quarta-feira, 24 de outubro de 2012

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Monumento em homenagem ao Holocausto Cigano inaugurado em Berlim


Berlim (RV) - Inaugurado nesta quarta-feira em Berlim, Alemanha, um monumento em recordação às vítimas do Holocausto Rom e Sinti. A cerimônia contou com a presença de alguns sobreviventes e da Chanceler alemã, Ângela Merkel, que sublinhou “a importância de cultivar a cultura da memória”. O evento representa uma oportunidade de reflexão sobre este aspecto particular da perseguição nazista.

Os Sinti, assim como os Rom, são etnias da população romani, também conhecidos como ciganos, expressão que hoje possui uma conotação depreciativa. Foram perseguidos pelo nazismo não por questão de raça, mas por viverem à margem da sociedade.

O docente de História Contemporânea da Universidade de Turim, Prof. Brunello Mantelli, detalhou à Rádio Vaticano sobre os motivos que motivaram esta perseguição: "Originalmente, antes do nazismo, existia em toda a Europa uma hostilidade para com os Rom e Sinti devido a sua marginalidade social. No caso do Terceiro Reich, é conferida a esta marginalidade social um caráter racial. Este processo de racialização é aplicado também para opositores políticos e homossexuais. Se são diferentes é porque são impuros. Este é o princípio."

Não existe um número preciso sobre o número de Rom e Sinti exterminados, pois como era um povo nômade, estava em constante deslocamento e muitas vezes não possuíam documentos ou algum tipo de registro. Algumas estimativas indicam 200 mil mortos.

O Prof. Mantelli destaca ainda que os Sinti e Rom perseguidos eram provenientes praticamente de todos os países ocupados, mas especialmente da Europa Centro-oriental e da região dos Bálcãs. O Campo de Concentração que recebeu o maior número destes prisioneiros foi de Auschwitz-Birkenau. A Itália facista também perseguiu e deportou a população Sinti e Rom. (JE)

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