sábado, 5 de outubro de 2013

"O espírito do mundo é a lepra e o câncer da Igreja e da sociedade", diz o Papa em Assis



Assis (RV) – A visita do Papa Francisco a Assis começou cedo, antes do horário previsto, com um encontro comovente com os doentes e as crianças com deficiência na igreja do Instituto Seráfico.

O Pontífice saudou todos os presentes, um a um, com palavras e gestos de carinho e afeto. A seguir, improvisou um discurso sobre as chagas de Jesus – chagas que precisam ser ouvidas e reconhecidas.

“Aqui, Jesus está escondido nesses jovens, nessas crianças, nessas pessoas. No altar, adoramos a Carne de Jesus. Neles, encontramos as chagas de Cristo – que precisam ser ouvidas talvez não tanto nos jornais, como notícias... Esta é uma escuta que dura um, dois, três dias. Devem ser ouvidas por aqueles que se dizem cristãos. O cristão adora e busca Jesus, e sabe reconhecer as suas chagas. A Carne de Jesus são as suas chagas nessas pessoas.”

O Instituto foi fundado em 1871 pelo frade franciscano Beato Ludovico de Casória. Hoje, é um ponto de referência nacional para a reabilitação de pessoas com graves deficiências físicas e mentais.

Da igreja do Instituto Seráfico, Francisco rezou no Santuário de S. Damião, onde foi acolhido pelo Ministro-geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores, Fr. Michael Perry, e pela comunidade do Convento.

A sede episcopal foi a etapa sucessiva, onde se realizou uma visita histórica – a primeira de um Pontífice em 800 anos. No Bispado, se encontra a Sala da Espoliação, onde São Francisco renunciou aos bens paternos para consagrar-se a Deus. Nesta Sala, o Papa se encontrou com um grupo de pessoas assistidas pelas oito Caritas diocesanas.

E foi sobre este termo, espoliação, que Francisco deixou de lado seu discurso escrito, para falar aos pobres, entre os quais muitos estrangeiros.

“Esta é uma boa ocasião para fazer um convite à Igreja para se espoliar”, disse o Papa, recordando que todos somos Igreja, não só os sacerdotes e as freiras, e todos devemos ir pela estrada de Jesus, pela estrada de espoliação que ele mesmo percorreu. “Se quisermos ser cristãos, não há outro caminho. Sem a cruz, sem Jesus, sem espoliação, seremos cristãos de ‘confeitaria’”, ou seja, belos, mas não verdadeiros.

Francisco advertiu que a Igreja deve se espoliar hoje de um grave perigo, representado pelo mundano. “O cristão não pode conviver com o espírito do mundo, que nos leva à vaidade, à prepotência, ao orgulho. Isso é um ídolo, não é Deus. A idolatria é o pecado mais grave. É muito triste encontrar um cristão mundano, certo da segurança que o mundo lhe dá.” Deus é único, recordou o Pontífice, e o espírito do mundo não tem lugar na vida cristã.

“Muitos de vocês foram espoliados deste mundo selvagem, que não dá emprego, que não ajuda, ao qual não importa se existem crianças que morrem de fome no mundo, não importa se muitas famílias não têm o que comer, não têm a dignidade de levar o pão para casa, se tantas pessoas têm que fugir da escravidão, da fome e fugir em busca de liberdade. E quanta dor quando vemos que encontram a morte, como aconteceu ontem em Lampedusa. Hoje, é um dia de lágrimas. É o espírito do mundo que faz essas coisas”, explicou o Papa, que usou palavras fortes para quem se deixar levar por este espírito:

“É realmente ridículo que um cristão verdadeiro, que um padre, um freira, um bispo, um cardeal, um papa, queiram percorrer esta estrada do mundano, que é uma atitude homicida. O mundano mata, mata a alma, as pessoas, mata a Igreja. Hoje, aqui, peçamos a graça para todos os cristãos de que o Senhor nos dê a coragem de nos espoliar do espírito do mundo, que é a lepra e o câncer da sociedade, é o câncer da revelação de Deus. O espírito do mundo é o inimigo de Jesus.”

