sábado, 5 de janeiro de 2013

Leia!

Mensagem do dia
 
Sábado, 05 de janeiro 2013
Maria é a nossa Mãe protetora Maria é uma Mãe cheia de ternura. Quando Ela terminou sua missão foi arrebatada ao céu em corpo e alma. Renovemos nossa consagração a Ela. Nós estamos em tempos de luta. A luta é entre Ela e o dragão. Por isso, precisamos estar com a Santíssima Virgem Maria. E na luta contra o maligno quem luta é Ela. Para sermos protegidos dos ataques dele temos de estar com Ela, debaixo de seu manto.

Ela é a nossa protetora. A bendita entre as mulheres! Ela é quem vai esmagar a cabeça da serpente e vencer a batalha! É por isso que nós dizemos:

"Oh, minha Senhora, oh minha Mãe, eu me ofereço todo a vós. E em prova de minha devoção para convosco, vos consagro neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso, oh incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa." Amém!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A esperança e os pobres

"Optar pela esperança é optar pelos pobres". Somos todos chamados a fazer essa opção pelos pobres que se encontram desamparados no mundo sem liderança verdadeira. Muitos falam em nome e defesa dos pobres mas não querem estar com eles, não deseja com eles a construção de um mundo com igualdade de direitos. Jesus nos ensina o caminho da partilha do poder para que todos participem com alegria do reino de justiça, amor e paz. Deixar os pobres de fora da partilha do alimento de cada dia significa uma ofensa grave ao criador do céu e da terra.(Carlos)

Há seguidores do Caminho de Jesus na igreja, como também há os que estão na igreja sem estar no Caminho e os que estão no Caminho fora da igreja. 

O QUE É A BÍBLIA?

"A Bíblia é a Palavra sobre o real, que Deus pronunciou em uma história e que ele nos dirige hoje por intermédio de autores humanos"(Pontifícia Comissão Bíblica, p.57).


Em 2012, Papa recebeu mais de dois milhões de pessoas



A Prefeitura da Casa Pontifícia divulgou ontem os números que retratam a participação pública em audiências e celebrações presididas pelo Papa no ano que passou. 
Em 2012, mais de dois milhões de pessoas estiveram em encontros com o Papa. As estimativas – calculadas pelos pedidos de entradas – indicam que um total de 2.351.200 fiéis participaram dos eventos públicos com Bento XVI: 447 mil em 43 audiências gerais às 4as feiras; 146.800 em audiências particulares; 501 mil em diversas celebrações litúrgicas presididas por Bento XVI; e cerca 1.256.000 em orações dominicais do Angelus na Praça São Pedro e em Castel Gandolfo. 
Somando os números de todo o pontificado, de 19 de abril de 2005 até hoje, 20.544.970 peregrinos estiveram em encontros com Bento XVI no Vaticano e em sua residência de verão. 
O evento que teve a maior participação de fiéis foi a beatificação de João Paulo II, em 1º de maio de 2011.
Fonte: Rádio Vaticano

Paróquia do Santuário implanta pastoral da Sobriedade

 
A Pastoral da Sobriedade acaba de ser criada na paróquia do Santuário dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, no bairro de Nazaré, em Natal. Foi criada no dia 30 de dezembro, com a participação de 12 agentes pastorais e coordenada pelo casal José Inácio Silva de Oliveira e Marize Silva de Oliveira, do Encontro de Casais com Cristo - ECC. Segundo o pároco, Pe. Francisco das Chagas de Souza, a Pastoral da Sobriedade é uma ação concreta da Igreja, na prevenção e recuperação da dependência química.
Para realizar o trabalho a que se propõe, a Pastoral buscará a integração com as demais pastorais, serviços, movimentos e comunidades terapêuticas, inclusive as casas que já trabalham com a recuperação de dependentes químicos. Dessa forma, poderá ajudar no resgate e reinserção dos excluídos na convivência com as demais pessoas da sociedade.

Foto: Cacilda Medeiros
Matriz do Santuário dos Mártries, bairro de Nazaré, em Natal
FONTE: Arquidiocese de Natal

"Face a face Vós Vos revelastes a mim, meu Cristo, e em Vossos sacramentos eu Vos encontro!" (Santo Ambrósio).

Faculdade de Teologia Dom Heitor abre processo seletivo

 
A Faculdade Dom Heitor Sales está com inscrições abertas para o processo seletivo de 2013, visando o preenchimento de vagas nos cursos de licenciatura em Filosofia e bacharelado em Teologia. Serão 100 vagas para o curso de Teologia, sendo 50 no turno vespertino e 50 no noturno. O curso de filosofia também oferece 100 vagas, sendo 50 para cada turno. O edital, assinado pelo Diretor, Mons. Lucas Batista Neto, pode ser acessado no site: www.fahs.com.br.
A taxa de inscrição é de R$ 20,00, que deve ser depositada na conta 2062-6, agência 0033-003, da Caixa Econômica Federal, em nome do ITEPAN, até o dia 23 de janeiro. As provas terão questões da língua portuguesa, historia, geografia, atualidades e redação. A aplicação das provas será no dia 26 de janeiro, a partir das 8h30, na sede da Faculdade, situada na Av. Câmara Cascudo, 390 - Cidade Alta - Natal.
Foto: José Bezerra
Mons. Lucas Batista Neto, Diretor da Faculdade Dom Heitor Sales

