sexta-feira, 7 de setembro de 2012

  Home > Audi�ncias e Angelus > 2012-09-07 13:01:59 
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"Homens de Deus, ao serviço da Palavra": Papa aos novos bispos dos países de missão 


Primeira responsabilidade dos bispos é serem “homens de Deus, chamados à oração e ao serviço da sua Palavra”. “O mundo de hoje tem necessidade de pessoas que falem a Deus, para poder falar de Deus”. Palavras de Bento XVI, recebendo nesta sexta-feira de manhã, em Castel Galdolfo, uma centena de novos bispos de países de missão, que participaram em Roma num Encontro promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos. O Santo Padre convidou os prelados a manterem bem firme a sua confiança no Senhor, pois “a Igreja é sua e é Ele que a guia tanto nos momentos difíceis, como nos de serenidade”.
O Papa referiu a especificidade destas Igrejas de recente fundação, que revelam uma fé viva e criativa, mas por vezes ainda não suficientemente enraizada, alternando entusiasmo e zelo apostólico com instabilidade e incoerência. A maturação das comunidades vai tendo lugar, não só graças à ação pastoral, mas também à chamada “comunhão dos santos, que consente uma autêntica osmose de graça entre as Igrejas de antiga tradição e as de recente constituição”.
“Desde há certo tempo que se regista uma diminuição dos missionários, compensada porém com o aumento do clero diocesano e religioso. O crescimento numérico de sacerdotes autóctones produz também uma nova forma de cooperação missionária: algumas jovens Igrejas têm começado a enviar padres seus às Igrejas irmãs desprovidas de clero, no interior do próprio país ou em nações do continente respetivo. Trata-se de uma comunhão que há-de animar sempre a ação evangelizadora.

Bento XVI não esqueceu os problemas concretos, quotidianos, com que se confrontam muitas das populações dos territórios dos bispos presentes: emergências alimentares, sanitárias e educativas, mas também “discriminações culturais e religiosas, intolerâncias e faciosidades, fruto de fundamentalismos que revelam visões antropológicas erradas e que conduzem a minimizar, se não mesmo a ignorar, o direito à liberdade religiosa, o respeito dos mais débeis, sobretudo das crianças, das mulheres e das pessoas com deficiências”, e ainda eventuais “contrastes entre etnias e castas, que provocam injustificáveis violências”.

“Confiai no Evangelho, na sua força renovadora, na sua capacidade de despertar as consciências e de provocar a partir do interior a recuperação das pessoas e o estabelecimento de uma nova fraternidade. Que a difusão da Palavra do Senhor faça florescer o dom da reconciliação, favorecendo a unidade dos povos”.


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