quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quarta-feira, 31 de outubro de 2012, 14h30

Papa destaca que fé não deve ser vivida de forma individualista

André Luiz
Da Redação



"A fé é virtude teologal, doada por Deus, mas transmitida pela Igreja ao longo da história", afirma Bento XVI
O Papa Bento XVI continuou nesta quarta-feira, 31, as reflexões sobre a fé católica propostas por ele para o Ano da Fé. Na catequese de hoje o Santo Padre exortou os fiéis a não se deterem numa fé individualista, mas enraizada na fé da Igreja.


Ao iniciar a reflexão, o Pontífice fez três questionamentos que nortearam toda a catequese. “A fé tem um caráter somente pessoal, individual? Interessa somente a minha pessoa? Vivo a minha fé sozinho?”
Segundo o Papa, a fé professada não é resultado de uma reflexão pessoal e solitária, nem produto de um pensamento excêntrico. Ao contrário, “é fruto de uma relação, de um diálogo, no qual tem um escutar, um receber e um responder; é o comunicar com Jesus que me faz sair do meu “eu” fechado em mim mesmo para abrir-me ao amor de Deus Pai.”
Bento XVI disse que o cristão não está impedido de viver uma intimidade com a Pessoa de Cristo. Deve sim buscar no silêncio do seu coração o encontro com o Mestre. Porém, lembra o Papa, “nossa fé é verdadeiramente pessoal, somente se é também comunitária: pode ser a minha fé somente se vive e se move no “nós” da Igreja, só se é a nossa fé, se é a fé comum da única Igreja.”
“Não posso construir a minha fé pessoal em um diálogo privado com Jesus, porque a fé é doada a mim por Deus através de uma comunidade crente que é a Igreja e me insere assim na multidão dos crentes em uma comunhão que não é só social, mas enraizada no amor eterno de Deus,” reforça o Papa.
Por fim , o Santo Padre, recordou que todo cristão deve reconhecer a necessidade de ter na Igreja a confirmação da fé. Num mundo onde o individualismo orienta as relações pessoais, o Papa lembra que a fé é um convite para todos serem “povo de Deus”, serem Igreja.
“Um cristão que se deixa guiar e plasmar pouco a pouco pela fé da Igreja, apesar de suas fraquezas, suas limitações e suas dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe essa luz e a transmite ao mundo.” (Fonte: Canção Nova)



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