sexta-feira, 15 de abril de 2016

A ESCOLA: construindo e emancipando vozes

A ESCOLA: construindo e emancipando vozes
A escola é uma realidade diversa. Nela encontramos muitos desafios e a partir deles organizamos as urgências necessárias para ajudarmos na construção de um mundo melhor. Estamos num tempo forte de reflexão onde percebemos a importância de olharmos para aqueles considerados invisíveis da história. Uma parcela significativa de nossos alunos são considerados invisíveis porque muitas vezes faltam-lhes as verdadeiras condições para a sua emancipação. A verdadeira emancipação não vem com esmola mas com o conhecimento que dá significado à vida. Ela consegue cumprir o seu papel quando não educa para a subserviência mas se tornar um cidadão dirigente capaz de sonhar com um mundo mais humanizado. Quando ela faz tudo isso, é um indicador da presença de um projeto político pedagógico emancipatório. A repercussão da escola na vida da comunidade precisa ser significativa. Ao contrário conviveremos com índices negativos, principalmente, nas esferas social e cultural. Faz sentido buscar a claridade para a vida nas profundezas do conhecimento gerando dessa forma a identidade do homem livre. Não temos tanto tempo, temos exatamente 200 dias letivos para semear novas possibilidades de vida com mais dignidade. O que seria urgente na escola? Será que pensamos nisso sempre?
Urgente é a formação permanente que não dispensa ninguém no âmbito da escola. Somos todos iguais nesse contexto. Que as vozes que se emancipam na escola sejam colocadas a serviço da verdade e da justiça. É urgente criarmos estruturas de participação colocando a pirâmide escolar no inverso. Somente assim os gestores e professores conseguem descer junto a base, junto daqueles considerados “invisíveis”, nunca vistos como possibilidades de mudança. Por outro lado, a velocidade das informações são exigências que chegam em nosso território provocando uma chamada em todos os agentes escolares. Não somos apenas “aulistas” mas educadores da pós modernidade. Os educadores da pós modernidade são chamados a se comprometerem com a formação do homem inteiro. Ele não é apenas o cognitivo mas uma realidade afetiva, sensível, político. Este homem formado na escola deve sair com desejos de transformação social. A escola cumpre assim o seu papel social. Contudo, vale lembrar que o plano de desenvolvimento da escola é uma ferramenta que sinaliza para esta emancipação que enfatizamos. Não se trata de uma ideia brilhante, o plano fortalece a escola porque preza pela formação de forma gradual e processual. Acreditamos numa nova configuração da escola onde a mensagem e o mensageiro são importantes.
Por fim, podemos dizer que estamos dando passos importantes para a construção de uma nova escola. Não somos observadores de um plano mas agentes formadores de pessoas. Estamos na hora da recepção do Plano de Desenvolvimento da Escola. Evidentemente nos fortaleceremos no trabalho em equipe. Precisamos das palavras que formam o tripé que nos encorajará: compromisso, esperança e realização.

CARLOS ALBERTO: DIRETOR PEDAGÓGICO