sábado, 24 de novembro de 2012

PENSAMENTO DA SEMANA
19 a 26/11
"O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros"
(Confúcio)

34º Domingo do Tempo Comum



34º Domingo (Cristo Rei)
Introdução
As leituras deste “domingo de Cristo Rei” chama atenção de cada um de nós e de toda a comunidade cristã, para que compreendamos a profunda natureza da realeza de Jesus Cristo, “a razão da nossa fé”. Ele é o Rei, mas o seu reinado tem uma outra razão de ser.
O Mestre não diz: “o meu Reino não é neste mundo”, mas sim: “o meu Reino não é deste mundo”. Não diz: “o meu reino não é aqui”, mas sim: “o meu reino não é daqui”. Com efeito, o seu Reino é aqui na Terra até o fim dos séculos... Contudo, não é daqui, porque é peregrino no mundo” (Santo Agostinho, Comentários ao Evangelho de São João).
“O Reino de Deus não pode associar-se com o Reino do pecado... Tenha Cristo em nós o seu trono” (Orígenes, padre da Igreja, ano 185).
1ª leitura (Dn 7,13-14)
                Para facilitar melhor a compreensão dos dois versículos desse trecho (7, 13-14), faz-se necessário uma consideração precisa a respeito de todo o capítulo.
                Daniel na sua narração, chama atenção para alguns pormenores:
Ele começa dizendo (7,2-8): “Tive uma visão noturma... quatro feras gigantescas saíam do mar. Trata-se de Leão, urso, leopardo com quatro asas, uma outra com dez chifres. Em meio à visão, Daniel diz que viu também um ancião sentado num trono. E por aí segue a narração.
O que significa a presença de desses animais no contexto da leitura? O próprio agente do texto indica a explicação: trata-se dos grandes reinos que se sucederam no mundo e que oprimiam os filhos de Deus.
O leão é (a Babilônia); o urso e o leopardo (os povos dominadores: A Média e a Pérsia); a quarta e a mais terrível, significa (o reino de Alexandre Magno e seus sucessores), ou seja, especialmente, Antíoco IV, o perseguidor dos israelitas. Esse último rei está no poder, exatamente no período em que profetiza Daniel.
O melhor está aqui: o vidente contempla outra cena importante: no céu são instalados alguns tronos e um ancião (que simboliza o próprio Deus) senta-se para o devido julgamento.
Há um “final feliz”: Entra em cena a sentença: os animais são privados de poder e a última é trucida, destruída e atirada na fornalha (Dn 7,912).
Pois em, é nesse alvo que se encontra o texto. Daniel procura mostrar “um ser semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu”. Logo é possível chegarmos a esse denominador: É Deus confiando o seu poder, a glória e o reino. E mais: As Ações justas e misericordiosas em prol da vida não vêm do mar, com os seus monstros, mas do céu, de Deus.
Clareando melhor o que acabo de dizer no parágrafo anterior, a profecia se realizou em toda a sua plenitude só com a vinda de Jesus. Porque é Ele, não tenhamos dúvida, aquele que dá início ao Reino dos Santos do Altíssimo (Mc 14,62).
Segunda leitura (Ap 1,5-8)
                É incontestável a informação de que um cristão chamado João, autor de um dos Evangelhos, das Cartas (Primeira, Segunda e Terceira) e do chamado Apocalipse de São João, tenha vivido confinado numa ilha por confessar Jesus Cristo. Ele próprio se autodenomina João (1,1.4.9;22,8).
                O objetivo do autor é proporcionar coragem para os que fazem a comunidade da Ásia Menor (é possível ser exatamente aquela à qual ele pertencia), que está condenada a enveredar pela dispersão por causa da terrível perseguição.
                Antes de qualquer outra preocupação, João lembra aos fiéis cristãos a condição fundamental da fé: “Cristo é o príncipe dos reis da terra” (v. 5). Eis a razão da esperança para todos aqueles que ainda hoje são vítimas de injustiças: Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida.
                Nele, cada cristão é sacerdote porque apresenta a Deus o único sacrifício que lhe agrada: a vida doada aos irmãos.
                A última parte da leitura (vv. 7-8) alude as palavras de Daniel: “Eis que Ele (Jesus) vem do meio das nuvens”, e todos poderão Vê-lo. É a concelebração da sua mais expressiva vitória.
                Atenção: Diante do sofrimento e injustiças da vida, jamais busquemos o revide diante dos nossos inimigos e também de Cristo. Não! Com Cristo, procuremos transformar os corações “deles”: reconhecerão os seus erros e se converterão ao Amor que, infelizmente, nem sempre é amado.
Evangelho (Jo. 18,33b-37)
               
Jesus Cristo, Rei do Universo. “Sou Rei! O meu Reino não é deste mundo”.
                A Festa de Cristo Rei encerra o Ano Litúrgico. Tem, por isso, uma dimensão escatológica e parusíaca: Ele há-de-vir de novo, no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos e entregar o mundo ao Pai, que será tudo em todos. Ele é o Princípio e o Fim, o Alfa e Ômega.
Quem instituiu esta festa foi o Papa Pio XI, no ano de 1925. Foi uma iniciativa que teve como objetivo, pelo menos naquele momento, de contrariar os comportamentos laicistas e ateístas que continuam a desenvolver-se na sociedade.
                Algumas considerações sobre esta realidade:
                De que Reino se trata?
                Falar de realeza em tempo de democracia pode soar a saudosismo palaciano ou o triunfalismo. Mas trata-se de uma realeza de outra esfera, de outra dimensão: o reinado de Cristo é servir! Ele mesmo disse que veio “não para ser servido, mas para servir e dar a vida”. O seu Reino não é deste mundo. Reina desde a Cruz. Os reis e “príncipes” deste mundo (reis, presidentes, primeiros-ministros, etc.) muitas vezes servem-se a si mesmos, são narcisistas, gostam de poder. Não é assim com Jesus que se sacrificou por nós e fez da Cruz o Seu trono. O cristão tem de tentar “reinar” ao jeito de Jesus: servindo, sacrificando-se pelos irmãos. “Não podemos servir a dois senhores” – a nós (ou ao mundo) e a Deus. Devemos aderir de alma e coração ao Reino de Deus que está em Jesus Cristo e na Sua Igreja e dentro de nós: “o Reino de Deus está dentro de vós!” “Eu sou Rei!” “O meu jugo é suave, e leve a minha carga. Venha a nós o vosso Reino!”.
                Durante toda a sua vida pública, Jesus teve extremo cuidado para que não se desse uma interpretação política à sua missão. De quanto em vez, queriam fazê-lo rei, mas ele sempre procura evitar tratar de tal proposta.
                Tratando-se das características do Reino de Cristo, o Prefácio da Missa de hoje aponta algumas delas: Reino de Verdade (num mundo de tanta mentira verbal e vital) e de Vida (num mundo cheio de morte: aborto, eutanásia, terrorismo, guerras, homicídios, suicídios, assaltos mão-armada, perseguição política, etc. ...); Reino de justiça (tanta injustiça feita aos pobres!), de Amor (tanto ódio, ressentimentos e egoísmo!) e de Paz (entre tantas guerras e guerrilhas que começam dentro de nós e nas famílias). Outras características podiam inspirar-se nas bem-aventuranças.
                “É preciso que Ele reine!”, exclama São Paulo:
                Um fiel soldado deve estar ao lado dos seus superiores e nunca lhes voltar às costas. É necessário combater com eles e por eles! Antigamente celebrava-se hoje (domingo) a festa da Ação Católica. É preciso agir na sociedade. Ser sal e luz, num mundo insosso e às escuras. Mas muitos cristãos estão a cadência do indiferentismo, estão dormindo. Urge despertar. Todos à obra no apostolado, na evangelização, na ação sócio-caritativa, no testemunho verbal e vital. É preciso que Ele reine! Só Ele deve reinar! Com os três poderes: legislativo (cuja Constituição é o Evangelho, e Ele o Mestre), executivo (é Pastor, Servo) e judicial (é Juiz e Advogado universal dos direitos humanos – já vai fazendo justiça e há-de fazer no fim dos tempos: “Vinde, benditos de meu Pai...”).
                Propósitos
1)      Reinar desde a Cruz: foi assim que fez Jesus;
2)      Estar mais disposto a servir do que a ser servido;
3)      Combater pela verdade, pela justiça, pelo amor, pela paz.
Pe. Francisco de Assis
(Pascom: Nova Cruz)
Os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas. Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista, medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz.

Ele vem com as nuvens


Chegamos ao fim do ano litúrgico de 2012. O tempo voa, a vida passa! E no último domingo do ano da Igreja proclamamos o Senhor Jesus como Rei do Universo.
O Apocalipse afirma: “Jesus Cristo é a Testemunha Fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o Soberano dos reis da terra”. Aqui está tudo! A afirmação é forte, bela, confortadora!
Sendo a “testemunha fiel” Jesus é o “Sim” do Pai à humanidade, é o cumprimento de todas as suas promessas, de tudo quanto o Antigo Testamento anunciou e esperou. Ele é o cumprimento também de todas as nossas esperanças, de todos os sonhos do coração humano, de sua sede de paz, de harmonia, de vida. Ele é a Testemunha Fiel, Ele é o cumprimento, Ele é a realização, a Palavra definitiva do Pai para nós – e esta Palavra é de perdão, paz e salvação.
Ele é o “primeiro a ressuscitar dos mortos”, o início de uma nova humanidade, que vence a morte, que vence todo pecado, tudo aquilo que inferniza a vida humana e nos afasta de Deus. Afirmar que Jesus é o Primogênito dentre os mortos é professar que Ele é causa e modelo de nossa ressurreição: ressuscitaremos porque Ele ressuscitou, ressuscitaremos como Ele ressuscitou, ressuscitaremos para Ele, o Ressuscitado! Ele é cabeça, início e princípio de uma humanidade nova e libertado pecado.
Por isso ele “o Soberano dos reis da terra”: toda autoridade lhe foi concedida e todo poder somente tem sentido se está a serviço de sua autoridade, que é autoridade de vida, de paz, de graça, de justiça e de verdade!
Assim, celebrar Cristo como Rei do Universo no último domingo do ano litúrgico é proclamar que o mundo, que a história não caminham como uma nau sem rumo, não marcham para um destino cego nem rumam ao sabor de um acaso tirano e malvado. Não! Tudo está nas mãos Daquele que é o nosso Salvador. O Cristo que tudo dirige, que tudo guia, fá-lo para salvar!
Portanto, os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas. Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista, medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz.
Que a celebração do Cristo Rei nos faça não somente contemplar Aquele que está nos céus, sentado à direita do Pai, mas, nos faça, iluminados por ele, discernir a situação de nossa sociedade, de nosso mundo, de nossa vida! Que por nossas atitudes e opções, por nosso modo de viver e agir, o seu Reino esteja presente entre nós! Em nome de Cristo, digamos sim à vida, sim à retidão, sim à piedade, sim ao Evangelho! Não ao aborto, não à imoralidade, não à impiedade, não à destruição sistemática da família, não à difamação orquestrada pelos meios de comunicação contra a Igreja, com o único fim de desmoralizar o Evangelho!
O texto do Apocalipse nos convida: “Olhai! Ele vem com as nuvens!” – isto é, Ele vem como Deus, Ele vem glorioso, Ele vem com o poder do Espírito. Ele vem para levar à plenitude nossa vida, nosso testemunho, nosso trabalho pelo Reino. É nessa certeza e nessa esperança que caminhamos! Por isso jamais teremos o direito de desanimar e descansar! Ele vem; e nos espera, como Rei, no futuro, que preparamos e plantamos no presente!
Ele vem... “o Alfa e o Ômega, Aquele que é, que era e que vem, o Todo-Poderoso!”

 


Escrito por Dom Henrique 

COMPARAÇÃO


"10 escolas públicas estão entre as 100 melhores do Enem 2011. As 10 melhores escolas são particulares. As 50 piores são públicos".  

Comentário:
Existem muitos fatores que contribuem para a desigualdade, se compararmos o público com o particular. Mas a escola pública está dando passos significativos, procurando alcançar as melhorias que merecem. Para quem convive somente no setor privado com suas contribuições e elogios dificilmente vai enxergar a nossa caminhada histórica e necessária por melhores dias no setor público. Na escola pública se encontram as crianças, jovens e adultos do meio popular e classe média desse país. Uma justa distribuição da riqueza começa na escola com conhecimento e as outras condições para o futuro ser melhor. Já foi pior, agora entramos nos números, subimos degraus, não somos invisíveis. (Carlos)

Melhores alunos da rede pública superam média da rede privada

23/11/2012
Os 37,5 mil alunos da rede pública de ensino com melhor média no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 superam a média dos alunos da rede privada de ensino, destacou nesta quinta-feira (22) o ministro Aloizio Mercadante (Educação).
A comparação é feita sempre entre os alunos concluintes do ensino médio das duas redes.
Esse recorte de 37,5 mil estudantes equivale, segundo estimativa da pasta, aos 12,5% das vagas nas 59 universidades federais que deverão ser reservadas para cotistas da rede pública no processo de seleção do vestibular de 2013 --o total de vagas estimado é de 300.000.
"O topo da rede pública é muito melhor do que a média do setor privado", disse Mercadante, em defesa da nova regra. Esses alunos da rede pública tiveram média de 630,4 pontos --considerando apenas as quatro provas objetivas do Enem 2011. Entre esses alunos da rede pública estão aqueles matriculados em colégios militares e de aplicação-- muitos desses fazem seleção para ingresso no colégio.
Ao mesmo tempo, a média dos alunos da rede privada foi de 569,2 pontos. A média geral dos alunos da rede pública, entretanto, é abaixo disso: 474,2. "A média da rede pública é inferior à rede privada, [mas] é um volume muito maior de estudantes", disse o ministro.
Fonte: Folha Online

A paz é fundamentada no respeito à vida e na partilha do bocado necessário para viver com dignidade e esperança. Justiça e Paz.
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Bispos africanos denunciam violência na RDC


Kinshasa (RV) - Os bispos provenientes de 40 países africanos denunciam a violência na República Democrática do Congo.

"Estamos indignados e consternados ao ver como a guerra desencadeada há alguns meses no leste da República Democrática do Congo está se expandindo, causando um novo drama humano" – afirmam os bispos presidentes das Caritas africanas num comunicado enviado à Agência Fides. Os prelados se reuniram em Kinshasa, de 20 a 22 deste mês, para debater sobre a missão e a identidade da Caritas à luz da encíclica de Bento XVI Deus caritas est.

A ofensiva no Norte Kivu feita pelo grupo guerrilheiro M23, que terminou com a conquista da capital Goma, é explicada dessa forma pelos bispos africanos: "Milhares de homens, mulheres e crianças, vítimas da violência, de uma guerra que lhes foi imposta, estão perplexos e vivem mais uma vez na profunda miséria em Goma e seus arredores. Eles estão sem moradia, passam fome, sofrem estupros e todos os tipos de violência, incluindo o recrutamento de crianças. Trata-se de uma ofensa contra a dignidade dessas pessoas como seres humanos e filhos de Deus."

Os bispos reafirmam sua convicção "de que a nossa não é mais a época de guerras nem conquistas do território, mas de colaboração", e denunciam "a exploração ilegal de recursos naturais, principal causa dessa guerra".

Por essa razão, os signatários do documento pedem à ONU, União Africana, União Europeia, ao Governo da RDC e países envolvidos de alguma forma na guerra, além das multinacionais do setor de mineração para encontrarem uma solução justa que coloque um fim definitivo ao sofrimento da população civil no leste da RDC, evitando jogá-los no desespero e violência.

