Que ninguém se iluda! O mundo ocidental não aceita o cristianismo;
tornou-se uma civilização atéia, que julga a religião como fonte de
alienação e atraso. Para os bem-pensantes da atualidade, é inaceitável
que o homem precise de Deus para organizar sua vida e discernir o que é
certo ou errado, bem ou mal. Valem, para esse pessoal, as palavra de
Nietzsche: “Deus morreu! Deus está morto! E nós é que o matamos! Tudo o
que havia de mais sagrado e de mais poderoso no mundo esvai-se em sangue
sob o peso do nosso punhal... Não vos parece grande demais essa ação?
Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para pelo menos nos tornar
dignos dela?”
Eis: a Europa, nascida no regaço da Mãe católica, alimentada com o
leite do cristianismo, agora renega o Cristo e sua Igreja. Pagará caro: o
desprezo por sua matriz levará o Velho Continente à velhice cultural e à
falta de identidade. A Europa está se matando na loucura do imanentismo
que renega toda Transcendência e na hipocrisia do politicamente
correto, a serviço de uma ideologia sem Deus. Mas, quando o homem mata
Deus, ele se mata também!
Os cristãos não devem ter medo de professar sua fé, de proclamar a
moral e as exigências do Evangelho. Não devemos ter medo da pecha de
obscurantistas, intolerantes ou anacrônicos... Nosso critério é Cristo,
nossa Verdade é Cristo, nossa Certeza é Cristo... e Cristo tal qual é
crido, adorado, anunciado e testemunhado pela Igreja católica. Não
reconhecemos outro e de outro não queremos saber! O diálogo com o mundo
tem um só nome: amor! Amar é dizer a verdade, anunciar a verdade, sem
meios termos nem meias medidas. A Verdade é Cristo e Cristo total, que
nos convida à conversão. “Se não vos converterdes, perecereis todos!”
(Lc 13,3.5). Não podemos converter Cristo ao homem. É o homem quem deve
converter-se ao Senhor. Que se convertam os deputados europeus!
(Autor: Dom Henrique Soares) |
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