Home > Igreja > 07/10/2012 12:49:43
João de Ávila mestre de evangelização
Cidade do Vaticano (RV) -
São João de Ávila (1499 ou 1500-1569), que Bento XVI proclamou Doutor
da Igreja, neste domingo 7 de outubro, o Cardeal Antonio María Rouco
Varela, Arcebispo de Madrid, traça um perfil não só biográfico para o
jornal L’Osservatore Romana. O chamado mestre dedicou a sua vida à
oração e ao estudo, a pregar a pequenos e grandes, clérigos e leigos,
tornando a Palavra de Deus compreensível aos sábios e aos ignorantes.
Deixou
uma série de tratados de espiritualidade, sermões, conversações e
cartas naquele castelhano «de ouro» delicioso que harmoniza o falar bem
com a solidez, a graça e a densidade do seu conteúdo. Entre as obras
mais célebres o Tratado do Amor de Deus, o Tratado sobre o sacerdócio, o
Catecismo ou Doutrina cristã, os Comentários à Carta aos Gálatas ou à
Primeira Carta de João e, sobretudo, o famoso Audi, filia, fruto da sua
experiência como guia espiritual de uma jovem.
Em todas estas
obras pode-se apreciar a sua metodologia rigorosa nos conteúdos e nas
citações bíblicas, patrísticas e conciliares, ao lado de um raciocínio
metódico e coerente e de um estilo cheios de comparações pedagógicas,
expresso no seu castelhano sóbrio, bonito e claro. Observam-se também
uma grande capacidade pedagógica, uma habilidade particular a considerar
o destinatário dos seus sermões ou dos seus escritos e uma criatividade
considerável na escolha dos instrumentos adequados à mensagem que
desejava transmitir.
Por exemplo, escreveu um catecismo em
versos que podia ser cantado, de maneira que as crianças o aprendessem
facilmente e com prazer e, ouvindo as crianças, também os adultos o
aprendessem. Como verdadeiro humanista e bom conhecedor da realidade, a
sua teologia estava próxima da vida e respondia às questões da época,
fazendo-o de modo didático e compreensível. (SP- Antonio María Rouco
Varela, Arcebispo de Madrid, Presidente da Conferência Episcopal
espanhola)
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