segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

ANO NOVO, VIDA NOVA?

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 Os mais pobres não tem muito o que comemorar no ano novo, continuam cada vez mais pobres por culpa de um modelo econômico que deixa os ricos mais ricos às custas da exploração. A crise econômica vem pelo mundo como um T-sunami. Quem sofre as consequências são os mais pobres. O Deus deles, dos ricos, parece que não é o nosso Deus porque eles tem o que comemorar e celebrar. Os herodianos de hoje continuam com o mesmo espírito de destruição da vida. Oferecem para o povo pão e circo com a finalidade de anestesiar a liberdade.
Que o ano novo possa ser o início de uma mudança, que a liberdade venha como uma conquista. Quem está do lado dos oprimidos? Dos que não tem voz e vez? Que possamos abrir os olhos e enxergar a realidade.
Nada te perturbe, nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta.

2013: coragem para se renovar

31/12/2012

Há mais de quinze anos atrás publiquei no Jornal do Brasil um artigo sob o título “Rejuvenescer como águias”. Relendo aquelas reflexões me dei conta como de elas são ainda atuais nos tempos maus sob os quais vivemos e sofremos. Retomo-as para alimentar nossa esperança enfraquecida e ameaçada pelas ameaças que pesam sobre a Terra e a Humanidade. Se não nos agarrarmos a alguma esperança, perdemos o  horizonte de futuro e corremos o risco de nos entregarmos ao desamparo imobilizador ou à resignação estéril.
Neste contexto lembrei-me de um mito da antiga cultura mediterrânea sobre o rejuvenescimento das águias.
De tempos em tempos, reza o mito, a águia, como a fênix egípcia, se renova totalmente. Ela voa cada vez mais alto até chegar perto do sol. Então as penas se incendeiam e ela toda começa a arder. Quando chega a este ponto, ela se precipita do céu e se lança qual flecha nas águas frias do lago. E o fogo se apaga. Mas através desta experiência de fogo e de água, a velha águia rejuvenesce totalmente: volta a ter penas novas, garras afiadas, olhos penetrantes e o vigor da juventude. Seguramente este mito constitui o substrato cultural do salmo 103 quando diz:”O Senhor faz com que minha juventude se renove como uma águia”.
E aqui precisamos ser um pouco psicólogos da linha de C.G. Jung que tanto se ocupou do sentido dos mitos. Segunda esta interpretação, fogo e água são opostos. Mas quando unidos, se fazem poderosos símbolos de transformação.
O fogo simboliza o céu, a consciência e as dimensões masculinas no homem e na mulher. A água, ao contrário, a terra, o inconsciente e as dimensões femininas no homem e na mulher.
Passar pelo fogo e pela água significa, portanto, integrar em si os opostos e crescer na identidade pessoal. Ninguém ao passar pelo fogo ou pela água permanece intocado. Ou sucumbe ou se transfigura, porque a água lava e o fogo purifica.
A água nos faz pensar também nas grandes enchentes como conhecemos em 2010 nas cidades serranas do Estado do Rio. Com sua força tudo carregam, especialmente o que não tem consistência e solidez. São os infortúnios da vida.
E o  fogo nos faz imaginar o cadinho ou as fornalhas que queimam e acrisolam tudo o que não é ganga e não é essencial. São as notórias crises existenciais. Ao fazermos esta travessia  pela “noite escura e medonha”, como dizem os mestres espirituais, deixamos aflorar nosso eu profundo sem a ilusões do ego. Então amadurecemos para aquilo que é autenticamente humano e verdadeiro. Quem recebe o batismo de fogo e de água rejuvenesce como a águia do mito antigo.
Mas abstraindo das metáforas, que significa concretamente rejuvenescer como águia? Significa entregar à morte todo o  velho que existe em nós para que o novo possa irromper e fazer o seu curso. O velho em nós são os hábitos e as atitudes que não nos engrandecem: a vontade de ter razão e vantagem em tudo, o descuido para com o lixo, o desperdício da água e o desrespeito para com a natureza, bem como a falta de solidariedade para com os necessitados, próximos e distantes. Tudo isso deve ser entregue à morte para podermos inaugurar uma forma de convivência com os outros que se mostre generosa e cuidadosa com a nossa Casa Comum e com o destino das pessoas. Numa palavra, significa morrer e ressuscitar.
Rejuvenescer como águia significa também desprender-se de coisas que um dia foram boas e de ideias que foram luminosas mas que lentamente, com o passar dos anos, se tornaram ultrapassadas e incapazes de inspirar o caminho da vida. Temos que nos renovar na mente e no coração.
Rejunecer como águia significa ter coragem para recomeçar e estar sempre aberto a escutar, a aprender e a revisar. Não é isso que nos propomos a cada  novo ano?
Que o ano de 2013 que se inaugura, seja oportunidade de perguntar o quanto de galinha existe em nós que não quer outra coisa senão ciscar o chão  e o quanto de águia há ainda em nós, disposta a rejuvenescer ao confrontar-se valentemente com os tropeços e as crises da vida. Só então cresceremos e a vida valerá a pena.
E não podemos esquecer aquela Energia poderosa e amorosa que sempre nos acompanha e que move o inteiro universo. Ela nos habita, nos anima e confere permanente sentido de lutar e de viver.
Que o Spiritus Creator nunca nos falte!
Feliz Ano novo de 2013.

Desejo-vos a Paz!

A Paz esteja convosco!
A saudação litúrgica prevista na Celebração Eucarística que o bispo preside evoca a saudação do Cristo ressuscitado que se dirige aos seus discípulos nas aparições pascais, evocando que a Paz estivesse com eles. A Paz que Cristo desejava que estivesse com os seus discípulos é a própria presença de Cristo – o príncipe da Paz.

Constata-se, hoje, uma situação mundial de conflitos, guerras, ódios e discriminações que geram uma sociedade de não-Paz. A Paz não é somente a ausência da guerra, pois os conflitos pessoais e comunitários estão na raiz dos problemas hodiernos que geram uma sociedade de instabilidade econômica e social. Mas, como cristãos, sabemos que a Paz é uma Pessoa, Jesus Cristo. Observamos movimentos internacionais que apregoam a retirada de Deus de nossa cultura, como nunca antes observada na história humana. Nunca existiu uma sociedade sem divindade: tribos acreditavam em divindades, os persas, babilônicos também, os gregos e os romanos eram politeístas. Mas no século XIX, um movimento marcado pelo racionalismo, o antropocentrismo e o cientificismo buscava colocar Deus para fora da civilização. Nossa sociedade é herdeira e continuadora do movimento: “Deus está morto!”. Queremos colocar Deus para fora da esfera pública e social, mas uma questão me inquieta: é possível sustentar uma sociedade de paz e justiça sem um imperativo ético sustentado na experiência de fé?

Os movimentos internacionais na atual conjuntura mundial, com as devidas influências em nosso país, cada vez mais atuam nessa direção. Não é a primeira vez na história e nem será a última, por isso necessitamos estar atentos para saber em que terreno pisamos e quais são as principais dificuldades e problemas hodiernos. Ao “venderem” essas idéias e tentarem implantá-las na sociedade, sabemos qual será o fim e quais serão as dificuldades que surgirão. Os totalitarismos existem de diversas formas e até mesmo naquelas que se acobertam com o nome de “democráticas” devido ao novo nominalismo que se vive dentro da imposição de certas ideologias culturais.

O dia 1º de janeiro é o Dia Mundial da Paz. Em 2013, o tema escolhido pelo Papa Bento XVI para esse dia é “Bem-aventurados os obreiros da Paz”, no qual ele recorda que os obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida na sua integridade, e que é necessário educar para uma cultura da paz em família e nas instituições, através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia.

Porém, na mensagem para o ano de 2012, que finda, para o dia mundial da paz, 1º de janeiro, ele falou com um viés especial para os jovens. Como estamos iniciando o Ano da Juventude em nossa cidade, gostaria de recordar alguns pensamentos do Santo Padre que se dirige aos jovens, pais e responsáveis pela sociedade, solicitando que "os jovens sejam educados para a Justiça e a Paz, e que o início de Ano Novo seja também marcado pela Justiça e a Paz". Convida todos os homens de boa vontade para verem o novo ano de modo confiante, especialmente “os jovens que são os mais otimistas. Nos jovens repousa a esperança do mundo".

