quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

650 mil crianças nascidas na Itália não são italianas



Cidade do Vaticano (RV) – “A preeminência do 'jus sanguinis’ na Itália comporta a exclusão e a diferenciação social de quase 650 mil crianças nascidas de pais estrangeiros neste país. É hora de ampliar na Itália o 'jus soli', ou seja, a concessão da cidadania italiana a quem nasce no território”.

É a opinião de Mons. Giancarlo Perego, diretor geral da Fundação Migrantes do Episcopado Italiano, expressa na apresentação do Dia do Migrante e do Refugiado, que se celebra em 13 de janeiro.

“A cidadania para quem nasce na Itália ou para quem a requer implicaria numa maior participação ao voto e no cumprimento do serviço civil para jovens de 18 a 28 anos. Estes são dois instrumentos fundamentais para aumentar a responsabilidade e a inclusão no tecido social italiano, favorecendo o crescimento da democracia e da coesão italiana”.

Na coletiva desta terça-feira, na sede da RV, o Ministro da saúde italiano, Balduzzi, expressou publicamente a gratidão do Governo “pela atenção que a Igreja italiana teve com o fenômeno da imigração”.

Mais de 70% dos italianos é favorável à cidadania para filhos de imigrantes e ao direito de voto em eleições municipais. No Parlamento, tramitam 23 propostas de lei sobre o tema, mas neste meio tempo, 650 mil menores nascidos na Itália não podem ser reconhecidos como italianos.
(Fonte: Rádio Vaticano)

Nenhum comentário:

Postar um comentário