sábado, 1 de dezembro de 2012


Somos cristãos para os outros. [11]

Paz e guerra

Todos os Documentos do Concílio Vaticano II têm um conteúdo absolutamente atual. A Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (Alegria e Esperança) é um destes, ao situar a Igreja em sua relação com o mundo. Vista sob muitos ângulos, a face do mundo se apresenta com luzes de esperança e com trevas de sofrimento. Uma das chaves de leitura da situação da humanidade diz respeito à paz e à guerra entre as nações. Há cinquenta anos, os Padres Conciliares tiveram grande lucidez e agudo profetismo, ao tratarem desse tema. “É, portanto, claro, que nos devemos esforçar por todos os meios por preparar os tempos em que, por comum acordo das nações, se possa interditar absolutamente qualquer espécie de guerra. Isto exige, certamente, a criação duma autoridade pública mundial, por todos reconhecida e com poder suficiente para que fiquem garantidos a todos a segurança, o cumprimento da justiça e o respeito dos direitos. Porém, antes que esta desejável autoridade possa ser instituída, é necessário que os supremos organismos internacionais se dediquem com toda a energia a buscar os meios mais aptos para conseguir a segurança comum. Já que a paz deve antes nascer da confiança mútua do que ser imposta pelo terror das armas, todos devem trabalhar por que se ponha, finalmente, um termo à corrida aos armamentos e por que se inicie progressivamente e com garantias reais e eficazes, a redução dos mesmos armamentos, não unilateral evidentemente, mas simultânea e segundo o que for estatuído”. A história contemporânea demonstra que a ONU não consegue ser essa “autoridade pública mundial, por todos reconhecida”. 
A Gaudium et Spes mostra que a aspiração da paz é, antes de tudo, uma questão de mentalidade. “No entanto, evitem os homens entregar-se apenas aos esforços de alguns, sem se preocuparem com a própria mentalidade. Pois os governantes, responsáveis pelo bem comum da própria nação e ao mesmo tempo promotores do bem de todo o mundo, dependem muito das opiniões e sentimentos das populações. Nada aproveitarão com dedicar-se à edificação da paz, enquanto os sentimentos de hostilidade, desprezo e desconfiança, os ódios raciais e os preconceitos ideológicos dividirem os homens e os opuserem uns aos outros. Daqui a enorme necessidade duma renovação na educação das mentalidades e na orientação da opinião publica. Aqueles que se consagram à obra de educação, sobretudo da juventude, ou que formam a opinião pública, considerem como gravíssimo dever o procurar formar as mentalidades de todos para novos sentimentos pacíficos. Todos nós temos, com efeito, de reformar o nosso coração, com os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos realizar juntos para o progresso da humanidade.” . Na perspectiva da cultura de paz, a Gaudium et Spes mostra quão importante é o papel dos “que formam a opinião pública” que podem ser considerados “promotores da paz”.
A cultura de paz deve ser permanentemente alimentada no coração das pessoas, na estrutura da sociedade e no bojo das instituições políticas, embora o GPS da guerra identifique permanentes pontos vermelhos no mapa das nações. A cultura de paz há de prevalecer num mundo onde se instala a cultura de guerra na convivência das nações e no relacionamento das pessoas e dos grupos sociais. De sua parte, “a Igreja de Cristo, no meio das angústias do tempo atual, não deixa de esperar firmemente.”
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Arcebispo se reunirá com a imprensa

O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, agendou um café com a imprensa natalense, dia 5 de dezembro, às 8 horas, no Centro Pastoral Pio X - subsolo da Catedral Metropolitana. Na ocasião, Dom Jaime fará uma retrospectiva das principais ações realizadas, na Arquidiocese de Natal, neste ano, assim como falará das perspectivas pastorais para 2013.

Na oportunidade, o Arcebispo também agradecerá à imprensa pela divulgação das atividades realizadas na Arquidiocese.
Fonte: Arquidiocesedenatal

Comentário Litúrgico - 1º Domingo do tempo do Advento


Com esta celebração, estamos ingressando no tempo do Advento e começando um novo ano litúrgico. Advento, quer dizer “dia da vinda”. É um tempo que nos alerta a nos prepararmos para acolher o Senhor, o Deus da vida que vem nos visitar. Sendo assim, a manifestação do Senhor tem dois aspectos:
1)    A sua manifestação em nossa carne ao nascer, que constitui sua primeira vinda;
2)    A sua manifestação em glória e majestade no final dos tempos, que constitui sua segunda vinda.
As três de hoje nos falam de vinda.
Estejamos bastante atentos para o sentido que tem a liturgia deste 1º domingo: Diante da vinda do Filho do Homem, precisamos, portanto, levantar, erguer a cabeça e tomar cuidado, ficar atentos. Melhor ainda, ficar de pé diante do Filho do Homem.
1ª Leitura (Jr 33,14-16)
                Os israelitas, aos quais o profeta dirige suas palavras contidas nesta leitura, voltaram há pouco tempo de Jerusalém em ruínas. Ao seu redor só aparecem sinais de ruínas de morte.
                Começa a reconstrução da Nação, mas a passos lentos. Todos se encontram desanimados. Mas para este povo desanimado, o profeta dirige uma mensagem de esperança: estão chegando os dias nos quais o Senhor cumprirá todas as suas promessas.
                O “rebento de Davi”, esperado pelos israelitas, - nós bem o sabemos – já chegou: é Jesus de Nazaré.
Evangelho (Lc 21,25-28.34-36)
                Abre-se o Evangelho de hoje com estas palavras: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações, pelo bramido no mar e das ondas... Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobreviver para toda a terra. As próprias forças do céu serão abaladas” (vv.25-26). Cuidado, não tomemos tais expressões ao pé da letra. Hoje devemos concentrar nossa atenção na narrativa de Lucas: deixemos, portanto, que ele fale. Para descrever uma grande mudança, uma intervenção de Deus, a Bíblia emprega normalmente imagens impressionantes.
                Em domingos anteriores, temos dito que essa maneira de dizer a mensagem com “imagens apocalípticas” era bastante comum aos lábios dos pregadores e escritores no tempo de Jesus Cristo.
                O mais importante mesmo é entendermos o que o Mestre objetiva a nos repassar como proposta de salvação. Cuidado para não pensarmos que o Filho de Deus, ao invés de anunciar aos corações dos ouvintes de fé uma proposta de esperança, esteja aterrorizando-os. Nada disso!
                Contudo, é neste mundo que, por causa do pecado perverso praticado por alguns, vai-se criando situações praticamente insuportáveis; espalham-se as violências, as guerras e instalam-se climas desumanos. Tomados pela dor e pelo desespero, homens e mulheres chegam a se perguntar: O que acontecerá? Quando será o fim? E como será o nosso fim? “Os homens definharão de medo” (v. 26).
                Disto isso, quer dizer que a história caminhará para possível catástrofe? Absolutamente, não!  Garante Jesus – Quando tudo parecer arruinar-se no pecado, virá o Filho do Homem com grande poder e majestade, e do caos fará surgir um mundo novo (v.27). Um mundo novo, porém, já surgiu com Jesus de Nazaré.
                O que nos dirá a segunda parte do evangelho de hoje? No mínimo, nos dirá o que e como devemos fazer, enquanto aguardamos a construção do mundo, em sua plenitude, nos finais dos tempos.
                Não obstante os sofrimentos, as confusões, as nossas incoerências, as fugas diante de nossa responsabilidade cristã em transformar o que se segue na contramão do Reino de Deus, ninguém pode se deixar abater: “Reanimai-vos e levantai as vossas cabeças – ensina Jesus – porque se aproxima a vossa libertação” (v. 28).
                Atenção, muita atenção: Só quem reza é tem condições de cultivar esta “vigilância” e pode interpretar e ajudar a mudar a tristeza em alegria com os olhos de Deus.
Segunda leitura (1 Ts 3, 12-4,2)
                Na segunda leitura de hoje, S. Paulo invoca o auxílio de Deus sobre os tessalonicenses que já testemunham uma fé operosa. Contudo, embora estejam vivendo de forma agradável ao Senhor, são chamados a progredir na vida cristã, através de um amor transbordante, comprometido com as pessoas. O amor mútuo e universal é o caminho da perfeição, a maneira de ser manter vigilantes na espera do Senhor.
                “E nesta tensão do ´já´ e do ´ainda não´ que celebramos, alimenta-nos da palavra e da eucaristia, para que tenhamos coragem de erguer do chão tudo o que está abatido”. 
Pe. Francisco de Assis 
Pároco de Nova Cruz/RN

