O
DESAFIO DE SE FAZER FRANCISCANO
O testemunho de São
Francisco continua tão vivo e presente nos corações dos homens de boa vontade.
Basta uma palavra para que a fé e a esperança seja reanimada. O Papa Francisco
inicia seu pontificado tocando num ponto muito importante: “Ah, como eu queria
uma Igreja dos pobres e para os pobres!”(Papa Francisco, 16/03/2013) Ele
sinalizou para o Cristo marginalizado na sociedade pós moderna. Ele vai de
encontro às estruturas opressoras que mantém a pobreza, sendo ele mesmo a dar o
primeiro passo para que aconteça uma mudança de mentalidade e atitude.
Quem faz o caminho pela
América Latina não esquece dos pobres. Quem vive no nordeste do Brasil não pode
ignorá-los porque eles são visíveis. O grande problema é que os pobres não tem
vez nem voz, só tem o voto. O teólogo Mário de França Miranda em seu livro “Igreja
e Sociedade” disse: “A importância dos pobres na configuração eclesial tem seu
fundamento na própria revelação”. Cabe aqui dizer que Jesus se fez pobre e
viveu entre os pobres. Nesse sentido, a Igreja é convidada a descer para o meio
dos pobres e servi-los não como uma ONG piedosa mas como a manifestação de Deus
que continua a dizer: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que eu te
enviei: quando fizeres o povo sair do Egito, vós servireis a Deus nesta
montanha” (Ex 3,12). Em nota de rodapé explica que: se a segunda parte do versículo é um acréscimo, o sinal dado é a
própria assistência de Deus e não um ato de culto sobre a “Montanha de Deus”.
Quem se afasta dos pobres, se afasta de Deus, os frutos são amargos e apodrecem.
Contudo, o povo em sua sabedoria conhece
quem está do seu lado.
Se fazer franciscano é um
desafio que exige renúncia e compromisso com os mais pobres. É uma revolução
que mexe com o coração. É necessário agora coragem como teve coragem o Papa
Francisco. Quem deseja uma Igreja dos pobres e para os pobres está em comunhão
com a Igreja.
(Carlos: Movimento Fé e Luz)