Os bispos, enfim, lançam um apelo em prol da solidariedade cristã, especialmente através das Caritas espalhadas pelo mundo. (MJ)
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A Igreja é de todos os povos e culturas, uma polifonia de vozes: Bento XVI na celebração em que criou seis novos cardeais


A Igreja é de todos os povos e é por isso que se exprime nas várias culturas, numa polifonia de vozes: sublinhou o Papa, na celebração do Consistório que teve lugar, neste sábado de manhã, na basílica de São Pedro, para a criação de seis novos cardeais: James Harvey, dos Estados Unidos, novo arcipreste da basílica de São Paulo fora de muros; o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Béchara Boutros Raï, libanês; o arcebispo maior de Trivandrum dos Siro-Malankareses, União Indiana; o arcebispo de Abuja, na Nigéria, John Onauyekan; o arcebispo de Bogotá, Colômbia, Ruben Salazar Gómez; e o arcebispo de Manila, Filipinas, Luís Antonio Tagle

Comentando, na homilia, as palavras do Credo “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”, Bento XVI centro sobre o aspeto da catolicidade da Igreja, desenvolveu “algumas considerações” sobre esse “traço essencial da Igreja e da sua missão”.
As notas caraterísticas da Igreja – sublinhou o Papa – correspondem a um desígnio divino. “É Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja o ser una, santa, católica e apostólica, e é Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”.

“a Igreja é católica, porque Cristo, na sua missão de salvação, abraça toda a humanidade. Embora a missão de Jesus na sua vida terrena se tivesse limitado ao povo judeu, «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24) todavia desde o início estava orientada para levar a todos os povos a luz do Evangelho e fazer entrar todas as nações no Reino de Deus”.

Aludindo ao título de “Filho do Homem”, usado no Livro de Daniel, o Papa sublinhou que esta uma imagem “preanuncia um reino totalmente novo, sustentado não por poderes humanos, mas pelo verdadeiro poder que vem de Deus”.

“Jesus serve-Se desta expressão rica e complexa, aplicando-a a Si mesmo, para manifestar o verdadeiro carácter do seu messianismo, como missão destinada a todos e cada um dos homens, superando todo o particularismo étnico, nacional e religioso.”

E é precisamente seguindo Jesus, deixando-se atrair para dentro da sua humanidade e, portanto, na comunhão com Deus que se entra neste novo reino, que vence toda a fragmentação e dispersão.

“Jesus envia a sua Igreja, não a um grupo, mas à totalidade do género humano para, na fé, o reunir num único povo a fim de o salvar, como justamente se exprime o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Lumen gentium: «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus» (n. 13).

A universalidade da Igreja – fez notar o Papa - deriva da universalidade do único desígnio divino de salvação do mundo. Carácter universal que aparece claramente no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo cumula da sua presença a primeira comunidade cristã, para que o Evangelho se estenda a todas as nações e faça crescer em todos os povos. (RV)
Apenas 10 escolas públicas estão entre as 100 melhores no Enem
resultado-enem2012-cred-valtercampanato-agenciabrasilEntre as 100 escolas mais bem colocadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011, dez são públicas: duas estaduais e oito federais. As notas por instituição foram divulgadas nesta terça (22) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Com o oitavo lugar, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa obteve o melhor resultado entre as públicas. Depois veio o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na 29ª colocação, e o Instituto Federal do Espírito Santo, em Vitória, no 40º lugar.
O Colégio Objetivo Integrado, escola particular localizada em São Paulo, ficou com a melhor nota do Enem do ano passado.
Para Mercadante, o resultado não pode ser considerado como ranking das melhores escolas de ensino médio do país. "O Enem não é um ranking de avaliação entre escolas, é uma avaliação dos alunos, dos estudantes. É insuficiente como avaliação do estabelecimento escolar", ressaltou o ministro.
Foram consideradas 10.076 escolas, o que corresponde a 40,56% do total de instituições. A divulgação das notas considerou as escolas em que pelo menos 50% dos alunos concluintes do ensino médio participaram do exame em 2011 e as instituições de ensino com um mínimo de dez alunos no último ano do ensino médio. A nota corresponde à média das quatro provas objetivas do Enem (ciências da natureza, linguagens, matemática e ciências humanas). No ranking do ano passado não foi considerada a nota da prova de redação.( Fonte: CNTE )

"A tristeza que vem de Deus produz arrependimento que leva para a salvação e que não volta atrás; a tristeza segundo este mundo produz a morte". (2Cor 7, 10)

Ano B - Dia: 23/11/2012



O Templo é casa de Oração
Leitura Orante


Lc 19,45-48

Jesus entrou no pátio do Templo e começou a expulsar dali os vendedores. Ele lhes disse:
- Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões.
Jesus ensinava no pátio do Templo todos os dias. Os chefes dos sacerdotes, os mestres da Lei e os líderes do povo queriam matá-lo. Mas não achavam jeito de fazer isso, pois todos o escutavam com muita atenção.

Leitura Orante

Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 19,45-48
O Evangelho de hoje, escrito por Lucas, nos fala do Templo. Jesus chega a Jerusalém por ocasião da festa de Páscoa, e expulsa do templo os vendedores.
E diz: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões." Jesus quer purificar o templo que fora transformado em lugar de comércio, de exploração do povo pobre e de enriquecimento dos poderosos. O Mestre não suporta a exploração de ninguém. Aqui, ele não só condena, mas age, energicamente. Depois, continua a ensinar todos os dias no Templo. Isto provocou a ira dos mestres da lei, dos chefes dos sacerdotes e dos líderes que queriam matá-lo.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus é misericórdia, mas não tolera a injustiça. Os bispos em Aparecida afirmaram: "A misericórdia sempre será necessária, mas não deve contribuir para criar círculos viciosos que sejam funcionais a um sistema econômico iníquo. Requer-se que as obras de misericórdia estejam acompanhadas pela busca de uma verdadeira justiça social, que vá elevando o nível de vida dos cidadãos, promovendo-os como sujeitos de seu próprio desenvolvimento. Em sua Encíclica Deus Caritas est, o Papa Bento XVI tratou com clareza inspiradora a complexa relação entre justiça e caridade. Ali, disse-nos que "a ordem justa da sociedade e do Estado é uma tarefa principal da política" e não da Igreja. Mas a Igreja "não pode nem deve colocar-se à margem na luta pela justiça". Ela colabora purificando a razão de todos aqueles elementos que ofuscam e impedem a realização de uma libertação integral. Também é tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a catequese, a denúncia e o testemunho do amor e da justiça, para que despertem na sociedade as forças espirituais necessárias e se desenvolvam os valores sociais. Só assim as estruturas serão realmente mais justas, poderão ser mais eficazes e sustentar-se no tempo. Sem valores não há futuro e não haverá estruturas salvadoras, visto que nelas sempre subjaz a fragilidade humana." (DAp 385).
Como membro da Igreja, a misericórdia que pratico leva este timbre de justiça?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:

"Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém".

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração animado pela misericórdia.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Sugestão :
- No blog da Leitura Orante - http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/ - , no início, do lado direito, clique no selo - Se quiser receber em seu endereço eletrônico o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro - http://www.paulinas.org.br/loja/CentralUsuarioLogin.aspx

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Irmã Patrícia Silva, fsp
Reflexão para a Solenidade de Cristo, Rei do Universo
Cidade do Vaticano (RV) - Jesus é rei, mas de que modo? Seu agir e suas palavras não deixam dúvidas: seu reino não é como os homens entendem. Ele é um rei diferente.

Em primeiro lugar, para tê-lo como rei é necessário que as pessoas tenham fé e exatamente por isso sejam comprometidas com ele. É uma adesão profunda à sua pessoa e ao seu modo de ser: pacificador, libertador, servidor a ponto de dar sua vida em favor de seus súditos.

Ele nos diz no versículo 37 do Evangelho de hoje: “..nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade”, e a verdade aí significa “fidelidade plena”. Portanto Jesus é rei para nos testemunhar até o fim, através da cruz, que o amor de Deus é fiel, que é dom de vida para as pessoas. Em seguida Jesus fala: “Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Ser da verdade significa reconhecer a fidelidade de Deus e aderir ao serviço de proclamá-la, se necessário com o sacrifício da própria vida, como Jesus.