Trabalhar para o Bem Comum significa assumir a responsabilidade pelos outros. [328]

Domingo da Epifania do Senhor - comentário litúrgico


O Messias além de qualquer fronteira
1.    Introdução
O Evangelho quer mostrar antes de tudo que, enquanto os poderes político e religioso judaicos ficaram desapontados com a chegada de Jesus, os de fora, os de longe, os descrentes vêm fazer-lhe a mais sincera homenagem. Ainda bem que Ele não é propriedade de um povo, não. Ele veio para qualquer um; Ele veio para todos (cf. Vida Pastoral, janeiro-fevereiro de 2013, p. 39).
Dizem, e é verdade que, de quando em vês, algumas atitudes de determinadas pessoas que se dizem católicas, inclusive de comunhões diárias, falam pouco, ou quase nada do que vem a ser cristão, em relação a outros que não professam a nossa fé. Aliás, diga-se de passagem, é lamentável, o demonstrável testemunho hipócrita.
Se for assim, como é difícil a mentalidade mesmo de quem é bom e sinceramente católico. Tem razão a afirmação do profeta: “Os que não creem tem em comum com os que creem que o Senhor acredita neles” (Dom Helder).
§  I leitura (Is 60,1-6)
Pelo menos duas proposições são necessárias para que se compreenda o texto da primeira leitura: uma histórica e outra geográfica. Vamos à primeira.
Na primeira leitura do dia de Natal, leu-se a respeito dos dramáticos acontecimentos que, no ano de 587 a.C., levaram Jerusalém a uma terrível destruição.
Aos olhos do profeta, essa cidade humilhada, parece uma viúva arruinada, uma mãe desolada pelos filhos, após terem sidos deportados para uma terra estranha. Que situação humilhante para aquela que fora considerada a “Senhora das nações” (Lm 1,1), “o orgulho de todo o universo” (Is 62,7), agora vê-se transformada numa escrava idosa, decadente e abatida.
E agora a proposição geográfica: Para quem já foi a Jerusalém deve ter constatado que, sua localização está entre dois vales: o Geena e o Cedron. “De manhã, quando desponta o sol, a cidade logo fica envolvida por uma maravilhosa luminosidade, ao passo que os vales ao redor continuam envolto nas trevas da noite”.
É nesse contexto histórico e geográfico, transformado em símbolo pelo espetáculo natural, que o profeta Isaías lança a sua visão: Eis a despontar fulgurantes e esplendorosos os raios solares iluminadores da cidade.
E, agora, os que tinham sido levados como cativos e posteriormente se espalharam pelo mundo estão chegando de Jerusalém, vindos das mais distantes nações, celebrando a festa do retorno para casa.
Vale, aqui, salientar, a frase do escritor notável e político paraibano José Américo de Almeida, de que “voltar é uma forma de renascer e ninguém se perde no caminho da volta”.
Assim, sim, está aberto o caminho para entender o significado mais profundo da festa de hoje.
§  Evangelho (Mt 2,1-12)
                O episódio que vamos ouvir e refletir no evangelho é o motivo da festa da Epifania.
- Os magos, quem são eles?
Comecemos pelos magos. De partida, está comprovado de que eles desfrutam de muita popularidade: Tem-se a prova, quanto à afirmação feita que, já desde 150 anos depois do nascimento do Filho de Deus, nos cemitérios cristãos começa a ser reproduzida a sua efígie (cf. Fernando Armellini, celebrando a Palavra, ano c, p. 74).
                Contudo, o que nos parece, é que os cristãos reclamam da escassez de detalhes a respeito dos magos: De onde vinham: Da [África?], Da [Ásia?], Da [Europa?].  Quantos eram? A que cultura pertenciam: (um era branco?), (outro era amarelo?), (o outro era negro?). Como se chamavam: Gaspar? Melquior? Baltazar? Que meio de transporte usaram? O que fizeram depois de terem voltado para sua terra? Onde estão sepultados? Eram santos? Eram reis?
                Como responder a cada questão? Evidentemente, trata-se de histórias. É preciso ir ao ponto essencial tratado por Mateus. Porém, é preciso esclarecer algumas questões: Primeiro, os magos não eram reis. Certamente pertenciam a um grupo de pessoas que interpretavam sonhos, observavam o curso dos astros e, que sabiam ler a vontade de Deus através dos acontecimentos da vida.
                E sobre a estrela? Quanto à estrela, acreditava-se, na antiguidade, que quando nascia uma pessoa destinada a uma determinada missão, ao mesmo tempo surgia uma estrela no céu. Na verdade, essas ideias eram bastante familiares tanto para Mateus, quanto para os seus leitores.
                O interessante é que, somando Magos do Oriente com a estrela, o evangelista quer nos dizer que finalmente chegou o esperado salvador da estirpe de Jacó. É Jesus, o adorado pelos magos. É Ele, Jesus, a estrela. Basta!
                Guiados pela estrela, chegam a Belém; (com um detalhe, ela só reaparece depois que se afastaram de Herodes e de Jerusalém), chegam a Belém e encontram o menino. Nesse menino reconhecem o Rei que faz justiça, e se prostram diante dele. Realmente, os magos veem “o menino e a mãe”, prostram-se e oferecem tributos.
                O gesto de reconhecimento é seguido da oferta do que há de melhor em seus países: ouro, incenso e mirra. Porque servir a esse rei e pagar-lhe tributo? Porque ele é o rei que faz justiça.
                O texto termina mostrando um detalhe: Os magos voltam por outro caminho, que o discernimento lhes indicou. Romperam com Herodes e com Jerusalém. O texto diz que foram “avisados em sonhos”. Como entender isso? O sonho dos magos é a inspiração de que do poder opressor nada nasce de bom para a sociedade.
                A atitude dos magos nos ajuda a discernir a nossa opção, se será por Herodes, o defensor das esperanças perdidas e patrocinadas pelo anti-reino, por isso defensoras do mal; ou se será pela esperança verdadeira, capaz de indicar a certeza da salvação, patrocinada pela justiça em pessoa, Jesus, a alternativa tão aguardada por todos.
§  II leitura (Ef 3,2-3a.5-6)
               Nessa leitura, encontramos também o principal significado da festa de hoje.
                Mediante o Evangelho todos são chamados à vida e à liberdade trazidas por Jesus. É disso que Paulo se torna anunciador missionário, dedicando sua vida à evangelização dos pagãos. Daí, então, não só os israelitas, não só os judeus, mas também os pagãos são, a partir da prática de Jesus e de Paulo, co-herdeiros. A salvação é acessível, como oferta graciosa de Jesus, a todos, sem discriminação. Como precisamos corrigir nossa consciência cristã ainda bastante tacanha e pêca!
Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco da Paróquia Imaculada Conceição
Nova Cruz - RN (Fonte: Pascom Nova Cruz)

