Após mais de 17 anos de luta, um importante passo foi dado para o retorno do Povo Xavante à Terra indígena Marãiwatsédé. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a liminar que impedia a desocupação do território indígena.
Os
Xavantes foram retirados à força de seu território na década de 60,
abrindo espaço para a invasão de latifundiários. Mesmo após a
homologação da Terra indígena Marãiwatsédé, em 1998, o
território que pertencia aos índios não foi ocupada por eles e, desde
então tem sido desmatada para o plantio de soja e de criação de gado.
A informação é do portal do Greenpeace Brasil, 23-10-2012.
A situação foi denunciada pelo Greenpeace, em 2009, no relatório “Farra do Boi na Amazônia”. No entanto, pouco mudou e os Xavantes continuam lutando para reaver seu território.
O
pedido de suspensão da liminar que impedia a desocupação conclui que
“todo grupo humano tem um limite para resistência. Os xavantes estão
nessa luta desde a década de 60 e os anciões temem morrer sem ver a sua
terra libertada. Todos os atos do Executivo e decisões judiciais
reconhecem que o direito está a seu lado. Por que postergá-lo, então, em
face de outrem que é apresentado, pelo próprio Judiciário, como
invasor? Por que retardar a ocupação de terras que são correlatas à
afirmação identitária desse povo?”.
O Greenpeace, junto com outras 24 organizações da sociedade civil, vem a público por meio da “Carta da sociedade civil em apoio à desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé”
manifestar seu apoio a causa dos Xavantes, o desejo de que o território
seja devolvido a quem lhe é de direito e que sejam assegurados os meios
pacíficos que podem garantir a segurança de todos neste processo.
(Fonte: CIMI BRASIL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário