sábado, 5 de janeiro de 2013

Família feliz

As estruturas excludentes não combinam com diálogo, solidariedade, respeito. As estruturas excludentes são violentas porque mantém à margem da sociedade principalmente os mais pobres. Toda estrutura tem um mentor intelectual que pensa somente em si. Em primeiro lugar, não existe discurso amigável onde reina os contra-valores. A falta de justiça de um afeta todos. Não no sentido de que todos se tornam injustos mas porque sofrem em consequência das atitudes errôneas de um sujeito. É preciso pensar estruturas que garantam o bem estar de todos.
As novas estruturas, com ética e moral, só vem com homens e mulheres que acreditam na força que brota do amor, justiça e paz. Para isto temos necessidades formação que começa na vida doméstica, com o pai e mãe sendo exemplos para os filhos. O maior e melhor referencial de educação ainda são os pais. Se pensarmos bem, uma família é uma estrutura que pode e deve contribuir para a formação de uma sociedade onde todos sejam respeitados. A vida em família não deve ser um lugar de revoltados. A vida em família deve ser um lugar onde brilha o amor, o bem, a concórdia e tantos valores que hoje muitos sentem saudades.
Falar com pessoas, mesmo desconhecidas, como se fossem amigas dá a sensação de tranquilidade e paz. Na família, somos mais do que amigos e amigas, somos filhos e pais. É na família que tudo começa. Se começar errado, o erro torna-se duradouro e atrapalha a vida de muitos. Um dia você entenderá porque determinadas pessoas só fazem o mal, ficam felizes com a maldade. A explicação está na formação decadente. Quando falta afetividade, quando falta uma educação para a sexualidade, nesse sentido fica difícil se defender do perigo. Que as famílias possam encontrar a verdadeira paz. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
 

"Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!" (1João, 3,18)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão

"O homem é criado na palavra e vive nela; e não se pode compreender a si mesmo, se não se abre a este diálogo"(VERBUM DOMINI, 22).

Não, o cristão nunca deve ser individualista, porque o ser humano está por natureza orientado para a comunhão. [321]

"O maior dom que o ser humano pode ter debaixo do céu é poder viver bem com aqueles com quem está." Beato Egídio de Assis

Leia um livro

Uma excelente leitura, um bom livro: Ética da sexualidade e do matrimônio.
Autor: Eduardo López Azpitarte

REFLEXÃO

"Desde o início, os cristãos tiveram consciência de que, em Cristo, a Palavra de Deus está presente como Pessoa" (VERBUM DOMINI, 12).
 
"Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe!" (1João, 3,7). Recomendação muito atual, essa de S.João!
 

Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo


Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, Friday, 4 January 2013 (Zenit.org).
Multidões se extasiavam, há poucos dias, diante do espetáculo de luz e som que marcavam a passagem do ano. Ao brilho da luz que irrompia na explosão dos fogos, no jogo dos canhões de luz que, dançando, se perdiam no espaço até se extinguirem. Os corações vibravam numa alegria que depois se esvaia, perdida no cansaço e na escuridão que se seguia, agravada pela densidade da fumaça da queima dos fogos.
Os magos seguiram a estrela. Para todos nós, com certeza nunca faltará uma luz em nosso caminho para nos guiar para Cristo. Os jovens que para cá virão no próximo mês de julho, vêm também em busca dessa luz que é Cristo. Faltam 200 dias para a JMJ Rio 2013. Os passos dados, as preparações feitas já despertam a curiosidade dos noticiários, e reflexões são elaboradas para, sob vários olhares, tentarem compreender a Igreja que vive a sua missão evangelizadora.
Cristo se manifestou como luz para todos os homens! A salvação foi dirigida também aos “gentios”, que recebem a mesma possibilidade de encontrar, em Cristo, a salvação. Cristo é a luz verdadeira que deveria vir a este mundo; Ele ilumina as trevas da humanidade.
A Luz. A humanidade busca a Luz, mas a sobra do pecado, qual nuvem escura e negra, tenta obstruir este anseio do mais profundo do nosso coração. E as luzes deste mundo são fugazes, perdem-se como os canhões de luz que rodopiam na escuridão e, depois, se apagam. Não preenchem o vazio do íntimo do nosso ser, como escreve Santo Agostinho: “Estáveis dentre de mim e eu te procurava fora. Inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Vós”.
A Luz verdadeira veio ao mundo, e mesmo aquele povo que tinha sido preparado pelos seus patriarcas e profetas para acolhê-la, não a receberam. Apenas os de coração aberto, que a buscavam na sinceridade de suas vidas, sentiam sua presença, conduzidos pela Estrela. E puseram-se a caminho.
A fé dava-lhes força para prosseguir a jornada, apesar das distâncias, da aspereza do caminho. Como a Samaritana junto ao poço de Jacó, também a eles foi revelado que a salvação viria dos judeus. Bateram às portas de Jerusalém, que tinha ciência de que a Luz estava por vir, inclusive, de que surgiria da raiz de Jessé, na pequenina Belém.
Mas, a ambição e a ânsia do poder ofuscavam-lhes a mente e maquinaram abafar aquela pequena chama que luzia numa manjedoura. E despediram os Magos. E eles partiram à luz da Estrela que pousou onde estava o Menino e sua Mãe, e O adoraram.
A humanidade, hoje, numa cultura globalizada, está confusa e perdida, como profetizou Isaias: “Um povo que vivia nas trevas...” Precisa que se lhe aponte uma grande Luz, capaz de dar sentido ao desenvolvimento técnico que alcançou, mas incapaz de lhe dar a paz.
O apóstolo Paulo, na sua carta aos Efésios, nos fala da misericórdia de Deus que se abre pela pregação apostólica, no anúncio da manifestação da salvação para todos os povos. Um povo que vivia nas trevas viu uma grande Luz. Escrevendo aos Romanos (cap.10), como que lamenta a falta de arautos a apontar essa Luz a todos os corações: “Como poderão invocar aquele em que não creram? E, como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderão ouvir sem pregador?” E conclui, com Isaias: “Quão maravilhosos os pés dos que anunciam boas notícias.”.
Ao olharmos, como Jesus, a Jerusalém, a cidade de hoje, o mundo contemporâneo, o nosso lamento é desesperador ante a cultura da degradação moral e da morte. Debatemo-nos, inutilmente, à procura das causas imediatas e concluímos por soluções contaminadas pela mesma cultura, como guerras, opressões, prisões e mortes, incapazes de nos dar a Paz.Como Herodes e sua turma, não nos abrimos ao brilho da Estrela de Belém.
Não há salvação senãoem Jesus. Aide mim, se não evangelizar, exclama a Igreja com o apóstolo. O “Ano da Fé”, em seguimento ao Concílio Vaticano II, nos concita a uma nova evangelização. A não fecharmos em nós mesmos o dom que recebemos. Não que a mensagem de Cristo tenha envelhecido. Sua luz é perene e eterna. A nossa pregação é que tem de se tornar atual, capaz de iluminar, pelo Evangelho, as mentes e corações, a evolução técnica e social da humanidade, incentivando-a e reconhecendo seus valores, mas indicando-lhes que os ponteiros deste desenvolvimento têm de apontar para o Infinito.
Nós, cristãos, não podemos aceitar que o sal da terra se torne insípido e a luz fique escondida. A nova cidade dos homens somente encontrará a paz se brilhar sobre ela a Luz.  Então veremos a realização da visão profética de Isaias: ”A luz nasceu para os que habitavam a região da sombra da morte. Multiplicaste o povo e fizeste nascer a alegria”.
† Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Reflexão

"O cristianismo é a "religião da Palavra de Deus", não de "uma palavra escrita e muda, mas do verbo encarnado e vivo" (VERBUM DOMINI, 7).

Reflexão

"A novidade da revelação bíblica consiste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco" (VERBUM DOMINI, 6).

Espanhóis e imigrantes: caminhar juntos na esperança



Madri (RV) - No próximo dia 20 de janeiro, a Igreja na Espanha, acolhendo o convite do Papa Bento XVI, celebrará o Dia Mundial das Migrações.

