domingo, 23 de setembro de 2012

Ano da Fé: “Dar razão da nossa esperança” (1Pd 3,15)
10/08/2012
Dom Luiz Henrique da Silva Brito - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

O Santo Padre Bento XVI proclamará o “Ano da Fé” com o intuito de suscitar na Igreja uma viva e justa comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II e 20º aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica de João Paulo II.

Estes grandes momentos da Igreja foram marcantes e de grande envergadura para a nossa caminhada da fé. O Concílio Vaticano II, por exemplo, segundo as palavras de João XIII, quis “transmitir pura e íntegra a doutrina sem atenuações nem subterfúgios” empenhando-se para que “esta doutrina certa e imutável que deve ser fielmente explicitada, seja aprofundada e exposta de modo a responder à exigências de nosso tempo”. Já o Catecismo da Igreja Católica é considerado o “verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II” (carta apostólica Porta Fidei). No Catecismo da Igreja Católica, encontramos a segura doutrina apresentada com profundidade e clareza. Existe, por conseguinte, na Igreja uma firme preocupação em facilitar o acesso deste subsídio precioso, principalmente, aos jovens que através do Catecismo devidamente preparado para eles, ou seja, o “YOUCAT” possam com sua atenta leitura se fortalecerem na vida de fé e adquirirem sólida formação para que, desta forma, sejam os propagadores e evangelizadores de outros jovens que ainda se encontram divididos e a procura de um caminho autêntico e seguro Àquele que é fonte inesgotável de salvação e vida.

O Ano da Fé será solenemente aberto no dia 11 de outubro do corrente ano, pelo Santo Padre Bento XVI. Nossa Arquidiocese também está se organizando de forma que possa aproveitar o máximo esta ocasião propícia para incentivar o povo de Deus na busca de uma autêntica fé, alicerçada por uma sólida e imprescindível formação. Aproveitaremos os momentos fortes da vida da Igreja ao longo do ano para chamar a atenção do nosso povo o quanto é importante conhecer e aprofundar os conteúdos da mensagem cristã. Para isso contamos com as iniciativas paroquiais de formação permanente dos fiéis. Contamos também com as Universidades Católicas que poderão contribuir com eventos formativos que levem a um diálogo frutuoso entre fé e razão, como também ajudando na elaboração de subsídios e outras formas de divulgação.

O que precisamos urgentemente é de uma fé mais adulta, mais amadurecida, preenchida de uma fidelidade inabalável em Deus e sua Igreja. Hoje, mais do que nunca, necessitamos de cristãos convictos para responder aos desafios de uma sociedade em que a cultura da morte se torna cada vez mais presente, como também o descaso com os valores morais. Devemos começar especialmente em nossa família eclesial. Precisamos de fiéis mais firmes em suas posturas, no sentido de abraçar a fé e traduzi-la na vida. Precisamos dar um basta nos “achismos” deletérios que confundem o povo de Deus ao considerar que é possível se dizer cristão católico e apoiar o divórcio, o aborto e outras questões graves que atentam contra a dignidade da vida humana. Contra esses ataques à solidez doutrinária e a comunhão de valores e ensinamentos temos a riqueza de tantos documentos magisteriais que muito auxiliam no sentido de dissipar quaisquer dúvidas que, porventura, possam estar penetrando em nossos corações, deixando-nos fragilizados em nossa vida de fé.

O Papa neste sentido vem em nosso auxílio com seus escritos. Destacamos a Carta Apostólica “Porta Fidei” que, certamente, será de grande utilidade para vivenciarmos adequadamente o Ano da Fé.