FONTE: Rádio Vaticano

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Passe livre é aprovado em primeira votação em Natal

Passe livre

O projeto de lei do Passe Livre (nº 98/2013), que institui a gratuidade para todos os estudantes no 
transporte de Natal, foi aprovado! O projeto é da vereadora Amanda Gurgel (PSTU), com os 
vereadores do PSOL, Marcos e Sandro. Na quarta-feira (dia 2), vencemos a primeira votação. 
No próximo dia 8, terça, às 14 horas, ele será votado em segunda discussão. 
Vamos vencer mais essa. É preciso lotar de novo a Câmara Municipal! 
 

Qual é o papel do cristão no terceiro mundo?

O Cristão no Terceiro Mundo
A expressão terceiro mundo designa o mundo ignorado, explorado e desprezado pelos que se dizem potências. É mundo visto de um ângulo capitalista como um produto a ser explorado. Essa expressão, terceiro mundo, foi usada pela primeira vez pelo demógrafo francês Alfred Sauvy (1952) num artigo intitulado: “Três mundos, um planeta”. Aqui estamos no terceiro mundo, o mundo que abrange os mais pobres. Quem são os mais pobres? Os moradores de rua, os que vivem de salário de fome, desempregados, subempregados. Todos que estão submetidos pelo modelo econômico a viverem de migalhas.
O papel do cristão nesse mundo é denunciar os responsáveis pela miséria criada no mundo com terras agricultáveis e produção de alimentos em abundância. O grande pecado social está aí, a fome e o empobrecimento são criação do modo de produção que acumula riquezas nas mãos de poucos e permite que a maioria viva sem nenhuma chance de vida digna. Podemos lembrar aqui de Dom Hélder Câmara que foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz em 1972. O que levou este homem a ser lembrado no mundo? A sua luta em defesa dos pobres, o profetismo imbuído em sua vida era o selo de Cristo, a marca indelével de todo cristão autêntico. O cristão que assume o seu profetismo não terá vida fácil. Será perseguido, caluniado por causa da Palavra de Deus. O cristão do século XXI sofre por dois motivos: o discurso e a prática. Tudo isso porque o discurso profético não agrada quem ignora a justiça, a verdade e a paz. O discurso profético não combina com o discurso da sociedade. A prática do cristão também incomoda porque ela é construída pelo discurso e vice-versa.
O cristão não se confunde com o político mas ele tem posições políticas que exige um posicionamento coerente com a verdade. O que mantém a autenticidade do cristão é o Evangelho. Por isso ele não se corrompe. O cristão não se corrompe, outra coisa sim.
(Carlos: catequista / Movimento Fé e Luz)

SER CRISTÃO NA AMÉRICA LATINA


SER CRISTÃO NA AMÉRICA LATINA

Temos um Papa da América Latina que por suas atitudes tem mostrado ao mundo a ternura de Deus. O Papa Francisco abre um sorriso no rosto dos mais pobres e oprimidos. Através do Papa Francisco Deus nos mostra que é possível sair do cativeiro e participar de um mundo novo. Jesus Cristo é o libertador, sempre libertador. Não é possível ser cristão sem ser libertador em terras de terceiro mundo. Ser cristão na perspectiva dos pobres é atualizar a vocação de Jesus Cristo. Isso exige conversão por parte de todos. Pois, uma Igreja com o rosto de Cristo é uma Igreja opção pelos pobres. Tudo isso porque Jesus fez primeiro essa santa opção pelos pobres e contra a pobreza e miséria produzida pela iniquidade do mundo.

