domingo, 23 de setembro de 2012

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“Mídias Digitais: desafios e possibilidades para a evangelização”


São Paulo (RV) – “Mídias Digitais: desafios e possibilidades para a evangelização”: este é o tema do 18º Encontro Estadual de Comunicação que se realizará de 23 a 25 de novembro, no Instituto Salesiano Pio XI, em São Paulo (SP). O evento é organizado pela Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) e deve reunir agentes de comunicação e profissionais da mídia católica das arquidioceses e dioceses do estado de São Paulo.

Este ano, o encontro contará com a assessoria da Professora Polyana Ferrari da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Mídias Digitais e do Padre Gildásio Mendes dos Santos, salesiano, de Campo Grande, com especialização e experiência no uso das Mídias Digitais na evangelização. Para esta edição, está prevista uma dinâmica diferente. Padre Gildásio irá trabalhar com “casos” nos diversos segmentos pastorais que representem o uso e o impacto nas mídias digitais e nas redes sociais.

Segundo o assessor, a metodologia de trabalho será uma oportunidade de mostrar o que está sendo feito nas comunidades e lançar um olhar sobre cada um para relevar os desafios e apresentar propostas práticas. Participantes irão apresentar casos com temas como Pastoral Vocacional, Catequese, formação de lideranças, Liturgia, entre outros, que serão analisados e servirão de exemplos concretos de utilização dos meios para a evangelização.

O evento contará ainda com outro atrativo que será a Noite Cultural, na qual os participantes irão conhecer o Museu de Arte Sacra de São Paulo e o Mosteiro de São Bento, que ficarão abertos, exclusivamente, para receber o grupo. Segundo a coordenadora regional Irmã Maria Celeste Ghislandi o “objetivo do encontro é mostrar o fenômeno das Mídias Digitais e seu impacto na sociedade e na evangelização”. Além disso, o evento se propõe em reunir agentes da pastoral da Comunicação e profissionais da área da comunicação em geral.

A coordenadora destaca ainda que o encontro “pretende não só informar, mas oferecer pistas e apoio para que as novas tecnologias virtuais sejam utilizadas na pastoral como forças integradoras para a formação, comunhão e comunicação da vida e ação da Igreja”, concluiu Irmã Celeste.

A solenidade de Abertura do evento será na sexta-feira, 23 de novembro, às 20h, seguida da conferência proferida pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, que abordará o tema da Nova Evangelização, no contexto das novas tecnologias.
As inscrições devem ser feitas no site do Regional Sul 1 www.cnbbsul1.org.br , por meio de preenchimento do formulário on line. (SP – CNBB)
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Angelus: Papa pede que deixemos de lado o orgulho e aprendamos a ser humildes


Castel Gandolfo (RV) – O Papa Bento XVI exortou neste domingo os fiéis a deixarem de lado o orgulho e aprenderem a ser humildes. Durante a oração mariana do Angelus, recitada no pátio interno da residência Apostólica de Castel Gandolfo, o Papa afirmou que é necessário uma mudança no nosso modo de pensar e de viver para seguir Deus.

“Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”.
Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho – continuou o Papa; em Deus não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida; em nós homens, ao invés, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação.

Bento XVI acrescentou que “nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme em se inclinar e se fazer último, por isso pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade.

Momentos antes o Papa recordou que nos últimos encontros e no encontro deste domingo para a oração do Angelus ele está meditando sobre o Evangelho de Marcos. Domingo passado entramos na segunda parte, isto é na última viagem de Jesus em direção a Jerusalém e em direção do ápice da Sua missão. A passagem deste domingo contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem – expressão com a qual designa si mesmo - será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará" (Marcos 9:31). Os discípulos”, não entendiam estas palavras, e tinham medo de interrogá-lo”.

Na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa o Santo Padre agradeceu mais uma vez aqueles que acompanharam com a oração no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões” – disse o Papa – recordando que neste sábado foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

Já em polonês o Papa recordou que no Evangelho deste domingo Jesus dá atenção especial às crianças. Diz: “quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que acolhe”. “Peçamos a Deus que essas palavras – acrescentou – inspirem todos aqueles que são responsáveis pelo dom da vida, das dignas condições de existência e de educação, do seguro e sereno crescimento das crianças. Toda criança possa gozar do amor e do calor familiar!. (SP)



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Arquidiocese de Maceió se reúne clero para encontro de formação



