sexta-feira, 7 de dezembro de 2012



  



Presidente da Caritas Internacional visita Goma e respalda apelo do Papa



Cidade do Vaticano (RV) – Permanece dramática a situação humanitária em Kivu, no leste da República Democrática do Congo. Em Campala, Uganda, se aguarda o início das negociações entre o governo congolês e os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), nas próximas horas.

Em Goma, depois da saída dos rebeldes, continuam a se verificar violências e saques. O Papa, na última Audiência Geral, lançou um apelo pela paz e para levar solidariedade concreta aos milhares de civis obrigados a abandonar suas casas. A Caritas Internacional está coordenado as ajudas da Igreja, como confirma o Presidente do organismo, Card. Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Card. Maradiaga:- Parece-me que as palavras do Papa sejam realmente muito importantes, porque é a única autoridade moral que tem a possibilidade de chegar a todos os homens de boa vontade. Este apelo do Santo Padre deve ser levado em consideração, porque não é mais possível assistir a uma nova guerra por razões que poderiam ser evitadas: uma das razões principais é o interesse pelos minérios preciosos, que são estratégicos e estão na base da guerra desencadeada pelo movimento guerrilheiro. Não existem, portanto, razões ideológicas. Uno-me ao apelo do Santo Padre, para que todo o mundo católico se mobilize, especialmente com uma cadeia de oração, para que o Espírito Santo possa transformar os corações.

Também os Bispos da República Democrática do Congo divulgaram uma longa mensagem em que descrevem a dramática situação do país.

Numa sessão extraordinária realizada de 3 a 5 de dezembro, em Kinshasa, o Comitê Permanente da Conferência Episcopal discutiu as violências perpetradas pelos rebeldes do movimento M23. Mais uma vez, os bispos denunciam a degradação dos direitos humanos e manifestam sua desaprovação ao governo nacional, que não responde às expectativas da população.
(BF)

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