A marginalização dos pobres é estrutural, é resultado dos esquemas sociais para manter a desigualdade e privilégios dos poderosos. Cristão indignado é coisa normal nesse mundo porque o mesmo não despreza seus irmãos, ele realiza o encontro pessoal com Cristo no mais pobre. Então, não se conforma com a exclusão de tantas famílias. A verdadeira militância cristã não dispensa os pobres porque eles necessitam de libertação. Contudo, a prática cristã denuncia as relações de opressão entre os homens. É importante salientar que o agir cristão incide nas mudanças sociais, nos modelos de sociedade que degenera o ser humano e destrói a sua dignidade, causando a transformação. O discurso do CRISTÃO vai de encontro ao projeto hegemônico e burguês. O projeto burguês de sociedade coloca o mais pobre na desgraça transforma-o em objeto e mercadoria. Contra essa mentalidade, o cristão responde com a autêntica palavra de Deus que diz: “Eu ouvi o clamor do povo e desci para libertá-lo”. Ao cristão é dado a missão de evangelizar.

Não existe o Evangelho sem a presença do pobre, sem a opção de Jesus pelos mais pobres. Jesus tinha visibilidade, principalmente, entre os mais pobres. O lugar social de Jesus era entre os pobres. Para fazer a experiência de cristão, se faz entre os mais pobres. Como diz o Papa Francisco, tem que ir para a periferia. Lá se encontram os mais necessitados, os excluídos e afastados da sociedade. É importante saber que Jesus  tinha poucos amigos ricos, eram amigos que entenderam a mensagem de Jesus. Pois, aqueles que não entendem fazem como o jovem rico que foi embora, não quis ouvir Jesus quando ele disse: “pegue seus bens venda e distribua com os pobres”.

Vivemos numa sociedade desumanizada onde o pobre é explorado. Esta sociedade é criada pela burguesia. Nela a ordem econômica e política marginaliza a maioria da população. Essa ordem econômica e política mudará quando os empobrecidos se tornarem sujeitos de sua libertação. “Os setores sociais explorados, as raças desprezadas, as culturas marginalizadas são o sujeito histórico de uma nova compreensão da fé” (G. Gutiérrez). Espera-se que um dia a mudança de mentalidade do clero e do laicato aconteça em função da ação missionária que fortaleça os setores explorados da sociedade a partir da compreensão da fé. Assim, continuamos guiados pelo Evangelho de Jesus Cristo. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

30 ANOS DA PASTORAL DA CRIANÇA

Data de publicação: 17/09/2013
Por Fernando Geronazzo


Criada em 1983, pelo empenho da médica sanitarista Zilda Arns Neumann e do então arcebispo de Londrina (PR) e hoje cardeal arcebispo emérito de Salvador (BA), dom Geraldo Majella Agnelo, na cidade de Florestópolis (PR), a Pastoral da Criança é reconhecida como uma das mais importantes organizações do mundo a trabalhar em programas voltados ao desenvolvimento integral das crianças desde o ventre materno até os seis anos de idade. Além de ampla presença no Brasil. Ao comemorar 30 anos, a Pastoral da Criança está presente em 21 países. 

O Atual coordenador nacional adjunto e coordenador internacional da Pastoral da Criança, o médico Nelson Arns Neumann, afirma que ao completar três décadas a Pastoral tem muito a comemorar. “Nosso país, de fato, mudou. A Pastoral da Criança nasceu com a motivação muito forte de combater a mortalidade infantil a desnutrição e isso de fato diminuiu muito nesse período”, afirma. 

O médico reconhece que houve uma grande mudança no jeito de o Brasil ver a saúde. “Quando a Pastoral da Criança foi criada, o acesso aos serviços de saúde era apenas para quem podia pagar, para os previdenciários do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), que tinham acesso ao serviço de saúde gratuito, e aqueles que eram atendidos pelas santas casas, os chamados ‘indigentes’. Apenas depois da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) que começa a existir a compreensão de que todos têm direito à saúde”, conta. 

Nelson Arns também ressalta que a Pastoral da Criança mostrou que a saúde depende muito da família e dos cuidados que a criança recebe em casa. “Tínhamos uma organização do serviço de saúde totalmente baseado em hospitais, ambulatórios e médicos e, de repente, vem a Pastoral da Criança e prova que a medicina comunitária e a prevenção são capazes de fazer muito e em algumas vezes até mais do que o próprio sistema de saúde. Não existe sistema de saúde que substitua o papel da mãe e os cuidados que ela dá para seus filhos”.