A Arquidiocese de Maceió proporcionou para o seu clero um encontro de formação desde a segunda, 17, até esta quinta, 20, para o aprofundamento sobre a Pessoa do ministro ordenado no Concílio Vaticano II. O evento aconteceu no Recanto Sagrado Coração de Jesus, localizado no bairro da Serraria, e contou com a participação do Padre Antonio Régis Brasil, doutor em Teologia Dogmática e pertencente à Diocese de Pelotas (RS).
Dentre as diversas colocações, o sacerdote explanou sobre aspectos da eclesiologia nos dois primeiros dias e então se adentrou na cristologia nos dois últimos dias. Com linguagem clara, remeteu a muitas situações do Concílio Vaticano II que não estão nos documentos conciliares, pois são frutos de perspectivas e opiniões pessoais de inúmeros bispos que se fizeram presentes no evento e registraram em comentários, cartas e diários, espalhados pelo mundo. Desta forma, tornou-se perceptível quais as questões mais difíceis de terem sido mudadas e quais as tensões ocasionadas durante as reuniões conciliares.
“Lembro-me que ainda como seminarista, rezávamos a oração feita pelo Papa João XXIII pedindo um novo pentecostes para a Igreja, como assim aconteceu”, afirmou em uma de suas colocações. Em suas temáticas, colocou com veemência pensamentos de teólogos como Yves Congar, ao afirmar que o documento sobre a Igreja, Lumen Gentium, realizou uma revolução copérnica ao deslocar o capítulo sobre a hierarquia para depois do conceito de Igreja como povo de Deus.
Estiveram no encontro de formação, o arcebispo da Arquidiocese de Maceió, Dom Antônio Muniz, junto a padres, diáconos permanentes e transitórios, como também homens casados candidatos ao diaconato permanente. 
Fonte: Pascom da Arquidiocese de Maceió

Escola e comunidade:
uma interação necessária

O que pode ser feito para melhorar a interação escola-comunidade? Neste artigo, Nelson Piletti propõe ações de intercâmbio entre as duas partes, como a criação de bancos de dados socioculturais.
Por Nelson Piletti*
Escola e comunidade. Foto por ppdigital/MorgueFile
Como podem os profissionais da educação bem desempenhar o seu trabalho se não conhecem a comunidade onde o estabelecimento de ensino em que atuam está localizado? Como pode a escola atingir os objetivos constitucionais da educação – pleno desenvolvimento da pessoa, preparação para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho – se desconhece as condições de vida e as aspirações da comunidade onde vivem os seus alunos?
O conhecimento da comunidade assume importância ainda maior quando os profissionais da educação não residem no bairro em que atuam. Muitas vezes, eles se dirigem à escola, executam as suas tarefas e voltam para casa sem se preocupar, ao menos, em percorrer as ruas onde moram os alunos – quem dirá visitar as suas casas! – para ter um contato, mínimo que seja, com a realidade local.
Décadas atrás, após desenvolver experiências teatrais em comunidades cariocas, o educador Antonio Leal assumiu uma turma de alunos reprovados em certa escola da favela da Rocinha. Em seu famoso livro Fala Maria Favela: uma experiência criativa em alfabetização, ele relata o que viu ao entrar na sala de aula:
“Das janelas em forma de venezianas, com muitos vidros quebrados, via-se o interior das casas montadas no barranco: aparelhos de televisão, sofás de napa, imagens de são Jorge e são Sebastião etc. Sempre muitas crianças brincando, soltando pipa, brigas e discussões de marido e mulher, homens construindo novos barracos, enfim a vida da favela entrando pela janela da sala. Assim deve ser na escola (…). [Enc ontra-se, no entanto] a sala sempre igual: carteiras individuais, a mesa do professor e o quadro negro” (São Paulo: Editora Ática, 1993, 12ª ed.).
Duas perguntas importantes são suscitadas pelo relato: de modo geral, qual o estado em que se encontram as relações entre as nossas escolas e a comunidade? O que, concretamente, pode ser feito para melhorar a interação escola-comunidade?
A questão é tão importante para a melhoria do desempenho escolar de alunos e professores que se torna fundamental organizar, em cada estabelecimento de ensino, um Serviço de Intercâmbio Escola-Comunidade, com representantes da escola (professores, alunos, funcionários) e da comunidade (pais, associação de moradores, organizações sociais etc.).
A primeira tarefa desse serviço seria organizar um banco de dados com o maior número possível de informações (de diversas naturezas) sobre a comunidade, abrangendo:
  • Condições materiais: situação das ruas, iluminação pública, saneamento básico, moradia, alimentação, trabalho, salários, desemprego, água tratada, entre outros;
  • Condições sociais: assistência médica, educação, acesso escolar, assistência à infância e aos idosos etc;
  • Condições culturais: espaços para eventos artísticos, de lazer, atividades de fim de semana e demais ações do gênero;
  • Condições familiares: tipos de arranjos familiares, número de pessoas na mesma casa. E assim por diante.
Tais informações poderiam ser enriquecidas com um acervo fotográfico que, exposto na escola – na sala dos professores, por exemplo –, lembrassem sempre os educadores das características da comunidade e dos alunos com os quais atuam.
Como segunda tarefa importante, caberia ao serviço de intercâmbio promover atividades que facilitassem a interação entre a escola e a comunidade, tanto no sentido escola-comunidade, quanto no sentido comunidade-escola, entre as quais estariam visitas às famílias (especialmente dos alunos com maiores dificuldades), saídas dos alunos para melhor conhecerem a sua comunidade, atividades culturais e recreativas nos finais de semana (abertas à comunidade), organização de eventos nas dependências da escola, enfim, um grande leque de possibilidades.
É fundamental, porém, que todas essas atividades de interação entre escola e comunidade caminhem ao encontro daquela que é a atividade-fim do estabelecimento de ensino: a educação. Assim, com base nas informações coletadas e nas atividades de intercâmbio promovidas, caberá à escola desenvolver um processo de ensino e uma programação cultural ampla, ambas iniciativas embasadas nas necessidades e aspirações da comunidade – portanto, condizentes com a realidade cotidiana.
Dessa forma, os conhecimentos transmitidos pela escola assumirão uma “roupagem local” (linguagem, exemplos, atividades, eventos culturais), aumentarão o interesse dos alunos pela escola e, certamente, também a eficiência e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem.
___
*Nelson Piletti é graduado em Filosofia, Jornalismo e Pedagogia. Mestre, doutor, livre-docente em Educação (USP) e professor aposentado da Faculdade de Educação (USP), publicou dezenas de livros didáticos, paradidáticos e acadêmicos nas áreas de Educação e História, entre os quais Sociologia da educação: do positivismo aos estudos culturais (Editora Ática, 2010), em coautoria com Walter Praxedes.

