A revolução sexual e suas consequências
reportagens / Transtornos da sexualidade
Houve um tempo em que falar sobre
sexo era um verdadeiro tabu, um tema que estava ligado à procriação, à
intimidade dos lares e dos esposos. Com a revolução sexual dos anos 60 e
a invenção da pílula anticoncepcional, o sexo deixou de ter fins
procriativos, foi do “proibido” ao “libera geral”, passou a ser um
produto de consumo, algo superestimulado e até mesmo comercializado.
Historicamente, a revolução sexual tem,
na sua gênese, o fenômeno ideológico e filosófico da contracultura, cujo
principal objetivo é obter mudanças nas relações humanas, caracterizada
pelo seu interesse nas drogas, no sexo e rock’n roll. Na base desta
ideologia está o filósofo alemão e naturalizado norte-americano Herbert
Marcuse, com a ideia de que a livre expressão da sexualidade seria uma
arma política contra o sistema capitalista.
Com a sua obra ‘Eros e civilização’,
Marcuse injetou na juventude norte-americana do pós-guerra a ideia do
sexo livre como o mais alto grito de protesto contra o sistema. Palavras
de Marcuse viraram chavões de uma época: “Não faça guerra, faça amor”
ou “paz e amor”.
“Com a invenção da pílula
anticoncepcional e a propagação cada vez maior do uso da camisinha, as
pessoas passaram - até culturalmente – aceitar a ideia de que sexo nada
tem a ver com filho (abertura à vida) ”, diz o sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT), padre Paulo Ricardo considerando este fato um dos pilares da revolução sexual.
O grande problema é que, a partir daí, o
negócio ‘desceu ladeira abaixo’. Os homens passaram a ter
comportamentos cada vez mais femininos como cabelos longos, roupas
justas, brincos e até maquiagens. Surgiu a industria pornográfica e a
manipulação do sexo pela mídia, numa crescente onda de exposição dos
corpos para vender produtos. As mulheres passaram a colocar, no rol dos
seus direitos, o sexo livre, o exibicionismo, direitos reprodutivos como
aborto, direito sobre o corpo, etc. A proliferação de doenças como
AIDS, Sífilis, HPV e outras doenças de cunho sexuais se transformaram em
verdadeiras epidemias.
“O feminismo radical, por
exemplo, fruto desta revolução sexual, tornou-se o grande inimigo da
mulher. As feministas americanas fazem, ainda hoje, passeatas com
cartazes escritos ‘It’s nice to be slut’, cuja tradução é: ‘é legal ser
uma vadia’. Como pode uma mulher orgulhar-se de ser fútil, ser
devassa?”, diz padre Paulo.
Para o sacerdote existem também forças
espirituais que atuam na desconstrução da pessoa e que age na sociedade.
“Nós devemos entender que existe uma obra de engenharia que está
destruindo a criação. Por trás desta revolução sexual, existe muito mais
do que sexo, há também uma revolta do mundo espiritual”, conclui o
sacerdote. (fonte: canção nova)
Nenhum comentário:
Postar um comentário