Dirigindo-se também aos pais, às famílias e a todos que têm responsabilidades sociais, o Papa nos recorda que "todos temos compromisso de mostrar o valor da vida e do bem”.

No ano que se descortina, acolheremos em nossa Arquidiocese milhões de jovens do mundo inteiro para o encontro com o Papa. O Papa adverte que o protagonismo dos jovens deve ser uma realidade em nossa Arquidiocese “porque os jovens buscam acolhida e desejam espaço para intervir na sociedade, dando-lhe um rosto mais humano e solidário".

O Papa Bento XVI destaca que "é na família que se inicia a educação para a Justiça e a Paz. Pois, na família os jovens conhecem os valores humanos e cristãos como a primeira escola para justiça e paz". Destaca ainda que "a sociedade atual ameaça as famílias e destrói vidas. Por isso, os filhos devem colocar sua Esperança em Deus, fonte da verdadeira Justiça e Paz". Exortando a Igreja doméstica – a família – para educar os filhos na escola de Cristo para gerar uma consciência de justiça e paz.

O Pontífice fez um apelo aos líderes religiosos e educadores através do mundo a combater "a cultura do relativismo", e a transmitir aos jovens os valores da paz e da justiça. "A cultura do relativismo apresenta uma questão radical: é ainda necessário educar? E educar para que?", questionou o Papa.

Muitos grupos minoritários poderão desejar ter “seu minuto de fama” manifestando-se durante a JMJ. Por isso será muito importante a nossa consciência de encontrarmos os caminhos para um verdadeiro anúncio da verdadeira vida, promovendo hoje uma pastoral em que se eduquem as crianças e os jovens na escola de Cristo, o promotor da justiça e da paz. Reensinando a nossas crianças e jovens os valores do respeito, da tolerância e principalmente do amor ao próximo. Estes valores são valores do futuro, pois são valores de sempre e constituem a essência do Evangelho. As paróquias são convidadas neste novo ano a reconstruírem as relações interpessoais, evocando sempre os valores do Evangelho para nortearem nossas ações paroquiais e com a comunidade civil que circunda nossa Igreja. Promovamos gestos concretos de justiça e paz!

Cônscio dos desafios de promover em nossa cidade do Rio de Janeiro uma cultura da paz e da justiça, exorto todos a fazerem destes valores os compromissos de nossa ação pastoral. O Papa Bento XVI reconhece que "a Paz ainda não é um Bem alcançado, mas uma meta para todos buscarmos alcançá-la". Eis o desafio para 2013 – fazermos de nossa Arquidiocese uma escola da caridade!

Desejo a todos um santo e abençoado ano de 2013, evocando sobre toda a Arquidiocese, de forma especial às crianças, doentes, idosos, injustiçados e vitimados pela violência, as bênçãos do Cristo Redentor. O nosso olhar carinhoso para a juventude, que contagiará a todos com a sua alegria e testemunho.

Consagro as primeiras horas do Novo Ano à intercessão da Santa Mãe de Deus sobre todo o Povo de Deus de nossa Igreja particular.
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ

Feliz ano da juventude

Um grande ano nos espera, um ano no qual a nossa cidade vai ser invadida por uma onda de jovens vindos de todas as partes do Brasil e do mundo e vai receber a visita do Papa Bento XVI. Iremos iniciar o primeiro dia do primeiro mês do Ano da Juventude.
Um grande ano, de muito trabalho e de muitos encontros se delineia para a nossa amada cidade, para os nossos jovens, para as nossas famílias. O próximo ano será o ano da Jornada Mundial da Juventude, evento que sempre deixa um rastro positivo de renovação, um ano marcado não só pela curiosidade de ver uma multidão de jovens animar a Cidade Maravilhosa, mas de observar que novidade que ela trará para a vida de cada um de nós. Entre tantos legados que esperamos dos grandes eventos, este terá um incomparável: deixará a presença de um Deus Amor no coração dos jovens arautos da manhã e anunciadores de um mundo novo.

No próximo dia 5, no Arpoador, no Rio de Janeiro, iremos comemorar a espera dos últimos 200 dias para a JMJ. A espera é uma palavra difícil, sobretudo para os jovens, mas é uma palavra prenhe de vida. A espera é a nota do tempo de Advento, que nós acabamos de viver. Um tempo que se concluiu com a figura de Maria, nossa mãe e mãe de Deus, que viveu como nenhuma outra pessoa a espera do nascimento do Salvador. É a figura de Maria, Mãe de Deus, que encerra a oitava do Natal e abre o novo ano.

Esperamos todos para que entre o 23º ao 28º dia do sétimo mês do ano da juventude, a nossa cidade seja transformada no “Santuário Mundial da Juventude”! Preparamos e esperamos com carinho esse belo momento.

A espera de Nossa Senhora era uma espera bendita, como aquela que as mães geralmente vivem, dominadas pela presença do filho que carregam em si, mas igualmente pelo desejo de vê-Lo, conhecer suas feições, acariciar seu corpo diminuto, de contemplar a novidade da criança que deve nascer. Presença e espera convivem entre si e se completam. Presença e espera continuam a preencher os dias de uma mãe que vê seu filho crescer, de novidade em novidade.

O primeiro dia do Ano é dedicado à Mãe de Deus! É muito importante que seja assim. É como que uma invocação para que aquela que soube esperar nos ensine a esperar também. A esperar e a reconhecer que existe uma Presença que acompanha a nossa vida. A novidade do Ano Novo não pode se exaurir no primeiro dia. Um ano realmente novo é aquele que traz novidade a cada dia. É o que anunciamos: a espera já é a grande festa da juventude.

Esta espera esquenta o coração, nos faz vibrar e é a coisa mais bonita da festa de Réveillon, que enche aquele cenário excepcional que é a Praia de Copacabana. Iremos, como todos os anos, celebrar e esperar do alto do Corcovado, aos pés do Redentor. Porém, neste ano, o povo que espera o Ano que deve chegar, espera, na verdade, algo mais.

A multidão é cheia da espera por uma novidade que não se sabe qual seja, mas que deve vir. A espera tem a dimensão do coração do homem. Nosso coração espera, traz uma espera que nem o barulho ensurdecedor do tempo consegue eliminar. Todo o mundo parece conspirar para que o homem não espere, viva sem viver, se habitue ao feio e ao pequeno, mas, diante das águas do mar de Copacabana e do anúncio da novidade, a espera reacende. Dali, a espera se estende por toda a cidade, todas as casas e salões e clubes que receberão os jovens peregrinos. E no atual vazio de uma região em Guaratiba contemplaremos os milhões de jovens que anunciarão ao mundo a aurora de um tempo novo ao contemplar os montes que se erguem no entorno e que, levados pela nova Avenida com seus ônibus de transporte rápido, percorrerão ruas e vielas, túneis e viadutos para levarem ao mundo a esperança e a paz em Cristo.

Para o próximo ano é importante que os jovens da cidade do Rio de Janeiro sejam portadores da Paz. O Papa Bento XVI, em sua XLVI Mensagem para o Dia Mundial da Paz, recorda que todos somos chamados a ser felizes por sermos os construtores da Paz: “Bem-aventurados os obreiros da Paz”. Em sua mensagem anterior, para o ano que finda, o Papa dirigiu explicitamente sua mensagem à juventude: "nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens, e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: «Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo. Importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver  "coisas novas" (Is 42, 9; 48, 6). Por isso nossa atenção, unindo os temas dos dois anos, para que os jovens, educados para a justiça e a paz sejam felizes por construir a paz.

Queridos jovens: o próximo ano é de vocês! Assim como a JMJ nos envia a fazer discípulos entre os povos, a Campanha da Fraternidade coloca todos disponíveis: “Eis-me aqui, envia-me”. A Arquidiocese do Rio de Janeiro abre os seus corações para receber a todos como o Nosso Cristo Redentor – de braços abertos. Animem-se para viver com intensidade a JMJ Rio 2013 e vamos testemunhar Deus Menino, nascido de Maria Santíssima, para nos salvar!

A Praia de Copacabana, no sétimo mês do Ano da Juventude, vai ser tomada por uma multidão diferente: jovens de todas as raças e línguas que encontram Alguém que os encheu de espera e de esperança. Dali, partirão em peregrinação para o oeste da cidade, para dizer, em Guaratiba, que eles querem preencher todos os vazios do mundo com a esperança de uma nova vida buscada no íntimo de todos. Assim, juntos iremos passar pela “porta da Fé” a caminho de novos horizontes. A fé é um modo diferente de ver e viver a vida, um modo que é dominado por uma Presença que enche o homem de espera.