Papa celebra vésperas com universitários e recorda a JMJ Rio2013

O Papa Bento XVI presidiu na tarde deste sábado, 1º de dezembro, na Basílica Vaticana, a celebração das vésperas do primeiro domingo do Advento com os Universitários dos ateneus romanos e das Universidades Pontifícias, por ocasião do inicio do Ano Acadêmico.
Na Basílica também estava presente uma delegação de estudantes da Pontifícia Universidade de Belo Horizonte, guiada pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom João Justino de Medeiros Silva.
Na homilia, Bento XVI se dirigiu diretamente aos estudantes, para dizer-lhes que não estão sós: docentes, capelães, reitores e o próprio Papa estão com eles neste caminho de preparação aos grandes desafios da vida e a serviço na Igreja e na sociedade.
“O Ano Litúrgico que iniciamos com essas Vésperas será também para vocês o caminho para reviver, mais uma vez, o mistério da fidelidade a Deus. Vivendo-o com a Igreja, experimentarão que Jesus Cristo é o único Senhor do cosmo e da história, sem o qual qualquer construção humana corre o risco de perder-se no vazio.”
Vivemos num contexto, disse o Papa, em que muitas vezes encontramos indiferença em relação a Deus. Mas no profundo de quem vive esta distância de Deus, exista uma nostalgia de infinito, de transcendência.
“Os jovens têm a tarefa de testemunhar nas salas de aula universitárias o Deus próximo, que se manifesta também na busca da verdade, alma de todo empenho intelectual. A fé é a porta que Deus abre na nossa vida para nos conduzir ao encontro com Cristo, no qual o hoje do homem se encontra com o hoje de Deus.”
Na oração desta tarde, prosseguiu o Pontífice, nos dirigimos idealmente em direção à Gruta de Belém para saborear a verdadeira alegria do Natal: a alegria de acolher no centro da nossa vida aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão abertos sobre o mundo e sobre cada homem.
“Somente esta certeza poderá conduzir a humanidade rumo à paz e à prosperidade, neste momento histórico delicado e complexo. Também a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro será para vocês, jovens universitários, uma grande ocasião para manifestar a fecundidade histórica da fidelidade de Deus, oferecendo seu testemunho e seu empenho para a renovação moral e social do mundo. A entrega do Ícone de Maria Sedes Sapientiae à delegação universitária brasileira por parte da Capelania universitária de ‘Roma Ter’ é um sinal deste compromisso comum.”
A cidade de Belo Horizonte será a sede do Congresso Mundial de Universidades Católicas (Cmuc), entre os dias 18 e 21 de julho de 2013.
O evento, que faz parte da Semana Missionária em Belo Horizonte, antecederá a 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e é promovido pela PUC Minas em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação Internacional de Universidades Católicas (Fiuc), a Organização de Universidades Católicas da América Latina e Caribe (Oducal) e a Associação Nacional de Educação Católica (Anec).
As inscrições para o Congresso já podem ser feitas pelo site www.cmuc.pucminas.br.

ADVENTO

De que espera falamos no Advento?
Não, primeiramente daquela do Natal. Esta já se deu e torna-se memorial na Liturgia Santa do Sacrifício eucarístico.
A espera fundamental na qual esperamos é a consumação do Reino de Cristo, que plenamente será Reino de Deus-Pai, quando Ele aparecer em glória como Filho do Homem (glorioso filho do barro: Filho do Homem = Ben Adam - filho do bicho feito de adamah = terra).
Eis o Advento que celebremos certos do Advento que acontecerá: o Salvador virá um dia, no Seu Dia. Passará a figura deste mundo marcado pelo pecado e a morte e manifestar-se-á para sempre o mundo que há de vir, anunciado na Antiga Aliança, inaugurado efetivamente na Nova Aliança e consumado um Dia, no Dia de Cristo, em glória sem fim!
Feliz Advento!
"Por Ele esperem, Seu Dia vem!
tenham coragem: Jesus já vem!"

Descobrir Deus invisível é um grande desafio para o espírito humano. [5]
Gasto por aluno no ensino público em 2012 é menor que o previsto

O Ministério da Educação (MEC) divulgou os parâmetros de operacionalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para o exercício de 2012. Entre as definições, está o novo valor anual mínimo nacional por aluno, no valor de R$ 2.091,37, ainda para este ano.
Houve uma queda de R$ 5 no valor anteriormente previsto pela pasta (R$ 2.096,68). Segundo portaria publicada nesta terça-feira, 27, no Diário Oficial da União, o valor considera a reintegração ao Fundeb dos alunos da pré-escola, atendidos em instituições conveniadas, como as filantrópicas, sem fins lucrativos.
De acordo com Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), esse valor mínimo é fixado, anualmente, por portaria interministerial dos ministérios da Educação e da Fazenda e pode ser ajustado, no decorrer do ano, em razão de mudanças no comportamento das receitas do Fundeb, provenientes das contribuições dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O governo federal complementa o Fundeb sempre que a arrecadação de um determinado Estado não for suficiente para garantir o valor mínimo nacional por aluno matriculado na rede pública.
O dinheiro do fundo é transferido de forma automática e periódica para cada governo estadual e municipal, com base no número de alunos registrados no Censo Escolar mais recente. Na última transferência, em novembro, a União depositou R$ 755,2 milhões nas contas dos Estados que não alcançam, com sua própria arrecadação, o valor mínimo nacional por aluno. Neste ano, estão no grupo Alagoas, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, Maranhão, Pará, a Paraíba, Pernambuco e o Piauí.
O valor previsto em complementação para os nove estados este ano e em janeiro de 2013 soma R$ 10,4 bilhões. A próxima transferência, no mês de dezembro, terá o mesmo valor de novembro. Em janeiro do ano que vem, o investimento da União alcança R$ 1,4 bilhão, referente a 15% de todo valor anual. A previsão do valor anual mínimo nacional para o próximo ano ainda será divulgada pelo MEC em nova portaria até o final do ano.
Fundeb
Constituído em 2007, o Fundeb engloba 27 fundos específicos, um para cada Estado da federação e um para o Distrito Federal. Seus recursos devem ser destinados necessariamente ao financiamento de ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica, isto é, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. O Fundeb funciona como um fundo contábil, composto por uma cesta de impostos e transferências estaduais e municipais, e sua vigência estende-se até 2020.
Por lei, pelo menos 60% dos recursos do Fundeb devem ser usados para remunerar o magistério e os gestores educacionais. Neste cálculo, incluem-se professores e profissionais da área de suporte pedagógico - como direção e administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, coordenação e orientação educacional. O restante do dinheiro vai para outras despesas de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, como aperfeiçoamento de professores e compra de equipamentos necessários ao ensino.

Editorial: O Papa no Twitter



Cidade do Vaticano (RV) – A notícia chamou muito a atenção da mídia mundial. Bento XVI terá uma conta na rede social Twitter. Para quem não sabe, o termo Twitter vem da palavra inglesa com a mesma grafia, e que em português pode ser traduzido como “piar”, razão pela qual a logomarca desta rede social é um pássaro. Voltando à notícia, a conta do Santo Padre no Twitter vai ser apresentada oficialmente no próximo dia 3 de dezembro, segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Arcebispo Dom Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.

Mas por que chama atenção uma notícia como essa? Certamente por que é o Papa, líder de mais de um bilhão de católicos em todo o mundo. Mas chama a atenção principalmente pelo motivo do gesto do Santo Padre: usar os meios de comunicação que a genialidade do homem produziu para fazer chegar as reflexões e mensagens do Sucessor de Pedro a um mundo que dia após dia cresce, o mundo das redes sociais. As redes não são um instrumento de evangelização como muitos poderiam afirmar, mas sim um espaço, um lugar onde milhões de pessoas interagem, constroem relações e se descobrem, é um verdadeiro “continente digital”.