Em preparação a esta data, os bispos da Conferência Episcopal Espanhola dirigiram uma mensagem de alento e esperança aos imigrantes, seguindo o tema desta edição de 2013: "Migrações: Peregrinação de fé e esperança".

"Quantas vezes essa peregrinação não se torna frustrada", escrevem os bispos, recordando que com frequência o migrante encontra um deserto a atravessar ou o mar abaixo dos pés. "Não deixa de nos ferir a tragédia de muitos migrantes que deixaram e continuam deixando suas vidas no mar".

Os bispos denunciam "o abuso das máfias que exploram e traficam as necessidades dos migrantes", e pedem medidas mais generosas na hora de regular os fluxos migratórios; medidas que no se reduzam ao fechamento hermético das fronteiras ou ao endurecimento das sanções contra os irregulares.

Referindo-se à crise econômica que a Espanha está vivendo, a Conferência Episcopal recorda que a falta de perspectiva profissional reduziu o saldo entre ingressos e saídas em 120 mil pessoas em nove meses. A crise, além disso, está levando os espanhóis, sobretudo jovens, a emigraram para outros países da Europa.

Os Bispos então fazem um apelo para que espanhóis e migrantes unam suas forças para caminhar sempre adiante, recordando que "a virtude teologal da esperança alimenta as esperanças humanas de progredir, de melhorar, de não ceder ao desalento".

(BF)

FOME

A fome é o maior problema solucionável do mundo.
(PNUD BRASIL)

A Igreja defende

"A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro evangelhos".
(DEI VERBUM, 18)

Revelação divina

"As coisas reveladas por Deus, que se encontram escritas na Sagrada Escritura, foram inspiradas pelo Espírito Santo" (DEI VERBUM, 11).

Reflitam

"A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo" (São Jerônimo).
Catecismo Jovem
"Fora da misericórdia de Deus não há para o ser humano mais nenhuma fonte de esperança"
Um pecado está sempre associado a um indivíduo que adere ao mal conhecimento e com vontade. [320] 
Evangelho (Jo 1,35-42)
Hoje, o Evangelho nos lembra as circunstâncias da vocação dos primeiros discípulos de Jesus. Para preparar-se ante a vinda do Messias, João e seu companheiro André haviam escutado e seguido durante um tempo a João Batista. Um bom dia, este aponta a Jesus com o dedo, chamando-o Cordeiro de Deus. Imediatamente, João e André o entendem: o Messias esperado é Ele! e, deixando a João Batista, começam a seguir a Jesus.
Jesus ouve os passos atrás Dele. Volta-se e fixa a olhada nos que o seguiam. As miradas se cruzam entre Jesus e aqueles homens simples. Eles ficaram extasiados. Esta olhada comove seus corações e sentem o desejo de estar com Ele: «Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras» (Jo 1,38), lhe perguntam. «Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima» (Jo 1,39), lhes responde Jesus. Os convida a ir com Ele e a ver, contemplar.
Vão e, o contemplam escutando-o. E convivem com Ele aquele anoitecer, aquela noite. É a hora da intimidade e das confidencias. A hora do amor compartilhado. Ficam com Ele até o dia seguinte, quando o sol se levanta por cima do mundo.
Acesos com a chama daquele «Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.» (cf. Lc 1,78-79). Excitados, sentem a necessidade de comunicar o que contemplaram e viveram aos primeiros que encontram ao seu passo: «Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)» (Jo 1,41). Os santos também o têm feito assim. São Francisco, ferido de amor, ia pelas ruas e praças, pelas vilas e bosques gritando: «O Amor não está sendo amado».
O essencial na vida cristã é deixar-se ver por Jesus, ir e ver onde ele se aloja, estar com Ele e compartilhar. E, depois, anunciá-lo. O caminho e o processo que seguiram os discípulos e os santos. É nosso caminho.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O demônio tem fé mas não tem o essencial: o amor.