A todos os homens de boa vontade, construtores da paz, de perto e de longe, desejamos um feliz e santo ano da juventude.
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Reflexão

"A Palavra de Deus é a luz verdadeira, de que o homem tem necessidade" (VERBUM DOMINI).

ONU dá novo impulso a programa de meio ambiente

Publicado em Meio Ambiente Natural
Mais um passo para “O Futuro que Queremos” foi dado pela Assembleia Geral da ONU, na sexta-feira (21), ao permitir a participação universal no conselho deliberativo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Criado há 40 anos, o órgão conta com 58 integrantes e agora poderá receber contribuições de todos os 193 Estados-Membros da ONU.
A resolução segue ações práticas acordadas no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em junho no Rio de Janeiro.
“A decisão da Assembleia Geral de fortalecer e aperfeiçoar o PNUMA é um divisor de águas. A adesão universal ao conselho deliberativo do PNUMA estabelece uma nova plataforma, plenamente representativa, para fortalecer a dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável”, afirma o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.
Segundo Steiner, todos os países terão o mesmo peso nas decisões sobre como apoiar o ambiente e garantir um compartilhamento de recursos naturais mais justo. O Diretor Executivo afirma ainda que a resolução permitirá o aumento de acesso a tecnologia e o apoio do conhecimento científico para as decisões políticas.
Fonte: ONU BRASIL

domingo, 30 de dezembro de 2012



Balanço anual do macro: estamos indo de mal a pior (Leonardo Boff)

30/12/2012
 A realidade mundial é complexa. É impossível fazer um balanço unitário. Tentarei fazer um atinente à macro-realidade e outro à micro. Se considerarmos a forma como os donos do poder estão enfrentando a crise sistêmica  de nosso tipo de civilização, organizada na exploração ilimitada da natureza, na acumulação também ilimitada e na consequente criação de uma dupla injustiça: a social com as perversas desigualdades em nível mundial e a ecológica com a desestruturação da rede da vida que garante a nossa subsistência e se, ainda tomarmos como ponto de aferição a COP 18 realizada neste final de ano em Doha no Qatar sobre o aquecimento global, podemos, sem exagero dizer: estamos indo de mal a pior. A seguir este caminho encontraremos lá na frente e, não demorará muito, um “abismo  ecológico”.
        
Até agora não se tomaram as medidas necessárias para mudar o curso das coisas. A economia especulativa continua a florescer, os mercados cada vez mais competitivos –o que equivale dizer – cada vez menos regulados e o alarme ecológico corporificado no aquecimento global posto praticamente de lado. Em Doha só faltou dar a extrema-unção ao Tratado de Kyoto. E por ironia se diz na primeira página do documento final que nada resolveu, pois protelou tudo para 2015:”a mudança climática representa uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e esse problema precisa ser urgentemente enfrentado por todos os países”. E não está sendo enfrentado. Como nos tempos de Noé,  continuamos a comer, a beber e a arrumar as mesas do Titanic afundando, ouvindo ainda música. A Casa está pegando fogo e mentimos aos outros que não é verdade.
        
Vejo duas razões para esta conclusão realista que parece pessimista. Diria com José Saramago: ”não sou pessimista; a realidade é que é péssima; eu sou é realista”. A primeira razão tem a ver com a premissa falsa que sustenta e alimenta a crise: o objetivo é o crescimento material ilimitado (aumento do PIB), realizado na base de energia fóssil e com o fluxo totalmente liberado dos capitais, especialmente especulativos.
Essa premissa está presente em todos os planejamentos dos países, inclusive no brasileiro. A falsidade desta premissa reside na desconsideração completa dos limites do sistema-Terra. Um planeta limitado não aquenta um projeto ilimitado. Ele não possui sustentabilidade. Aliás, evita-se a palavra sustentabilidade que vem das ciências da vida; ela é não-linear, se organiza em redes de interdependências de todos com todos que mantem funcionando todos os fatores que garantem a perpetuação da vida e de nossa civilização. Prefere-se falar em desenvolvimento sustentável, sem se dar conta de que se trata de um conceito contraditório porque é linear, sempre crescente, supondo a dominação da natureza e a quebra do equilíbrio ecossistêmico. Nunca se chega a nenhum acordo sobre o clima porque os poderosos conglomerados do petróleo influenciam politicamente os governos e boicotam qualquer medida que lhes diminua os lucros e não apoiam por isso as energias alternativas. Só buscam o crescimento anual do PIB.
Este modelo está sendo refutado pelos fatos: não  funciona mais nem nos países centrais, como o mostra a crise atual nem nos periféricos. Ou se busca um outro tipo de crescimento que é essencial para o sistema-vida, mas que por nós deve ser feito respeitando a capacidade da Terra e os ritmos da natureza, ou então encontraremos o inominável.
A segunda razão é mais de ordem filosófica e pela qual me tenho batido há mais de trinta anos. Ela  implica consequências paradigmáticas: o resgate da inteligência cordial ou emocional para equilibrar o poderio destruidor da razão instrumental, sequestrada já a séculos pelo processo produtivo acumulador.  Com  nos diz o filósofo francês Patrick Viveret “a razão instrumental sem a inteligência emocional pode perfeitamente nos levar a pior das barbáries”(Por uma sobriedade feliz, Quarteto 2012, 41); haja vista o redesenho da humanidade, projetado por Himmler e que culminou com a shoah, a liquidação dos ciganos e dos deficientes.
Se não incorporarmos a inteligência emocional à razão instrumental-analítica, nunca vamos sentir os gritos da Mãe Terra, a dor das florestas abatidas e a devastação atual da biodiversidade, na ordem de quase cem mil espécies por ano (E.Wilson). Junto com a sustentabilidade deve vir o cuidado, o respeito e o amor por tudo o que existe e vive. Sem essa revolução da mente e do coração iremos, sim,  de mal a pior.
 
Veja meu livro: Proteger a Terra-cuidar da vida: como evitar do fim do mundo, Record 2010.

Como vemos os nossos filhos?