A segunda leitura, tirada do Apocalipse, diz que “Jesus é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos”. Jesus confirma a fidelidade do Pai e sua primazia em ser o primeiro dos homens novos, da nova humanidade, descentralizada de si mesma, mas voltada para o serviço, para a luta pela dignidade do ser humano, mesmo que para isso tenha de se sacrificar.

Concluindo nossa reflexão, celebrar Jesus Cristo, Rei do Universo, não é celebrar um poder que subjuga pessoas e se faz servir, mas, pelo contrário, é celebrar um rei que respeita e adora Deus-Pai e, por isso mesmo, coloca-se a seu serviço, no serviço do ser humano, lutando para que este seja mais fraterno, mais parecido com o próprio Deus. Ser súdito de Cristo é deixar-se elevar à dignidade de filho de Deus, de companheiro do Rei. É deixar os andrajos de escravo e revestir-se das vestes reais da justiça, da verdade e da paz. (CAS)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Comentário ao Credo do Povo de Deus - III


Cremos em um só Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - Criador das coisas visíveis - como este mundo, onde se desenrola nossa vida passageira -, Criador das coisas invisíveis - como são os puros espíritos, que também chamamos anjos -, Criador igualmente, em cada homem, da alma espiritual e imortal.

O Deus Uno e Trino, o único Deus verdadeiro é o criador de todas as coisas que existem. Duas observações: tudo é criado pelo Deus único, mas cada Pessoa divina participa da obra criadora de um modo pessoalmente próprio: o Pai cria porque tudo provém do Pai como fonte última; o Filho cria porque tudo é criado através Dele, de modo que tudo quanto é criado pelo Pai traz impressa a marca da filiação. Em outras palavras: tudo quanto existe tem algo de filial em relação ao Pai, pois que tudo foi criado através do Filho e para o Filho (cf. Cl 1,15ss). Do mesmo modo, o Espírito Santo é o criador de tudo – Spiritus Creator – porque tudo somente Nele pode ter a subsistência, tudo é criado Nele e Nele é sustentado, permanece e progride: Ele é a subsistência e a consistência de tudo quanto existe. Resumindo: tudo é obra do Deus Triuno: tudo vem do Pai através do Filho na potência do Espírito!
Há uma criação visível e uma criação invisível. O mundo visível é tudo quanto pertence a este mundo no qual vivemos, mundo ligado à matéria. É o mundo que pode ser captado pelos sentidos de um modo ou de outro, o mundo que pode ser averiguado pela ciência, pois está submetido ao cuidado do homem. Quanto ao mundo invisível, é o mundo propriamente espiritual, o mundo que ultrapassa nossa percepção e apreensão. Dele sabemos somente por revelação divina. Sobre ele a ciência não tem nada a dizer! É interessante como o Credo do Povo de Deus refere-se ao mundo visível: “Este mundo, onde se desenrola nossa vida passageira”. Quanto ao mundo invisível: “Coisas invisíveis - como são os puros espíritos, que também chamamos anjos”.
Depois, o texto do Credo acena para o homem, este misterioso ser, colocado na fronteira dos dois mundos: feito de matéria (a matéria no homem é sua dimensão somática, seu corpo) e espírito (isto é, imatéria e, no caso, imatéria inteligente, consciente). No homem essa imatéria é chamada alma, e pertence ao mundo invisível! Já o Concílio Lateranense IV, no século XIII, afirmou que Deus “criou conjuntamente, do nada, desde o início do tempo, ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, os anjos e o mundo terrestre; em seguida, a criatura humana, que tem algo de ambas, por compor-se de espírito (imatéria) e corpo (matéria)”.
O texto do Credo do Povo de Deus explica que a alma humana é espiritual e imortal. Alma poderíamos traduzir simplesmente por “vida”. Tudo quanto tem vida tem alma, tem animação. A vida ou alma dos vegetais e animais não transcende a matéria, não sobrevive ao corpo: com a morte, extingue-se. A alma humana é racional e espiritual e, portanto, imortal. Vamos compreender estes três termos: (1) Racional: a alma humana é autoconsciente e inteligente, é o próprio núcleo do “eu” pessoal. (2) Espiritual: a palavra aqui tem dois sentidos: (a) filosoficamente, é espiritual porque é imaterial, estando presente em cada parte do corpo humano e dos seus movimentos interiores; (b) teologicamente, é espiritual porque é aberta para o Infinito, para o Transcendente e, somente Nele encontra sua plenitude e realização. (3) Imortal: não sendo material, não podendo ser decomposta, a alma não se dissolva com a morte, pois que transcende o corpo, sobrevive à matéria. A alma humana foi criada assim porque o Senhor Deus, desde o início nos criou para a comunhão com Ele. Assim, mesmo quando morremos, continuamos conscientes, nosso “eu” não se desintegra, o diálogo com Deus não se interrompe. Por isso que o homem, mesmo que fique longe de Deus eternamente, não pode ser destruído, pois Deus lhe deu uma estrutura de modo a permanecer sempre e poder ser amado por Ele: Deus, uma vez nos amando, nunca deixa de nos amar; e, para Ele, amar é nos manter na existência para por Ele sermos amados! Voltaremos a isso mais adiante.

 


Escrito por Dom Henrique 
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Arquidiocese de Natal divulga Decreto do Arcebispo sobre o Ano da Fé

Arquidiocese de Natal divulgou, no dia 21 de novembro, Decreto do Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, sobre o Ano da Fé.

Confira na integra o Decreto de n° 06/2012.

Decreto n° 06/2012

ANO DA FÉ NA ARQUIDIOCESE DE NATAL

Considerando que o Santo Padre Bento XVI proclamou o ano da Fé, de 11 de outubro passado a 24 de novembro de 2013, onde tenciona convidar o Povo de Deus, do qual é Pastor universal, assim como os irmãos Bispos de todo o orbe, para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé.

Ao longo de todo o Ano da fé, poderão alcançar a Indulgência plenária da pena temporal para os próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, a todos os fiéis deveras arrependidos, que se confessem de modo devido, comunguem sacramentalmente e orem segundo as intenções do Sumo Pontífice:

1º) cada vez que participarem em pelo menos três momentos de pregações durante as Missões Sagradas, ou então em pelo menos três lições sobre os Documentos do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou lugar idôneo;
2º) cada vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, uma catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um lugar sagrado;
Ficam designados na nossa Arquidiocese de Natal os seguintes lugares: Catedral de Nossa Senhora da Apresentação - Tirol, Matriz de Nossa Senhora da Apresentação – Cidade Alta, Santuário de Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha - Tirol, Matriz
de Nossa Senhora de Lourdes, onde estão os restos mortais do Pe. João Maria - Petrópolis, Santuário dos Santos Reis - Bairro dos Santos Reis, Santuário dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu - Bairro de Nazaré, Santuário dos Mártires em Uruaçu – São Gonçalo do Amarante, Santuário da Chama do Amor - Mártires de Cunhaú – Canguaretama, Santuário de Santa Rita de Cássia – Santa Cruz e a Igreja Matriz do Bom Jesus dos Navegantes de Touros que será elevada à condição de Santuário no início do próximo ano.
3º) cada vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar, em qualquer lugar sagrado participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de Fé de qualquer forma legítima.

Ficam determinados os seguintes dias: 22 de fevereiro – Cátedra de São Pedro, 31 de março – Páscoa do Senhor, 30 de maio – Corpus Christi, 30 de junho – Solenidade de São Pedro e São Paulo, 16 de julho – Morticínio de Cunhaú - 03 de outubro – Protomártires do Brasil , 21 de novembro – Nossa Senhora da Apresentação, 24 de novembro – encerramento do Ano da fé e ainda mais o dia do padroeiro(a) de cada paróquia.

O presente Decreto tem validade unicamente para o Ano da fé.

