A ESCOLA: construindo
e emancipando vozes
A escola é
uma realidade diversa. Nela encontramos muitos desafios e a partir deles
organizamos as urgências necessárias para ajudarmos na construção de um mundo
melhor. Estamos num tempo forte de reflexão onde percebemos a importância de
olharmos para aqueles considerados invisíveis da história. Uma parcela
significativa de nossos alunos são considerados invisíveis porque muitas vezes
faltam-lhes as verdadeiras condições para a sua emancipação. A verdadeira
emancipação não vem com esmola mas com o conhecimento que dá significado à
vida. Ela consegue cumprir o seu papel quando não educa para a subserviência
mas se tornar um cidadão dirigente capaz de sonhar com um mundo mais humanizado.
Quando ela faz tudo isso, é um indicador da presença de um projeto político
pedagógico emancipatório. A repercussão da escola na vida da comunidade precisa
ser significativa. Ao contrário conviveremos com índices negativos,
principalmente, nas esferas social e cultural. Faz sentido buscar a claridade
para a vida nas profundezas do conhecimento gerando dessa forma a identidade do
homem livre. Não temos tanto tempo, temos exatamente 200 dias letivos para
semear novas possibilidades de vida com mais dignidade. O que seria urgente na
escola? Será que pensamos nisso sempre?
Urgente é a
formação permanente que não dispensa ninguém no âmbito da escola. Somos todos
iguais nesse contexto. Que as vozes que se emancipam na escola sejam colocadas
a serviço da verdade e da justiça. É urgente criarmos estruturas de
participação colocando a pirâmide escolar no inverso. Somente assim os gestores
e professores conseguem descer junto a base, junto daqueles considerados
“invisíveis”, nunca vistos como possibilidades de mudança. Por outro lado, a
velocidade das informações são exigências que chegam em nosso território
provocando uma chamada em todos os agentes escolares. Não somos apenas
“aulistas” mas educadores da pós modernidade. Os educadores da pós modernidade
são chamados a se comprometerem com a formação do homem inteiro. Ele não é
apenas o cognitivo mas uma realidade afetiva, sensível, político. Este homem
formado na escola deve sair com desejos de transformação social. A escola
cumpre assim o seu papel social. Contudo, vale lembrar que o plano de
desenvolvimento da escola é uma ferramenta que sinaliza para esta emancipação
que enfatizamos. Não se trata de uma ideia brilhante, o plano fortalece a
escola porque preza pela formação de forma gradual e processual. Acreditamos
numa nova configuração da escola onde a mensagem e o mensageiro são
importantes.
Por fim,
podemos dizer que estamos dando passos importantes para a construção de uma
nova escola. Não somos observadores de um plano mas agentes formadores de
pessoas. Estamos na hora da recepção do
Plano de Desenvolvimento da Escola. Evidentemente nos fortaleceremos no
trabalho em equipe. Precisamos das palavras que formam o tripé que nos
encorajará: compromisso, esperança e realização.
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