Reflexões para a Festa da Sagrada Família

Pe. Anderson Alves
BRASíLIA, Sunday, 30 December 2012 (Zenit.org).
Percebe-se atualmente uma crise educativa cada vez mais intensa. De modo geral, constata-se que o nível médio de educação diminui drasticamente e que o processo formativo dos jovens enfrenta grandes dificuldades. As crianças e os adolescentes aprendem cada vez menos; a autoridade dos professores tende a desaparecer e os jovens, em meio a uma aparente energia, sentem-se sós e desorientados. E isso numa época de incrível desenvolvimento da Pedagogia. Nunca houve tantas pessoas que estudam essa ciência e nunca tivemos tantas teorias pedagógicas como agora. No Brasil a crise educativa é cada vez mais preocupante, embora tenha eminentes pedagogos. Um recente estudo comparou a educação em 40 países e mostrou que o Brasil (6ª Economia do mundo) ficou em 39º lugar na educação, atrás de países como Singapura (5º), Romênia (32º), Turquia (34º) e Argentina (35º)[1]. Certamente uma das causas da atual crise educativa no Brasil não é a falta de recursos, mas algo mais profundo: não sabemos mais como ver e tratar os nossos filhos.
Até a metade do século passado, tinhamos uma ideia bem clara sobre o que eram os nossos filhos: acima de tudo, eram considerados um dom de Deus, um presente que nos tinha sido dado para ser tratado com atenção, carinho e muita resposabilidade. Os filhos eram visto como um dom divino e a paternidade era considerada uma participação especial no poder criador de Deus. De modo que os filhos eram tratados com respeito e a vida era acolhida com alegria e generosidade.
Isso se deve ao fato de que nosso modo de viver até então era marcado pelos ensinamentos da cultura judaico-cristã. Seguia-se o exemplo de figuras como a de Ana (Cfr. 1 Sam. 1), uma mulher estéril que todos os anos ia a um Templo de Israel prestar culto a Deus, e que, certa vez teve a ousadia de pedir-lhe um filho. Depois que Deus escutara suas ferventes orações, ela retornou ao Templo para agradecer o dom recebido e para consagrar a vida daquele novo ser a Deus. Ana era plenamente consciente de que a vida humana procede e retorna a Deus, para quem nada é impossível.
A partir da “revolução” de 1968 uma nova cultura surgiu, na qual a visão bíblica foi abandonada. S. Freud, na sua época, sonhava o dia em que fosse separada a geração dos filhos da estrutura familiar, algo que a partir de 68 vem se tornando frequente. Desde então, procura-se incutir nos jovens a idéia de que os filhos são um obstáculo, algo que tolhe a liberdade, a autonomia e que impede a realização pessoal. Os filhos passam a ser considerados como uma ameaça e a gravidez como uma espécie de doença, que deve ser evitada a todo custo. E às pessoas que não são tão jovens, transmete-se a ideia de que os filhos são um “direito”. Desse modo, os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom. Daí surgem problemas sérios. Na Inglaterra, por exemplo, esse ano um dos pedidos mais feitos ao “Papai Noel” pelas crianças foi um pai; outro pedido comum foi, simplesmente, ter um irmão. O risco atual é que os adultos passem a considerar os próprios filhos como uma espécie de “mercadoria”, um sonho de consumo, que deve ser realizado num momento perfeitamente determinado. Os filhos são cada vez mais frutos de cálculos e não tanto do amor. E isso deixa feridas graves nas crianças.
Deixar de considerar os filhos como um dom divino e tê-los simplesmente como o resultado de uma técnica é um passo importante para a desconfiguração das famílias e para arruinar a educação. De fato, ocorre com frequência que os pais, paradoxalmente, procuram “superproteger” os filhos, buscando livrá-los de qualquer perigo e, ao mesmo tempo, não querem encontrar o tempo para dedicar-se à difícil tarefa educativa dos mesmos. As crianças são enviadas cada vez mais cedo às escolas e os professores devem se empenhar em transmitir valores que as crianças deveriam ter recebido em casa.
E há ainda outro grave perigo: os adultos procuram ter filhos mais para serem aprovados por eles, do que para transmitir um amor total, gratuito e comprometido. Sejamos sinceros: muitas vezes, em nossas famílias ocorre algo perverso: os pais se comportam como crianças, lamentando-se da infância que tiveram, e os filhos se sentem obrigados a comportarem-se como adultos[2]. Com essa mudança de papéis ninguém assume o a própria responsabilidade familiar, e isso se reflete no rendimento dos jovens nas nossas escolas e Universidades.
Nesse ponto, podemos talvez voltar nosso olhar ao livro que formou a civilização ocidental. O Evangelho conta-nos somente uma cena da adolescência de Jesus e do seu “processo educativo”. Quando ele tinha 12 anos, foi levado ao templo por Maria e José para participar na festa da Páscoa (Cfr. Lc 2). O jovem judeu quando cumpria essa idade iniciava a ser considerado adulto na fé. Quando aquela familia deve retornar a casa, Maria e José se destraem e Jesus, como verdadeiro adulto, permanece no templo discutindo com os doutores da Lei. Quando ele é reencontrado, Maria o repreende, mesmo sabendo que quem estava diante dela não só era um “adulto” na fé, mas o mesmo Filho de Deus: “Meu filho, que nos fizeste? Teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição”. E Jesus, depois de manifestar a plena consciência da sua identidade divina (“não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”), volta à casa com Maria e José e “era-lhes submisso em tudo”. Que impressionante! Maria e José não fugiram de sua responsabilidade educativa em relação àquele adolescente que sabiam ser o Filho de Deus; e Jesus, sendo verdadeiro Deus, volta à casa com sua família, obedecendo-lhes em tudo até os 30 anos. Vemos assim que na família de Nazaré ninguém fugia da própria responsabilidade, uma vez que eram unidos por um verdadeiro amor, o qual se demonstra na autoridade, na humildade e no serviço e não no autoritarismo ou na indiferença.
Parece, portanto, que para se recuperar o sentido da verdadeira educação, para se enfrentar à grave crise educativa atual, devemos ajudar as famílias a considerarem a vida como um dom de Deus, a tratarem os seus filhos com verdadeira diligência, não delegando toda a responsabilidade educativa a outras pessoas ou intituições. A tarefa é árdua, mas pode ser realizada, especialmente à luz da fé que por séculos iluminou a nossa sociedade. Devemos voltar a seguir ao modelo da Sagrada Família mais do que aos parâmetros contraditórios de uma “revolução” que só trouxe ao mundo a exaltação do egoísmo, da irresponsabilidade e o consequente aumento do sofrimento dos mais débeis.
Pe. Anderson Alves é da diocese de Petrópolis – Brasil - e doutorando em Filosofia na Pontifícia Università della Santa Croce, em Roma.

Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Eclo 3,3-7.14-17a

REFLEXÃO COM PADRE PAULO HENRIQUE

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Não se trata de um mito. Jesus nasceu e não ė um semi-deus. Ė o Filho de Deus que se torna homem: é o amor de Deus pelo ser humano.

Papa no Angelus: "O amor, fidelidade e dedicação de Maria e José sejam exemplos para todos os esposos cristãos"



Cidade do Vaticano (MJ) - Milhares de fiéis e peregrinos participaram, neste domingo, na Praça São Pedro, da oração mariana do Angelus, conduzida pelo Papa Bento XVI.

A Igreja celebra hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré. "O Evangelho de Lucas nos apresenta a Virgem Maria e São José que, fiéis à tradição, vão a Jerusalém para a Páscoa levando Jesus que tinha doze anos. A primeira vez em que Jesus entrou no templo do Senhor ocorreu quarenta dias após seu nascimento, quando seus pais tinham oferecido para ele, um par de rolinhas ou pombinhas, ou seja, o sacrifício dos pobres" – frisou o Papa em sua alocução dominical.

"Lucas, cujo Evangelho é caracterizado por uma teologia dos pobres e da pobreza, faz entender que a família de Jesus era contemplada entre os pobres de Israel; ele deixa claro que dentre eles poderia amadurecer o cumprimento da promessa. Jesus, hoje, está novamente no Templo, mas desta vez tem um papel diferente, que o envolve em primeira pessoa. Ele cumpre, com Maria e José, a peregrinação a Jerusalém, como previsto na Lei. Um sinal da profunda religiosidade da Sagrada Família" – destacou ainda Bento XVI.

Quando Maria e José voltam para Nazaré, acontece algo inesperado: Ele, sem dizer nada, permanece em Jerusalém. "Durante três dias, Maria e José procuram por ele e o encontram no Templo, conversando com os mestres da Lei, e quando pedem a Ele explicações, Jesus responde que eles não têm de se surpreender, pois aquele é o seu lugar, aquela é a sua casa, junto do Pai, que é Deus" – sublinhou o pontífice.

"A preocupação de Maria e José para com Jesus é a mesma de cada pai que educa um filho, o introduz na vida e na compreensão da realidade. Hoje, portanto, é necessária uma oração especial ao Senhor por todas as famílias do mundo. Imitando a Sagrada Família de Nazaré, os pais se preocupam seriamente como o crescimento e educação dos filhos, para que amadurecidos como homens responsáveis e cidadãos honestos, sem se esquecer nunca que a fé é um dom precioso que deve ser alimentada nos filhos com o exemplo pessoal" – ressaltou o Santo Padre.

Bento XVI convidou a rezar "para que cada criança seja acolhida como dom de Deus e sustentada pelo amor do pai e da mãe a fim de crescer como o Senhor Jesus em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens. O amor, a fidelidade e a dedicação de Maria e José sejam exemplos para todos os esposos cristãos, que não são os amigos ou os patrões da vida de seus filhos, mas os protetores deste dom incomparável de Deus".

"O silêncio de José, homem justo e o exemplo de Maria que conservava todas as coisas em seu coração, nos façam entrar no mistério pleno da fé e da humanidade da Sagrada Família. Desejo a todas as famílias cristãs de viverem na presença de Deus com o mesmo amor e alegria da família de Jesus, Maria e José" – concluiu o Papa. (MJ)

Fonte: Rádio Vaticano

Se formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não Se pode negar a Si mesmo. 2 Tm 2, 13

sábado, 29 de dezembro de 2012


 

1º Encontro de Blogueiros Católicos reflete fé na Web



Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou no último sábado, 17 de setembro, o E+Blog —  1º Encontro de Blogueiros Católicos, no Edifício João Paulo II, na Glória. O encontro voltado para a blogosfera, primeiro ocorrido no mundo após o do Vaticano, reuniu cerca de 80 pessoas para a reflexão sobre como dar testemunho cristão em ambiente virtual. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e o Vigário Episcopal para a Comunicação Social, Cônego Marcos William Bernardo, participaram do evento.

