, principalmente na transmissão educação da fé cristã”, destacou o padre Wladimir.

Além dos sete encontros, a “Hora da Família 2013” oferece sugestões de celebrações que envolvem os membros da família em ocasiões comemorativas, cantos, bem como, orientações sobre Associações de Família, e ainda, a relação dos endereços eletrônicos de toda a organização da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, relata padre Wladimir Porreca.

Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão da CNBB, apresenta o subsídio e convoca todas as famílias a assumirem cada vez mais a missão de transmissão e educação da fé aos filhos.

Fonte:CNBB

Desejo que neste Natal todos possam fazer a experiência da correta e exacta compreensão da mensagem de fé do Natal: Deus se fez homem.

Quando chegou o momento certo, Deus enviou o seu Filho nascido da Virgem Maria para ser o nosso Salvador, como havia prometido.
A celebração do Natal é um acontecimento único e exclusivo em nossa história: o Verbo eterno “se encarnou”, veio morar no meio de nós!

É NECESSÁRIO FAZER A EXPERIÊNCIA DE DEUS

Muitos se aproximam da Igreja católica com a finalidade de mostrar sua imagem gratuitamente para um público marcado pelo desemprego, fome, sem moradia, sem terra, sem salário e sem comida. Outros aproveitam o tempo forte do Natal de Jesus para reforçar violentamente o paternalismo perpétuo que gera nos pobres e dependentes dessa falsa caridade um conformismo eterno. A maior generosidade de todos os tempos foi a encarnação do Filho de Deus. Fazer a experiência de Deus significa acolher os mais pobres. Depositar neles a verdadeira esperança que não é uma mercadoria mas é uma pessoa livre.
Hoje, estamos vendo uma exibição da pobreza construída e criada pelo modelo econômico que não gera justiça social. Milhares de seres humanos vivem sem as mínimas condições de sobrevivência. Tudo se torna mais difícil para quem quer trabalhar e ganhar o pão de cada dia. Diante dessa situação, o cristão convicto e fiel a palavra de Deus, se afasta de tudo aquilo que é prejudicial à comunidade. Tudo isso porque o cristão que é uma liderança é também responsável por orientar pessoas e por isso não deve dar testemunho contrário aos planos de Deus.

PJMP

 PJMP - Pastoral da Juventude do Meio Popular.
A Pastoral da Juventude do Meio Popular deseja a todos Feliz Natal.



Natal: um mito cristão verdadeiro (L. Boff)