Professores do Município

Professores da Rede Municipal da Escola Profº Severino Bezerra de Melo estão de parabéns pelo trabalho que desenvolvem no sentido de promoverem mais alunos para o IFRN. Professores e alunos são verdadeiros heróis numa situação difícil em passa a educação brasileira. Eles demonstraram sua capacidade e compromisso por um projeto maior. Tenho plena certeza que se os professores tivessem mais recursos investiriam muito mais. (Carlos: Professor)
"A coerência da crítica está na autocrítica" (Pedro Demo)

A árvore que estava caindo,cortada por um forte machado,deu um longo suspiro porque viu que o cabo do machado era feito de madeira de árvore.
Por nossos irmãos perseguidos e discriminados
Pela fidelidade ao Papa,
Pelo zelo e amor à liturgia, pela retidão da doutrina
E pelo amor à Igreja, nossa Mãe católica,
Para que ponha, a esperança e encontrem consolo
No Nome do Salvador!

Bento XVI diz não ao "capitalismo financeiro sem regras": comentário do economista Quadrio Curzio



Cidade do Vaticano (RV) - No Dia Mundial da Paz, celebrado na última terça-feira, dia 1º, Bento XVI falou sobre tensões no mundo, terrorismo, criminalidade e injustiças sociais. O Papa denunciou "um capitalismo financeiro sem regras". Para uma análise econômica, a Rádio Vaticano ouviu o economista Albert Quadrio Curzio. Eis o que disse:

Albert Quadrio Curzio:- "Compartilha-se totalmente a afirmação de Bento XVI, que se insere na mesma linha que já havia indicado e sobre a qual muitos bispos e sacerdotes já tinham retornado, linha esta que indica o perigo muito grande – quer para o valor social, institucional, bem como para o valor econômico – de confiar no mercado cada vez mais menos regulado e sempre mais voltado para o mundo financeiro. Trata-se de dois aspectos que nos anos passados, a partir sobretudo do início dos anos noventa, foram considerados resolutivos de todo e qualquer problema, quase como se o bem-estar pudesse ser gerado exclusivamente pelo liberalismo, e não também pela solidariedade e pela subsidiariedade, que são os dois grandes valores nos quais as comunidades humanas se organizam inclusive no econômico."

RV: Os efeitos deste capitalismo financeiro sem regras estão diante dos olhos de todos, sobretudo das massas que estão pagando a crise. O senhor pode nos esclarecer onde faltam as regras?

Albert Quadrio Curzio:- "A economia é feita de dois grandes componentes, além, obviamente do mais importante de tudo, que é o componente da pessoa, que mediante o trabalho realiza a si mesma e uma obra de criatividade num contexto comunitário. Um componente é a economia real, que se expressa na manufatura, na indústria, na agricultura, e também numa parte significativa da prestação de serviços. O outro componente é a economia bancária e financeira. Na melhor das situações possíveis, a economia bancária e financeira é complementar à economia real: não é uma entidade independente, em cujo âmbito se dão ganhos muito velozes mediante meras operações de natureza financeira. O ponto é que quando se rompe a união entre economia real e economia financeira-bancária (estamos falando de finanças e bancos porque é o sistema bancário que alimenta o sistema financeiro), se produzem os efeitos negativos que vimos nestes anos, que foram os piores efeitos."

RV: O Papa fala também sobre "focos de tensão e de contraposição, causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres". Trata-se de um veemente apelo do Santo Padre...