O coordenador arquidiocesano da Pastoral da Comunicação, Padre Márcio Queiroz, fez a abertura do encontro recordando aos presentes o valor da comunhão com Deus e com os irmãos. "É muito importante estar inserido no corpo, que é a Igreja. (...) Ninguém está sozinho: a Igreja caminha junto e também se importa com vocês", disse aos blogueiros.

A jornalista e assistente social Sílvia Helena Gonzaga refletiu sobre “Vida e Missão do Leigo no mundo de hoje”. Ela explicou que leigo “é todo aquele que não é membro do ministério sagrado, mas que é cristão batizado” e mostrou que, exatamente por causa do sacramento recebido, é importante que cada um tome a consciência de que não pode ser descomprometido.
O Beato João Paulo II foi apresentado como exemplo concreto de evangelizador que usou de todos os meios da expressão humana para o anúncio do Reino de Deus. A espiritualidade do comunicador, independente do tema explorado pelo blog, foi colocada em voga. Pois, de acordo com a abordagem de Sílvia, “passar valores humanos também é evangelizar”.
O tema “Liberdade, responsabilidade e clareza católica na comunicação” foi abordado pela jornalista Nice Affonso. A importância da coerência e unidade entre pensar, sentir e agir ganhou destaque como fator fundamental para uma autêntica comunicação.
"O blogueiro católico não pode acreditar numa coisa e se posicionar publicamente, pela rede, de uma forma diferente. Isso é uma incoerência. O cristão não deve fugir dos valores cristãos, porque é comunicador da verdade. Não de qualquer verdade, mas da verdade por excelência, da Boa Nova. Por isso é importante que cada um anuncie, em tudo o que faz, o próprio Cristo, que é caminho, verdade e vida", orientou.
O Arcebispo do Rio esteve entre os blogueiros para deixar a sua mensagem e abençoá-los: "Queremos utilizar os dons que temos para construir um mundo mais justo, mais fraterno. (...) Precisamos participar dessa nova cultura que a tecnologia vai fazendo nascer e ter responsabilidade. Nós não podemos nos omitir", exortou Dom Orani.
O Vigário Episcopal para a Comunicação Social lembrou a importância da missão de cada blogueiro, e a  historiadora Flor Marta deu dicas para melhor trabalhar na blogosfera, indicando o caminho de sempre pensar o blog como serviço, utilizando a valorização da vida cotidiana para o conteúdo apresentado. "Quantidade, qualidade e conteúdo importam", lembrou.
Encerrando a manhã, os veículos de comunicação oficiais da Arquidiocese foram apresentados, por meio dos testemunhos de alguns dos profissionais que neles atuam. A idéia foi apresentar o trabalho da imprensa da Arquidiocese como fonte confiável de informação e formação para os blogueiros católicos.
Na parte da tarde, houve um painel de discussão para o tema “Blogueiro Católico: desafios e testemunho”. O publicitário Aldo Marques foi o moderador da mesa, composta pelos blogueiros Alexandra Gurgel, Paulo Moraes e Flor Marta. A discussão abordou a atuação dos jovens na blogosfera, apontou a necessidade de os sacerdotes estarem mais presentes nas mídias sociais realizando um bom trabalho de evangelização e questionou a importância de os blogueiros serem defensores da Igreja, diante dos muitos ataques que ela sofre por parte da grande imprensa.


Texto: Nice Affonso - Arquidiocese do Rio de Janeiro
Fotos: Aldo Marques

O que uma criança empobrecida pediria ao papai noel?

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Em matéria de produção de alimentos, o Brasil é privilegiado. Existe alimentos para todos. O que falta mesmo é acontecer aquele milagre da partilha. Esse milagre só acontece numa civilização do amor pelos mais necessitados, numa civilização que segue o roteiro dos primeiros cristãos. Eles, os primeiros cristãos , colocavam tudo em comum e não havia necessitados entre eles. Aqui no Brasil vivemos a experiência de uma desigualdade violenta que deixa toda pessoa de boa vontade inquieta e inconformada. As crianças, geralmente, pedem brinquedos, um bolo, uma festinha com parabéns. Mas, existem crianças morrendo de fome, não tem o que comer. Há muita gente por aí preocupada com posição social, com status, com um cargo que recebeu de presente porque se compromete com os privilegiados. Quem está preocupado com os mais pobres?
Graças a Deus vivo numa paróquia setorizada. Que está intimamente ligada às comunidades, que escuta os clamores do povo e conhece a realidade. Esta carta alerta a sociedade para uma tomada de consciência, voltemos o nosso olhar para os mais necessitados.
(Carlos: Movimento Fé e Luz)

Reflexão

"Não se perde na estrada sombria, aquele que tem na memória a luz do destino final." (Padre Fábio de Melo)

Deus se nos revelou

"Deus se nos revelou vindo a nós, enviando-nos seu Filho e seu Espírito Santo" (Ladaria)
É importante lembrar que é Deus que vem primeiro ao nosso encontro para nos salvar. O encontro de Deus com o homem, é um encontro salvífico. Ter fé, nesse sentido, é reconhecer que Jesus é a autocomunicação de Deus que não desampara a humanidade, veio libertar todos da escravidão do pecado.
 
CARLOS

Mártires

Hoje, a Igreja lembra São Tomás Becket, bispo e mártir da Inglaterra (1118-1170), vítima da perseguição e da intolerância religiosa. A intolerância e a perseguição religiosa já deram muitos mártires e continuam causando mártires ainda hoje. São mártires da fé...( Dom Odilo Scherer )

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Fuga para o Egito

Defenda a vida!

A mais atualizada notícia que temos sobre o Japão é preocupante para o mundo. "Novo governo do Japão vai reiniciar reatores nucleares". Falta ainda coragem para os novos governos eleitos se unirem para derrotar a fome no mundo. Essa seria a melhor notícia. Mas, a preocupação continua, dos governos,  em ser melhor do que o outro, superá-lo em tudo, destruí-lo. Meter medo para adquirir respeito. Lamento em dizer que essa é a meta dos fracos. 
Ser plenamente forte é pensar no bem comum,é construir caminhos para se chegar a felicidade com trabalho, salário e alimento. Todos deveriam priorizar o essencial para uma família sobreviver. Como cristãos vamos rezar para adiar cada vez mais a destruição planetária. A destruição começou com os valores morais. Há uma inversão de valores muito profunda que está acarretando problemas na família, na escola e na sociedade. Uma sociedade que elimina a ética e a moral está fadada ao fracasso.

Para refletir


"Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando." Saint-Exupéry

Para refletir

"Por ora, basta-nos sinalizar que toda busca de Deus por parte do homem tem em Deus mesmo sua iniciativa, está guiado por sua providência e por sua mão, ainda que não o saibamos" (Ladaria in Agostinho).


Deus entrega-se por cada um de nós e quer transformar-nos mediante a Comunhão com Ele. [217]