O demônio odeia a Igreja, odeia o padre, odeia o evangelho de Jesus Cristo. Quando elogia um, está pensando no mal para outro. É um infeliz com disposição somente para destruir, causando dor e sofrimento. Tem poder de argumentação. "A diferença é que não pode amar, nem afetiva e nem praticamente". Desse modo, podemos explicar a esquizofrenia do demônio. Ele é incapaz de amar como Jesus amou. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
"A mais fiel de todas as companheiras da alma é a esperança" (pe. Antonio Vieira). 

Mais um ano

O ano de 2012 chega ao seu término, com sua face própria para as pessoas e para as instituições. Dessa maneira, inscreve-se no calendário pessoal e institucional mais um capítulo de sua história. Ninguém desconhece a significação de sua própria história, em cujas páginas situam-se fatos que devem ser preservados e, por isso, são alegremente lembrados, e tantos outros que devem ser deletados e, assim, são jogados na lixeira do tempo. Há muitas referências a serem consideradas, no contexto do fim de um ano e de início de outro. Entre essas referências principais na vida das pessoas, com certeza, estão a família, a saúde, a educação, o trabalho, o lazer, a paz, a fé que são valores universais. Ninguém se realiza, plenamente, se lhe faltam essas referências que dizem respeito à sua individualidade, à sua condição de ser em permanente relacionamento com os semelhantes, à sua atividade produtiva, à convivência harmoniosa em seu ambiente e à sua ligação com um ser superior que, para os cristãos, é Deus, Trindade Santíssima.
Nem sempre as pessoas têm consciência da linguagem que está contida nessas referências, por isso não lhes dão a necessária atenção, a ponto de não extraírem delas as lições que contêm. Vendo-se na sua individualidade, as pessoas haverão de identificar elementos que contribuíram para o seu amadurecimento humano, para seu crescimento intelectual, sua afirmação profissional, sua realização religiosa. Todavia, em razão das circunstâncias, há pessoas que veem a face de sua vida, às avessas, e, dessa maneira, não se sentem realizadas, sob muitos aspectos. Chegar ao fim de um ano, nessa situação, representa um peso e um desgaste muito grandes em sua vida.
Em termos de calendário civil, a população brasileira tem um ano a mais pela frente, com expectativas e desafios; em termos de calendário político-eleitoral, os cidadãos brasileiros, na verdade, têm quatro anos pela frente, considerando-se o início do mandato dos prefeitos e vereadores que assumem suas funções no dia 1º de janeiro. Com certeza, a mudança pra melhor na qualidade de vida dos munícipes será a nota predominante no discurso de posse dos novos gestores municipais; essa afirmação, provavelmente, não terá confirmação, na maioria das administrações. Sem uma concepção e uma prática de gestão cidadã não haverá mudança substancial no perfil dos Municípios brasileiros. Isso será visível aos olhos da população, a começar pela composição do quadro dos auxiliares no poder executivo e legislativo. Em que pese a proibição da legislação, o nepotismo estará identificado em muitas administrações municipais, num desrespeito à cidadania; o clientelismo ainda prevalece, em muitos casos, com o emprego de pessoas próximas e amigos do gestor em centenas de cargos comissionados, ao invés de se privilegiar a sua ocupação pela via do concurso público que, de forma transparente, tem o mérito como critério de acesso ao serviço público. Não obstante uma maior conscientização da sociedade, uma fiscalização técnica mais rigorosa, a corrupção ainda fará estragos nos Municípios cujas sequelas serão facilmente enxergadas nas comunidades mais carentes da população.
Um ano a mais pesa, significativamente, na vida das pessoas e das instituições públicas e privadas, pelo registro positivo ou negativo de sua história. Que a fé e a cidadania coloquem as pessoas nos caminhos de Deus e do povo, em 2013!
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Cuba

Cuba: menor taxa de mortalidade infantil da América em 2012, incluindo Canadá e EUA - 4,6 para cada mil recém-nascidos. 
(Frei Beto)

