31.10.12 - Mundo
Formação permanente
Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira até novembro de 2011
Adital
Continuam
os ecos positivos do Congresso Continental de Teologia, realizado no contexto
dos 50 anos do Concílio, e dos 40 anos da publicação do livro do Pe. Gustavo
Gutiérrez – Teologia da Libertação - que deu nome à nova reflexão suscitada
pelo envolvimento eclesial desencadeado pelo Concílio.
Algumas atividades do Congresso ficaram talvez mais discretas, mas não menos importantes.
Tais foram, por exemplo, as diversas "oficinas de trabalho”, em torno de temas específicos, refletidos em vista de sua contribuição positiva na caminhada de renovação eclesial suscitada pelo Concílio.
Uma das oficinas abordou a estreita relação entre Teologia e Renovação Eclesial. O próprio assunto recolhia de cheio a temática central do Congresso, que recordava exatamente os 50 anos de renovação eclesial suscitada pelo Vaticano II, e os 40 de caminhada da "Teologia da Libertação”.
Mas, além da coincidência de datas, os dois temas se entrelaçam muito mais profundamente. A ponto de se constatar que uma verdadeira renovação eclesial precisa do suporte de uma renovada teologia. "Para vinho novo, odres novos”, como sentenciou Jesus.
Este é um assunto com incidências pastorais evidentes. Cada Igreja precisa desencadear um processo de reflexão permanente, como parte integrante de sua missão.
Esta providência não se limita a momentos esporádicos de "encontros de reflexão”. Mas cada Diocese precisa se tornar uma "escola de formação permanente”, pela maneira como propõe uma caminha de Igreja consciente e participativa.
Neste sentido, o Congresso alertou que é preciso ter bem claro que Igreja queremos, e que Teologia queremos.
No que se refere à Igreja que queremos, trata-se sem dúvida de uma Igreja que continue a recepção criativa do Concílio, com suas grandes intuições: Igreja Povo de Deus, sacramento do Reino, profética, missionária, servidora, acolhedora, aberta à participação de todos, sem discriminações, samaritana, libertadora, comunitária, ministerial, mais democrática, em permanente processo de conversão pessoal e pastoral, inserida na realidade, assumindo as causas da humanidade, sobretudo dos pobres, sinal de esperança para a juventude, aberta ao ecumenismo e à pluralidade religiosa e cultural, atenta aos sinais dos tempos e aos impulsos do Espírito, defensora da vida.
No que se refere à Teologia que queremos, deverá ser uma teologia que dê suporte à Igreja que o Concílio nos propõe, ao alcance das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e aos pequenos grupos; que chegue até as periferias; que atinja também os que moram em apartamentos nas cidades, impregnada da Palavra de Deus; que ajude no discernimento dos sinais dos tempos e ilumine as opções a serem assumidas; que valorize os dons das pessoas e das comunidades, partilhando saberes, que leve a um encontro pessoal e profundo com Cristo. Uma teologia que dê força às experiências de renovação eclesial.
Mesmo destinando-se a todas as comunidades, quem mais precisa de formação são as lideranças. O planejamento pastoral precisa incluir momentos específicos de formação dos leigos envolvidos nas diversas pastorais existentes nas comunidades, abertos à atuação na realidade social.
Mas quem necessita de um processo de formação mais consistente são os presbíteros, com o cuidado especial de garantir a eles uma formação que os motive e capacite para assumir o seu ministério ordenado com espírito de serviço.
Esta a proposta feita pelo Congresso!
Algumas atividades do Congresso ficaram talvez mais discretas, mas não menos importantes.
Tais foram, por exemplo, as diversas "oficinas de trabalho”, em torno de temas específicos, refletidos em vista de sua contribuição positiva na caminhada de renovação eclesial suscitada pelo Concílio.
Uma das oficinas abordou a estreita relação entre Teologia e Renovação Eclesial. O próprio assunto recolhia de cheio a temática central do Congresso, que recordava exatamente os 50 anos de renovação eclesial suscitada pelo Vaticano II, e os 40 de caminhada da "Teologia da Libertação”.
Mas, além da coincidência de datas, os dois temas se entrelaçam muito mais profundamente. A ponto de se constatar que uma verdadeira renovação eclesial precisa do suporte de uma renovada teologia. "Para vinho novo, odres novos”, como sentenciou Jesus.
Este é um assunto com incidências pastorais evidentes. Cada Igreja precisa desencadear um processo de reflexão permanente, como parte integrante de sua missão.
Esta providência não se limita a momentos esporádicos de "encontros de reflexão”. Mas cada Diocese precisa se tornar uma "escola de formação permanente”, pela maneira como propõe uma caminha de Igreja consciente e participativa.
Neste sentido, o Congresso alertou que é preciso ter bem claro que Igreja queremos, e que Teologia queremos.
No que se refere à Igreja que queremos, trata-se sem dúvida de uma Igreja que continue a recepção criativa do Concílio, com suas grandes intuições: Igreja Povo de Deus, sacramento do Reino, profética, missionária, servidora, acolhedora, aberta à participação de todos, sem discriminações, samaritana, libertadora, comunitária, ministerial, mais democrática, em permanente processo de conversão pessoal e pastoral, inserida na realidade, assumindo as causas da humanidade, sobretudo dos pobres, sinal de esperança para a juventude, aberta ao ecumenismo e à pluralidade religiosa e cultural, atenta aos sinais dos tempos e aos impulsos do Espírito, defensora da vida.
No que se refere à Teologia que queremos, deverá ser uma teologia que dê suporte à Igreja que o Concílio nos propõe, ao alcance das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e aos pequenos grupos; que chegue até as periferias; que atinja também os que moram em apartamentos nas cidades, impregnada da Palavra de Deus; que ajude no discernimento dos sinais dos tempos e ilumine as opções a serem assumidas; que valorize os dons das pessoas e das comunidades, partilhando saberes, que leve a um encontro pessoal e profundo com Cristo. Uma teologia que dê força às experiências de renovação eclesial.
Mesmo destinando-se a todas as comunidades, quem mais precisa de formação são as lideranças. O planejamento pastoral precisa incluir momentos específicos de formação dos leigos envolvidos nas diversas pastorais existentes nas comunidades, abertos à atuação na realidade social.
Mas quem necessita de um processo de formação mais consistente são os presbíteros, com o cuidado especial de garantir a eles uma formação que os motive e capacite para assumir o seu ministério ordenado com espírito de serviço.
Esta a proposta feita pelo Congresso!
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