24/12/2012
Há poucas semanas, com pompa e circunstância, o atual Papa mostrou-se novamente teólogo ao lançar um livro: “A Infância de Jesus”. Apresentou a versão clássica e tradicional que vê naqueles relatos idílicos uma narrativa histórica. O livro deixou os teólogos perplexos, pois a exegese bíblica sobre estes textos, já há pelos menos 50 anos, mostrou que não se trata propriamente de um relato histórico, mas de alta e refinada teologia, elaborada pelos evangelistas Mateus e Lucas (Marcos e João nada falam da infância de Jesus) para provar que Jesus era de fato o Messias, o filho de Davi e o Filho de Deus.
Para esse fim, recorrem a gêneros literários para apresentar uma mensagem, transmitida como se fossem histórias mas que de fato não passam de recursos literários, como, por exemplo, os magos do Oriente (representando os pagãos e os sábios), os pastores (os mais pobres e considerados pecadores por estarem às voltas com animais que os tornavam impuros), a Estrela e o anjos (mostrando o caráter divino de Jesus), Belém que não seria uma referência geográfica mas teria um significado teológico: o lugar onde, segundo as profecias, nasceria o Messias, diferente de Nazaré, totalmente desconhecida, onde Jesus provavelmente teria nascido de fato. E assim outros tópicos como detalhadamente analisei em meu Jesus Cristo Libertador (capitulo VIII).Mas tudo isso não é muito importante porque exige conhecimentos muito especializados.
Importante mesmo é compreender que face aos relatos tão comovedores do Natal estamos diante de um grandioso mito, entendido positivamente como os antropólogos o fazem: o mito como a transmissão de uma verdade tão profunda que somente a linguagem mítica, figurada e simbólica é adequada para expressá-la. É exatamente o que o mito pretende. O mito é verdadeiro quando o sentido que quer transmitir é verdadeiro e ilumina toda a comunidade. Assim o Natal é um mito cristão cheio de verdade, da proximidade de Deus e da familiaridade.
Nós hoje usamos outros mitos para mostrar a relevância de Jesus. Para mim é de grande significação um mito antigo, que a Igreja aproveitou na liturgia do Natal para revelar a comoção cósmica face ao nascimento de Cristo. Ai se diz:
”Quando a noite estava no meio de seu curso e fazia-se profundo silêncio: então as folhas que farfalhavam pararam como mortas; então o vento que sussurrava, ficou parado no ar; então o galo que cantava parou no meio de seu canto; então as águas do riacho que corriam, se paralisaram; então as ovelhas que pastavam, ficaram imóveis; então o pastor que erguia o cajado para golpeá-las, ficou petrificado; então nesse momento tudo parou, tudo silenciou, tudo se suspendeu porque nasceu Jesus, o salvador da humanidade e do universo”.
O Natal nos quer comunicar que Deus não é aquela figura severa e de olhos penetrantes para perscrutar nossas vidas. Não. Ele surge como uma criança. Ela não julga; só quer receber carinho e brincar.
Eis que do presépio veio uma voz que me sussurrou: ”Oh, criatura humana, por que tens medo de Deus? Ele não se fez criança? Não vês que sua mãe enfaixou seus bracinhos e seu corpinho frágil? Não percebes que ela não ameaça ninguém? Nem condena ninguém? Não escutas o seu chorinho doce? Mais que ajudar, essa criança precisa ser ajudado e coberta de carinho porque sozinha não pode fazer nada; não sabes que ela é o Deus-conosco-como nós?”
E ai já não pensamos mais mas damos lugar ao coração que sente, se compadece e ama. Poderíamos fazer outra coisa diante desta Criança, sabendo que é o Deus humanado?
Talvez poucos escreveram tão bem sobre o Natal, sobre Jesus Criança, que o poeta português Fernando Pessoa: ”Ele é a eterna criança, o Deus que faltava. Ele é o divino que sorri e que brinca. É a criança tão humana que é divina”.
Mais tarde transformaram o Menino Jesus no São Nicolau, no Santa Claus e, por fim, no Papai Noel. Pouco importam os nomes, porque no fundo, o espírito de bondade, de proximidade e de Presente divino está, de alguma forma, lá.
Acertado foi o editorialista Francis Church do jornal The New York Sun de 1897 respondendo a uma menina de 8 anos, Virgínia, que lhe escreveu: “Prezado Editor: me diga de verdade, o Papai Noel existe?” E ele sabiamente respondeu:
“Sim, Virgínia, Papai Noel existe. Isto é tão certo quanto a existência do amor, da generosidade e da devoção. E você sabe que tudo isto existe de verdade, trazendo mais beleza e alegria à nossa vida. Como seria triste o mundo se não houvesse o Papai Noel! Seria tão triste quanto não existir Virgínias como você. Não haveria fé das crianças, nem a poesia e a fantasia que tornam nossa existência leve e bonita. Mas para isso temos que aprender a ver com os olhos do coração e do amor. Então percebemos que não há nenhum sinal de que o Papai Noel não exista. Se existe o Papai Noel? Graças a Deus ele vive e viverá sempre que houver crianças grandes e pequenas que aprenderam a ver com os olhos do coração”
Nesta festa, tentemos a olhar com os olhos do coração, pois todos fomos educados a olhar com os olhos da razão. Por isso somos frios. Hoje vamos resgatar os direitos do coração que é caloroso: deixar-nos comover com nossas crianças, permitir que sonhem e nos encher de estremecimento diante da Divina Criança que sentiu prazer e alegria ao decidir ser um de nós pela encarnação.
PS. Desejo aos leitores e leitoras de meu blog um Natal de esperança pois precisamos dela no meio de um mundo em voo cego rumo a um futuro incerto. Mas uma Estrela como a de Belém nos mostrará um caminho salvador. E chamaram Jesus de Emanuel, o Deus que caminho conosco:lb

"O Mistério da Encarnação foi o fato mais extraordinário acontecido depois da criação do mundo!"

Para refletir(Padre Paulo)

"A Igreja é a comunidade sobrenatural dos indivíduos, únicos e insubstituíveis , na graça interna, na verdade e no amor de Cristo" (Rahner).

Por uma sociedade livre e feliz

Muita coisa descartável, um consumismo exagerado nesse período natalino. A sociedade é levada a não perceber que os preços dos produtos crescem demais. Na verdade preparam-se homens novos para uma nova sociedade. Cidadão consumista para uma sociedade meramente de consumo. Quando isso acontece numa sociedade desigual, a maioria transforma-se em atores anônimos, esquecidos e deixados de lado. O que temos de novidade para a vida melhorar entre os mais pobres? Resta apenas a esperança de um milagre que resgate a dignidade humana nesta sociedade de consumo.
É possível acontecer um grande milagre apartir do momento que substituírmos o espírito do consumo exagerado pelo espírito de solidariedade, de preferência com os mais pobres. Uma comunidade organizada e consciente de seus direitos e deveres tem capacidade de construir uma nova mentalidade sem vícios e sem interesses egoístas. Espera-se que o ano novo seja diferente: paz, amor, fraternidade e justiça.

FELIZ NATAL A TODOS E UM ANO NOVO REPLETO DE REALIZAÇÕES!

Por Família POM   
22 / Dez / 2012 18:58
Jesus renasce em nosso meio, pobre, humilde e servo. Ele é o enviado de Deus.
Como missionários, aprendemos com o Pai a generosidade de coração, como uma grande riqueza a ser partilhada.
Que o Deus menino fortaleça o nosso compromisso com a Missão universal e a Boa Notícia se espalhe por toda a humanidade. A família das Pontifícias Obras Missionárias (POM) deseja a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de paz e esperança.