A abertura do Ano da Fé em nossa Arquidiocese será no Santuário Mariano de Nossa Senhora da Penha, no dia 13 de outubro às 09h. Maria, serva fiel e prudente, modelo de Fé, seja a guardiã de todas as atividades propostas ao longo do Ano da Fé. Peçamos também a ela que nossa Arquidiocese, desde já, abençoada com a perspectiva da JMJ, possa viver intensamente esse momento belíssimo de um testemunho de fé e adesão a Cristo cada vez mais forte e perseverante.(fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro)

Um projeto de leitura: a biblioteca vai à sala de aula

| Ensino Fundamental - Maria Inês Miqueleto

O carrinho de leitura circula por todas as salas da escola. Mesmo que não saibam ler, os alunos precisam entrar em contato com textos diariamente.
Na Escola Maria Aparecida, há um projeto de leitura, que envolve várias ações para despertar nas crianças o hábito de leitura. Uma dessas ações é o incentivo ao uso da sala de leitura para pesquisas e empréstimos de livros.
Hoje, contamos com uma profissional que trabalha nesse espaço, mas, em 2008, quando me tornei coordenadora dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a escola não contava com uma pessoa para que a biblioteca funcionasse todos os dias de manhã e à tarde. Então, resolvi levar a sala de leitura para as classes.
Não bastaria levar só livros, mas sim, diferentes portadores de textos, ou seja, gibis, revistas, jornal, entre outros. Os acervos para leitura nós tínhamos e eles chegam à escola via Programa Ler e Escrever da Secretaria de Estado da Educação e via Programa Nacional Biblioteca na Escola da FNDE.
Com essa ideia e com o acervo da escola, faltava apenas um suporte que facilitasse o transporte do material de leitura até as salas de aula. Então, resolvi criar projeto “Carrinho de Leitura”, que continua sendo utilizado até hoje. Trata-se de um carrinho de supermercado pintado de vermelho para chamar a atenção das crianças da escola. Nele, eu organizo várias opções de leitura: livros de literatura infantil, gibis, revistas voltadas para o público infantil, de curisiodades, de Ciências, etc. O carrinho tem trinta volumes de cada tipo de texto. Organizo um cronograma para que o Carrinho de Leitura possa ir para todas as salas durante o ano todo, veja aqui um modelo.
De posse do cronograma, os professores organizam, em suas rotinas semanais, atividades de leitura com o acervo que se encontra no carrinho.
Nos 2º e 3º anos, os professores fazem um trabalho que chamamos de “explorar os diferentes portadores de texto”, proporcionando aos alunos (mesmo aos que ainda não sabem ler), o contato com diferentes suportes de texto e a leitura propriamente dita. Nos 4º e 5º anos, a biblioteca na sala de aula, possibilita um tempo para que os alunos possam escolher e fazer uma leitura. O resultado pode ser uma indicação literária ou uma roda de biblioteca.
Enfim, a biblioteca na sala de aula tem sempre um objetivo específico e com relação aos acervos, atualizo-os a cada vinte ou trinta dias. Ah! Ia me esquecendo. O carrinho tem um estacionamento. Fica na sala 7 e são as próprias crianças, solicitadas pelos professores, que vão buscá-lo e devolvê-lo.
Num outro post posso escrever sobre outras ações que desenvolvemos para incentivar a leitura.
(fonte: Nova Escola)

sábado, 22 de setembro de 2012

Visita papal ao Líbano promoveu o diálogo, reflexão e a “cultura da paz” 