Albert Quadrio Curzio:- "De fato, é um veemente apelo. Faz-nos olhar para bem distante com visão de futuro e nos pede que reflitamos sobre qual pode ser um desenvolvimento que tenha no centro a pessoa, as pessoas, as comunidades. O desenvolvimento deve ser gradual, deve ser contínuo, deve ser dosado e deve ser difuso entre todas as pessoas. Desenvolvimento que deve ser feito, mas que deve ser acompanhado de formas de equidade: que não significa igualdade de tipo comunista, mas equidade, que significa diferenças compatíveis, significa desejo de crescer, de atingir a meta, desejo de construir, mas não certamente de polarizar as entidades de riqueza e de pobreza." (RL)


Cada sociedade edifica-se sobre uma ordem de valores que são realizados pela justiça e pelo amor. [324]

Amor humano



Como explicar o amor humano como dom de si?
“A pessoa é, portanto, capaz de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê só objetos com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade, capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas. É um amor capaz de generosidade, à semelhança do amor de Deus; querer bem ao outro porque se reconhece que é digno de ser amado. É um amor que gera a comunhão entre as pessoas, visto que cada um considera o bem do outro como próprio. É um dom de si feito àquele que se ama, no qual se descobre, se concretiza a própria bondade na comunhão de pessoas e se aprende o valor de ser amado e de amar” (Sexualidade Humana, 13).
A Igreja nos dá a resposta que precisamos para exercermos a nossa vocação com o apetite natural do amor. Amor como a possibilidade de entrar em comunhão com o outro sem diminuição. Somos imagem e semelhança de Deus. Portanto, existimos para amar e ser amado. “Considerar o bem do outro como próprio” é considerar possível a convivência humana pautada no diálogo e no respeito. (Carlos)

Reflexão sobre a liturgia deste domingo, Solenidade da Epifania do Senhor



Cidade do Vaticano (RV) - Isaías anuncia a manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a conseqüente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina. Jerusalém é o centro, atrai para si a atenção dos povos, mas ao mesmo tempo vive a vocação de iluminá-los, de conduzi-los ao Senhor.

Paulo nos fala que essa glória do Senhor é o mistério de Jesus Cristo, ou seja, a glória do Senhor que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus Cristo com sua salvação. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

O Evangelho de Mateus explicita essa atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém, através da vinda dos magos, conduzidos pela luz de uma estrela que irá pairar sobre a casa onde se abriga Jesus, a misericórdia, a salvação, a própria luz!

Contudo os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, lendo e anunciando os escritos dos profetas, especialmente aquele que diz que será em Belém o nascimento do Messias, do Salvador, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão. Pouco lhes importa que a missão do Messias seja unir o povo de Deus e iluminar as nações.

Os magos, fascinados pelo clarão apreendido no estudos dos astros e da natureza, já que não possuem as profecias, intuem e tem conhecimento do nascimento do Salvador e sabem que é naquela região.

Ao visitarem o Messias, lhe ofertam ouro, incenso e mirra. Ouro, ao rei; mirra, o óleo com o qual esposa se perfuma para suas núpcias, sinaliza que o Senhor é o esposo; e incenso, ao Deus encarnado.
Discernindo a reação do rei Herodes, os magos não retornam a ele após a visita ao Senhor.

Para nós, batizados, que temos o conhecimento da vinda do Messias, que a celebramos a cada ano no Natal, como é nossa postura em relação às exigências da revelação? Somos seus anunciadores a todos os homens? Aceitamos que o Senhor se revela a todos e de modo diverso, de acordo com a cultura e possibilidades de cada um?
Cremos que a Igreja é a nova Jerusalém, de onde brilha a Luz do Sol verdadeiro, Jesus Cristo, e para ela se dirigem todos os povos, todos o homens de boa vontade?
Também, como os Magos, desviamos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optaram pelo Mal? Que preferem o acomodamento à prática do bem?
Ser cristão é acreditar que a vinda de Jesus Cristo trouxe para a Humanidade a união definitiva de Deus com o Homem e que todos os homens são chamados a viver essa união e que a Igreja tem a missão de ser farol, porque nela está a Luz verdadeira.
Epifania, - manifestação da misericórdia de Deus a todos os homens,- façam já parte da Igreja ou ainda não.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.