O Enem e outras avaliações

O que esperar como “boa avaliação” das escolas e dos alunos? Será que a resposta está no “rankeamento” de notas do Enem?
O Ministério da Educação divulgou nesta semana o desempenho de todas as escolas do país no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio de 2010. De posse desses dados, a imprensa não demorou a elaborar “rankings” e a tecer comparações entre o desempenho das instituições, das cidades e regiões brasileiras.
Antes de qualquer discussão, parabenizo os estudantes – principalmente eles, que tanto se dedicaram ao exame – e as escolas que os incentivaram. Em segundo lugar, ressalto o tema central deste artigo: a percepção de que o Enem não é sozinho um medidor da qualidade do trabalho realizado nas escolas do país. É necessário, aposto eu, termos muita clareza disto.
Como era de se esperar, as escolas cujos alunos obtiveram maior pontuação aproveitam para utilizar os resultados em ações de marketing, o que costuma ter efeito significativo para muitos pais orgulhosos por terem os filhos matriculados nestas instituições, ou ainda para aqueles que decidem mudá-los de escola para que possam, quem sabe, também fazer parte dessas listas.
Nem julgo as escolas por suas ações de marketing, pois desconfio que ajam dessa forma por pura consequência do próprio sistema de avaliação vigente. Afinal, não vejo a sociedade buscar nos resultados do Enem outra finalidade que não seja a de agradar a esses pais satisfeitos com o “rankeamento” ou a evolução das notas do boletim dos seus filhos.
Cada vez mais a sociedade distorce o sentido da avaliação, que não deveria ser o de meramente comparar ou classificar, mas sim de contribuir para a melhoria das formas de ensinar e aprender, tanto dos professores, gestores, secretarias de educação e mantenedores, quanto dos próprios alunos. Em que momento olhamos os processos evolutivos de cada escola e de cada aluno?
Com o Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ocorrem avaliações semelhantes às do Enem. Geralmente busca-se olhar suas médias, enquanto nunca é avaliado o quanto uma escola avançou comparativamente à sua própria trajetória. Ou, o que seria melhor ainda: o quanto cada aluno avançou de forma comparada aos seus desempenhos anteriores, e não à média da turma. Como a USP já abordou em algumas pesquisas, estas avaliações externas não têm sido utilizadas nem mesmo nas próprias escolas como um meio de reflexão sobre os processos internos, sobre o que pode ser melhorado e sobre a construção de novas metas.
O importante parecem ser a nota e a classificação em si, sem levar-se em consideração que existem várias formas de burlar o sistema, assim como os próprios alunos sempre arrumam meios de conseguirem notas não pelo prazer de aprender, mas para “passarem de ano”, tal como lhes é exigido de seus pais.
Ora, se o objetivo for exclusivamente galgar boa classificação porque isto traz bom retorno para a escola, há maneiras muito mais simples de alcançá-lo, como indicar os melhores alunos para o exame ou selecionar cada vez mais aqueles que ingressam na escola – métodos inclusive já populares entre algumas instituições privadas.
E é triste notar que as escolas públicas não escapam totalmente à estratégia: grande parte das que obtiveram melhor classificação também selecionam os seus alunos por meio de “vestibulinhos”. Isto quando a seleção não é feita pela própria localidade: sabemos bem que realmente existem diferenças educacionais entre instituições localizadas em bairros com oportunidades socioeconômicas discrepantes.
Em cenários complexos como esses, como avaliar os alunos e as turmas? A resposta nunca será uníssona, tampouco simples: um mesmo professor pode obter resultados diferentes atuando em diferentes escolas, por isso não é possível afirmarmos categoricamente que uma instituição seja melhor do que a outra observando-as a partir de um único viés.
Aliás, a grande questão, sobre a qual precisamos realmente refletir, é: o que é uma boa escola? O que é uma escola de qualidade? Uma certeza, devemos ter: uma escola não pode ser de qualidade para alguns, mas precisa realmente ser para todos. Caso contrário, não será de qualidade, pois trabalhará baseada no mérito dos alunos, não no desafio de transformar as realidades de todos.