Visita papal ao Líbano promoveu o diálogo, reflexão e a “cultura da paz”
O Arcebispo caldeu-católico de Kirkuk (Iraque), Dom Louis Sako, fez um balanço positivo da última visita do Papa ao Líbano, realizada entre os dias 14 e 16 de setembro, e afirmou que esta foi uma ocasião de promover a “cultura da paz”, o diálogo entre cristãos e as demais religiões do Oriente Médio.
Em conversa com fontes da Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) em Beirute neste domingo, 16, Dom Louis mostrou-se convencido de que a visita também levará muitos muçulmanos à reflexão, graças ao testemunho de paz e abertura ao diálogo do Papa e dos cristãos ali congregados.
«A cultura da paz que assim se expressa é de grande ajuda para todos nós no Oriente Médio, muçulmanos e cristãos», afirmou o Arcebispo, que afirmou também já ter recebido reações muito positivas de amigos islâmicos do Iraque que admiraram na televisão o pacífico encontro de centenas de milhares de cristãos. «O sorriso do Papa por si só já foi uma mensagem», acrescentou.
Ao ser perguntado se a mensagem de respeito e de paz, transmitida pelo Papa Bento XVI no Líbano, poderia ajudar a tranquilizar a ira desatada no mundo árabe por um recente vídeo considerado um insulto ao islã, o Arcebispo Sako respondeu: «Assim espero. O vídeo despertou protestos também no Iraque; a televisão iraquiana me entrevistou sobre o assunto. Agora depende de nós. Que saibamos traduzir em nossos países o que disse o Papa aqui, em Beirute».
O Arcebispo iraquiano expressou também a esperança de que a Carta Apostólica «Ecclesia in medio oriente», agora publicada pelo Papa, ajude a reforçar a comunidade entre as Igrejas no Oriente Médio. Será necessário aprofundar na cooperação tanto com as Igrejas não católicas como com as Católicas de outros países da região. Além disso, para por em prática a Carta Apostólica, é importante aprofundar no diálogo, também teológico, com os muçulmanos.

A revolução sexual e suas consequências

reportagens / Transtornos da sexualidade

Houve um tempo em que falar sobre sexo era um verdadeiro tabu, um tema que estava ligado à procriação, à intimidade dos lares e dos esposos. Com a revolução sexual dos anos 60 e a invenção da pílula anticoncepcional, o sexo deixou de ter fins procriativos, foi do “proibido” ao “libera geral”, passou a ser um produto de consumo, algo superestimulado e até mesmo comercializado.
Historicamente, a revolução sexual tem, na sua gênese, o fenômeno ideológico e filosófico da contracultura, cujo principal objetivo é obter mudanças nas relações humanas, caracterizada pelo seu interesse nas drogas, no sexo e rock’n roll. Na base desta ideologia está o filósofo alemão e naturalizado norte-americano Herbert Marcuse, com a ideia de que a livre expressão da sexualidade seria uma arma política contra o sistema capitalista.
Padre Paulo: "A revolução sexual foi uma engenharia de desconstrução social"
Com a sua obra ‘Eros e civilização’, Marcuse injetou na juventude norte-americana do pós-guerra a ideia do sexo livre como o mais alto grito de protesto contra o sistema. Palavras de Marcuse viraram chavões de uma época: “Não faça guerra, faça amor” ou “paz e amor”.
“Com a invenção da pílula anticoncepcional e a propagação cada vez maior do uso da camisinha, as pessoas passaram  - até culturalmente – aceitar a ideia de que sexo nada tem a ver com filho (abertura à vida) ”, diz o sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT), padre Paulo Ricardo considerando este fato um dos pilares da revolução sexual.
O grande problema é que, a partir daí, o negócio ‘desceu ladeira abaixo’. Os homens passaram a ter comportamentos cada vez mais femininos como cabelos longos, roupas justas, brincos e até maquiagens. Surgiu a industria pornográfica e a manipulação do sexo pela mídia, numa crescente onda de exposição dos corpos para vender produtos. As mulheres passaram a colocar, no rol dos seus direitos, o sexo livre, o exibicionismo, direitos reprodutivos como aborto, direito sobre o corpo, etc. A proliferação de doenças como AIDS, Sífilis, HPV e outras doenças de cunho sexuais se transformaram em verdadeiras epidemias.
“O feminismo radical, por exemplo, fruto desta revolução sexual, tornou-se o grande inimigo da mulher. As feministas americanas fazem, ainda hoje, passeatas com cartazes escritos ‘It’s nice to be slut’, cuja tradução é: ‘é legal ser uma vadia’. Como pode uma mulher orgulhar-se de ser fútil, ser devassa?”,  diz padre Paulo.
Para o sacerdote existem também forças espirituais que atuam na desconstrução da pessoa e que age na sociedade. “Nós devemos entender que existe uma obra de engenharia que está destruindo a criação. Por trás desta revolução sexual, existe muito mais do que sexo, há também uma revolta do mundo espiritual”, conclui o sacerdote. (fonte: canção nova)
Artigos - CNBB

EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR?
29/8/2012

eleiçoes1.jpgCom os programas eleitorais pelo rádio e a TV, inicia a fase decisiva na campanha eleitoral para as eleições municipais de 2012. É a hora de conhecer melhor os candidatos, os programas e propostas de seus partidos e de fazer o discernimento para a escolha dos candidatos.
Estas eleições são importantes e merecem toda a atenção, pois nos municípios está a base da vida política nacional: ali está o povo que vota; vereadores e prefeitos darão, depois, o apoio aos candidatos a deputados estaduais, federais e governadores e à própria escolha do mandatário supremo do país. Sua importância maior, porém, está na gestão do poder local: escolher bem o prefeito e os vereadores é fundamental para a comunidade municipal.
Os candidatos farão a sua parte, nessas próximas semanas, para se apresentarem aos eleitores e para obter o seu voto. Também os eleitores deverão fazer a sua parte; vale a pena recordar alguns critérios para acompanhar a campanha eleitoral e para discernir sobre as escolhas a fazer. Abster-se de toda informação, votando em branco, ou escolhendo apenas na última hora não seria a coisa mais aconselhável.
É fundamental o conhecimento dos candidatos, sua história pessoal e seu preparo para assumir o cargo que pretendem exercer. E é necessário conhecer suas propostas e as de seus partidos, para avaliar se elas levam em conta as reais necessidades da população e do município. O Legislativo e Executivo municipal devem estar atentos às grandes questões que interessam à vida da cidade: educação, saúde, segurança pública, transporte, habitação, cuidado do meio ambiente, limpeza pública, saneamento básico; atenção especial merecem os pobres e as camadas sociais mais vulneráveis da cidade. Propostas com soluções mirabolantes e irreais devem receber a desconfiança do eleitor.
Infelizmente, a campanha eleitoral tem mostrado, com frequência, maior preocupação doseleições1.png candidatos em "demolir" os adversários do que em apresentar aos eleitores propostas de governo dignas de fé e adequadas para o exercício do mandato pretendido. Os eleitores têm o direito de cobrar propostas dos candidatos e de esperar que eles estejam atentos às necessidades das comunidades locais.
Os bons políticos não podem estar atrelados apenas ao interesse de algum grupo, mas comprometidos com a promoção do bem comum. É necessário desconfiar de quem pede o voto, mas, depois de eleito, nunca mais se interessa pelas necessidades da população, em geral, e fica apenas a serviço de algum grupo de interesse. Nesse particular, vale a pena avaliar o desempenho político de quem pede para ser reeleito.
A corrupção na vida política é um grande mal e deve merecer uma atenção especial dos eleitores; a eleição é a grande chance de manter longe do poder quem não tem "ficha limpa", ou já esteve envolvido em desonestidade, ou tem histórias pouco claras na gestão do poder público. Mais uma vez, é preciso conhecer os candidatos e conferir: ficha limpa e "cheia" de credibilidade...
A corrupção política pode começar na própria campanha eleitoral, quando há o abuso do poder econômico, ou se o candidato tenta "comprar" o voto dos eleitores, em troca de pequenos benefícios. Mas também os eleitores não devem "vender" seu voto, nem trocá-lo por favores, mas votar com liberdade e responsabilidade; o voto representa a dignidade pessoal, que nenhum preço paga. A compra de votos e outras formas de pressão sobre o eleitor devem ser denunciadas, com base na lei 9.840, como "crimes eleitorais", cuja pena pode levar à perda do mandato.
Religião e política devem ficar distantes? Depende. O critério religioso não deve ser o mais importante; trata-se de escolher pessoas honestas e dignas, capazes de governar e legislar. Mas é bom verificar, se os candidatos respeitam a liberdade de consciência, as convicções religiosas e morais dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação da fé; não vote em quem vai criar depois, de alguma forma, problemas para esses direitos. E apoie candidatos que protejam e amparem a família diante das ameaças à sua identidade e missão natural. A cidade que descuida ou abandona a família herdará muitos problemas.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)