Dado e passado nesta Arquiepiscopal Cidade do Natal, aos vinte e um dias do mês de novembro na Festa de Nossa Senhora da Apresentação, do ano do Senhor de dois mil e doze, sob o nosso sinal e selo de nossa chancelaria.

Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo Metropolitano

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal
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Comissão Brasileira Justiça e Paz promove 1º Fórum de Saúde do DF

Observatório da Saúde da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), o Fórum de Saúde do Distrito Federal e a Fiocruz, realizarão no auditório desta fundação, dia 23 de novembro das 08h às 17h, o 1º Fórum de Saúde do DF. O fórum tem o objetivo de discutir temas relacionados à organização do serviço de saúde pública.

Um dos principais temas que serão abordados na reunião trata  do serviço de saúde com foco no ‘nível primário de atenção’ ou ‘atenção primária à saúde’. Este nível se caracteriza como a primeira atenção que a população recebe, e compreende-se como ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, ou agravos em doenças pré-existentes. Sendo os responsáveis pelo atendimento deste nível os postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde. A ideia é humanizar a relação do morador com os profissionais de saúde da comunidade.

“Nós entendemos que é preciso fazer uma avaliação urgente dos serviços de saúde, que não podem continuar centrados apenas no ambiente hospitalar. Esse serviço precisa se espraiar para a população através da atenção básica ou atenção primária. O fórum vai procurar, na sua temática, discutir esses aspectos”, esclarece o coordenador do Observatório da Saúde da CBJP, o cardiologista Geniberto Paiva Campos.

Na oportunidade, estará presente o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, que, como expositor, tratará do tema ‘Desenvolvimento Brasileiro e o Sistema de Saúde’. A o todo serão 12 conferencistas, entre renomados especialistas em saúde publica, profissionais de saúde, bem como a comunidade acadêmica, que se dedicarão no evento às temáticas: o acesso aos serviços de saúde com foco na atenção primária; o financiamento dos serviços, a relação público & privado no Brasil atual e os recursos humanos em saúde.

De acordo com o coordenador do fórum de Saúde do distrito federal, o doutor em saúde pública, Vitor Gomes Pinto, o evento será suprapartidário. “O fórum é livre, ninguém estará defendendo posições específicas e não haverá nenhum direcionamento de opiniões”, informa o coordenador.

Doutor Vitor Gomes esclarece como será abordada a questão da atenção primária. “Vamos tentar discutir a temática dentro do que acontece em Brasília, e nas cidades-satélites. Será a tentativa de explicar que as questões relacionadas à saúde se resolvem em um nível básico, não dentro dos hospitais, a atenção terciária. Vamos debater como é que isso pode ser estruturado”, afirma.
Fonte: CNBB

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Limites sem Trauma, de Tania Zagury

Limites sem trauma
Nunca li antes um livro nessa linha, não que eu me lembre, sobre criação de filhos. Limites sem Trauma mostra, como o próprio nome já diz, que é muito importante colocar limites para os filhos, saber dizer não. Algumas gerações atrás, os pais eram praticamente generais, controlando tudo de seus filhos. A geração seguinte queria quebrar esse padrão e terminou incorrendo no erro de não colocar limite algum, criando adultos inseguros e incapazes de lidar com frustrações.
O livro de Tania Zagury começa falando sobre limites: a diferença entre limite e autoritarismo, o que pode acontecer se os filhos não têm limites... E continua mapeando padrões/tendências de comportamento por idade, com dicas de como lidar com essas diferentes fases, isso até a adolescência.

Algo vai mal na economia de um país, quando se observa que uma cervejaria passa a valer mais do uma empresa de petróleo na Bolsa de Valores.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


A recepção do Concílio Vaticano II no Brasil e na América Latina

21/11/2012
Celebramos 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965). Ele representa uma ruptura do curso que a Igreja Católica vinha percorrendo por séculos. Era uma Igreja, fortaleza sitiada, defendendo-se de tudo o que vinha do mundo moderno, da ciência, da técnica e das conquistas civilizatórias como a democracia, os direitos humanos e a separação entre Igreja e Estado.
Mas uma lufada de ar fresco veio de um Papa ancião do qual nada se esperava: João XXIII (+1963). Ele abriu portas e janelas da Igreja. Disse: ela não pode ser um museu respeitável; ela tem que ser a casa de todos, arejada e agradável para se viver.
Antes de mais nada, o Concílio representou, na linguagem cunhada pelo Papa XXIII, um aggionamento, quer dizer, uma atualização e uma reconstrução de sua auto-compreensão e do tipo de presença no mundo.
Mais que sumariar os elementos principais introduzidos pelo Concílio, interessa-nos como este aggiornamento foi acolhido e traduzido pela Igreja latino-americana e pelo Brasil. A esse processo se chama de recepção que significa uma releitura e um refazimento das intuições conciliares dentro do contexto latino-americano, bem diferente daquele europeu no qual se elaboraram todos os documentos. Enfatizaremos apenas alguns pontos essenciais.
O primeiro, sem dúvida, foi a profunda mudança de atmosfera eclesial: antes predominava a “grande disciplina”, a uniformização romana e o ar sombrio e antiquado da vida eclesial. As Igrejas da América Latina, da África e da Ásia eram Igrejas-espelho daquela romana. De repente começaram a sentir-se Igrejas-fonte. Podiam se inculturizar e criar linguagens novas. Agora se irradia entusiasmo e coragem de criar.
Em segundo lugar, na América Latina se deu uma redefinição do lugar social da Igreja. O Vaticano II foi um Concílio universal mas na perspectiva dos países centrais e ricos. Ai se definiu a Igreja dentro do mundo moderno. Mas existe um sub-mundo de pobreza e de opressão. Este foi captado pela Igreja latino-americana. Esta deve se deslocar do centro humano para as periferias sub-humanas. Se aqui vigora opressão, sua missão deve ser de libertação. A inspiração veio das palavras do Papa João XXIII: “a Igreja é de todos mas principalmente quer ser uma Igreja dos pobres”.
Esta viragem se traduziu nas várias conferências episcopais latinoamericas desde Medellin (1968) até Aparecida (2007) pela opção solidária e preferencial pelos pobres, contra a pobreza. Ela se transformou na marca registrada da Igreja latino-americana e da teologia da libertação.
Em terceiro lugar, é a concretização da Igreja como Povo de Deus. O Vaticano II colocou esta categoria antes daquela da Hierarquia. Para a Igreja latinoamericana Povo de Deus não é uma metáfora; a grande maioria do povo é cristã e católica, logo é Povo de Deus, gemendo sob a opressão como outrora no Egito. Dai nasce a dimensão de libertação que a Igreja assume oficialmente em todos os documentos de Medellin(1968) até Aparecida (2007). Esta visão da Igreja-povo-de-Deus ensejou o surgimento das Comunidades Eclesiais de Base e das pastorais sociais.
Em quarto lugar, o Concílio entendeu a Palavra de Deus, contida na Bíblia como a alma da vida eclesial. Isso foi traduzido pela leitura popular da Bíblia e pelos milhares e milhares de círculos bíblicos. Neles os cristãos comparam a página da vida com a página da Bíblia e tiram conclusões práticas, na linha da comunhão, da participação e da libertação.
Em quinto lugar, o Concílio se abriu aos direitos humanos. Na América Latina foram traduzidos como direitos a partir dos pobres e por isso, antes de tudo, direito à vida, ao trabalho, à saúde e à educação. A partir daí se entendem os demais direitos, ir e vir e outros.
Em sexto lugar, o Concílio acolheu o ecumenismo entre as Igrejas cristãs. Na América latina o ecumenismo não visa tanto a convergência nas doutrinas mas a convergência nas práticas: todas as Igrejas juntas se empenham pela libertação dos oprimidos. É um ecumenismo de missão.
Por fim, dialoga com as religiões vendo nelas a presença do Espírito que chega antes do missionário e por isso devem ser respeitadas com seus valores.
Por fim cabe reconhecer: a América Latina foi o Continente onde mais se tomou a sério o Vaticano II e mais transformação trouxe, projetando a Igreja dos pobres como desafio para a Igreja universal e para todas as consciências humanitárias.
Leonardo Boff é autor de Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé do povo, Vozes 2008.

