quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Evangelho (Mc 1,29-39)

Hoje vemos claramente como Jesus dividia a jornada. Por um lado, dedicava-se à oração e, por outro, à missão de predicar com palavras e com obras. Contemplação e ação. Oração e trabalho. Estar com Deus e estar com os homens.

De fato, vemos Jesus entregado em Corpo e alma em sua tarefa de Messias e Salvador: cura aos doentes, como à sogra de São Pedro e muitos outros, consola os que estão tristes, expulsa demônios, predica. Todos levam-lhe seus doentes e endemoniados. Todos querem escutá-lo: «Todos te procuram» (Mc 1,37),dizem os discípulos. Seguro que tinha uma atividade frequentemente cansativa, que quase não lhe deixava nem respirar.

Mas, Jesus procurava também tempo de solidão para se dedicar à oração: «De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava» (Mc 1,35). Em outras partes dos Evangelhos vemos Jesus dedicado à oração em outras horas e, inclusive a altas horas da noite. Sabia distribuir o tempo sábiamente, para que sua jornada tivesse um equilíbrio razoável de trabalho e oração

Nós dizemos frequentemente: Não tenho tempo! Estamos ocupados com o trabalho do lar, com o trabalho profissional e, com as inumeráveis tarefas que enchem nossa agenda. Com frequência cremo-nos dispensados da oração diária. Fazemos muitas coisas importantes, isso sim, mas corremos o risco de esquecer a mais necessária: a oração. Devemos criar um equilíbrio para fazer umas sem desatender as outras.

São Francisco o propõe assim: «Há que trabalhar fielmente e com dedicação, sem apagar o espírito da santa oração e devoção, para o que hão de servir as outras coisas temporais».

Deveríamos nos organizar um pouco mais. Disciplinar-nos, “domesticando” o tempo. O que é importante há de caber. Ainda mais o que é necessário.

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