Receitas simples – A Pastoral da Criança se destacou no país ao popularizar fórmulas simples e eficazes de se combater a desnutrição e a mortalidade infantil. A mais famosa dela é a multimistura, servida como complemento ou suplemento alimentar, geralmente composta por farelos, sementes, pó de folhas e cascas de ovos, aproveitando os alimentos regionais disponíveis. Os agentes da pastoral ensinam as mães a preparar este complemento em sua própria casa. 

Outra medida simples e que causou um impacto positivo na saúde das crianças é o soro caseiro, eficaz no combate à diarreia. “Quando me formei em medicina, há 25 anos, das 14 vagas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Curitiba (PR), 10 eram destinadas a crianças com desidratação. Hoje não há mais esses casos, porque a mãe aprendeu a lidar com esse problema por meio do soro”, conta Nelson. 

Outra campanha simples foi a do “Dormir de barriga para cima é mais seguro”, que orientava as mães quanto à posição mais indicada para as crianças dormirem. “Uma atitude simples como esta pode evitar até três mil mortes por ano no Brasil. Mas ainda de cada cinco mães, quatro colocam na posição errada”, alerta Nelson Arns.

A longo prazo – A metodologia utilizada pela Pastoral da Criança para resolver problemas imediatos como a desnutrição e mortalidade infantil também servem para conduzir a saúde durante toda a vida de uma pessoa, para que tenha não só uma primeira infância, mas também uma velhice saudável. Por isso, os agentes da pastoral ajudam as mães a prestarem a atenção no que eles chamam de primeiros mil dias da criança, da concepção até completar 2 anos de idade. 

“Neste período, a maneira que a criança se desenvolve na barriga da mãe e nos dois primeiros anos vão determinar se essa criança vai ser um idoso frágil ou não. Porque hipertensão, diabetes, obesidade, osteoporose, problemas cardíacos e renais já estão presentes na maneira como a criança cresceu no útero e na forma que ela foi alimentada nos primeiros dois anos de vida a ponto de prever que uma criança que nasce com baixo peso vai ser um adulto que terá o dobro de chances de usar remédios para controlar a pressão arterial”, salienta o coordenador nacional.

Fonte: Revista Família Cristã

Evangelho 03/10/2013 - Bvs. André de Soveral, Ambrósio e Companheiros Mártires


Evangelho (Lc 10,1-12)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir.
2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa.
8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’.
10Mas, quando entrardes nu­ma cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11‘Até a poeira de vossa cidade que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!’ 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor. 