Desmatamento continua

No fim do 2012, a organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou que o desmatamento da maior floresta tropical do mundo continua a fazer seus estragos, apesar de dados do Prodes apontarem recuo entre agosto de 2011 e julho de 2012, época em que foram derrubados 4.600 quilômetros quadrados, a menor taxa registrada desde o início das medições, em 1988.
Entretanto, os satélites do Imazon detectaram que entre agosto e novembro de 2012 foram desmatados 1.206 quilômetros quadrados, um aumento de 129% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2011 e novembro de 2011), quando foram desmatados 527 quilômetros quadrados. Pará lidera o ranking (51%), seguido por Mato Grosso (21%), Rondônia (13%) e Amazonas (12%). Esses quatro estados concentram 97% da destruição da Amazônia Legal no período monitorado.
Somente em novembro de 2012 foram derrubados 55 quilômetros quadrados da Amazônia Legal, o que equivale a um incremento de 258% se comparado com o mesmo mês de 2011. O estado mais afetado em novembro do ano passado foi o Pará, contribuindo com 42% do total registrado, seguido por Rondônia (25%) e Amazonas (24%). Também foram identificados desmatamentos em Roraima (4%) e Tocantins (1%).
Outro dado importante se refere à degradação florestal, que entre agosto e novembro de 2012 afetou 711 quilômetros quadrados. Mas ela diminuiu 45% se comparada ao mesmo período do ano anterior, quando foram computados 1.285 quilômetros quadrados degradados.
Para frear a destruição desta riqueza incalculável, o Greenpeace e demais organizações e movimentos sociais propõem a Lei do Desmatamento Zero. Participe você também, assine e compartilhe a petição e faça coro por um Brasil com florestas. (Fonte: Imazon)

Texto do nosso Pároco: Padre Matias



Onde estão os novos Reis Magos?
O Cristianismo é uma religião que, no seu surgimento, absorveu os elementos das culturas circundantes. Tenhamos a preocupação de ler as missivas do Novo Testamento tendo em vista esta peculiaridade. Lendo o capítulo 2 do evangelho de São Mateus, vemos como esta influência, se não bem inteligida, torna pesante o que para nós cristãos é de fundamental importância para a experiência de fé que desejamos ter com as celebrações que a liturgia da Igreja nos proporciona para a contemplação do mistério e o fortalecimento desta fé. Com a leitura do novo volume do papa Bento XVI, no capítulo 4, podemos ter uma reflexão densa de quem poderia ser aqueles Reis Magos que “foram ao encontro de Jesus para homenageá-lo” (cf. Mt 2,2). As interpretações dos elementos históricos postos na narrativa não se tornam anacrônicos porque existe uma preocupação, “cujo significado foi teologicamente interpretado pela comunidade judaico-cristã”, afirma Joseph Ratzinger, citando outro grande teólogo, Jean Danielou (Pág. 99). E se observarmos o capítulo, o Pontífice segue esta perspectiva teológica.
Como a fé toma a sua forma visível sempre na comunidade cristã, portemos a questão central da presença dos Reis Magos para a atualidade com as seguintes provocações: Onde estão os novos Reis Magos que visitam Jesus para homenageá-lo? Quem são eles? Quais são suas motivações? Por quem são enviados? Parece-me que no novo cenário, visualizar este fenômeno exige muito mais de nós. Na contemporaneidade muitas pessoas passam por uma profunda crise de fé (cf. Porta Fidei, 2). Para pensar metaforicamente a presença dos “novos magos”, temos que realmente pensar, não na autentica experiência de fé, como a fizeram, Maria e José, e que continua presente de forma autentica na vida de muitos cristãos, mas sim, no modo como o ser humano contemporâneo vive uma forma superficial, espiritualizante e até charlatã da sua relação com o transcendente. Estas expressões são vistas e apresentadas de diversos modos na cultura Posmoderna, através da literatura, filmes, magia negra, filosofias, artes e, mais enfaticamente, em tendências religiosas, que temos que deixar claro, não podem ser confundidas, nem equiparadas, com a lógica cristã da apocalíptica, como tão bem pensaram e dialogaram sobre, os grandes Umberto Eco e o Carlo Maria Martini no texto: “Em que crêem os que não crêem?”.
Os Magos do tempo de Jesus ofereceram ouro, incenso e mirra. O reconheceram como o Rei (ouro), o Filho de Deus (incenso) e o mistério da Paixão (mirra), pela qual iria passar. Diferente da interpretação teológica que foi dada pela comunidade cristã mateana, na atualidade, devido à tentativa de ofuscamento do Deus revelado em Jesus Cristo, pensado, estrategicamente, pelas tendências relativistas e agnósticas, que vão desembocar no niilismo antropológico da modernidade, a impostação é diferenciada. Sem dúvida, é na instigação e virulência do consumismo que os novos Magos surgem de modo atualizado. O mercado e as pessoas já não homenageiam ao Menino Jesus; mas, muito mais, aos deuses pagãos e fantásticos que alimentam o inconsciente coletivo de mentiras e alucinações. Vejamos que nestes momentos celebrativos o objetivo, teórico e pragmático, das tendências mercadológicas são mais fortemente enfatizadas. Os Magos de hoje não são capazes de mudar o caminho; eles voltam para adorar outros reis.
Por fim, que a nossa vida cristã, aproveitando este Ano da Fé, possa ser realmente um meio para que neste tempo extraordinário para apresentarmos ao Menino Jesus nossos melhores dons, conscientes de que, não somos nós que O oferecemos nada, mas Ele que é o nosso maior e melhor Presente. Assim o seja!    

