sexta-feira, 7 de setembro de 2012


07/09/2012 11h36 - Atualizado em 07/09/2012 11h48

Manifestantes protestam contra Belo Monte durante 'grito dos excluídos'

Dezenas de pessoas levaram cartazes contra construção da usina.
Ato cênico marcou protesto realizado na Avenida Nazaré.

Do G1 PA
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Grito dos excluídos protestou pelas ruas de Belém (Foto: Ingo Muller/ G1)Durante a passeata, atores representaram índios em coleiras, simbolizando os povos do Xingu (Foto: Ingo Muller/ G1)
Dezenas de manifestantes participaram do "Grito dos Excluídos" em Belém nesta sexta-feira, 7 de setembro. A data que comemora os 190 anos de independência do Brasil foi marcada pelos protestos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no oeste do estado. Professores, estudantes, sindicatos e ambientalistas marcharam pela avenida Nazaré até a praça da República, onde ocorre o desfile militar.
O ator Washington Luís criticou a construção de Belo Monte (Foto: Ingo Muller/G1)O ator Washington Luís criticou a construção de
Belo Monte (Foto: Ingo Muller/G1)
Durante a passeata, o grupo de teatro do Instituto Universidade Popular fizeram uma encenação representando a exploração dos povos do Xingu. "A gente vive ainda em uma falsa democracia. Viemos trazer a força do povo, ser a voz deles. Viemos representar as pessoas escravizadas por dinheiro. A construção da usina não é necessária", disse o ator Washington Luís.
Professores criticam inflexibilidade do governoProfessores federais, em greve há 115 dias, participaram do "Grito dos Excluídos" cobrando a reabertura do diálogo com o governo. Eles criticaram o corte do ponto de funcionários, e dizem que procuram sensibilizar os representantes do legislativo para a necessidade de investimentos na educação. "Há um total descompromisso do Governo Federal com a educação, já que eles sequer abrem negociação com os professores", criticou Benedito Ferreira, da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará.
Manifestação ocorre simultâneamente em outros estados
O "Grito dos Excluídos" é organizado pela Pastoral Social da CNBB, pela Comissão Pastora da Terra (CPT), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (MAB), pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e pela Assembleia Popular.
O evento é realizado simultâneamente em todo o país, com o lema "Um Estado a Serviço da Nação, que Garanta Direitos de Toda a População". Além do protesto contra a construção da usina, os manifestantes também se posicionaram gritaram palavras de ordem contra a corrupção, a privatização e a falta de consciência social.Passeata seguiu da avenida Nazaré até a Praça da República (Foto: Ingo Muller/G1)Passeata seguiu da avenida Nazaré até a Praça da República (Foto: Ingo Muller/G1)
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