Encontro Nacional

Por Jaime C. Patias   
01 / Out / 2013 22:56
Iniciou na noite desta segunda-feira, dia 30 de setembro, no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília (DF), o 4º Encontro Nacional sobre a Missão Continental. Promovido pela Comissão Episcopal para a Missão Continental da CNBB e o CCM, o estudo tem como tema “Nova Evangelização e a missão na cidade” e visa refletir sobre a proposta pastoral da Igreja para o mundo urbano. Além disso, pretende contribuir para colocar a Igreja em estado permanente de missão e buscar caminhos para uma "conversão pastoral".
Participam do Encontro 40 pessoas entre lideranças leigas, seminaristas, religiosas, presbíteros e bispos de diversas dioceses do Brasil.
Na abertura dos trabalhos, dom Adriano Vasino Ciocca, bispo de São Félix do Araguaia (MT) e presidente da Comissão para a Missão Continental expôs a importância do estudo. “Na realidade urbana precisamos encontrar meios concretos na dimensão missionária para sairmos dos nossos centros e irmos às periferias ou nós estaremos completamente deslocados. Este Encontro vai nos ajudar a encontrar novas pistas de ação e sobre tudo, reforçar o ânimo missionário para nos despojarmos de um bocado de coisas. Temos experiências de compromisso na realidade urbana e será interessante socializar para encontrar algo novo. É preciso que nos debrucemos sobre essa realidade sem fugir de um confronto que seja sério”, destacou o bispo.
A Comissão para a Missão Continental da CNBB vem promovendo essas reflexões desde 2010 quando aconteceu a Semana brasileira sobre a Missão Continental. Em 2011, o estudo se concentrou nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e no ano passado na Paróquia Missionária.
Ao falar sobre a Missão permanente e a paróquia no mundo urbano, padre Leomar Antônio Brustolin, coordenador doprograma de pós-graduação em Teologia na PUC - RS, primeiramente fez uma distinção entre cidade e cultura urbana. Em seguida, apresentou os impactos que a cultura urbana tem sobre a paróquia para então identificar possibilidades e desafios. “Trabalhamos a conversão pastoral para a missão e os desafios a serem enfrentados. Mais do que fazer coisas, precisamos de uma mudança de mentalidade em sintonia com o Documento de Aparecida”. O assessor discutiu ainda como tornar a paróquia missionária no contexto urbano, “sempre em diálogo com a realidade dando especial atenção às pessoas e suas relações”.
Segundo o assessor da Comissão, padre Sidnei M. Dornelas, um dos grandes desafios é a missão nas cidades, por isso a importância dessa temática. “A ideia é ver o que a Nova Evangelização tem a ver com a Missão Continental e a evangelização no contexto urbano. Isso, através da paróquia que é tema central hoje para toda a Igreja no Brasil conforme tratado na última Assembleia Geral da CNBB e que virou Documento de Estudo (n. 104)”, destaca.
O curso discutirá ainda, Nova Evangelização e a missão na cidade, e apresentação de experiências de Missão intergentes ad gentes no mundo urbano. Esses temas serão trabalhados com a assessoria de dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e padre Paulo Parise, missionário carlista. O curso se estende até sexta-feira, dia 4.(Fonte: Pontifícias Obras Missionárias)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Informativo

São José de Mipibu

INFORMATIVO 1
ASSEMBLEIA PROVINCIAL
Aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de setembro a 2ª Assembleia Provincial do Movimento Fé e Luz em Aracaju-SE. O tema da assembleia foi “Chamados a dar frutos”. Do Rio Grande do Norte participaram da assembleia: Carlos, Cristina, Milton e Narcisa.
PROVÍNCIA RENASCER TEM NOVO COORDENADOR
Foi eleito o novo coordenador da Província Renascer que abrange os estados da Bahia, Sergipe, Maceió e Rio Grande do Norte. O eleito foi Denisson que pertence ao estado de Sergipe e terá o apoio de toda a província. Que Deus o ilumine nessa caminhada.

O QUE É FÉ E LUZ
O Movimento Fé e Luz é uma comunidade de encontro que se reúne entre quinze e quarenta pessoas: crianças, adolescentes ou adultos com uma deficiência intelectual, suas famílias e amigos. Reúnem-se uma vez por mês, para um encontro de amizade e partilha, de festa, de celebração e oração. Se quiser participar entre em contato conosco.
Responsável pelo informativo: Carlos


Mês das missões

Pontifícias Obras Missionárias
Mês das Missões: mensagem do diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti

30 / Set / 2013 23:10

“A fé é um dom que deve ser partilhado. Para que isso aconteça, precisamos sair do nosso recinto, ir ao encontro dos outros, ir às periferias e testemunhar Cristo”. É o que afirma o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Camilo Pauletti, em mensagem divulgada por ocasião da abertura do Mês das Missões. A Campanha Missionária realizada no mês de outubro deste ano tem como tema “Juventude em Missão”, e lema: “A quem te enviar, irás” (Jr 1,7b). Confira a íntegra da mensagem:

Igreja missionária

No caminho da vida, há tempo para tudo. No caminho da Igreja, não pode faltar o espírito missionário. Estamos vivendo mais um Mês Missionário e assim, somos chamados a reavivar em nós, em nossas comunidades e em toda a Igreja, o espírito de Jesus que nos envia: “Ide, pois, fazei discípulos todas as nações” (Mt. 28,19). “O impulso missionário é um claro sinal da maturidade de uma comunidade eclesial” (Verbum Domine).