Família feliz

As estruturas excludentes não combinam com diálogo, solidariedade, respeito. As estruturas excludentes são violentas porque mantém à margem da sociedade principalmente os mais pobres. Toda estrutura tem um mentor intelectual que pensa somente em si. Em primeiro lugar, não existe discurso amigável onde reina os contra-valores. A falta de justiça de um afeta todos. Não no sentido de que todos se tornam injustos mas porque sofrem em consequência das atitudes errôneas de um sujeito. É preciso pensar estruturas que garantam o bem estar de todos.
As novas estruturas, com ética e moral, só vem com homens e mulheres que acreditam na força que brota do amor, justiça e paz. Para isto temos necessidades formação que começa na vida doméstica, com o pai e mãe sendo exemplos para os filhos. O maior e melhor referencial de educação ainda são os pais. Se pensarmos bem, uma família é uma estrutura que pode e deve contribuir para a formação de uma sociedade onde todos sejam respeitados. A vida em família não deve ser um lugar de revoltados. A vida em família deve ser um lugar onde brilha o amor, o bem, a concórdia e tantos valores que hoje muitos sentem saudades.
Falar com pessoas, mesmo desconhecidas, como se fossem amigas dá a sensação de tranquilidade e paz. Na família, somos mais do que amigos e amigas, somos filhos e pais. É na família que tudo começa. Se começar errado, o erro torna-se duradouro e atrapalha a vida de muitos. Um dia você entenderá porque determinadas pessoas só fazem o mal, ficam felizes com a maldade. A explicação está na formação decadente. Quando falta afetividade, quando falta uma educação para a sexualidade, nesse sentido fica difícil se defender do perigo. Que as famílias possam encontrar a verdadeira paz. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
 

"Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!" (1João, 3,18)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão

"O homem é criado na palavra e vive nela; e não se pode compreender a si mesmo, se não se abre a este diálogo"(VERBUM DOMINI, 22).

Não, o cristão nunca deve ser individualista, porque o ser humano está por natureza orientado para a comunhão. [321]

"O maior dom que o ser humano pode ter debaixo do céu é poder viver bem com aqueles com quem está." Beato Egídio de Assis

Leia um livro

Uma excelente leitura, um bom livro: Ética da sexualidade e do matrimônio.
Autor: Eduardo López Azpitarte

REFLEXÃO

"Desde o início, os cristãos tiveram consciência de que, em Cristo, a Palavra de Deus está presente como Pessoa" (VERBUM DOMINI, 12).
 
"Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe!" (1João, 3,7). Recomendação muito atual, essa de S.João!
 

Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo


Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, Friday, 4 January 2013 (Zenit.org).
Multidões se extasiavam, há poucos dias, diante do espetáculo de luz e som que marcavam a passagem do ano. Ao brilho da luz que irrompia na explosão dos fogos, no jogo dos canhões de luz que, dançando, se perdiam no espaço até se extinguirem. Os corações vibravam numa alegria que depois se esvaia, perdida no cansaço e na escuridão que se seguia, agravada pela densidade da fumaça da queima dos fogos.
Os magos seguiram a estrela. Para todos nós, com certeza nunca faltará uma luz em nosso caminho para nos guiar para Cristo. Os jovens que para cá virão no próximo mês de julho, vêm também em busca dessa luz que é Cristo. Faltam 200 dias para a JMJ Rio 2013. Os passos dados, as preparações feitas já despertam a curiosidade dos noticiários, e reflexões são elaboradas para, sob vários olhares, tentarem compreender a Igreja que vive a sua missão evangelizadora.
Cristo se manifestou como luz para todos os homens! A salvação foi dirigida também aos “gentios”, que recebem a mesma possibilidade de encontrar, em Cristo, a salvação. Cristo é a luz verdadeira que deveria vir a este mundo; Ele ilumina as trevas da humanidade.
A Luz. A humanidade busca a Luz, mas a sobra do pecado, qual nuvem escura e negra, tenta obstruir este anseio do mais profundo do nosso coração. E as luzes deste mundo são fugazes, perdem-se como os canhões de luz que rodopiam na escuridão e, depois, se apagam. Não preenchem o vazio do íntimo do nosso ser, como escreve Santo Agostinho: “Estáveis dentre de mim e eu te procurava fora. Inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Vós”.
A Luz verdadeira veio ao mundo, e mesmo aquele povo que tinha sido preparado pelos seus patriarcas e profetas para acolhê-la, não a receberam. Apenas os de coração aberto, que a buscavam na sinceridade de suas vidas, sentiam sua presença, conduzidos pela Estrela. E puseram-se a caminho.
A fé dava-lhes força para prosseguir a jornada, apesar das distâncias, da aspereza do caminho. Como a Samaritana junto ao poço de Jacó, também a eles foi revelado que a salvação viria dos judeus. Bateram às portas de Jerusalém, que tinha ciência de que a Luz estava por vir, inclusive, de que surgiria da raiz de Jessé, na pequenina Belém.
Mas, a ambição e a ânsia do poder ofuscavam-lhes a mente e maquinaram abafar aquela pequena chama que luzia numa manjedoura. E despediram os Magos. E eles partiram à luz da Estrela que pousou onde estava o Menino e sua Mãe, e O adoraram.
A humanidade, hoje, numa cultura globalizada, está confusa e perdida, como profetizou Isaias: “Um povo que vivia nas trevas...” Precisa que se lhe aponte uma grande Luz, capaz de dar sentido ao desenvolvimento técnico que alcançou, mas incapaz de lhe dar a paz.
O apóstolo Paulo, na sua carta aos Efésios, nos fala da misericórdia de Deus que se abre pela pregação apostólica, no anúncio da manifestação da salvação para todos os povos. Um povo que vivia nas trevas viu uma grande Luz. Escrevendo aos Romanos (cap.10), como que lamenta a falta de arautos a apontar essa Luz a todos os corações: “Como poderão invocar aquele em que não creram? E, como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderão ouvir sem pregador?” E conclui, com Isaias: “Quão maravilhosos os pés dos que anunciam boas notícias.”.
Ao olharmos, como Jesus, a Jerusalém, a cidade de hoje, o mundo contemporâneo, o nosso lamento é desesperador ante a cultura da degradação moral e da morte. Debatemo-nos, inutilmente, à procura das causas imediatas e concluímos por soluções contaminadas pela mesma cultura, como guerras, opressões, prisões e mortes, incapazes de nos dar a Paz.Como Herodes e sua turma, não nos abrimos ao brilho da Estrela de Belém.
Não há salvação senãoem Jesus. Aide mim, se não evangelizar, exclama a Igreja com o apóstolo. O “Ano da Fé”, em seguimento ao Concílio Vaticano II, nos concita a uma nova evangelização. A não fecharmos em nós mesmos o dom que recebemos. Não que a mensagem de Cristo tenha envelhecido. Sua luz é perene e eterna. A nossa pregação é que tem de se tornar atual, capaz de iluminar, pelo Evangelho, as mentes e corações, a evolução técnica e social da humanidade, incentivando-a e reconhecendo seus valores, mas indicando-lhes que os ponteiros deste desenvolvimento têm de apontar para o Infinito.
Nós, cristãos, não podemos aceitar que o sal da terra se torne insípido e a luz fique escondida. A nova cidade dos homens somente encontrará a paz se brilhar sobre ela a Luz.  Então veremos a realização da visão profética de Isaias: ”A luz nasceu para os que habitavam a região da sombra da morte. Multiplicaste o povo e fizeste nascer a alegria”.
† Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Reflexão