Precisamente por causa disso, o Papa vê a grande importância das redes sociais e tem dedicado a elas as suas mensagens para o Dia Mundial das Comunicações. Já em 2010, o Papa incentivou os sacerdotes a enfrentarem os desafios decorrentes da nova cultura digital. “A nova mídia – disse - se for conhecida e devidamente valorizada, pode oferecer a todos os sacerdotes e agentes pastorais uma riqueza de dados e conteúdos que anteriormente eram de difícil acesso, e proporcionar meios de colaboração e crescimento da comunhão impensável no passado”. Se a nova mídia é usada com sabedoria pode ser um instrumento, um espaço válido e eficaz de evangelização.

Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais do ano passado, o Papa Bento XVI, depois de ter realçado o valor do silêncio que ajuda e dá corpo às nossas palavras, escreveu que também pouquíssimas palavras dão a possibilidade de transmitir mensagens grandiosas. Ai vem a ideia do Twitter, modo sintético de comunicar.

A decisão do Papa de ter uma conta no Twitter certamente vai na direção da verdade para ajudar aqueles milhões de “habitantes do continente digital” a terem uma palavra que pode dar fascínio e sentido à vida, sem se perder no fluxo interminável de informações muitas vezes vazias e tendenciosas capazes de violar o próprio direito das pessoas. No sentido contrário dessas tendências se move o Papa que fornecerá - nos 140 toques - motivos de reflexão e de esperança, e a oportunidade de conhecer Deus.

Com esta iniciativa, Bento XVI demonstra “a sua sensibilidade para as oportunidades que as novas tecnologias oferecem à comunicação e à comunicação de seus ensinamentos” – disse Dom Celli.

Esse novo momento de comunicação do Papa com o mundo nos faz recordar outro evento da história, o distante 12 de fevereiro de 1931, quando o Papa Pio XI dirigiu ao mundo a sua primeira mensagem através da Rádio Vaticano. Pela primeira vez, pessoas nos quatro cantos do mundo puderam ouvir a voz do sucessor de Pedro, certamente uma emoção única. Agora cabe aos “visitantes do mundo digital” receber as palavras do Papa.

Assim, nos modos, tempos e linguagem do homem moderno, Bento XVI pretende levar Cristo ao mundo de hoje. (Silvonei José)
 
  



Vaticano: "A paz requer decisões corajosas"



Cidade do Vaticano (RV) - A Santa Sé acolheu “positivamente” a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas com a qual a Palestina se tornou “Estado Observador não-membro” e recordou a sua posição, que defende a concessão a Jerusalém de um estatuto especial, garantido internacionalmente. Tal estatuto garantiria a liberdade de religião e de consciência, a identidade e o caráter sagrado de Jerusalém como Cidade Santa, o respeito e a liberdade de acesso a seus lugares sagrados.

“A paz precisa de decisões corajosas e a votação desta quinta-feira refletiu o sentimento da maioria da comunidade internacional, reconhecendo aos palestinos uma presença mais significativa nas Nações Unidas” – afirma a nota do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi. Para a Santa Sé, “este documento é a base jurídica para a existência de dois Estados, como previsto 65 anos atrás, quando Israel foi constituído, em respeito à Resolução 181 da ONU de 29 de novembro de 1947, e a Palestina não viu a luz”.

“A Santa Sé considera que o atual resultado não representa, por si só, uma solução eficaz aos problemas existentes na região, que só terão uma resposta adequada se houver um empenho efetivo em construir a paz e a estabilidade na justiça e no respeito das legítimas aspirações, de israelenses e palestinos”.

“E é por isso – continua a nota – que a Santa Sé convidou várias vezes os responsáveis dos dois povos a retomar as negociações com boa vontade e buscar sinceramente soluções que sejam alicerces seguros para a paz duradoura”.

Além disso, “a Santa Sé dirigiu um apelo à Comunidade internacional para que aumente seus esforços e incentive sua criatividade para adotar adequadas iniciativas que ajudem a obter uma paz duradoura, no respeito dos direitos dos dois povos”.

Com o estatuto de "Estado observador" - até agora exclusivo da Santa Sé -, a Palestina pode solicitar admissão a outras instituições da ONU e instaurar processos por crimes de guerra contra líderes israelenses junto ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e do Tribunal Penal Internacional em Haia (TPI).
(CM)

No Advento caminhamos para celebrar com alegria o nascimento da Esperança, enquanto peregrinamos em busca de sua Plenitude. Paz e Bem.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Na fé, podemos assumir o nosso sofrimento e partilhar o do próximo.[102]

Enem: os rankings que mentem

A lista de melhores e piores escolas, elaborada com base no Enem, contém distorções e imprecisões que colocam em xeque sua validade


Fragilidade do ranking do Enem. Ilustração: Vilmar Oliveira
No último dia 22, o Ministério da Educação (MEC) divulgou as médias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) alcançadas por cada escola em 2011. Quase instantaneamente, os dados geraram rankings das instituições com melhores e piores desempenhos. Esse tipo de organização da informação é sempre uma maneira complicada de analisar dados de Educação.
A formação de rankings de forma geral é míope, pois não considera a realidade na qual a escola está inserida. Informações como o perfil dos alunos, dos professores e da comunidade, que impactam diretamente o desempenho dos estudantes, são deixadas de lado. "O nível socioeconômico é um fator que interfere de forma muito intensa nos resultados", explica Ruben Klein, especialista em estatísticas sobre desempenho educacional da Fundação Cesgranrio.
Além disso, é necessário levar em conta que parte das instituições nas primeiras posições dos rankings utiliza estratégias para maquiar seu desempenho. Além das provas de ingresso, que filtram apenas os bons alunos, há colégios que selecionam os estudantes no decorrer da Educação Básica, fazendo com que apenas quem alcança as melhores notas chegue ao último ano e participe da avaliação.
Falando especificamente no Enem, existem ainda outros agravantes. Questões metodológicas colocam em xeque a validade das notas do exame para analisar a qualidade das escolas - e da Educação. Em primeiro lugar, trata-se de uma prova de adesão voluntária. A decisão de participar ou não fica a cargo do aluno e tem com base tanto motivações internas (como o desejo de concorrer a uma vaga na universidade) quanto influências externas (muitas vezes, da própria escola). O universo de estudantes que realiza a avaliação, portanto, não é representativo nem das instituições, nem do país.
A prova em si também não é adequada para fazer uma análise mais ampla da Educação. De acordo com Gisele Gama de Andrade, pós-doutora em avaliação educacional e diretora-presidente da Abaquar Consultores, o Enem é desenvolvido com base em uma lista de habilidades que os alunos devem ter ao final do Ensino Médio. "Na hora da prova, cada habilidade é testada apenas uma ou duas vezes. Para uma análise do sistema de ensino, é necessário que elas sejam testadas várias vezes, para saber se, de fato, os alunos a possuem ou não", exemplifica a especialista.
Ainda que todo esse panorama fosse diferente, a criação de rankings continuaria não sendo uma ferramenta válida. "É uma lástima observarmos nossas escolas apenas como boas ou ruins", lamenta Maria Nilene Badeca da Costa, secretária estadual de Educação de Mato Grosso do Sul e presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). "Todas as demais análises que devem ser feitas no que diz respeito ao processo de ensino e de aprendizagem são esquecidas", diz ela. O ideal seria analisar a quantidade de alunos que atingiu um nível adequado de aprendizagem, e não apenas apresentar a média alcançada pela instituição.
Dentro do modelo de exame que se tem hoje, portanto, a publicação de resultados por escola gera interpretações erradas e deveria ser evitada. "Se o Enem é um processo seletivo, ele deve se encerrar com a divulgação dos alunos aprovados", defende Gisele. Os resultados de cada escola até poderiam ser entregues à direção, como forma de ajudar a mapear problemas e possíveis soluções. Mas o processo deveria parar aí. Afinal, o exame pode até indicar aspectos pontuais, mas está longe de ser uma fonte segura para analisar todo o trabalho realizado ao longo do Ensino Médio. Para isso, seria preciso criar uma nova avaliação.
Fonte: Nova Escola

Excluir as notas de redação dos resultados do ENEM compromete a avaliação do desempenho do ensino. Saber escrever é competência essencial.