25º Domingo do Tempo Comum Quem quiser ser o primeiro deve ser o servidor
cônego Celso Pedro da Silva
Sb 2,12.17-20; Sl 53 (54); Tg 3,16 – 4,3; Mc 9,30-37
Pela segunda vez, Jesus anuncia a sua Paixão, morte e ressurreição. Este anúncio é feito de forma breve: Ele vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-lo, mas Ele ressuscitará. Jesus estava voltando para casa, em Cafarnaum, e durante o caminho conversava com os discípulos e ensinava a eles o que deviam aprender. No primeiro anúncio, Pedro reagiu e recebeu uma chamada. Agora, no segundo, ninguém disse nada. Não entenderam e tinham receio de perguntar. Durante o caminho, Jesus adiantou-se e os Doze vinham um pouco atrás, discutindo algum assunto.
Em casa, Jesus perguntou sobre o que estavam discutindo, mas eles ficaram quietos. Continuavam com receio de falar ou estavam com vergonha do assunto sobre o qual discutiam. De fato, eles estavam brigando para saber quem deles era o maior, o mais importante do grupo dos Doze. Ora, enquanto Jesus anuncia sua entrega, seu sofrimento, sua morte, eles alimentam rivalidades e se tornam adversários uns dos outros.
Com muita paciência, Jesus se senta, chama os Doze e lhes diz: “Quem quiser ser o primeiro deve ser o último de todos e o servidor de todos”. Jesus então pega uma criança e a abraça ensinando aos Doze que o serviço que se presta a alguém, aparentemente frágil e sem importância, é feito a Ele mesmo e a Deus Pai que o enviou. Na sociedade de então o homem era o primeiro, a mulher e a criança vinham depois. Jesus inverte o quadro e coloca quem é o primeiro a serviço dos demais. Pode ser que os Doze Apóstolos tenham entendido a lição. Seus sucessores e todos nós, entendemos? Cobiça, inveja, rivalidade geram a desordem, ensina São Tiago. É na paz que devemos viver, e ela é fruto da justiça. Dando atenção aos mais fracos, pondo-se ao lado dos indefesos, rejeitando o pecado, mas compreendendo os pecadores, Jesus incomodava, por isso queriam matá-lo.
O “pecado” vai matá-lo porque Ele veio para tirar o pecado do mundo. Na sua morte, já não somos mais dependentes. Somos livres para criar um mundo novo, administrando com sabedoria a nossa inclinação para o mal. A sabedoria vem do alto e entra em nossa vida como força de equilíbrio. Os sete pecados capitais, expressão prática da nossa má inclinação, continuam tentando se assentar em nossas cabeças, mas não perdemos o equilíbrio. Necessitamos de autoestima sem, porém, nos deixarmos dominar pela inveja e pela soberba. Comemos sem ser gulosos, administramos sem avareza, reagimos sem ira, descansamos sem preguiça, geramos vida sem luxúria.
O último lugar é o lugar de Jesus, lugar santificado e valorizado pela sua presença. Sua importância vem de seu próprio ser. Nele nada é artificial, não importa onde esteja. Importante é o lugar onde Ele está. Podemos ocupar o primeiro lugar e significar pouco para os tempos em que vivemos. Podemos estar no primeiro lugar e bloquear a passagem, impedir o crescimento, criar o vazio.
No entanto, é verdade que o último lugar pode ser um lugar cômodo. O equilíbrio da sabedoria se faz necessário também aqui. Posso ocupar o último lugar não para servir, mas para não fazer esforço, para não ser chamado, para viver a minha vidinha. E o último lugar passa a ser o da mediocridade.
21/09/2012 - 11:39 Mesa da Palavra