"O cristianismo é a "religião da Palavra de Deus", não de "uma palavra escrita e muda, mas do verbo encarnado e vivo" (VERBUM DOMINI, 7).

Reflexão

"A novidade da revelação bíblica consiste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco" (VERBUM DOMINI, 6).

Espanhóis e imigrantes: caminhar juntos na esperança



Madri (RV) - No próximo dia 20 de janeiro, a Igreja na Espanha, acolhendo o convite do Papa Bento XVI, celebrará o Dia Mundial das Migrações.

Em preparação a esta data, os bispos da Conferência Episcopal Espanhola dirigiram uma mensagem de alento e esperança aos imigrantes, seguindo o tema desta edição de 2013: "Migrações: Peregrinação de fé e esperança".

"Quantas vezes essa peregrinação não se torna frustrada", escrevem os bispos, recordando que com frequência o migrante encontra um deserto a atravessar ou o mar abaixo dos pés. "Não deixa de nos ferir a tragédia de muitos migrantes que deixaram e continuam deixando suas vidas no mar".

Os bispos denunciam "o abuso das máfias que exploram e traficam as necessidades dos migrantes", e pedem medidas mais generosas na hora de regular os fluxos migratórios; medidas que no se reduzam ao fechamento hermético das fronteiras ou ao endurecimento das sanções contra os irregulares.

Referindo-se à crise econômica que a Espanha está vivendo, a Conferência Episcopal recorda que a falta de perspectiva profissional reduziu o saldo entre ingressos e saídas em 120 mil pessoas em nove meses. A crise, além disso, está levando os espanhóis, sobretudo jovens, a emigraram para outros países da Europa.

Os Bispos então fazem um apelo para que espanhóis e migrantes unam suas forças para caminhar sempre adiante, recordando que "a virtude teologal da esperança alimenta as esperanças humanas de progredir, de melhorar, de não ceder ao desalento".

(BF)

FOME

A fome é o maior problema solucionável do mundo.
(PNUD BRASIL)

A Igreja defende

"A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro evangelhos".
(DEI VERBUM, 18)

Revelação divina

"As coisas reveladas por Deus, que se encontram escritas na Sagrada Escritura, foram inspiradas pelo Espírito Santo" (DEI VERBUM, 11).

Reflitam

"A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo" (São Jerônimo).
Catecismo Jovem
"Fora da misericórdia de Deus não há para o ser humano mais nenhuma fonte de esperança"
Um pecado está sempre associado a um indivíduo que adere ao mal conhecimento e com vontade. [320] 
Evangelho (Jo 1,35-42)
Hoje, o Evangelho nos lembra as circunstâncias da vocação dos primeiros discípulos de Jesus. Para preparar-se ante a vinda do Messias, João e seu companheiro André haviam escutado e seguido durante um tempo a João Batista. Um bom dia, este aponta a Jesus com o dedo, chamando-o Cordeiro de Deus. Imediatamente, João e André o entendem: o Messias esperado é Ele! e, deixando a João Batista, começam a seguir a Jesus.
Jesus ouve os passos atrás Dele. Volta-se e fixa a olhada nos que o seguiam. As miradas se cruzam entre Jesus e aqueles homens simples. Eles ficaram extasiados. Esta olhada comove seus corações e sentem o desejo de estar com Ele: «Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras» (Jo 1,38), lhe perguntam. «Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima» (Jo 1,39), lhes responde Jesus. Os convida a ir com Ele e a ver, contemplar.
Vão e, o contemplam escutando-o. E convivem com Ele aquele anoitecer, aquela noite. É a hora da intimidade e das confidencias. A hora do amor compartilhado. Ficam com Ele até o dia seguinte, quando o sol se levanta por cima do mundo.
Acesos com a chama daquele «Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.» (cf. Lc 1,78-79). Excitados, sentem a necessidade de comunicar o que contemplaram e viveram aos primeiros que encontram ao seu passo: «Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)» (Jo 1,41). Os santos também o têm feito assim. São Francisco, ferido de amor, ia pelas ruas e praças, pelas vilas e bosques gritando: «O Amor não está sendo amado».
O essencial na vida cristã é deixar-se ver por Jesus, ir e ver onde ele se aloja, estar com Ele e compartilhar. E, depois, anunciá-lo. O caminho e o processo que seguiram os discípulos e os santos. É nosso caminho.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O demônio tem fé mas não tem o essencial: o amor.