Notícia triste: Crianças e jovens apresentam mais excesso que falta de peso; 1/3 crianças de 5 a 9 anos está com sobrepeso, diz IBGE.

IBGE: Ens. médio público tem 8,6% de estudantes de famílias ricas. Na rede particular, 53% são ricos e 3,8% de classe mais baixa.

Notícia boa: Análise do Censo 2010_IBGE mostra que mortalidade infantil no primeiro ano de vida caiu 47,6% em relação ao de 2000.
O analfabetismo é um problema sério que necessita empenho de todos no sentido de superação dessa questão social. Temos que dar uma justificativa sobre o analfabetismo, além da evasão escolar por parte de jovens e adultos. Qual é o rumo da educação? Pensar a educação deixando de fora problemas como esses acima citados, significa que seremos afetados por maiores problemas no futuro. Em primeiro lugar, não são poucos os evadidos. Que futuro terão? Por outro lado cresce o analfabetismo. O que fazer diante desse problema? Esses problemas apontam para soluções que venham a partir da organização da sociedade. Não podemos esperar por aqueles que nada fizeram ou nada fazem pela educação. Os sindicatos deviam ser educativos. Deviam promover seminários, congressos, cursos que tratassem dessa questão. Não é para fugir dos problemas, mas ir ao encontro dos problemas e resolvê-los.
(Carlos: Professor)

Índios Guarani Kaiowá no MS vivem em situação de campo de confinamento, alerta Ministério Público Federal

29/11/2012 | Cecília de Paiva, jornalista Sem a terra garantida e reconhecida, não há 'Tekoha', o viver bem - modo de vida indígena. "Em Mato Grosso do Sul, o que se ouve são relatos de morte e cerceamento da liberdade". Os índios guarani kaiowá no MS vivem em situação "comparável a um campo de confinamento. Entre a mata ou à beira do rio, sem ter como ir e vir, chegar para falar de saúde ou educação é impensável, porque lá, estar livre é algo pró forma, só aparentemente. O direito mais básico é violado". Afirmações como essas foram feitas por integrantes da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, 6ª CCR, durante coletiva de imprensa dia 28 de novembro de 2012, em Campo Grande, MS, motivada por visitas a aldeias do sul do estado, em áreas de denúncias de violações de direitos fundamentais indígenas.
Conforme a sub-procuradora geral da República, Gilda Pereira de Carvalho, o grupo formado por procuradores e antropólogos esteve em Iguatemi, na aldeia Pyelito Kue, e em Paranhos, na aldeia Arroyo Corá e na comunidade do Rio Y'Poi. Sobre essa comunidade, existe a denúncia de envenenamento ocorrido em 14 de novembro, em que a água ficou cheia de espuma e sem condições de uso. O caso está em investigações na Polícia Federal, porém, foram ouvidos relatos sobre o que aconteceu, com registro de narrativas sobre a coleta de amostra da água no mesmo dia, e da filmagem com a espuma descendo rio abaixo. Segundo o antropólogo Marco Paulo Schettino, atualmente há um poço aberto recentemente que atende precariamente os cerca de duzentos kaiowá guarani do local.
Nas visitações da 6ª CCR, Gilda Pereira disse que todos são recebidos sempre com muita emoção, com dança e canções indígenas, porém, "se vê muito sofrimento e tem gente mais velha com marcas no corpo, inclusive de balas. Os índios de Pyelito Kue querem acesso à estrada porque só conseguem atravessar o rio quando amarram uma corda à outra margem, como suporte de segurança", contou a sub-procuradora. Afirmou que, pela violação de tantos direitos, o grupo atua também em consulta com outros atores sociais ligados ao tema. Inclusive, durante a permanência em MS, há visitas em órgãos representativos do Estado, entre eles, Governadoria, Ministério Público Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil-MS, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul. Afinal é preciso envolver a sociedade, pois "o que os guarani kaiowá sofrem, sem os direitos mais básicos, não há notícia igual ao que acontece em MS. O que já se ouviu de outros estados é ínfimo. É o nível mais avassalador que se pode imaginar", pontuou o procurador da República Emerson Siqueira, atuante na região afetada.
Com relação às interferências sofridas pelos indígenas em suas tradições, Gilda Pereira acredita que a espiritualidade e o modo como eles mostram suas características é muito forte. "O indígena pode até assimilar o modo como vivemos, mas isso é com um ou outro, não um povo inteiro, uma nação. O que a Constituição Federal quer, e não só ela, mas tratados internacionais, é propiciar ao índio a vivência de sua cultura. E se um ou outro índio quiser ser diferente ou assimilar outras culturas, é também o seu direito", exemplificou a representante do MPF, deixando clara qual a fundamentação das análises que faz.
A 6ª CCR atua em favor dos direitos indígenas, das minorias e da população das comunidades tradicionais, permanecendo em MS até o dia 29 de novembro, para então apresentar relatório e recomendações necessárias sobre o tema.
Fotos: MPF
Fonte: COMIRE Oeste 1 / Revista Missões
A CNBB e a Amazônia





A celebração dos 60 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB é uma oportuna ocasião para a Igreja na Amazônia renovar seu agradecimento e reconhecimento a esta benemérita instituição que congrega o episcopado brasileiro.
Graças ao seu incondicional apoio, desde que foi criada em 14 de outubro de 1952, o grito dos bispos da Amazônia, emitido especialmente a partir de seus encontros iniciados meses antes da fundação da Conferência (junho de 1952), ecoou em todas as dioceses do país e, desde então, cresce a consciência de que a evangelização nesta vasta região brasileira é de responsabilidade de toda a Igreja no Brasil.
Marca forte da unidade e da comunhão da Igreja na Amazônia, os encontros de seus bispos se constituíram num verdadeiro Cenáculo de onde o Espírito Santo tem inspirado e animado os pastores e todos os que com eles cumprem o mandato de Jesus: “Ide fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).  A CNBB, presente já no segundo encontro realizado em janeiro de 1954, através de seu primeiro secretário, Dom Helder Câmara, dava uma inequívoca demonstração de sua corresponsabilidade no enfrentamento da sacrificada realidade amazônica que, àquela época como hoje, desafia a Igreja.
No encontro de 1967, os bispos da Amazônia, estrangeiros em sua maioria, ao discutirem o papel da Igreja na SUDAM provocaram a ira de “nacionalistas extremados” que os classificaram de “brasileiros apenas de coração”. A CNBB, por meio de sua Comissão Central, imediatamente, sai em defesa dos bispos: “Bastaria uma simples visita às missões, para reconhecer naqueles mensageiros de Deus, os mais ativos operadores da integração da Amazônia” .
A presença da CNBB na Amazônia, nestes 60 anos, se fez sentir também em inúmeras outras iniciativas que confirmam seu compromisso com o povo amazônida, com sua fé, sua cultura, suas tradições, seus direitos, sua vida. Destaque-se, por exemplo, o primeiro Seminário sobre a Pastoral da Amazônia, realizado em 1971, no Rio de Janeiro. É neste contexto também de preocupação com a Amazônia que Manaus é escolhida, certamente com total apoio da CNBB, para sediar o Congresso Eucarístico Nacional, em 1975. Merece destaque ainda a 37ª Assembleia Geral da CNBB, em 1999, quando os bispos da Amazônia se fizeram ouvir por todos os bispos do Brasil através de sua mensagem ao Povo de Deus e ao Brasil intitulada “A Igreja e a Questão da Amazônia”.
Decisão da CNBB, no entanto, que impulsionou ainda mais o olhar da Igreja no Brasil para a Amazônia foi a criação, em 2003, da Comissão Episcopal para a Amazônia. Com o objetivo de animar o espírito missionário da Igreja e sensibilizar a sociedade brasileira em relação à Amazônia, esta Comissão tem sido responsável por inúmeras iniciativas voltadas para a evangelização da Amazônia. Da mesma forma, a realização da Campanha da Fraternidade, em 2007, com o tema sobre a Amazônia, não só aumentou a visibilidade desta região como também despertou o interesse de muitos em colaborar com a missão que aí se realiza.
Há ainda duas outras iniciativas que emergem como fruto do comprometimento da CNBB com a Amazônia ao longo destes 60 anos de sua existência. O primeiro é a Semana Missionária da Amazônia, criada por iniciativa da Comissão Episcopal para a Amazônia, atualmente presidida pelo Cardeal Cláudio Hummes. A segunda é a construção do projeto “Missionários para a Amazônia”. Aprovadas pela Assembleia Geral da CNBB de 2009, estas iniciativas buscam responder dois grandes desafios da Igreja na Amazônia: a falta de recursos financeiros e a falta de missionários. O apoio da CNBB é decisivo para vencer estes desafios.
Em julho de 2012, Santarém (PA) sediou, mais uma vez, o encontro dos bispos da Amazônia, que celebrou os 40 anos do Documento de Santarém, resultado do mesmo encontro em 1972, cuja contribuição foi decisiva para pôr em prática o Concílio Vaticano II e o Documento de Medellín. A CNBB, reconhecendo a importância desse momento histórico para a Igreja na Amazônia, fez-se presente através de seu secretário geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner,  expressando, assim, a comunhão e a unidade do episcopado brasileiro que, ao longo dos 60 anos da CNBB, tem dado o tom de sua relação com a Igreja na Amazônia.
Estas são apenas algumas das muitas formas como a CNBB se fez e se faz presente na Amazônia. Recordá-las aqui, no contexto dos 60 anos da CNBB, é reviver a história desta Conferência que conquistou a credibilidade e o respeito da sociedade brasileira pelo seu compromisso com a vida de seu povo e a defesa dos direitos humanos, especialmente, dos pobres e excluídos. A Comissão Episcopal para a Amazônia se orgulha por fazer parte desta história. Parabéns, CNBB!
Irmã Maria Irene Lopes dos Santos
Assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