Plano Nacional de Educação será debatido em audiência 

Roberto Requião critica ordem de análise da iniciativa 
nas comissões
As Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Educação, Cultura e Esporte (CE) vão realizar audiência pública conjunta para debater o Plano Nacional de Educação (PNE) 2011—2020. Requerimentos nesse sentido foram aprovados ontem.
Previsto em projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados (PLC 103/12), o PNE inclui meta de investimento de 10% do produto interno bruto (PIB) em educação, a ser alcançada no prazo de dez anos.
O debate, que poderá ocorrer na quinta-feira da próxima semana, deverá ser aberto pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Está prevista também a presença de dirigentes de entidades da área educacional e especialistas na matéria.
Em reunião ontem, o presidente da CE, Roberto Requião (PMDB-PR), criticou a tramitação no Senado do projeto que institui o plano. O senador lembrou que, antes de chegar ao colegiado dirigido por ele, o texto passará pela CAE e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A ordem atende a uma determinação do Regimento Interno, segundo a qual a comissão mais ligada ao mérito do projeto em debate é a última a ser ouvida.
— Isso é absurdo. Se nossa comissão é a comissão de mérito, como outras comissões vão discutir o projeto sem saber como ele vai ficar? — questionou.
Ao concordar com Requião, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou o fato de o PNE ser inicialmente analisado pelo lado econômico.
— É uma aberração subordinar a educação a aspectos financeiros. Mesmo os que fizeram o PNE se concentraram na ideia de garantir 10% do produto interno bruto para a educação. Mas não disseram o que fazer com os 10%. Em minha opinião, nem precisaríamos dos 10%, mas aqui se deveria discutir isso. E se forem 12%? Aí a Comissão de Assuntos Econômicos analisaria — disse Cristovam.
Jornal do Senado
Quarta-feira, 21 de novembro de 2012, 12h37

Catequese de Bento XVI – Racionalidade da fé em Deus – 21/11/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal-equipe CN Notícias)



CATEQUESE
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

Avançamos neste Ano da Fé, trazendo em nosso coração a esperança de redescobrir quanta alegria tem no crer e de reencontrar o entusiasmo de comunicar a todos a verdade da fé. Estas verdades não são uma simples mensagem sobre Deus, uma particular informação sobre Ele. Expressam, ao invés disso, o evento do encontro de Deus com os homens, encontro salvífico e libertador, que realiza as aspirações mais profundas do homem, e seus desejos de paz, de fraternidade, de amor. A fé leva a descobrir que o encontro com Deus valoriza, aperfeiçoa e eleva quanto de verdade, de bom e de belo tem no homem. Acontece que, enquanto Deus se revela e se deixa conhecer, o homem vem a saber quem é Deus e, conhecendo-O, descobre a si mesmo, a própria origem, o próprio destino, a grandeza e a dignidade da vida humana.

A fé permite um saber autêntico sobre Deus que envolve toda a pessoa humana: é um “saber”, isto é, um conhecer que doa sabor à vida, um gosto novo de existir, um modo alegre de estar no mundo. A fé se exprime no doar a si mesmo para os outros, na fraternidade que faz solidariedade, capaz de amar, vencendo a solidão que deixa triste. Este conhecimento de Deus através da fé não é por isso somente intelectual, mas vital. É o conhecimento de Deus-Amor, graças ao seu próprio amor. O amor de Deus, então, faz ver, abre os olhos, permite conhecer toda a realidade, além das perspectivas estreitas do individualismo e do subjetivismo que desorientam a consciência. O conhecimento de Deus é, portanto, experiência de fé e implica, ao mesmo tempo, um caminho intelectual e moral: tocados profundamente pela presença do Espírito Santo de Jesus em nós, superamos os horizontes dos nossos egoísmos e nos abrimos aos verdadeiros valores da existência.

Hoje nesta catequese gostaria de me concentrar sobre a racionalidade da fé em Deus. A tradição católica desde o início rejeitou o assim chamado fideísmo, que é a vontade de crer contra a razão. Creio quia absurdum (creio porque é absurdo) não é fórmula que interpreta a fé católica. Deus, na verdade, não é absurdo, mas sim é mistério. O mistério, por sua vez, não é irracional, mas uma superabundância de sentido, de significado, de verdade. Se, olhando para o mistério, a razão vê escuridão, não é porque no mistério não tenha a luz, mas porque existe muita (luz). Assim como quando os olhos do homem se dirigem diretamente ao sol para olhá-lo, veem somente trevas; mas quem diria que o sol não é luminoso, antes a fonte da luz? A fé permite olhar o “sol”, Deus, porque é acolhida da sua revelação na história e, por assim dizer, recebe verdadeiramente toda a luminosidade do mistério de Deus, reconhecendo o grande milagre: Deus se aproximou do homem, ofereceu-se ao seu conhecimento, consentindo ao limite criador da sua razão (cfr Conc. Ec. Vat. II, Cost. Dogm. Dei Verbum, 13). Ao mesmo tempo, Deus, com a sua graça, ilumina a razão, abre-lhe horizontes novos, imensuráveis e infinitos. Por isto, a fé constitui um estímulo a buscar sempre, a não parar nunca e nunca aquietar-se na descoberta inesgotável da verdade e da realidade.  É falso o pré-juízo de certos pensadores modernos, segundo os quais a razão humana seria como que bloqueada pelos dogmas da fé. É verdade exatamente o contrário, como os grandes mestres da tradição católica demonstraram. Santo Agostinho, antes de sua conversão, busca com tanta inquietação a verdade, através de todas aas filosofias disponíveis, encontrando todas insatisfatórias. A sua cansativa investigação racional é para ele uma significativa pedagogia para o encontro com a Verdade de Cristo. Quando diz: “compreendas para crer e creias para compreender” (Discurso 43, 9:PL 38, 258), é como se contasse a própria experiência de vida. Intelecto e fé, antes da divina Revelação, não são estranhas ou antagonistas, mas são ambas duas condições para compreender o sentido, para transpor a autêntica mensagem, se aproximando-se do limite do mistério. Santo Agostinho, junto a tantos outros autores cristãos, é testemunha de uma fé que se exercita com a razão, que pensa e convida a pensar. Neste sentido, Santo Anselmo dirá em seu Proslogion que a fé católica é fides quaerens intellectum, onde o buscar a inteligência é ato interior ao crer. Será sobretudo São Tomás de Aquino – forte nesta tradição – a confrontar-se com a razão dos filósofos, mostrando quanta nova fecunda vitalidade racional vem ao pensamento humano do acoplamento dos princípios e da verdade da fé cristã.

A fé católica é, portanto, racional e nutre confiança também na razão humana. O Concílio Vaticano I, na Constituição dogmática Dei Filius, afirmou que a razão é capaz de conhecer com certeza a existência de Deus através da via da criação, enquanto somente à fé pertence a possibilidade de conhecer “facilmente, com absoluta certeza e sem erro” (DS 3005) as verdades sobre Deus, à luz da graça. O conhecimento da fé, também, não é contra a razão direta. O Beato Papa João Paulo II, de fato, na Encíclica Fides et ratio, sintetiza assim: “A razão do homem não se anula nem se degrada dando assentimento aos conteúdos de fé; estes são em cada caso alcançados com escolhas livres e conscientes” (n. 43). No irresistível desejo de verdade, só um harmonioso relacionamento entre fé e razão é a estrada certa que conduz a Deus e à plena realização de si.
  