O demônio odeia a Igreja, odeia o padre, odeia o evangelho de Jesus Cristo. Quando elogia um, está pensando no mal para outro. É um infeliz com disposição somente para destruir, causando dor e sofrimento. Tem poder de argumentação. "A diferença é que não pode amar, nem afetiva e nem praticamente". Desse modo, podemos explicar a esquizofrenia do demônio. Ele é incapaz de amar como Jesus amou. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
"A mais fiel de todas as companheiras da alma é a esperança" (pe. Antonio Vieira). 

Mais um ano

O ano de 2012 chega ao seu término, com sua face própria para as pessoas e para as instituições. Dessa maneira, inscreve-se no calendário pessoal e institucional mais um capítulo de sua história. Ninguém desconhece a significação de sua própria história, em cujas páginas situam-se fatos que devem ser preservados e, por isso, são alegremente lembrados, e tantos outros que devem ser deletados e, assim, são jogados na lixeira do tempo. Há muitas referências a serem consideradas, no contexto do fim de um ano e de início de outro. Entre essas referências principais na vida das pessoas, com certeza, estão a família, a saúde, a educação, o trabalho, o lazer, a paz, a fé que são valores universais. Ninguém se realiza, plenamente, se lhe faltam essas referências que dizem respeito à sua individualidade, à sua condição de ser em permanente relacionamento com os semelhantes, à sua atividade produtiva, à convivência harmoniosa em seu ambiente e à sua ligação com um ser superior que, para os cristãos, é Deus, Trindade Santíssima.
Nem sempre as pessoas têm consciência da linguagem que está contida nessas referências, por isso não lhes dão a necessária atenção, a ponto de não extraírem delas as lições que contêm. Vendo-se na sua individualidade, as pessoas haverão de identificar elementos que contribuíram para o seu amadurecimento humano, para seu crescimento intelectual, sua afirmação profissional, sua realização religiosa. Todavia, em razão das circunstâncias, há pessoas que veem a face de sua vida, às avessas, e, dessa maneira, não se sentem realizadas, sob muitos aspectos. Chegar ao fim de um ano, nessa situação, representa um peso e um desgaste muito grandes em sua vida.
Em termos de calendário civil, a população brasileira tem um ano a mais pela frente, com expectativas e desafios; em termos de calendário político-eleitoral, os cidadãos brasileiros, na verdade, têm quatro anos pela frente, considerando-se o início do mandato dos prefeitos e vereadores que assumem suas funções no dia 1º de janeiro. Com certeza, a mudança pra melhor na qualidade de vida dos munícipes será a nota predominante no discurso de posse dos novos gestores municipais; essa afirmação, provavelmente, não terá confirmação, na maioria das administrações. Sem uma concepção e uma prática de gestão cidadã não haverá mudança substancial no perfil dos Municípios brasileiros. Isso será visível aos olhos da população, a começar pela composição do quadro dos auxiliares no poder executivo e legislativo. Em que pese a proibição da legislação, o nepotismo estará identificado em muitas administrações municipais, num desrespeito à cidadania; o clientelismo ainda prevalece, em muitos casos, com o emprego de pessoas próximas e amigos do gestor em centenas de cargos comissionados, ao invés de se privilegiar a sua ocupação pela via do concurso público que, de forma transparente, tem o mérito como critério de acesso ao serviço público. Não obstante uma maior conscientização da sociedade, uma fiscalização técnica mais rigorosa, a corrupção ainda fará estragos nos Municípios cujas sequelas serão facilmente enxergadas nas comunidades mais carentes da população.
Um ano a mais pesa, significativamente, na vida das pessoas e das instituições públicas e privadas, pelo registro positivo ou negativo de sua história. Que a fé e a cidadania coloquem as pessoas nos caminhos de Deus e do povo, em 2013!
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Cuba

Cuba: menor taxa de mortalidade infantil da América em 2012, incluindo Canadá e EUA - 4,6 para cada mil recém-nascidos. 
(Frei Beto)