O ser humano ordena-se para produzir conhecimento. Com aquisição do conhecimento somos capazes de mudarmos a realidade e de construírmos um mundo sem preconceitos institucionalizados. Mas, estamos vendo, hoje, que o individualismo reina onde não deveria. Nos bancos escolares ainda temos muito disso, individualismo e preconceitos juntos. Ser Cristão incomoda bastante, principalmente quem não vive a experiência de comunidade igualitária. Numa comunidade igualitária as diferenças não motivam para a discórdia, intriga e perseguição. Isso já foi superado há séculos. Estudar para se transformar num autocrático é perpetuar a ignorância. É transformar a comunidade num covil de rancores. Com mais humanidade podemos alcançar a plenitude da paz e da justiça entre todos. Isso pode significar viver bem, com qualidade de vida. Sabemos que não se chega ao conhecimento sem a mescla de muitos erros. Um grande erro é achar que é superior ao outro. O conhecimento tem significado quando usado para que o outro cresça em sabedoria. 
Não temos o conhecimento total das coisas mas temos o único caminho para chegar até ele. Temos a escola como o lugar da formação permanente, para desconstruírmos os falsos valores e construírmos os valores necessários para a existência do bem. Por isso mesmo, os professores tem que estar bem consciente de seu papel na escola, da importância do tipo de educação que estamos desenvolvendo. O conhecimento é uma esperança que o aluno sabe não poder conseguir por si mesmo. Ele necessita de um mediador comprometido, que não se considere o dono da verdade, mas que saiba partilhar o conhecimento e aprenda a acolher os saberes diferentes.
É importante, agora, uma reflexão sobre os rumos da educação, e que tipo de contribuição estamos dando. É necessário pensarmos no outro, nosso aluno, no outro nosso colega de profissão. É preciso realizar o que há de melhor na escola: produção de conhecimento, formação de consciência crítica e construção de  uma escola cidadã.
(Carlos: Professor/Missionário do Setor I)






quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Deus é uma realidade da nossa vida"


Catequese de Bento XVI : O Ano da fé. Como falar de Deus?