Pe. Matias Soares
Pároco de S. J. de Mipibu e Vig. Episc. Sul.            

De olho em nossa história

Nos últimos 30 anos a cidade não avançou em direção ao progresso. De lá até aqui existem saldos significativos de pobreza, miséria, perseguição, fome, desemprego, desesperança. Esqueceram o ser humano, seus valores, suas tradições. Tudo isso foi uma construção histórica e negativa. Podemos ver que a ausência de democracia possibilita estragos na vida da comunidade. Quem sabe, um dia essa geração de estudantes( do meio popular) que são promovidas pela aquisição do conhecimento não resolve esse atraso selvagem que nos sufoca. Um povo sujeito de sua história não fica refém da miserabilidade econômica e política. Pelo contrário, luta com dignidade até o fim sem ter vergonha de suas raízes históricas. Um povo assim, permanecerá fiel aos parâmetros da verdade e da justiça.
Nesse sentido, não precisamos de uma educação de autoajuda mas de uma escola cidadã que possibilite a formação de homens e mulheres conscientes de seu papel na direção da sociedade. Que a pobreza absoluta não possa reinar  nem ser autora de nossa história.
(Carlos: é do Movimento Fé e Luz)

IHA revela que os adolescentes negros do sexo masculino são as principais vítimas de homicídios no Brasil