Desmatamento continua

No fim do 2012, a organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou que o desmatamento da maior floresta tropical do mundo continua a fazer seus estragos, apesar de dados do Prodes apontarem recuo entre agosto de 2011 e julho de 2012, época em que foram derrubados 4.600 quilômetros quadrados, a menor taxa registrada desde o início das medições, em 1988.
Entretanto, os satélites do Imazon detectaram que entre agosto e novembro de 2012 foram desmatados 1.206 quilômetros quadrados, um aumento de 129% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2011 e novembro de 2011), quando foram desmatados 527 quilômetros quadrados. Pará lidera o ranking (51%), seguido por Mato Grosso (21%), Rondônia (13%) e Amazonas (12%). Esses quatro estados concentram 97% da destruição da Amazônia Legal no período monitorado.
Somente em novembro de 2012 foram derrubados 55 quilômetros quadrados da Amazônia Legal, o que equivale a um incremento de 258% se comparado com o mesmo mês de 2011. O estado mais afetado em novembro do ano passado foi o Pará, contribuindo com 42% do total registrado, seguido por Rondônia (25%) e Amazonas (24%). Também foram identificados desmatamentos em Roraima (4%) e Tocantins (1%).
Outro dado importante se refere à degradação florestal, que entre agosto e novembro de 2012 afetou 711 quilômetros quadrados. Mas ela diminuiu 45% se comparada ao mesmo período do ano anterior, quando foram computados 1.285 quilômetros quadrados degradados.
Para frear a destruição desta riqueza incalculável, o Greenpeace e demais organizações e movimentos sociais propõem a Lei do Desmatamento Zero. Participe você também, assine e compartilhe a petição e faça coro por um Brasil com florestas. (Fonte: Imazon)

Texto do nosso Pároco: Padre Matias



Onde estão os novos Reis Magos?
O Cristianismo é uma religião que, no seu surgimento, absorveu os elementos das culturas circundantes. Tenhamos a preocupação de ler as missivas do Novo Testamento tendo em vista esta peculiaridade. Lendo o capítulo 2 do evangelho de São Mateus, vemos como esta influência, se não bem inteligida, torna pesante o que para nós cristãos é de fundamental importância para a experiência de fé que desejamos ter com as celebrações que a liturgia da Igreja nos proporciona para a contemplação do mistério e o fortalecimento desta fé. Com a leitura do novo volume do papa Bento XVI, no capítulo 4, podemos ter uma reflexão densa de quem poderia ser aqueles Reis Magos que “foram ao encontro de Jesus para homenageá-lo” (cf. Mt 2,2). As interpretações dos elementos históricos postos na narrativa não se tornam anacrônicos porque existe uma preocupação, “cujo significado foi teologicamente interpretado pela comunidade judaico-cristã”, afirma Joseph Ratzinger, citando outro grande teólogo, Jean Danielou (Pág. 99). E se observarmos o capítulo, o Pontífice segue esta perspectiva teológica.
Como a fé toma a sua forma visível sempre na comunidade cristã, portemos a questão central da presença dos Reis Magos para a atualidade com as seguintes provocações: Onde estão os novos Reis Magos que visitam Jesus para homenageá-lo? Quem são eles? Quais são suas motivações? Por quem são enviados? Parece-me que no novo cenário, visualizar este fenômeno exige muito mais de nós. Na contemporaneidade muitas pessoas passam por uma profunda crise de fé (cf. Porta Fidei, 2). Para pensar metaforicamente a presença dos “novos magos”, temos que realmente pensar, não na autentica experiência de fé, como a fizeram, Maria e José, e que continua presente de forma autentica na vida de muitos cristãos, mas sim, no modo como o ser humano contemporâneo vive uma forma superficial, espiritualizante e até charlatã da sua relação com o transcendente. Estas expressões são vistas e apresentadas de diversos modos na cultura Posmoderna, através da literatura, filmes, magia negra, filosofias, artes e, mais enfaticamente, em tendências religiosas, que temos que deixar claro, não podem ser confundidas, nem equiparadas, com a lógica cristã da apocalíptica, como tão bem pensaram e dialogaram sobre, os grandes Umberto Eco e o Carlo Maria Martini no texto: “Em que crêem os que não crêem?”.
Os Magos do tempo de Jesus ofereceram ouro, incenso e mirra. O reconheceram como o Rei (ouro), o Filho de Deus (incenso) e o mistério da Paixão (mirra), pela qual iria passar. Diferente da interpretação teológica que foi dada pela comunidade cristã mateana, na atualidade, devido à tentativa de ofuscamento do Deus revelado em Jesus Cristo, pensado, estrategicamente, pelas tendências relativistas e agnósticas, que vão desembocar no niilismo antropológico da modernidade, a impostação é diferenciada. Sem dúvida, é na instigação e virulência do consumismo que os novos Magos surgem de modo atualizado. O mercado e as pessoas já não homenageiam ao Menino Jesus; mas, muito mais, aos deuses pagãos e fantásticos que alimentam o inconsciente coletivo de mentiras e alucinações. Vejamos que nestes momentos celebrativos o objetivo, teórico e pragmático, das tendências mercadológicas são mais fortemente enfatizadas. Os Magos de hoje não são capazes de mudar o caminho; eles voltam para adorar outros reis.
Por fim, que a nossa vida cristã, aproveitando este Ano da Fé, possa ser realmente um meio para que neste tempo extraordinário para apresentarmos ao Menino Jesus nossos melhores dons, conscientes de que, não somos nós que O oferecemos nada, mas Ele que é o nosso maior e melhor Presente. Assim o seja!    

Pe. Matias Soares
Pároco de S. J. de Mipibu e Vig. Episc. Sul.