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos a seguir a catequese do papa Bento XVI realizada durante a Audiência Geral de quarta-feira, 28 de novembro, na Sala Paulo VI, no Vaticano.
O Ano da Fé. Como falar de Deus?
Queridos irmãos e irmãs,
A pergunta central que hoje nos fazemos é a seguinte: como falar de Deus no nosso tempo? Como comunicar o Evangelho, para abrir estradas para  sua verdade salvífica nos corações muitas vezes fechados dos nossos contemporâneos e nas mentes tantas vezes distraídas por tantos estímulos da sociedade? Jesus mesmo, dizem-nos os Evangelistas, ao anunciar o Reino de Deus se perguntou: “A que podemos comparar o reino de Deus e com que parábola podemos descrevê-lo?” (Mc 4,30). Como falar de Deus hoje? A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. A primeira condição para falar de Deus é então a escuta do que Deus mesmo disse. Deus falou conosco! Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática muito distante de nós. Deus se interessa por nós, nos ama, entrou pessoalmente na realidade da nossa história, se auto-comunicou até encarnar-se. Então, Deus é uma realidade da nossa vida, é tão grande que tem também tempo para nós, ocupa-se de nós. Em Jesus de Nazaré nós encontramos a face de Deus, que desceu do seu Céu para imergir-se no mundo dos homens, no nosso mundo, e ensinar a “arte de viver”, o caminho da felicidade; para libertar-nos do pecado e tornar-nos filhos de Deus (cfr Ef 1,5; Rm 8,14). Jesus veio para salvar-nos e mostrar-nos a vida boa do Evangelho.
Falar de Deus quer dizer antes de tudo ter bem claro o que devemos levar aos homens e às mulheres do nosso tempo: não um Deus abstrato, uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver. Por isto, falar de Deus requer uma familiaridade com Jesus e o seu Evangelho, pressupõe uma nossa pessoal e real consciência de Deus e uma forte paixão pelo seu projeto de salvação, sem ceder à tentação do sucesso, mas seguindo o método do próprio Deus. O método de Deus é aquele da humildade – Deus se faz um de nós – é o método realizado na Encarnação na casa simples de Nazaré e na gruta de Belém, aquele da parábola do grão de mostarda. Não devemos temer a humildade dos pequenos passos e confiar no fermento que penetra na massa e lentamente a faz crescer (cfr Mt 13,33). No falar de Deus, na obra de evangelização, guiados pelo Espírito Santo, é necessária uma recuperação da simplicidade, um retornar ao essencial do anúncio: a Boa Notícia de um Deus que é real e concreto, um Deus que se interessa por nós, um Deus-Amor que se faz próximo de nós em Jesus Cristo até a Cruz e que na Ressurreição nos doa a esperança e nos abre a uma vida que não tem fim, a vida eterna, a verdadeira vida. Aquele excepcional comunicador que foi o apóstolo Paulo nos oferece uma lição que vai exatamente ao centro da fé do problema “como falar de Deus” com grande simplicidade. Na Primeira Carta aos Coríntios escreve: “Quando cheguei no meio de vós, não me apresentei para anunciar o mistério de Deus com excelência da palavra ou de sabedoria. Decidi, na verdade, não dever saber coisa alguma no meio de vós senão Jesus Cristo, e Cristo crucificado” (2,1-2). Então, a primeira realidade é que Paulo não fala de uma filosofia que ele desenvolveu, não fala de idéias que encontrou em qualquer lugar ou inventou, mas fala de uma realidade da sua vida, fala do Deus que entrou na sua vida, fala de um Deus real que vive, falou com ele e falará conosco, fala de Cristo crucificado e ressuscitado. A segunda realidade é que Paulo não busca a si mesmo, não quer criar um time de admiradores, não quer entrar na história como chefe de uma escola de grandes conhecimentos, não busca a si mesmo, mas São Paulo anuncia Cristo e quer ganhar as pessoas para o Deus verdadeiro e real. Paulo fala somente com o desejo de querer pregar aquilo que entrou na sua vida e que é a verdadeira vida, que o conquistou no caminho para Damasco. Então, falar de Deus quer dizer dar espaço Àquele que se faz conhecer, que nos revela a sua face de amor; quer dizer expropriar o próprio eu oferecendo-o a Cristo, consciente de que não somos nós a poder ganhar os outros para Deus, mas devemos conhecê-los pelo próprio Deus, invocá-los por Ele. O falar de Deus nasce da escuta, do nosso conhecimento de Deus que se realiza na familiaridade com Ele, na vida da oração e segundo os Mandamentos.
Comunicar a fé, para São Paulo, não significa levar a si mesmo, mas dizer abertamente e publicamente aquilo que viu e sentiu no encontro com Cristo, quanto experimentou na sua existência já transformada por aquele encontro: é levar aquele Jesus que sente presente em si mesmo e tornou-se o verdadeiro sentido de sua vida, para fazer entender a todos que Ele é necessário para o mundo e é decisivo para a liberdade de cada homem. O Apóstolo não se contenta em proclamar por palavras, mas envolve toda a própria existência na grande obra da fé. Para falar de Deus, é necessário dar-lhe espaço, confiantes de que é Ele que age na nossa fraqueza: dar-lhe espaço sem medo, com simplicidade e alegria, na convicção profunda de que quanto mais colocamos no centro Ele e não nós, mais a nossa comunicação será frutífera. E isto vale também para as comunidades cristãs: esses são chamados a mostrar a ação transformadora da graça de Deus, superando individualismos, fechamento, egoísmos, indiferença e vivendo na relação cotidiana o amor de Deus. Perguntemo-nos se são realmente assim as nossas comunidades. Devemos colocar-nos em ação para tornar-nos sempre e realmente assim, anunciadores de Cristo e não de nós mesmos.
Nesta altura, devemos perguntar-nos como comunicava o próprio Jesus. Jesus na sua unicidade fala de seu Pai – Abbá – e do Reino de Deus, com o olhar cheio de compaixão pelos inconvenientes e dificuldades da existência humana. Fala com grande realismo e, direi, o essencial do anúncio de Jesus é que torna transparente o mundo e a nossa vida vale para Deus. Jesus mostra que no mundo e na criação resplandece a face de Deus e nos mostra como nas histórias cotidianas da nossa vida Deus está presente. Seja nas parábolas da natureza, o grão de mostarda, o campo com diversas sementes, ou na nossa vida, pensemos na parábola do filho pródigo, de Lázaro e em outras parábolas de Jesus. A partir dos Evangelhos vemos como Jesus se interessa por cada situação humana que encontra, se emerge na realidade dos homens e das mulheres do seu tempo, com plena confiança  na ajuda do Pai. E que realmente nesta história, secretamente, Deus está presente e se estamos atentos podemos encontrá-Lo. E os discípulos, que vivem com Jesus, as multidões que O encontram, veem a sua reação aos problemas mais absurdos, veem como fala, como se comporta; veem Nele a ação do Espírito Santo, a ação de Deus. Nele anúncio e vida se entrelaçam: Jesus age e ensina, partindo sempre de um relacionamento íntimo com Deus Pai. Este estilo se torna uma indicação essencial para nós cristãos: o nosso modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus hoje, porque mostra com uma existência vivida em Cristo a credibilidade, o realismo  daquilo que dizemos com as palavras, que não são somente palavras, mas mostram a realidade, a verdadeira realidade. E nisso devemos estar atentos para colher os sinais dos tempos na nossa época, isto é, identificar os potenciais, os desejos, os obstáculos que se encontram na cultura atual, em particular o desejo de autenticidade, o anseio de transcendência, a sensibilidade para a salvaguarda da criação, e comunicar sem temor a resposta que oferece a fé em Deus. O Ano da Fé é ocasião para descobrir, com a fantasia animada pelo Espírito Santo, novos caminhos a nível pessoal e comunitário, a fim de que em cada lugar a força do Evangelho seja sabedoria de vida e orientação da existência.
Também no nosso tempo, um lugar privilegiado para falar de Deus é a família, a primeira escola para comunicar a fé às novas gerações. O Concílio Vaticano II fala dos pais como os primeiros mensageiros de Deus (cfr Cost. dogm. Lumen gentium, 11; Decr. Apostolicam actuositatem, 11), chamados a redescobrir esta missão deles, assumindo a responsabilidade no educar, no abrir a consciência dos pequenos ao amor de Deus como um serviço fundamental para suas vidas, em ser os primeiros catequistas e mestres da fé para seus filhos. E nesta tarefa é importante antes de tudo a vigilância, que significa saber entender as ocasiões favoráveis para introduzir em família o discurso de fé e para amadurecer uma reflexão crítica a respeito dos numerosos condicionamentos aos quais são submetidos os filhos. Esta atenção dos pais é também sensibilidade em reconhecer as possíveis questões religiosas presentes nas mentes dos filhos, às vezes evidentes, às vezes escondidas. Depois, a alegria: a comunicação da fé deve sempre ter uma totalidade de alegria. É a alegria pascal, que não silencia ou esconde a realidade da dor, do sofrimento, do cansaço, da dificuldade, da incompreensão e da própria morte, mas sabe oferecer os critérios para interpretar tudo na perspectiva da esperança cristã. A vida boa do Evangelho é exatamente este olhar novo, esta capacidade de ver com os olhos de Deus cada situação. É importante ajudar todos os membros da família a compreender que a fé não é um peso, mas uma fonte de alegria profunda, é perceber a ação de Deus, reconhecer a presença do bem, que não faz barulho; e oferece orientações  preciosas para viver bem a própria existência. Enfim, a capacidade de escuta e de diálogo: a família deve ser um ambiente onde se aprende a estar junto, a conciliar os conflitos no diálogo recíproco, que é feito de escuta e de palavra, a compreender-se e a amar-se, para ser um sinal, um para o outro, do amor misericordioso de Deus.
Falar de Deus, então, quer dizer fazer compreender com a palavra e com a vida que Deus não é o concorrente da nossa existência, mas sim a sua verdadeira garantia, a garantia da grandeza da pessoa humana. Assim, retornamos ao início: falar de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e com a vida, aquilo que é essencial: o Deus de Jesus Cristo, aquele Deus que nos mostrou um amor tão grande a ponto de encarnar-se, morrer e ressuscitar por nós; aquele Deus que pede para segui-Lo e deixar-se transformar pelo seu imenso amor para renovar a nossa vida e as nossas relações; aquele Deus que nos doou a Igreja, para caminhar juntos e, através da Palavra e dos Sacramentos, renovar a inteira Cidade dos homens, a fim de que possa tornar-se Cidade de Deus.
Após a catequese o papa Bento XVI dirigiu a seguinte saudação em português:
Uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, com votos de serem por todo o lado zelosos mensageiros e testemunhas da fé que vieram afirmar e consolidar neste encontro com o Sucessor de Pedro. Que Deus vos abençoe! Obrigado!
(MEM)

IGREJA

Padre Pedrinho Guaresch fala sobre presente de Natal para crianças

quinta-feira, 29 de novembro 
brinquedo
Vanessa Espíndola
Redação Portal A12

Falta menos de um mês para celebração do Natal e a esperança de renovação juntamente com outros sentimentos já está no coração de muitas pessoas. De acordo com padre Pedrinho Guaresch, especialista em infância e consumo, os valores espirituais deveriam nortear a educação dos pais quando o assunto é o tão desejado presente de Natal dos filhos.

“No mundo da criança, existe uma grande identificação com a festa, com o brilho, a luz e o lúdico; e o presente faz parte de tudo isso, também é importante. Na própria história de São Nicolau, hoje representado pelo “Papai Noel”, o bispo visitava as famílias na época do Natal e falava da chegada do Menino Jesus como principal presente em nossa vida. Mesmo no contexto atual, esse sentido não pode ser esquecido”, afirmou Padre Pedrinho.

As opções de presentes são várias, das bonecas aos tecnológicos de última geração, como celulares, tablets, etc. Motivos para que as crianças se rendam ao consumo, não faltam. As propagandas publicitárias estão aí para incentivá-las a querer cada vez mais e, por isso, todo cuidado pouco para não deixar que a criança passe pela época do Natal sem ter consciência do verdadeiro sentindo da época.

Para Padre Pedrinho, os pais devem procurar incentivar os filhos a gostarem de brinquedos que estimulem o pensar. “Além de fazer pensar, é interessante que o brinquedo permita que a criança o utilize com outras crianças, para que ela tenha a percepção da importância dos outros em sua vida”, apontou.