Esta doutrina é facilmente reconhecida em todo o Novo Testamento. São Paulo, escrevendo aos cristãos de Corinto, argumenta, como ouvimos: “Enquanto os Judeus pedem sinais e os Gregos procuram sabedoria, nós, em vez disso, anunciamos Cristo crucificado: escândalos para os Judeus e loucura para os pagãos” (1 Cor 1,22-23). Deus, de fato, salvou o mundo não com um ato de poder, mas mediante a humilhação de seu Filho unigênito: segundo os parâmetros humanos, o modo inusitado implementado por Deus confronta com as exigências da sabedoria grega. E ainda, a Cruz de Cristo tem sua própria razão, que São Paulo chama: ho lògos tou staurou, “a palavra da cruz” (1 Cor 1, 18). Aqui, o termo lògos indica tanto a palavra quanto a razão e, se alude à palavra, é porque exprime verbalmente isso que a razão elabora. Portanto, Paulo vê na Cruz não um acontecimento irracional, mas um fato salvífico que possui uma racionalidade própria reconhecida à luz da fé. Ao mesmo tempo, ele tem tanta confiança na razão humana, ao ponto de admirar-se com o fato de que muitos, ao ver a beleza das obras realizadas por Deus, persistem em não acreditar Nele. Diz na Carta aos Romanos:“De fato as...perfeições invisíveis [de Deus], ou seja, o seu eterno poder e divindade, vem contemplados e incluidos na criação do mundo através das suas obras” (1, 20). Assim, também São Pedro exorta os cristãos da diáspora a adorar  “o Senhor, Cristo, nos vossos corações, prontos sempre a responder a qualquer um que vos pedir a razão da esperança que está em vós” (1 Ped 3, 15). Em um clima de perseguição e de forte exigência de testemunhar a fé, aos cristãos é pedido justificar com motivações fundadas  a sua adesão à palavra do Evangelho; de dar as razões da nossa esperança.

Sobre essas premissas acerca da ligação fecunda entre compreender e crer, funda-se também o relacionamento virtuoso entre a ciência e a fé. A pesquisa científica leva ao conhecimento da verdade sempre novas sobre o homem e sobre o cosmos, o vejamos. O verdadeiro bem da humanidade, acessível na fé, abre o horizonte no qual se deve mover o seu caminho de descoberta. Deve, portanto, ser encorajada, por exemplo, as pesquisas colocadas à serviço da vida e que visam erradicar as doenças. Importantes são também as investigações para descobrir os segredos do nosso planeta e do universo, na consciência de que o homem está no vertical da criação não para explorá-la sem sentido, mas para protegê-la e torná-la habitável. Assim, a fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa, oferecendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe para renunciar somente àquelas tentativas que – opondo-se ao projeto originário de Deus – possam produzir efeitos que se voltam contra o próprio homem. Também por isso é racional crer: se a ciência é uma preciosa aliada da fé para a compreensão do desígnio de Deus no universo, a fé permite ao progresso científico realizar-se sempre para o bem e para a verdade do homem, permanecendo fiel a este mesmo desígnio.

Por isso é decisivo para o homem abrir-se à fé e conhecer Deus e o seu projeto de salvação em Jesus Cristo. No Evangelho vem inaugurado um novo humanismo, uma autêntica “gramática” do homem e de toda a realidade. Afirma o Catecismo da Igreja Católica: “A verdade de Deus é a sua sabedoria que rege a ordem da criação e do governo do mundo. Deus que, sozinho, ‘fez o céu e a terra’ (Sal 115,15), pode doar, Ele só, o verdadeiro conhecimento de cada coisa criada na relação com ele” (n. 216).

Confiemos, então, que o nosso empenho na evangelização ajude a dar nova centralidade ao Evangelho na vida de tantos homens e mulheres do nosso tempo. E rezemos para que todos redescubram em Cristo o sentido da existência e o fundamento da verdadeira liberdade: sem Deus, de fato, o homem perde a si mesmo. Os testemunhos de quantos nos antecederam e dedicaram a sua vida ao Evangelho o confirmam para sempre. É racional crer, está em jogo a nossa existência. Vale a pena se gastar por Cristo, somente Ele satisfaz os desejos de verdade e de bem enraizados na alma de cada homem: ora, no tempo que passa, e no dia sem fim da Eternidade bem aventurada.

Barbosa nega liminar que questionava piso salarial de professores

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar que pretendia alterar o regime de pagamento do piso nacional de professores. Governadores de seis estados – Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina – alegavam que o critério de reajuste era ilegal. A decisão de Barbosa é liminar, e a ação ainda será analisada no mérito.
O piso nacional dos professores foi criado com uma lei de 2008, declarada constitucional pelo STF em abril do ano passado. Um dos artigos da lei estipula que o piso deve ser atualizado anualmente em janeiro, segundo índice divulgado pelo Ministério da Educação.
Para os seis estados que acionaram o Supremo, a adoção de um critério da Administração Federal para o aumento da remuneração tem várias ilegalidades e agride a autonomia dos estados e municípios para elaborar seus próprios orçamentos.
Em sua decisão, Barbosa argumenta que a inconstitucionalidade da forma de reajuste já poderia ter sido questionada na ação julgada pelo STF em 2011, o que não ocorreu. “Essa omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do texto impugnado”.
Segundo o ministro, a lei prevê que a União complemente os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos, e a suposição de que isso não ocorrerá é um juízo precoce. “Sem a prova de hipotéticos embaraços por parte da União, a pretensão dos requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e político previstos pelo próprio ordenamento jurídico para correção dos déficits apontados”, destacou Barbosa.
Autor: Agência Brasil
Cerca de 30 mil fieis participam da festa de Nossa Senhora da Apresentação
Júlio Rocha, DN Online

 (Júlio Rocha/DN/D.A. Press)
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 21, cerca de 30 mil natalenses estiveram rendendo graças e celebrando a festa da padroeira Nossa Senhora da Apresentação, na tradicional missa celebrada na Pedra do Rosário, local onde a imagem foi encontrada por pescadores em 1753.

A imagem de Nossa Senhora chegou pouco antes das 5h em procissão fluvial no Rio Potengi, em seguida foi levada por fuzileiros navais para o altar montado na avenida do Contorno que estava tomada de fieis de diversos bairros de Natal e outros do interior. A missa foi presidida pelo vigário geral da Arquidiocese de Natal, padre Edílson Nobre e concelebrada por outros sacerdotes.

“É uma festa histórica que acontece há 259 anos e reúne milhares de fieis que celebram a festa da nossa padroeira, que protege e abençoa toda a cidade”, afirmou o padre Valdir Cândido, pároco da Catedral.
 (Júlio Rocha/DN/D.A. Press)

A programação da festa da padroeira segue durante todo o dia com procissão às 14h do santuário dos Mártires, no bairro de Nazaré até a Catedral onde haverá missa de encerramento da festa presidida pelo arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha.

Para a dona de casa Maria da Glória que chegou às 3h, o dia é de agradecer as bênçãos da padroeira. “Todo ano venho agradecer por todas as bênçãos na minha vida e família”. Este foi o sentimento compartilhado por diversas famílias que estiveram na pedra do Rosário.

terça-feira, 20 de novembro de 2012


Qualidade da esc. pública melhora e migração do ens. particular aumenta em 8% de 2009 e 2012. Pais querem qualidade!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Louvo e agradeço pela dom da vida e pela esperança que me faz caminhar em busca de vida sempre mais plena em comunhão com tudo e com todos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Para ter 25 alunos por sala, País terá de criar 16 mil turmas de pré e fundamental

O projeto, recém-aprovado pelo Senado, é elogiado pedagogicamente, mas implica adaptações que demandam investimento e planejamento das redes

13 de novembro de 2012 | 2h 06
OCIMARA BALMANT - O Estado de S.Paulo
O Brasil vai precisar criar 16.622 turmas de pré-escola e dos dois primeiros anos do ensino fundamental se um projeto recém-aprovado pelo Senado passar pela Câmara e for sancionado pela presidente. É que o texto prevê um limite de 25 alunos por sala nessas séries iniciais da escolarização, justamente as responsáveis pela alfabetização da criança.

A mudança, elogiada pedagogicamente - já que é nessa fase que o atendimento individualizado e a avaliação contínua são mais necessários - , implica uma série de adaptações que demandam investimento financeiro e planejamento rigoroso das redes de ensino, do espaço físico à capacitação de docentes.