Internet na vida sacerdotal


Um curso orienta seminaristas sobre a atitude que se deve ter no uso da rede

José Antonio Valera Vidal
ROMA, Friday, 28 December 2012 (Zenit.org).
A imagem projetada é a de um jovem casal que está se olhando. Ambos estão tristes, enquanto ela reclama que lhe falta atenção. Em seguida, ele coloca a mão sobre a dela e vira-a de um lado para o outro, de modo mecânico, para depois fazer “dois cliques” como único carinho... O público ri. Com este pequeno vídeo de motivação – também de constatação - , foi inaugurado hoje o seminário “internet na vida do presbítero”, organizado pelo Instituto de Terapia Cognitivo Interpessoal de Roma e o Pontifício Colégio Internacional “Mater Ecclesiae”.
Serão dois dias para estudar os benefícios e também os riscos do uso da internet na formação dos seminaristas, bem como na forma como se deve lidar com os “novos” pecados dos usuários, que fizeram da “rede” um espaço desordenado para a sua vida afetiva, laboral e moral.
De acordo com a Dra. Michela Pensavalli, psicóloga e psicoterapeuta, bem como professora universitária e coordenadora do Instituto promotor do evento, é muito importante que a pessoa - neste caso o seminarista -, analise e se responda se é ou não "dependente" da Internet . Ou seja, se consegue dominar as emoções e impulsos que os sites e as redes sociais geram, seja quando se está conectado, como também quando se deve passar longos períodos off line.
Para a especialista, o domínio e o equilíbrio é vital, porque em uma sociedade "Tecnolíquida", segundo a definição recente do psiquiatra italiano, Tonino Cantelmi, os diversos dispositivos podem manter as pessoas em uma conectividade permanente, onde é difícil distinguir os limites ou o tempo passado, em detrimento de outros fins ou obrigações.
A teoria do "tudo e rápido"
Outro risco que o navegante moderno encontra, é a tendência a encurtar as coisas e evitar os encontros. Ou seja, se por uma mensagem de texto podemos explicar alguma coisa rapidamente, por que estender-se ou aprofundar? Ou pior ainda, se temos tantas plataformas de comunicação instantânea, para que encontrar-nos?
Também o usuário, na sua necessidade de estar conectado, pode perder a atenção do que as pessoas lhe falam, por exemplo, numa aula ou conferência, por estar pendente do modo rapidíssimo de como continuam a interagir os seus contatos e listas de interesses “lá fora”.
O fato de não poder se desconectar (switch off), já é um sinal de que deve ser observado... Porque nem hoje e nem no passado, foi possível estar num lugar e ao mesmo tempo em outro –fora – , não porque a internet não te deixe fazer isso, mas porque as normas básicas de convivência ou da vida comunitária te exigem. Mas para alguns – isso sim é de ontem e de hoje - , sua necessidade pessoal está por acima da dos demais, o que é um mau sinal...
O que mais oferece a Internet? Segundo a doutora Pensavalli, te oferece emoções – até mesmo fortes – relações – não sem perigos – , e te facilita as coisas para sair do “tédio”. Para outros, o tempo passa mais rápido conectando-se à rede, por tanto ajuda a evadir-se; enquanto que para um grupo de usuários é a porta entre o privado e o público, cuja chave se abre ou fecha de acordo com a conveniência ou a vontade.
Sobre isso, foi clara em advertir que, como emissor e dono das suas conexões de internet, o usuário se predispõe a evitar o que ele não gosta, e a eleger só aquilo que não lhe chateia; assim como selecionar o que não lhe coloque tenso e nem lhe faça refletir muito. Ou seja, a ambivalência toma conta da pessoa, e assim quando se vivem as relações humanas, e diante de uma situação real de convivência, em que se exige mais da mesma pessoa, chega-se a acreditar que é hora de “desligar a conexão” e basta...
Amizades perigosas
Tudo na internet parece tão fácil e acessível, que o usuário começa a clicar onde não deveria se aproximar nem um pouquinho, ou a “aceitar” convites de amigos que não tem nem a menor ideia de quem sejam.
Na internet todo mundo é igual, pelo menos, naqueles locais de acesso público e gratuito. Mas nem todos somos o mesmo, foi outra ideia da doutora Michela Pensavalli, pois as redes fazem surgir na pessoa o seu lado mais narcisista, exibicionista e sem dúvida, o voyeurista.
Somos assim nas relações cotidianas, por assim dizer, física? Na verdade não, de modo que o uso compulsivo da rede (líquido, sem padrões ou limites), às vezes nos obriga a mudar de atitude para interagir, de tal forma que aparecem também tendências patológicas ...
Só para citar os graus mais baixos de cada tendência – porque os mais altos são para correr deles - , pode-se identificar o narcisismo só no fato de colocar a “melhor foto” no perfil de uma rede social, tanto faz se é antiga ou que não esteja de acordo com a realidade atual (foto sem camisa clerical, sem a família, no exterior).
No caso de exibicionismo, aí estão as conquistas ou os comentários expressos sem medida, só pelo fato de que podemos também incluí-los nas nossas contas, independentemente de se os outros querem tanto bombardeio “made em mim mesmo”.
E uma terceira tendência comentada pela especialista – não menos grave, dependendo da pessoa – é o voyeurismo, ou essa antiga obsessão por olhar sem que nos vejam; ainda que hoje em dia, graças à Internet, pode-se fazer de modo consentido, falsificado ou pago sem controles. Ela  alertou para o alto consumo do chamado "cybersexo", que de acordo com dados dos EUA, no mundo, consome-se 3.000 dólares de pornografia por segundo.
É necessário considerar, portanto, o risco que significa que uma pessoa possa ser o oposto a si mesma na rede, distanciando-se dos seus princípios, obrigações e faltando com a confiança dos superiores. Pois muitas vezes estes toleram o uso da internet com a esperança de que ajude para aprofundar no estudo, para combater a distância recebendo mensagens dos familiares e amigos de bem, ou para dar os "primeiros passos" de uma futura e urgente pastoral na rede.
Uma conclusão clara foi que o mundo atual do ciberespaço, é um mundo onde se pode viver, mas cuidando a qualidade do uso que se faz e não deixando-se dominar pelos impulsos que este gera. E, assim com ontem, não confundir nunca o instrumento com a mensagem...
(Trad.TS) (Fonte: ZENIT)

Padre Bianor Júnior recebe título de pároco

 
O Pe. Bianor Francisco de Lima Júnior, que dirigia a paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará-Mirim, como Administrador Paroquial, passa a ser Pároco. A Provisão com a nomeação do Pe. Bianor Júnior como pároco, assinada pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, foi oficializada pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Pe. Edilson Nobre, na missa do Natal, na Igreja Matriz, em Ceará-Mirim.
Atualmente, o Pe. Bianor Júnior, além de pároco de Ceará-Mirim, também é o Vigário Episcopal Norte. Nos agradecimentos pela nomeação, o Pe. Bianor disse que a função de pároco aumenta as responsabilidades. A provisão foi assinada em 8 de dezembro.
(Fonte: Arq. de Natal)

Clero de Natal prepara lançamento da CF 2013

 
A Arquidiocese de Natal vai sediar, no próximo ano, o lançamento nacional da Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema será "Fraternidade e Juventude". Na quinta-feira, dia 20, a reunião do clero de Natal abordou esta temática. O objetivo do encontro foi preparar os padres, diáconos e leigos, principalmente integrantes das equipes paroquiais de Campanha, para o lançamento da CF 2013, nos dias 14 e 15 de fevereiro.

O lançamento será feito na Arquidiocese de Natal para comemorar os 50 anos da Campanha da Fraternidade. A Campanha, que atualmente é desenvolvida em todas as Dioceses e Arquidioceses do Brasil, surgiu no Rio Grande do Norte, no ano de 1862, na comunidade de Timbó, no município de Nísia Floresta, a cerca de 50 quilômetros de Natal.

O padre José Adalberto Vanzella, atualmente assessor do Regional Nordeste 5, da CNBB, veio assessorar o encontro do Clero de Natal. Ele já foi da coordenação nacional de Campanhas, da CNBB, e atuou na construção do texto-base da Campanha da Fratrernidade. O padre Carlos Sávio, do Clero de Natal e atual assessor do Setor Juventude, da CNBB, também participou do encontrro do Clero.
Foto: Luiza Gualberto
Pe. José Vanzella, falando ao clero sobre a CF 2013

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Para refletir

"A autocomunicação divina significa, portanto, que Deus pode comunicar sua própria realidade a uma realidade não-divina, sem que deixe de ser a realidade infinita e o mistério absoluto e sem que o homem deixe de ser o ente finito e distinto de Deus que é".(Karl Rahner)

Participe

Precisamos aprender a rezar. O cristão deve ser alguém que reza de maneira pessoal. (Padre Paulo)




O que devo ler para ser um bom líder?

Estamos a dois anos com um grupo de estudo no Setor I. É um grupo pequeno e aberto a inovação da Igreja. Nesses dois anos estudamos três documentos da Igreja que nos ajudou muito no trabalho missionário. Alguns continuam desatualizados sem saber da existência do setor, outros porque não tem o hábito de estudar se afastam. E ainda tem aqueles que são líderes centralizadores, mandam em tudo, viveram essa experiência. Vejam que não é fácil trabalhar com formação. Vamos ler o Evangelho, a passagem do lava-pés. Essa passagem define o perfil do líder cristão. Quem é esse tipo de liderança? Essa é a melhor que temos para refletirmos sobre a liderança ideal. Não alcançamos ainda esse ideal de liderança mas fazemos um esforço grande para, por meio do estudo e missão, compreendermos nosso papel na Igreja. O verdadeiro líder é aquele que se torna servidor de todos. (Carlos: Fé e Luz)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As razões da fé...