Para que o sentido do Natal não passe em branco pela criança é importante que ela tenha consciência do motivo da festa do Natal. “A dimensão do presente existe graças ao Menino Jesus que é o presente para toda a humanidade. É muito importante que a família tenha essa concepção”, acrescentou Padre Pedrinho.

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Nota da CNBB sobre a seca no Nordeste



“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados” (2Cor 4,8)
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 27 e 28 de novembro de 2012, vimos manifestar nossa solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem com a seca no Nordeste. Esta situação, que se prolonga de forma desalentadora, exige a soma de esforços e de iniciativas de todos: governo, Igrejas, empresários, sociedade civil organizada - para garantir às famílias a superação de tamanha adversidade.
Os recursos liberados pelo governo e o auxílio das Cáritas Diocesanas e de outras entidades são, sem dúvida, imprescindíveis para o socorro imediato dos afetados por tão longa estiagem, considerada a pior nos últimos 30 anos. Estas iniciativas têm contribuído para diminuir a fome, a mortalidade infantil e o êxodo. Sendo, porém, a seca uma realidade do semiárido brasileiro, é urgente tomar medidas eficazes que possibilitem a convivência com este fenômeno. Considerem-se, para esse fim, o desenvolvimento de políticas públicas específicas para a região e o aproveitamento das potencialidades das populações locais.
Preocupa-nos o risco de colapso hídrico urbano devido à falta de planejamento para um adequado fornecimento de água. Especialistas na área vêm nos mostrando que há meios mais baratos e de maior alcance social do que os megaprojetos, como a transposição dos recursos hídricos do Rio São Francisco, construção de grandes açudes, dentre outros.
No meio rural, as cisternas para a captação de água de chuva, iniciativa da Igreja Católica, mostraram-se eficientes para enfrentar períodos de estiagem prolongada. É importante ampliar essa iniciativa e também investir na construção de cisternas “calçadão” para a produção de hortaliças. Já a aplicação dos recursos financeiros e técnicos necessita ser ampliada e universalizada, levando-se em conta o protagonismo das populações locais e de suas organizações, no campo e na cidade. Torna-se necessário o controle para que os recursos sejam otimizados e cheguem realmente aos mais necessitados. Um planejamento adequado pode garantir soluções permanentes e duradouras que assegurem as condições de vida digna para todos.
A fé e a esperança, distintivos de nossos irmãos nordestinos, animem seus corações nesta hora de sofrimento e de dor. “Esperando contra toda esperança” (Rm 4,18), confiem-se ao Deus da vida e por seu Filho clamem: “Fica conosco, Senhor, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança, e tu os fazes arder com a certeza da Páscoa” (DAp 554).
Que o Divino Espírito Santo e Maria iluminem e inspirem a todos na esperança e na construção do bem.
Brasília, 28 de novembro de 2012.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB

Extraído de: Câmara Municipal de Camaçari 

Comissão aprova correção do piso de professor pelo INPC e pelo Fundeb

A Comissão de Educação e Cultura aprovou nesta quarta-feira (15) o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3776/08 , do Executivo, que muda a regra do reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública atualmente de R$ 1.024 para 40 horas semanais.
O texto aprovado mantém o reajuste do piso atrelado à variação do valor mínimo por aluno no fundo da educação básica (FundebO Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é formado por recursos estaduais, municipais e federais e destina-se a promover a educação infantil, o ensino fundamental e médio, inclusive a educação de jovens e adultos. Os recursos do Fundeb, que tem vigência até 2020, são distribuídos de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. Pelo menos 60% dos recursos do fundo são usados no pagamento dos salários dos professores.) e acrescenta que o reajuste não poderá ser inferior à inflação, conforme a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPCMede a variação de preços da cesta de consumo das famílias de baixa renda, com salário de um a seis mínimos, entre os dias 1º e 30 do mês de referência. Abrange nove regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Porto Alegre e Curitiba), além do município de Goiânia e de Brasília. O índice é calculado pelo IBGE desde 1979 e é muito utilizado como parâmetro para reajustar salários em negociações trabalhistas.) nos 12 meses anteriores. O reajuste deixa de ser feito em janeiro e passa para maio.
A proposta do governo, que era a atualização do piso apenas pelo INPC (reajuste pela inflação, sem aumento real), foi rejeitada. O argumento do governo foi que o critério atual (parcialmente mantido pelo Senado) pode acarretar uma elevação contínua dos salários dos professores e prejudicar o financiamento de outros itens importantes para a melhoria da educação básica pública, como manutenção e melhoria das instalações físicas das escolas, aquisição de material de ensino, universalização do uso da informática e o próprio aperfeiçoamento profissional dos professores.
Detalhamento
Atualmente, a lei diz que o piso será atualizado no mês de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno no Fundeb.
O governo propôs a mudança para o reajuste pela variação do INPC no ano anterior, mantendo o aumento em janeiro.
Essa regra foi aprovada inicialmente pela Câmara, mas o Senado alterou o texto. Em razão da mudança, a proposta voltou para a Câmara, que dará a palavra final. Conforme essa nova versão, o piso será atualizado anualmente, no mês de maio, com base no percentual do valor por aluno no Fundeb apurado nos dois anos anteriores. Esse índice não poderá ser inferior à variação do INPC.
O relator da proposta na Comissão de Educação, deputado Carlos Abicalil (PT-MT), disse que as alterações feitas pelo Senado aperfeiçoam o mecanismo de reajuste. Ele explica que a mudança do mês de reajuste para maio é necessária pelo fato de que o valor por aluno no Fundeb, em determinado ano, só é consolidado em abril do ano seguinte. Antes disso, o governo trabalha com estimativa.
Tramitação
O projeto tramita em regime de urgência urgentíssimaRegime de tramitação que permite incluir proposta na Ordem do Dia para discussão e votação imediata. Esse regime precisa ser proposto pela maioria absoluta dos deputados (257) ou por líderes que representem esse número. O pedido de urgência urgentíssima precisa ainda ser aprovado por 257 deputados. Esse regime dispensa parecer aprovado em comissão o parecer pode ser dado oralmente pelo relator, no plenário. e está sendo analisado simultaneamente pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A qualquer momento, poderá ser incluído na pauta do plenário.

PAPA BENTO XVI AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs,
O anúncio que leva ao encontro com Deus-Amor, revelado de modo único em Jesus crucificado, é destinado a todos: não há salvação fora de Jesus Cristo. Como podemos falar de Deus hoje? O Ano da Fé é ocasião de buscar novos caminhos, sob a inspiração do Espírito Santo, para transmitir a Boa Nova da salvação. Neste sentido, o primeiro passo é procurar crescer na fé, na familiaridade com Jesus e com o seu Evangelho, aprendendo da forma como Deus se comunica ao longo da história humana, sobretudo com a Encarnação: através da simplicidade. É necessário retornar ao aspecto essencial do anúncio, olhando para o exemplo de Jesus. N’Ele, o anúncio e a vida se entrelaçam: Jesus atua e ensina, partindo sempre da sua relação íntima com Deus Pai. De fato, comunicar a fé não significa levar a si mesmo aos demais, mas transmitir publicamente a experiência do encontro com Cristo, a começar pela própria família. Esta é um lugar privilegiado para falar de Deus, onde se deve procurar fazer entender que a fé não é um peso, mas uma profunda alegria que transforma a vida.
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Pobreza moral, espiritual e material: por quê? Ouça o nosso especial


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Cidade do Vaticano (RV) - De um lado, a pobreza escolhida e proposta por Jesus; de outro, a pobreza a ser combatida para tornar o mundo mais justo e solidário.

Na homilia na Missa na Solenidade de Maria Mãe de Deus, em 1º de janeiro de 2009, Bento XVI fazia a distinção entre essas duas pobrezas, uma positiva, a de Jesus, e a outra negativa, a do homem.

Deus escolheu a pobreza de Jesus. Quis nascer assim mas poderíamos acrescentar imediatamente: quis viver, e também morrer assim. Dizia o Apóstolo S. Paulo, "Não se trata de vos pordes em dificuldade para aliviar os outros, mas que haja igualdade" (8, 13).

