O
Cristão no Terceiro Mundo
A expressão terceiro mundo designa o mundo ignorado,
explorado e desprezado pelos que se dizem potências. É mundo visto de um ângulo
capitalista como um produto a ser explorado. Essa expressão, terceiro mundo,
foi usada pela primeira vez pelo demógrafo francês Alfred Sauvy (1952) num
artigo intitulado: “Três mundos, um planeta”. Aqui estamos no terceiro mundo, o
mundo que abrange os mais pobres. Quem são os mais pobres? Os moradores de rua,
os que vivem de salário de fome, desempregados, subempregados. Todos que estão
submetidos pelo modelo econômico a viverem de migalhas.
O papel do cristão nesse mundo é denunciar os
responsáveis pela miséria criada no mundo com terras agricultáveis e produção
de alimentos em abundância. O grande pecado social está aí, a fome e o
empobrecimento são criação do modo de produção que acumula riquezas nas mãos de
poucos e permite que a maioria viva sem nenhuma chance de vida digna. Podemos
lembrar aqui de Dom Hélder Câmara que foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz
em 1972. O que levou este homem a ser lembrado no mundo? A sua luta em defesa
dos pobres, o profetismo imbuído em sua vida era o selo de Cristo, a marca
indelével de todo cristão autêntico. O cristão que assume o seu profetismo não
terá vida fácil. Será perseguido, caluniado por causa da Palavra de Deus. O
cristão do século XXI sofre por dois motivos: o discurso e a prática. Tudo isso
porque o discurso profético não agrada quem ignora a justiça, a verdade e a
paz. O discurso profético não combina com o discurso da sociedade. A prática do
cristão também incomoda porque ela é construída pelo discurso e vice-versa.
O cristão não se confunde com o político mas ele tem
posições políticas que exige um posicionamento coerente com a verdade. O que
mantém a autenticidade do cristão é o Evangelho. Por isso ele não se corrompe.
O cristão não se corrompe, outra coisa sim.
(Carlos: catequista / Movimento Fé e Luz)
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