Brasília/Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2012 – A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj) divulgaram hoje os novos dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O estudo apresenta, em sua quarta edição, dados relativos aos anos de 2009 e 2010. O IHA permite estimar o risco de adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, perderem a vida por causa de assassinatos.
Os novos dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) revelam que, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,98 serão assassinadas antes de completar 19 anos – o que representa um aumento em relação a 2009, quando o índice foi de 2,61. O relatório traz os números de 2009/2010.
A partir desse índice, é possível estimar que, se as condições que predominavam em 2010 não mudarem, 36.735 adolescentes serão vítimas de homicídio até 2016 – população equivalente, em termos de comparação, a uma cidade de médio porte, como Jundiaí (SP) ou Pelotas (RS).
O IHA foi lançado em 2009 e pretende estimar o risco que adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, têm de perder a vida por causa da violência. O estudo avalia ainda fatores que podem influenciar esse risco, como raça e gênero, além da idade e meio (arma de fogo). O IHA pretende ser um instrumento para contribuir com o monitoramento desse fenômeno e, também, com a avaliação de políticas públicas, tanto municipais quanto estaduais e federais.
O cálculo dos riscos relativos confirmou a influência de sexo, cor, idade e meio utilizado no homicídio na probabilidade de ser vítima de assassinato. Em 2010, os adolescentes do sexo masculino apresentavam um risco 11,5 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,78 vezes superior ao dos brancos. Por sua vez, os adolescentes tinham um risco 5,6 vezes maior de ser atingidos por arma de fogo do que por qualquer outro meio.
O IHA expressa, para um universo de mil pessoas, o número de adolescentes que, tendo chegado à idade de 12 anos, não alcançará os 19 anos porque será vítima de homicídio. Por outro lado, estima o número de homicídios que se pode esperar ao longo de sete anos (entre os 12 e os 18 anos) se as condições não mudarem.
Hoje, os homicídios representam 45,2% das causas de morte dos adolescentes brasileiros, enquanto para a população total correspondem a 5,1%. Segundo o último levantamento do IBGE (2010), aproximadamente 13% da população brasileira é composta por adolescentes com idade entre 12 e 18 anos.
Desenvolvido pela SDH, o UNICEF e o Observatório de Favelas, em parceria com o LAV-Uerj, o IHA está inserido no contexto do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL).
Em 2010, o estudo avaliou 283 municípios do Brasil com mais de 100 mil habitantes. O município de Itabuna, na Bahia, lidera o ranking de homicídios contra adolescentes entre as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, com 10,59 mortes para cada grupo de mil adolescentes. Em seguida, aparecem os municípios de Maceió (AL), com 10,15, e Serra (ES), com 8,92.
Ranking do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) dos municípios com mais de 200 mil habitantes (2010)
Posição Município UF IHA 2010 Número total esperado de mortes entre 12 e 18 anos
1 Itabuna BA 10,59 261
2 Maceió AL 10,15 1.214
3 Serra ES 8,92 452
4 Ananindeua PA 8,89 566
5 Salvador BA 8,76 2.613
6 Feira de Santana BA 8,39 585
7 Vitória da Conquista BA 8,13 313
8 Vitória ES 8,04 275
9 Foz do Iguaçu PR 7,83 273
10 Marabá PA 7,39 254
11 Cariacica ES 7,12 306
12 Vila Velha ES 7,04 320
13 João Pessoa PB 6,87 578
14 Maracanaú CE 6,46 194
15 Duque de Caxias RJ 6,35 196
16 Camaçari BA 6,35 689
17 Olinda PE 6,13 266
18 Porto Alegre RS 6,06 858
19 Viamão RS 6,04 183
20 Belém PA 5,90 1.025
Série histórica
Ao analisar a evolução do índice desde a sua criação, nota-se que o valor do IHA para o Brasil em 2005 foi de 2,75 mortes para cada grupo de mil adolescentes. Houve redução nos valores do índice até 2007 e estabilidade em 2008 e 2009. Já em 2010 o IHA aumentou significativamente, alcançando o patamar mais elevado da série (2,98).

Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL)
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) trabalha com foco nas ações prioritárias da Agenda Social Criança e Adolescente, lançada em outubro de 2007, que estabelece o Compromisso Nacional pela redução da violência contra crianças e adolescentes firmado pela União com municípios, Estados e Distrito Federal. Uma das ações promovidas pela SDH, por meio do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), é a parceria para a implementação do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL).
O PRVL é realizado em conjunto pela SDH, o UNICEF e Observatório de Favelas, que coordena o trabalho desenvolvido em parceria com o Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj). O Programa de Redução da Violência Letal (PRVL) visa à promoção de ações de sensibilização, à articulação política e à produção de mecanismos de monitoramento, no intuito de assegurar que as mortes violentas de adolescentes e jovens sejam tratadas como prioridade na agenda pública. Com o objetivo de contribuir para a difusão de estratégias pautadas na valorização da vida, o PRVL foi pensado a partir de três eixos:
  • Articulação Política – prevê ações de articulação nacional e de mobilização de diferentes atores sociais nas regiões envolvidas.
  • Produção de Indicadores – na tentativa de acompanhar de modo continuado a evolução dos homicídios entre adolescentes, o PRVL criou o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA).
  • Sistematização de Experiências – envolve o levantamento, análise e difusão de metodologias que contribuem para a prevenção da violência e, sobretudo, para a redução das taxas de letalidade de adolescentes e jovens no Brasil.
O PRVL contou com pesquisadores para realizar o levantamento de ações públicas e práticas sociais de prevenção à violência, buscando identificar, em 16 regiões metropolitanas com altos índices de letalidade, iniciativas que possam orientar políticas públicas abrangentes nesta área.
Regiões metropolitanas: Belém (PA); Belo Horizonte (MG); Brasília (DF); Curitiba (PR); Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL); Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS); Recife (PE); Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ); Salvador (BA); São Paulo (SP); Vitória (ES)
(Fonte: Unicef Brasil)