O segundo aspecto é o da indigência do homem, que Deus não quer e que deve ser "combatida"; uma pobreza que impede que as pessoas e as famílias vivam segundo a sua dignidade; uma pobreza que ofende a justiça e a igualdade e que, como tal, ameaça a convivência pacífica.

Neste sentido negativo, inserem-se também as formas de pobreza não material que se encontram até nas sociedades ricas e progredidas: marginalização, miséria relacional, moral e espiritual.

E são justamente a esses aspectos que dedicamos os próximos minutos deste especial sobre a pobreza, suas causas e consequências.

Começamos com o teólogo Paulo Suess, que faz sua reflexão sobre os pobres no espírito e como essa pobreza se manifesta no Brasil:

Para o Secretário-Executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Professor Pedro Gontijo outro mal que acomete o Brasil é a pobreza moral, que se manifesta individualmente, nas comunidades, nas empresas e também na política.

Já o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Justiça, Caridade e Paz, Dom Guilherme Werlang, considera uma incongruência que um país tão rico de recursos naturais, como o Brasil, tenha um número tão elevado de pobres.
(BF/CM)
Seca, evangelização e Campanha da Fraternidade na pauta do Consep


Brasília (RV) - Durante os dias 27 e 28 de novembro, os bispos membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, estiveram reunidos, na sede da instituição, em Brasília (DF). O balanço das atividades da reunião foi apresentado em entrevista coletiva, realizada na manhã do dia 28 de novembro. Participaram da coletiva o presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno; o vice-presidente, Dom José Belisário e o Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner.

Dom Damasceno apresentou uma breve síntese do que foi abordado durante o Consep. Um dos temas tratados foi a preparação da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que acontecerá em Aparecida (SP), em 2013. A novidade para a próxima Assembleia é que todos os bispos ficarão hospedados em apenas dois hotéis, na cidade do Romeiro, o que de acordo com o presidente, “propiciará uma melhor convivência entre os bispos”.

Durante a coletiva, a Presidência da CNBB apresentou uma nota sobre a seca em várias regiões do Nordeste. O texto expressa a solidariedade a toda população que sofre com a intempérie, e que a situação “exige a soma de esforços e de iniciativas de todos: Governo, Igrejas, empresários, Sociedade Civil Organizada – para garantir às famílias a superação de tamanha adversidade”.

Também foram abordadas na coletiva questões referentes à Campanha da Evangelização, iniciada dia 25 de novembro, cujo objetivo é arrecadar fundos para as atividades da Igreja no Brasil. Com o slogan ‘Evangeli.Já’ – neologismo derivado da palavra evangelizar –, a iniciativa demonstra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo.

O Cardeal Raymundo Damasceno também afirmou que já teve início a preparação de um Texto Base para a Campanha da Fraternidade de 2014, que tem como tema "Fraternidade e Tráfico Humano". Na oportunidade, foi lançado um livro "Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo", pelo Setor Mobilidade Humana da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que servirá de subsídio para assuntos relacionados a tráfico de seres humanos e trabalho escravo.
(CM-cnbb)
Noite Cultural anima II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013


Rio de Janeiro (RV) - O erudito encontrou o samba. O lúdico, o histórico, a cultura e a fé também entraram na festa. Assim pode-se descrever as apresentações da noite Fé e Cultura - Encontro de Ritmos Brasileiros, na última terça-feira, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. O espetáculo integrou a programação do II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013, que acontece de 25 a 29 de novembro, no Hotel Guanabara.

Dois hinos abriram o show da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. O primeiro, o Hino Nacional Brasileiro, deu início ao espetáculo, seguido pelo Hino da JMJ Rio2013. O tom oficial do evento foi acompanhado pela Ave Maria, de Charles Gounod e Johann Sebastian Bach, ao som de um cavaquinho. A oração foi sucedida pela abertura da ópera O Guarani, de Antonio Carlos Gomes.

A apresentação avançou com Os Prelúdios, de Franz Liszt. De ponto, o show ganhou a voz da solista Marlui Miranda, que cantou o Pai Nosso em Tupi, a língua mais falada na costa brasileira no século XVI. O coral infantil da OSB entrou em cena para entoar O Trezinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar.

O espetáculo seguiu com o toque da cultura brasileira orquestrada, ao som de O Cio da Terra, Asa Branca e Garota de Ipanema. O ponto alto foia entrada da bateria da escola de samba Unidos da Tijuca, cantando Cidade Maravilhosa, com direito a mestre-sala e porta-bandeira. O encerramento ficou por conta das vozes de Olivia Ferreira e Guilherme, fechando com o Hino da JMJ Rio2013.
(CM-JMJ2013)


   


 
Reflexão sobre "Por que a Pobreza?"


  Cidade do Vaticano (RV) - Este dia 29 de novembro, proposto para uma reflexão sobre “Por que a Pobreza?” nos leva a um momento de oração com Deus, uma reflexão à luz de sua Palavra.
Tomemos como texto iluminativo uma reflexão de Pe. Pedro Arrupe, então Prepósito Geral da Companhia de Jesus, feita em 1976, no Congresso Eucarístico de Filadélfia. Disse Pe. Arrupe: “Se em alguma parte do mundo existe fome, nossa celebração eucarística está de alguma maneira incompleta. Na Eucaristia recebemos Cristo que tem fome no mundo. Ele vem ao nosso encontro junto com os pobres, os oprimidos, os famintos da terra, que através dele nos olham esperando ajuda, justiça, amor expresso em ações. Não podemos receber plenamente o pão da vida, se não damos ao mesmo tempo pão para a vida daqueles que se encontram em necessidade onde quer que estejam.”

Essa afirmação nos questiona sobre nossa fé, já que não seguimos Jesus Cristo em sua generosidade e convivemos de modo omisso com a pobreza e com todos os seus males como a fome, a doença, a falta de instrução, e outros tantos. Se vivêssemos a Eucaristia, a partilha da Vida, não aceitaríamos essa situação vergonhosa, consequência do descaso, da falta de fé daqueles que afirmam crer em Deus, em um Ser que criou todos os homens de um modo igual.
O Apóstolo São Tiago já nos alertava em sua carta, quando escreveu que se vermos um irmão passando necessidade e não o socorrermos, de nada adiantará nossa fé porque “a fé, se não tiver obras, está completamente morta”. Tg 2,14-17

A pobreza de nossos irmãos nos enche a todos de muita vergonha, principalmente a nós que somos batizados e possuímos bens em abundância. Como é possível que em nosso meio existam pessoas em estado de miséria? Se algumas delas praticam atos considerados crimes como roubar alimentos e até dinheiro para poderem dar de comer a seus filhos ou comprar medicamentos para eles, a culpa é nossa, de nossa omissão. Se elas sentirem ódio ao verem seus entes queridos passarem necessidades, enquanto outros esbanjam seus bens, tudo é consequência da injustiça em que vivem. Justiça, segundo o direito divino, é o ser humano ter tudo aquilo que precisa para viver dignamente.

Não podemos fazer vista grossa ao que vemos em países do chamado Terceiro Mundo e começamos a ver também na Europa, ou seja, pessoas remexerem latas de lixo em busca de comida.
Será que nossa fé está no Evangelho de Jesus, que prega partilha, fraternidade? Ele não estará na posse de bens? Isso colabora no aumento do número de ateus. Falamos que Deus é Pai, que é Amor, não somos capazes de tratar o próximo como irmão. Se nossa avidez sinaliza que nosso céu, nosso paraíso está neste mundo, com seus bens, quem irá acreditar em nosso anúncio de vida eterna?

O dia em que, de fato, vivermos em plenitude nossa fé, dificilmente haverá pobre entre nós, porque seremos levados a amar mais o irmão que nossos bens. Nossa fé será comprovada pelos nossos atos, ao mesmo tempo que nosso céu não será aqui, onde a traça e o ferrugem destroem tudo o que consolidamos, mas será a Casa do Pai e ouviremos: “Vem bendito de meu Pai pois você me socorreu quando atendia a um dos meus irmãos mais pequenos, por sua causa diminuiu o número de pobres no mundo. Vem!”(CAS)