  






As razões da fé em tempos de secularismo: teólogos buscarão respostas



Cidade do Vaticano (RV) - A fé com as suas razões, interpelada na idade secular. Durante três dias, especialistas convocados pela Associação Italiana de Teólogos (AIT) buscarão respostas. De fato, nesta quinta e sexta-feira, especialistas realizarão o tradicional curso de atualização proposto aos docentes de Teologia. A Rádio Vaticano entrevistou o secretário da referida associação, Prof. Pe. Riccardo Battocchio. Eis o que disse:

Prof. Pe. Riccardo Battocchio:- "Vivemos imersos numa situação histórica que podemos chamar secularismo, dando, porém, com este termo uma interpretação negativa de um complexo de realidades que talvez apresente também aspectos que devem ser lidos de forma positiva. Estamos numa época em que, como muitos afirmam, a religião, a fé cristã em particular parece, no âmbito do discurso público, uma opção entre tantas outras. Isso interpela a responsabilidade dos cristãos, de quem reflete sobre a fé, à busca das possibilidades que isso oferece, sobretudo pelo fato de a fé se apresentar como escolha. Como teólogos devemos buscar, neste curso, refletir sobre as condições que tornam possível uma livre adesão à fé, à Palavra da Revelação que se propõe como dotada de sentido hoje como em todo contexto: no contexto secular não menos do que em contextos que aparentemente pareçam comumente marcados por uma presença pública da religião."

RV: A fé como escolha de liberdade. Qual é o dever dos teólogos?
Prof. Pe. Riccardo Battocchio:- "Os teólogos não têm tanto o dever de demonstrar a verdade da fé, mas, sobretudo, o dever de mostrar as razões que tornam plausível a adesão de fé, e um dos caminhos que buscamos percorrer é evidenciar a correspondência entre a proposta da fé, o anúncio do Evangelho e aquela expectativa de liberdade que reside na experiência humana originária, conscientes também da fé como instância crítica face ao humano. Não podemos propor a fé sem levar em consideração aquilo que o homem é neste nosso tempo, na sua história. E a Teologia deveria buscar esse diálogo com a história, com as condições em que o homem se encontra. O dever dos teólogos é oferecer as razões pelas quais crer é hoje um ato de liberdade, que não somente supõe a liberdade, mas lhe permite realizar-se no modo mais pleno." (RL)

Reflexão com Padre Paulo


Santo Estevão perdoou seus algozes, como fez o Mestre. Amanhã o evangelista São João nos ensinará o centro da mensagem de Jesus: Jo 3,16. 

A fúria do mal

Uma das marcas de nosso tempo é invasão e ataques contra a Igreja. Notícia recente nos informa o que aconteceu na Nigéria: sacerdote e cinco fiéis mortos. Ainda bem que sabemos que o reino do mal não terá a última palavra. Para quem acompanha a história do povo de Deus sabe que no mundo teremos aflições. Mas como disse o mestre Jesus Cristo: Coragem, Eu venci o mundo". (Carlos)

Sacerdote e cinco fiéis mortos na Nigéria



Abuja (RV) - A violência contra cristãos na Nigéria mostrou mais uma vez não dar trégua. Na noite de Natal um grupo de homens armados atacou a Igreja da localidade de Peri, no Estado de Yobe, norte do país. Um sacerdote e cinco fiéis foram mortos. Em seguida a igreja foi queimada.

O ataque ocorreu pouco após a meia-noite, durante a celebração da Missa de Natal. Nenhum grupo reivindicou o atentado, mas as suspeitas recaem sobre o grupo islâmico radical Boko Haram, que usa a violência com fins políticos e já havia declarado guerra à comunidade cristã. No Natal do último ano também ocorreram violentos ataques contra algumas igrejas nigerianas.

A região de Potiskum, onde ocorreu o atentado, é de maioria muçulmana, mas acolhe uma fértil comunidade cristã. O Papa Bento XVI, na sua mensagem de Natal proferida por ocasião da Bênção Urbi et Orbi, havia condenado os contínuos ataques na Nigéria, nomeadamente contra cristãos, “que continuam a ceifar vidas”. (JE)

 

AOS EDUCADORES

A educação nunca deverá deixar de ser prioridade para os educadores porque os avanços que percebemos nascem dos próprios protagonistas: os professores. Hoje, temos nomes de alunos publicados em faixas com parabéns pela aprovação para escolas superiores. Isso é fruto de um trabalho permanente que tem a escrita dos professores e, claro que fundamentalmente dos alunos interessados. Finalmente percebemos que o tempo de exposição do aluno ao ensino cria essas possibilidades para atingir a meta. Uma coisa extremamente importante é o sentimento de pertença à escola principalmente por parte do aluno. É o que faz a grande diferença, é você sentir prazer de estar ali e compartilhar conhecimentos. Esse sentimento de pertença não acontece com todos, somente com aqueles que colocaram suas vidas e esperança na educação defendendo-a de todo o mal. À luta professores, porque 2013 não será fácil para nossas conquistas mas ninguém tira a capacidade de luta de uma categoria que é autora de sua própria história. Por isso mesmo o discernimento é um instrumento para nos ajudar a conhecer também os obstáculos que podem atrapalhar nossa caminhada. Um feliz natal!(CARLOS: PROFESSOR)

A QUESTÃO DO MEIO AMBIENTE

A questão do meio ambiente foi praticamente deixado de lado em nossa cidade. Houve um tempo em que o rio mipibu era preocupação, a mata da bica idem e a questão da água. São questões que diz respeito a todos visto que na atualidade o mundo se volta para as questões ambientais. As primeiras cidades do mundo surgiram em lugares próximos de água. Água é vida.
O nosso meio ambiente precisa ser reconhecido como um patrimônio respeitado por todos. Cuidar para não perder de vez a grande riqueza de nossa terra. Essa é uma meta que deve ser abraçada pela comunidade. Discutir o assunto é o primeiro passo. Que tipo de projeto podemos elaborar para cuidar de nosso meio ambiente? (Carlos: FÉ E LUZ)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. Jo 1,1-18 
(Catecismo Jovem)

Defenda a natureza

A devastação continua acelerada em todos os cantos do planeta. O mundo está globalizado e a destruição também. Com a finalidade de adiar a destruição que vem, precisamos combater aqueles mecanismos que contribuem com a destruição planetária. A Amazônia é considerada o pulmão do planeta está sistematicamente sendo destruída. A derrubada de milhões de árvores nos afeta profundamente. Não podemos desenvolver uma educação do conformismo achando normal que o paradigma do desenvolvimento autorize o desmatamento, a poluição do ar, dos rios e dos mares. 
As escolas do século XXI devem intensificar cada vez mais conteúdos que possam formar cidadãos conscientes que defendam um ambiente saudável. Tudo isso começa com mudança de mentalidade. Uma escola assim contribui com a conquista da verdadeira cidadania. Vale aqui a cidadania conquistada que preza pela independência da comunidade. Uma comunidade que luta permanentemente pelo direito de viver com dignidade. (Carlos: Fé e Luz)


 Chico Alencar
Vamos olhar menos a árvore de Natal, mas cuidemos das reais: 232 milhões delas derrubadas na Amazônia, em 2012! (dados do Imazon)

Reflexão de Padre Paulo Henrique


Desde que aconteceu a Encarnação (concepção de Jesus), o Filho de Deus uniu-se, de certo modo, a todo ser humano (Concilio Vaticano II)o II).

Fé e Luz

Diáconos terão assembleia nacional

 
A Comissão Nacional dos Diáconos (CND) realizará a primeira Assembleia Geral não eletiva, de 19 a 21 de abril de 2013, Em Florianópolis-SC. O edital de convocação foi publicado em outubro deste ano. Podem participar diáconos, estudantes de escolas diaconais e respectivas esposas. Durante a assembleia, haverá um momento de formação específico para as esposas.

Na Assembleia haverá abordagem sobre "A Missão do Diácono Permanente à luz das Diretrizes para o Diaconato Permanente"; e a apresentação das emendas em vista da modificação dos estatutos Canônico e Civil da CND. Em Janeiro, a CND publicará mais informações sobre as inscrições.
E o Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós! Vivamos este dia na companhia daquela que contemplou o Menino Deus em seus braços: Maria. (Padre paulo Henrique, Arquidiocese de Natal)

O Verbo se fez carne



Rio de Janeiro (RV) - Celebramos o Natal! Mesmo para os que não creem é um momento de repensar a vida e a fraternidade. É o grande Mistério da Encarnação! A notícia do Deus que se faz homem, da salvação presente na doce figura do Menino Deus, convida o homem à contemplação.