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A ponte das palavras

Diga palavras que construam os outros
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Uma canção popular exalta, em versos muito simples, o valor da palavra: "Palavra não foi feita para dividir ninguém. Palavra é ponte por onde o amor vai e vem…

A alma se exprime pelo corpo, especialmente pela língua. "Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais  por meio de sinais e símbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de símbolos para comunicar-se com os outros, por meio da linguagem, de gestos e ações" (Catecismo da Igreja Católica, n. 1146).

Nós falamos, comunicamo-nos uns com os outros de inúmeras maneiras. Quanto não diz, com frequência, um simples olhar, um sorriso levemente esboçado, um silêncio significativo, um gesto de paixão ou um aceno impregnado de afeto! Muitos são os caminhos da linguagem que interligam, em comunhão, alma com alma. Mas a grande ponte que Deus nos deu para nos comunicarmos entre nós - e para nos comunicarmos com Ele - é a palavra: palavra pensada, interior; palavra pronunciada; palavra publicada.

É falando, conversando, escrevendo que estamos a construir, constantemente, pontes de intercomunicação: por elas a nossa alma - a nossa vida! - vai passando e chega até os outros, com toda a sua carga de alegrias e dores, de ódios e amores, de desconcertos e dúvidas, de enganos e desenganos, de perplexidades e certezas, de esperanças e ilusões. É bom pensar no que significam, todos os dias, as nossas palavras. Constroem ou destroem? Enriquecem ou desgastam? Que fazemos
com a língua diariamente? Talvez, de súbito, não saibamos responder, mas uma coisa é certa: fazemos muito; de bom ou de mau, mas fazemos muito.

Fonte: Canção nova
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Sábado, 22 de setembro de 2012, 10h44

Papa recebe Comitê Executivo da Internacional Democracia Cristã

Jéssica Marçal
Da Redação


Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI reunido com os participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã na manhã deste sábado, 22
O Papa Bento XVI recebeu na manhã deste sábado, 22, 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã. Em seu discurso na ocasião, o Pontífice lembrou que são preocupantes a complexidade e gravidade da atual situação econômica, mas, que neste contexto, os cristãos são chamados a agir com espírito profético, assumindo com realismo, fidelidade e esperança as novas responsabilidades.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao Comitê da Internacional Democracia Cristã – 22/09/2012


O Papa disse que, desde o último encontro, realizado há cinco anos, o empenho dos cristãos na sociedade não deixou de ser um fermento vivo para melhorar as relações humanas e das condições de vida.

“Este empenho não deve conhecer flexões ou limites, mas, ao contrário, seguir profundo com renovada vitalidade, tendo em vista a continuidade e, por algumas vezes, o agravar-se das problemáticas que enfrentamos”.

Sobre a contribuição política e institucional dos membros presentes no encontro, Bento XVI destacou que isso não pode limitar-se a responder as urgências de uma lógica de mercado, mas também assumir como central e imprescindível a busca do bem comum e a promoção e proteção da dignidade da pessoa humana.

O Pontífice reiterou ainda a importância do respeito à vida em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural, e do respeito ao casamento, união indissolúvel entre um homem e uma mulher e fundação da comunidade e da vida familiar.

“Um autêntico progresso da sociedade humana não poderá, portanto, abrir mão da política de proteção e promoção do matrimônio e da comunidade que deriva daí, política a ser adotada não só pelo Estado, mas pela própria Comunidade internacional, a fim de inverter a tendência de um crescente isolamento do indivíduo, o que é fonte de sofrimento e de atrofia seja para o indivíduo seja para a própria comunidade”.

Por fim, o Papa lembrou que se é verdade que a defesa e promoção da dignidade da pessoa humana é dever dos homens e mulheres, da mesma forma é verdadeiro o fato de que essa responsabilidade cabe, de modo particular, àqueles que são chamados a desempenhar um papel de representação.

“Esses, especialmente animados pela fé cristã, devem ser “capazes de transmitir às gerações razões de vida e de esperança” (Gaudium et Spes, 31)”.