Atualmente, a média de matriculados em turmas inadequadas nessas séries (aquelas com mais de 25 alunos) é de 29 em todo o País, considerando instituições públicas e privadas. Essa diminuição aos 25 estudantes propostos parece pouco se vista isoladamente, mas teria grande impacto na adequação à lei, principalmente nas grandes cidades.

Só em São Paulo, por exemplo, seriam necessárias 3.053 turmas para abrigar os 76.333 alunos excedentes. A capital paulista está no topo da lista das capitais com menos turmas que já estariam adequadas ao projeto: metade das salas da rede funciona com mais de 25 alunos nos anos iniciais do fundamental.

"Nesses municípios, o cumprimento da lei em curto prazo seria um grande desafio. Isso de forma alguma poderia competir com a garantia da oferta de vagas", pondera Ernesto Martins Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, que realizou este levantamento ao qual a reportagem do Estado teve acesso com exclusividade.

Segundo Faria, a avaliação deste projeto deve levar em conta, ainda, outras metas estabelecidas. "O Plano Nacional de Educação prevê o atendimento de metade da rede em tempo integral, o que já demanda mudanças significativas", acrescenta.

Ponderações. Especialista em gestão educacional da Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes afirma que já há pesquisas que mostram que a redução do número de estudantes por turma tem impacto positivo, principalmente nas séries iniciais. Mas, segundo ela, os bons resultados dependem também de outras variáveis, como a oferta e a qualificação dos professores, as condições socioeconômicas da região e o tamanho da escola.

Patrícia conta que uma medida semelhante implementada na Califórnia, na década de 1990, foi malsucedida exatamente pela desatenção a esses fatores. "Por falta de espaço, as escolas tiveram de sacrificar espaços de convivência para a construção de salas e acabaram contratando professores sem experiência. Logo, o aprendizado não melhorou."

A especialista sugere, portanto, que as redes estaduais e municipais tenham liberdade para atingir os parâmetros internacionais de qualidade. "Uma saída para os grandes municípios é trabalhar na proporção de adultos para crianças. Uma sala com 30 alunos e dois professores é melhor do que uma turma com 20 crianças e só um docente." (Fonte: Estadão)

Em meio a guerras e desastres, Cristo é o ponto firme, diz Papa


Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano


Rádio Vaticano
'Também hoje precisamos de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança', destacou Bento XVI no Angelus deste domingo, 18
É Cristo a “base estável” em um mundo instável pela violência e desastres. Esse é o ensinamento que o Papa Bento XVI propôs em suas palavras antes da oração mariana do Angelus neste domingo, 18. Reunido com os fiéis na Praça São Pedro, Bento XVI refletiu sobre o Evangelho do dia, no qual Cristo fala aos Apóstolos sobre sua segunda vinda no fim dos tempos.

Sol que escurece, lua que não brilhará mais, estrelas caindo do céu e os poderes do céu que serão “abalados”. É o fim do mundo, segundo as imagens do Evangelho. Mas o Papa explicou que também há uma visão mais poderosa, a “vinda do Filho do Homem sobre as nuvens”.

“O ‘Filho do Homem’ é o próprio Jesus, que liga o presente ao futuro; as antigas palavras dos profetas encontraram finalmente um centro na pessoa do Messias nazareno: é Ele o verdadeiro evento que, em meio aos levantes do mundo, permanece o ponto firme e estável”.

O Santo Padre explicou ainda que o cenário descrito por Cristo é baseado no entendimento de que “tudo passa”, mas que “a Palavra de Deus não muda, e diante dessa cada um de nós é responsável pelo próprio comportamento”, a única coisa que verdadeiramente contará no fim dos tempos.

“Jesus não descreve o fim do mundo, e quando usa imagens apocalípticas naõ se comporta como um ‘vidente’. Ao contrário, Ele quer tirar de seus discípulos de todas as épocas a curiosidade pela data, pelas previsões, e quer, em vez disso, dar a eles uma chave de leitura profunda, essencial, e, sobretudo, a via certa sobre a qual caminhar, hoje e amanhã, para entrar na vida eterna”.

Todos os elementos do cosmos, reiterou o Papa, “obedecem à Palavra de Deus” e é também por Jesus, Palavra de Deus feita carne, que o homem é chamado a colocar a sua confiança em Deus, sem medo:

“Queridos amigos, também nos nossos tempos não faltam desastres naturais, e, infelizmente, até guerras e violência. Também hoje precisamos de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança, ainda mais por causa do relativismo no qual estamos imersos”.

Quem pratica o bem, nada tem a temer, mas pode seguir sereno e confiante na vida. Quem pratica o mal, deve mudar de vida e converter-se.

Bom domingo! A palavra de Deus nos recomenda viver a vida com responsabilidade. Deveremos dar contas a Deus um dia.

Vaticano: Papa desvaloriza previsões apocalípticas sobre o fim do mundo

Bento XVI diz que os católicos têm de evitar leituras superficiais da existência

Centro Televisivo do Vaticano
Cidade do Vaticano, 18 nov 2012 (Ecclesia) – Bento XVI desvalorizou hoje no Vaticano as previsões sobre o fim do mundo e lembrou que Jesus evitou agir como um “vidente”, mesmo quando usava imagens apocalípticas nos seus discursos.
“Ele (Jesus), pelo contrário, quis afastar os seus discípulos de todos os tempos da curiosidade sobre as datas, as previsões, e que dar, pelo contrário, uma chave de leitura profunda, existencial e indicar, sobretudo, o caminho correto”, disse o Papa, na recitação da oração do Angelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Após destacar que Cristo “não descreve o fim do mundo”, Bento XVI observou em alemão que “o tempo tem um objetivo”, apesar de todas as dificuldades que atingem as pessoas.
“Também nos nossos dias não faltam calamidades naturais e, infelizmente, guerras e violência. Também hoje temos necessidade de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança, ainda mais por causa do relativismo em que estamos mergulhados”, precisou.
O Papa colocou esse fundamento na Palavra de Deus, à qual “todas as criaturas, desde os elementos cósmicos – sol, lua, firmamento – obedecem”.
“Com a esperança perseverante na vitória da Cruz, o coração humano encontrará sempre um chão firme, a verdadeira paz, na presença constante do Senhor, verdadeiro fim de todas as coisas, cuja ajuda nunca nos abandona”, acrescentou.
Em francês, Bento XVI convidou os fiéis a “participar regularmente na missa dominical, necessária para cada cristão”.
OC

Sem a democratização dos meios de produção e de comunicação fica difícil a superação da miséria e dos males da fome. Coragem!

 

Bento XVI cita exemplo de José de Anchieta aos jovens



Bento XVI voltou a recordar aos brasileiros a figura de seu Apóstolo, o Beato José de Anchieta. Desta vez, o Santo Padre dirigiu-se aos jovens do mundo inteiro ao citá-lo na “Mensagem para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude”, publicada na sexta-feira (16/11), sobre a JMJ Rio 2013.
Disse o Santo Padre: “Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo.” 
Essa frase do Papa é antecedida por um aceno à entrega da própria vida feita por jovens generosos em favor da construção do Reino de Deus. Bento XVI escreve ainda: “Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia.” 
É verdade! Basta pensarmos no Brasil recém achado, sem estradas, sem recurso algum e o aquilo que José de Anchieta realizou, adoentado e apenas com o conhecimento de um jovem de 18 anos. 
Esse rapaz, cheio de ardor por Jesus Cristo, aprendeu, em poucos meses, a língua tupi para evangelizar os donos da terra e colaborar no trabalho missionário de seus companheiros, observou o que agradava aos indígenas e lançou mão do teatro, da dança e da música para catequizá-los. 
Sim, o Santo Padre tem razão ao apresentar o jovem José de Anchieta, ou melhor, o jovem José do Brasil, como modelo e incentivo aos jovens de hoje. 
Fonte: Rádio Vaticano