A fé é um dom que deve ser partilhado. Para que isso aconteça, precisamos sair do nosso recinto, ir ao encontro dos outros, ir às periferias e testemunhar Cristo. As fronteiras da fé ultrapassam lugares geográficos e, como nos lembra o Papa Francisco, estão nos corações de cada homem e de cada mulher. Cada pessoa, cada grupo ou comunidade é convidada a viver o mandato que Jesus confia aos Apóstolos: serem suas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e até os extremos da terra. (cf At.1,8). Se esta dimensão missionária não for assumida em nossa vida cristã e em nossa Igreja, estamos longe do Evangelho. Há dificuldades e obstáculos, porém, busquemos anunciar a mensagem de Cristo a todos, com coragem, fervor, alegria e esperança.

A violência, a mentira, a prosperidade e o bem estar são propostos por bom número de pregadores que usam o Evangelho e tiram proveito pra si. Este não é o nosso caminho. O missionário não pode ser o centro. Ele é enviado em missão em nome da Igreja e da comunidade. Não estará sozinho, pois é animado e guiado pelo Espírito Santo. É uma riqueza, um ganho, um bem grande quando uma Igreja particular, uma comunidade e mesmo uma família doa e envia alguns de seus membros para a missão. Somos valorizados diante do Senhor, pela nossa doação, gratuidade, generosidade e partilha do que temos e somos.

O Papa, na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, convida bispos, padres, famílias religiosas, comunidades e todas as organizações cristãs a apoiarem a missão ad gentes. Precisa ajudar a quem tem mais necessidades. “É importante que as Igrejas mais ricas em vocações e recursos econômicos ajudem com generosidade aquelas que sofrem por sua escassez”.

Temos acompanhado a alegria dos nossos missionários em terras de missão. Muitos vivem com pouco, outros sofrem com doenças, ameaças e perseguições. Alguns têm entregado a própria vida. Não podemos ficar de braços cruzados, há muito ainda para fazer. A solidariedade e o apoio com nossas orações e com nossa oferta fazem diferença.

A Campanha Missionária 2013 tem como tema: “Juventude em missão”, e o lema: “A quem te enviar, irás” (Jr 1,7b). Os jovens são protagonistas e, com eles, todos somos chamados e enviados em missão. O mês de outubro é tempo oportuno para animar e aprofundar nossa consciência missionária. Cada batizado, cada comunidade deve se perguntar: o que está fazendo em prol das missões? O que tem ajudado e favorecido para a difusão do Evangelho no mundo? Como tem sido nosso testemunho missionário?

O espírito missionário se cultiva e se alimenta com sensibilização, oração e ações concretas. Contribuição, partilha e doação devem fazer parte do nosso dia a dia. Recebemos tanto, então, como não se colocar à disposição para servir onde há necessidades?

Participemos da Novena Missionária, valorizemos o testemunho dos nossos missionários e missionárias. Manifestemos nossa oração e nosso gesto concreto de compromisso com a missão através da coleta.

O ser humano se realiza e vive a alegria da vida quando se aproxima dos irmãos e, com eles, cria comunhão. O que motiva e desperta o chamado missionário é o testemunho e o exemplo de vida.

Pe. Camilo Pauletti, diretor nacional das POM.



Fonte: Pontifícias Obras Missionárias

De 30/09 a 04/10: Tema - Nova Evangelização e missão na cidade: por uma Igreja em estado permanente de missão no mundo urbano — 4º Encontro Nacional sobre a Missão Continental - CCM Brasília

O Padre Matias está presente nesse encontro de formação

De 30/09 a 04/10: Tema - Nova Evangelização e missão na cidade: por uma Igreja em estado permanente de missão no mundo urbano — 4º Encontro Nacional sobre a Missão Continental - CCM Brasília

O princípio fundamental da paz

O princípio fundamental da paz 


O princípio fundamental da paz é a crença de que cada pessoa é importante. Embora você não pode falar, mas não pode andar, mas você foi abandonado, tem um presente para dar para outro. Você acha que é importante? Você acha que, todos nós, podemos fazer algo para tornar este mundo um lugar melhor? Por que é cada vez mais crescente fosso entre ricos e pobres, entre aqueles com o poder e os que não? Só pode haver paz se nos tornarmos conscientes da origem deste aumento crescente.
 