A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar. Um mistério tremendo que ilumina, porém, toda a vida do homem. O Natal chega, como acontece a cada ano, trazendo um clima diferente.

Para quem crê e para quem ainda não cruzou a “porta da Fé”, este é um tempo de mudar o ritmo da vida, parar, e se reencontrar com aqueles que Deus nos deu. O clima que se estabelece neste tempo faz com que o Natal seja a época de rever a família, de se alegrar com os amigos, de cuidar de quem não tem família, de ajudar os mais necessitados.

Crendo ou não crendo, todo mundo entende que é uma festa, em que sente-se a necessidade de partilhar um presente com alguém. Porém, sabemos que o grande e maior presente é justamente o Verbo de Deus que se fez carne. Deus tanto amou o mundo que enviou o Seu Filho.

Ninguém pode ficar fora da noite de Natal. É uma noite diferente, uma festa especial. O “espírito” do Natal nos investe a todos. Mas, de onde vem toda esta ternura?

Parece-me que este clima nasce do mistério que nós celebramos: a gruta de Belém, os pastores, a estrela, o Menino que nasce. Neste cenário se esconde e se revela o dom imenso do Menino Luz. Um dom que é reconhecido e anunciado pelos presentes dos magos, um dom que comove e faz cantar pastores e anjos, um dom que, tantos homens o entenderam, é o dom maior que se poderia ter. Da ternura anunciada por esses sinais vêm as consequências sociais do Mistério celebrado.

Naquela manjedoura de Belém uma longa espera tem fim, a espera de todo um povo, mais ainda: a espera de todo homem que amou a verdade, a beleza, a justiça. Naquela noite esta espera tem fim. No presépio está presente a Salvação. O simbolismo da manjedoura como o espaço onde é colocado o verdadeiro alimento da humanidade, Jesus Cristo, aparece com muita clareza.

Agora, no lugar da longa espera, uma Presença. Uma Presença, um presente, que inunda de silêncio a noite e que muda, sem que o mundo o saiba, a história. Uma Presença: O Emanuel!

No início do III milênio, o Papa João Paulo II nos lembrava que o “nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d'Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela Sua presença. Ele é « o Vivente » (Ap 1, 18), « Aquele que é, que era e que há de vir » (Ap 1, 4)” (IM1)

Um fato que tem um alcance universal, um fato na história que julga toda a história. Na plenitude dos tempos, a Plenitude ali, repousando na manjedoura de Belém de Judá.

O que foi anunciado a Maria, a Salvação que ela carregou no seu ventre, se torna uma presença destinada a alcançar cada homem. A salvação presente numa criança, na carne de um homem. Este é o anúncio alegre que muda toda a história. “Torna-se evidente que Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, como exprime a fé da Igreja” (Bento XVI, em seu livro sobre a Infância de Jesus, p. 106)

É o anúncio de uma Presença que é germe de um mundo novo, realidade nova num mundo ainda marcado pela injustiça e pela violência. O mundo parece o mesmo de antes, mas não é. No mundo em que Ele nasce, ontem e hoje, tinha e têm guerras, genocídios, injustiças, violências, divisões. Mas a Sua presença ilumina, dentro de todas as contradições, cada homem que O encontra.

A Sua presença gera uma humanidade nova, um amor mais potente e doce, que se chama Caridade. A Sua presença muda a vida de muitos homens e continua, na carne deles, sendo um germe de um mundo novo.

Ele é o centro da história, para quem converge toda a história e de onde inicia toda a nova humanidade nascida do novo Adão. Depois da encarnação, o Divino continua presente na vida daqueles que O encontraram e seguiram.

A nossa cidade está prestes a viver o acolhimento alegre de milhares de jovens unidos por um único ideal: o seguimento d'Aquele que nasceu em Belém. Eles serão um sinal eloquente para todos nós de uma humanidade, de uma carne que carrega o Divino e que convida à alegria de viver na Sua presença.

Desejo a todos um Santo Natal, pleno da luz e da paz quem vem do Cristo Senhor.

† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Papa mantém tradição e acende Círio da Paz



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI acendeu na noite desta segunda-feira, na janela de seu apartamento, uma vela símbolo da luz do Natal, inaugurando o presépio na Praça de São Pedro.

Milhares de fiéis presenciaram o gesto na Praça, aonde foi aberto o presépio de 150 metros quadrados e mais de 100 estátuas de terracota do artista Francesco Artese.

O Círio da paz é uma tradição polonesa introduzida por João Paulo II no Vaticano, e a que o atual Pontífice dá continuidade. Bento XVI não pronunciou discursos; apenas rezou alguns segundos pela paz no mundo e com a vela fez o sinal da cruz. Depois, na escuridão da tarde romana, cumprimentou com a mão e abençoou os presentes na Praça.

Uma banda de música entoou Noite de Paz, enquanto um colaborador do Papa colocou outra vela ao lado do Círio da Paz.
(CM)

Bento XVI: "Onde Deus é esquecido, não existe paz"



Cidade do Vaticano (RV) – “A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis”. Foi uma das avertências feitas pelo Papa durante a tradicional Missa do Galo, segunda-feira, 24, na Basílica de São Pedro.

“Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos, de modo que não resta qualquer espaço para Deus; deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os estrangeiros, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós?” – questionou o Papa na missa, concelebrada no Altar da Confissão por cerca de 30 cardeais.

No início da cerimônia, de mais de duas horas, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, saudando e abençoando os fiéis que o aplaudiam.

“Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade”.

“É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência” – esclareceu o Pontífice, continuando: “É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado”.

A este respeito, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença da religião”:

“Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem”, concluiu Bento XVI

Em seguida, o Papa convidou os fiéis a “irem ‘virtualmente’ a Belém, aos lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu:

“Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem em Belém. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelenses e palestinos possam conduzir sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar suas casas naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, seus países, na paz de Deus”.


NÃO HÁ ESPAÇO PARA O PROJETO DE DEUS?
As marcas de nosso tempo já diz tudo, não tem espaço para Deus reinar, para o seu projeto sobreviver. Não tem espaço mas a teimosia é necessária e urgente. É preciso superarmos as críticas, primeiro, dos nossos, daqueles que se desviaram do projeto de evangelização por confundirem este com eventos, daqueles que guardaram o projeto porque exige comprometimento e rompimento. É preciso romper com os opressores sem medo de ficar sozinho e isolado. Aqueles que acolhem o projeto de evangelização por vocação sabem ao mesmo tempo quem de fato estão acolhendo. Acolher Jesus é acolher o próprio Deus que se encarnou para habitar entre nós.
As pessoas não pararam de rezar, não devem parar nunca. Mas, a sociedade está sendo engolida pela corrupção, hedonismo, a busca do sucesso pessoal, individualismo e violência. É importante lembrar que o nascimento de Cristo foi uma má notícia para os poderosos. Pois, desde cedo, Jesus cristo foi perseguido porque havia essa mentalidade do messias que viria para implantar o Reino de Deus. Ainda criança Jesus foi perseguido. Os poucos que o receberam fizeram a grande diferença porque se impregnaram do amor de Deus, da vontade e da liberdade para o serviço do Reino de Deus.
Em pleno século XXI, o projeto de Deus continua. O Deus que vem ao nosso encontro é o mesmo que nasceu em Belém. Segundo o Documento de Aparecida, temos os lugares de encontro com Jesus. “Encontramos Jesus na Sagrada Escritura”, por exemplo. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo”(DAp, 247). As dificuldades que os setores missionários sofrem tem uma explicação. Falta de conhecimento.
A conclusão que temos, fazendo uma analogia em relação com nascimento de Cristo, “não havia lugar para ele na sala”; assim também, de certo modo, não há lugar para o projeto de evangelização no coração de todos. Quem esclarece isso é a omissão, a rejeição, a indiferença e até mesmo a exclusão que acontece. Mas, a última palavra não fica com os protagonistas do pessimismo. O que vale é a qualidade. O que nos aguarda não são “palminhas”, um dos ingredientes que vicia. O que nos aguarda são os desafios que não podemos evitá-los. Coragem e perseverança na caminhada!