domingo, 6 de janeiro de 2013

Epifania do Senhor
06/01/2013
Sara Sampaio*






Epifania é um termo grego que significava a entrada solene de um rei ou imperador numa cidade. Também poderia ser atribuída a aparição de uma divindade, e receberia também o nome de "teofonia", que quer dizer aparição, manifestação de Deus. O Senhor se manifesta a cada um de nós sempre, não só nos momentos alegres, mas também nas dificuldades. É preciso estar atento para os sinais de Deus. A Igreja celebra três momentos de Epifania, em especial: a visita dos Reis Magos a Jesus menino, o batismo no rio Jordão e as Bodas de Caná. Logo depois do Natal, no dia 6 de janeiro, comemoramos o Dia de Reis, e temos muito o que aprender com eles sobre como viver estas manifestações.

Um novo astro apareceu em um céu estrelado. A Estrela de Belém, um dos maiores símbolos de Cristo, veio à Terra para com seu brilho iluminar os passos da humanidade. Os magos viram este astro e, atentos, perceberam que era sinal do nascimento do Messias. Naquela época, astrônomos e sábios eram chamados de magos. Em uma mensagem para os jovens, o Papa Bento XVI diz: “Caríssimos, é importante aprender a perscrutar os sinais com os quais Deus nos chama e nos guia”.

Deixando suas terras, montados em seus camelos, os reis atravessaram grandes desertos, desafiando o sol ardente, a sede e inúmeros outros perigos para chegarem à Judéia e adorar o Rei dos Reis. Mesmo nas dificuldades, a estrela, sinal de Deus, estava lá, e eles não pararam de olhar para ela e segui-la.

Conduzidos para onde Jesus estava, os reis entraram, viram o menino Deus com sua mãe, Maria, se prostraram diante d’Ele e o adoraram. Eles tinham feito toda esta jornada para adorar o Senhor. Somos chamados a fazer o mesmo, ser adoradores em espírito e verdade. Podemos adorar a Deus em qualquer lugar, e principalmente em sua presença real na Eucaristia.

Cada rei veio de um lugar. Não se sabe ao certo se eram três reis, mas a profecia começava a se concretizar: Salmo 72: “Todos os reis cairão diante dele”. Os reis magos representam toda a humanidade: simbolizam as únicas raças bíblicas, isto é, os “semitas”, “jafetitas” e “camitas” e as raças branca, negra e amarela.

Cada um deu um presente a Jesus: um ofereceu ouro, que era o presente para um rei; outro, incenso, representando a espiritualidade; e o terceiro, a mirra, presente para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simboliza a imortalidade). Estes presentes confirmam o caráter de Jesus: Rei, sacerdote e profeta.

Depois de encontrar Jesus, os reis voltaram por um caminho diferente do que tinham vindo, avisados por um anjo que deviam fazer assim. A cada encontro com Deus, seja no dia-a-dia ou em um retiro, o importante é voltar por um novo caminho, que com certeza é muito melhor que o antigo, mesmo que não seja fácil viver a vida nova que Deus quer nos dar.

Curiosidades sobre os reis magos

- Não há certeza sobre o nome dos reis magos, mas eles acabaram sendo conhecidos como Melchior, que quer dizer “Rei da Luz”, Baltazar, o “senhor dos tesouros” como diz seu nome (bithisarea), e Gaspar.

- A tradição de presentes no Natal começou graças a ação dos magos ao dar presentes ao menino Jesus, e a árvore de Natal é desmontada no dia de Reis.

- A Epifania é comemorada no dia 6 de janeiro e nasceu no Oriente para celebrar o natal do Senhor na carne humana. Na Igreja do Ocidente passou-se a celebrar o Natal no dia 25 de dezembro, que era o dia em que se festejava na Roma Pagã o deus sol. A Epifania ficou sendo a manifestação de Jesus a todos os povos, significados nos magos.
(Fonte: Arq. do RJ)
*Membro da Comunidade Acampamento Maanaim

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