                                                                                               "Escritos essenciais de Jean Vanier"

Feijões ou problemas?

Feijões ou Problemas? 
Escrito por Autor Desconhecido 
Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus 11.29-30).

Diz a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor.
Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo.
Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.
Dia e hora marcados, começa a prova.
Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar.
No meio da subida, parou e tirou os sapatos.
As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor.
Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.
Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha para ouvir do monge o óbvio anúncio.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta.
Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina.
APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES!
QUEM QUER CONSEGUE UM MEIO, QUEM NÃO QUER CONSEGUE UMA DESCULPA OU UM CULPADO!

Autor Desconhecido

domingo, 29 de setembro de 2013

FÉ E RAZÃO

O blog agora tem novo nome: Fé e Razão. Para introduzir o motivo apresentaremos as palavras do beato João Paulo II: A Fé e a Razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.

Treino e disciplina faz parte da vida

Hoje relembrei meus tempos em que dominava a bola e colocava onde eu queria. Para ser um bom atleta é necessário treino e disciplina. A prática nos equilibra diante das dificuldades.
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Campanha Missionária 2013 refletirá sobre o tema “Juventude em Missão”


No ano em que a Igreja no Brasil dá destaque especial para a evangelização da juventude, a Campanha Missionária, que acontece no mês de outubro, também enfatiza o dinamismo dos jovens. Com o lema “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), a Campanha foi apresentada em coletiva de imprensa, na última quarta-feira, 18, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília (DF).

“A Igreja é por sua natureza missionária. E esta campanha deseja recordar essa dimensão”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi. “Pelo batismo e pela Crisma, somos ungidos para levar o Evangelho, levar a missão de Jesus. Essa Campanha quer nos comprometer, de uma maneira concreta, no apoio aos missionários além fronteiras”, completa.

Tal apoio se efetiva por meio da coleta, que será realizada em todas as comunidades no Dia Mundial das Missões, este ano em 20 de outubro. “Estes recursos são importantes: uma pequena parte fica para a organização da Campanha e a manutenção das POM, e a maior parte é enviada para o Fundo Mundial de Solidariedade, em Roma, que financia projetos de ajuda a missões em todo mundo, especialmente na Ásia e na África. São projetos como sustento de dioceses, manutenção de seminários, obras sociais e assistência aos missionários”, explica padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM.

A organização da Campanha no Brasil é de responsabilidade das POM, em parceria com duas Comissões Episcopais da CNBB: a de Ação Missionária e a da Amazônia. Os subsídios foram enviados para as comunidades de todo o país: 190 mil livretos da novena missionária; 22 mil DVD’s com testemunhos; 8 milhões de folhetos com orações para as missas dominicais; 11 milhões de envelopes para a coleta.

“Que todos procurem estes subsídios que já estão nas dioceses e que sejam utilizados da melhor maneira possível”, explica dom Sérgio. Ele também destacou o papel dos Conselhos Missionários Diocesanos e Paroquiais na motivação da Campanha. Todo o material está disponível também no site das POM, e pode ser baixado gratuitamente.

Fonte:  CNBB

Com o Papa Francisco: o Terceiro Mundo entrou no Vaticano


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Com o Papa Francisco: o Terceiro Mundo entrou no Vaticano

29/09/2013
 São notórias as muitas inovações que o Papa Francisco, bispo de Roma como gosta de ser chamado, introduziu nos hábitos papais e no estilo de presidir a Igreja na ternura, na compreensão, no diálogo e na compaixão.

Não são poucos os que ficam perplexos, pois estavam habituados ao estilo clássico  dos papas, esquecidos de que este estilo é herdado dos imperadores romanos pagãos, desde o nome de “papa” até o manto sobre os ombros (mozetta), todo adornado, símbolo do absoluto poder imperial, prontamente rejeitado por Francisco.

Vale lembrar sempre de novo que o atual Papa vem de fora, da periferia da Igreja central européia. Vem de outra experiência ecclesial, com novos costumes e outra forma de sentir o mundo com suas contradições. Ele conscientemente o expressou em sua longa entrevista à revista dos jesuitas Civiltà Catolica: “As Igrejas jovens desenvolvem uma síntese de fé, cultura e vida em devir, e, portanto, diferente da desenvolvida pelas Igrejas mais antigas” Estas não são marcadas pelo devir mas pela estabilidade e custa-lhes incorporar elementos novos provindos da cultura moderna secular e democrática.

Aqui o Papa Francisco enfatiza a diferença. Tem consciênica de que  vem de outra maneira de ser Igreja, madurada no Terceiro Mundo. Este se caracteriza pelas profundas injustiças sociais, pelo número absurdo  de favelas que circundam quase todas as cidades, pelas culturas originárias sempre desprezadas e pela herança da escravidão dos afrodescendentes, submetidos a grandes discriminações. A Igreja entendeu que além de sua missão específicamente religiosa, não pode negar-se a uma missão social urgente: estar do lado dos fracos e oprimidos e empenhar-se por sua libertação. Nos vários encontros continentais dos bispos latinoamericanos e caribenhos (Celam) amadureceu a opção preferencial pelos pobres  contra sua pobreza e a evangelização libertadora.

O Papa Francisco vem deste caldo cultural e eclesial. Aqui tais opções com suas reflexões teológicas, com as formas de viver a fé em redes de comunidades e com celebrações que incoporam o estilo popular de rezar a Deus, são coisas evidentes. Mas não o são para os cristãos da velha cristandade européia, carregada de tradições, teologias, catedrais e um sentimento do mundo impregnado pelo estilo greco-romano-germânico de articular a mensagem cristã. Por vir de uma Igreja que deu centralidade aos pobres, visitou primeiramente os refugiados na ilha de Lampedusa, depois em Roma no centro dos jesuitas e em seguida os desempregados da Córsega. Isso é natural nele mas é quase um “escandalo” para os curiais e inédito para os demais cristãos europeus. A opção pelos pobres, reafirmada pelos últimos papas, era só retórica e conceptual. Não havia o encontro com o pobre real e sofredor. Com Francisco se dá exatamente o contrario: o anúncio é prática afetiva e efetiva.

Talvez estas palavras de Francisco esclareçam seu modo de viver e de ver a missão da Igreja:“Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha após uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem colesterol e glicose altos! É preciso curar as feridas. Depois se poderá falar de todo o restante”.“A Igreja” – prossegue – “por vezes se fechou em pequenas coisas, pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio: ‘Jesus o salvou!’. Portanto, os ministros da Igreja, em primeiro lugar, devem ser ministros de misericórdia e as reformas organizativas e estruturais são secundárias, ou seja, vêm depois porque a primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser pessoas capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar com elas na noite, de saber dialogar e também entrar na noite delas, na escuridão delas sem perder-se. O povo de Deus” – conclui – “quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado”. No Brasil, falando aos bispos latinoamericanos cobrou-lhes fazer a “revolução da ternura”.

Portanto, a centralidade não é ocupada pela doutrina e pela disciplina, tão dominantes nos últimos tempos, mas pela mensagem de Jesus e pela pessoa humana concreta com buscas e indagações seja ela crente ou não, como o mostrou em diálogo com o não crente e  ex-editor do diário romano La Reppubblica, Eugênio Scalfari. São novos ares que sopram das novas igrejas periféricas que arejam toda a Igreja. A primavera de fato está chegando e promissora.
(Fonte: Leonardo Boff)