A Boa Nova dos franciscanos para 2013: “Eu vivo a paz e o bem”



  Cidade do Vaticano (RV) – “Eu vivo a paz e o bem”: esta é a iniciativa que os frades franciscanos da província do Rio Grande do Sul estão preparando para este ano de 2013.

De casa em casa, nas escolas, nas comunidades, com os jovens.... a pergunta é: que faria S. Francisco de Assis ao se deparar com a violência, com o descaso, com o egoísmo que muitas vezes predomina não só na sociedade, mas também na relação interpessoal.

Desafio para 2013

O maior desafio para a educação em 2013 é superar os índices negativos que vem castigando professores e alunos. A busca pela qualidade deve ser permanente e vai depender da luta organizada dos trabalhadores em educação. Que as intervenções para a educação sejam positivas e, serão positivas se os educadores não perderem a capacidade de luta. Lutem por melhores salários, ensino de qualidade e melhores estruturas nas escolas. Se a hierarquia falhar a base não consegue sustentar. Um ano novo de luta e conquistas! (Carlos: Professor/Catequista)

Catecismo Jovem

"Ama, pois, o teu próximo e procura no teu íntimo a origem deste amor; lá verás a Deus o quanto agora te é possível."
(Catecismo Jovem, Santo Agostinho) 

Reflexão do Papa Bento XVI

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Quando nos entregamos totalmente ao Senhor, tudo muda. Nós somos filhos de um Pai que nos ama e nunca nos abandona. 
Bento XVI

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


A consciência é a voz interior do ser humano que incondicionalmente o move a procurar o bem e a evitar o mal. [295]
"Tudo o que acontece contra a consciência é pecado." São Tomás de Aquino 
(Catecismo Jovem)

Bento XVI: devemos confiar em Deus, renovando a fé na sua presença e ação na história



Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI encontrou-se na manhã desta quarta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com fiéis e peregrinos oriundos de váras partes do mundo para a primeira audiência geral deste 2013.

O Santo Padre dedicou a catequese ao mistério que celebramos neste tempo de Natal: o Filho de Deus, que por obra do Espírito Santo, se encarnou no seio da Virgem Maria.

Discorrendo sobre o mistério da encarnação do Verbo, o Papa evidenciou a centralidade de Maria, que "pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história".

O Pontífice iniciou sua catequese afirmando que o Natal do Senhor ilumina mais uma vez com a sua luz as trevas que muitas vezes rodeiam o nosso mundo e o nosso coração, trazendo esperança e alegria.

Partindo da pergunta que emerge novamente sobre a origem de Jesus, a mesma que faz o Procurador Pôncio Pilatos durante o processo: "De onde vens?", o Santo Padre afirmou tratar-se de uma origem bem clara:

"Nos quatro Evangelhos emerge com clareza a resposta à pergunta "de onde" vem Jesus: a sua verdadeira origem é o Pai; Ele provém totalmente d'Ele, mas num modo diferente de qualquer profeta ou enviado por Deus que o precedeu."

Citando o Credo, o Papa – prosseguindo sua reflexão sobre a origem de Jesus – recordou a passagem "que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria", para mais à frente afirmar que sem ela a entrada de Deus na história da humanidade não teria alcançado o seu fim e não teria tido lugar aquilo que é central em nossa Profissão de fé: Deus é um Deus conosco.

Assim, frisou o Pontífice, "Maria pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história. Ela coloca à disposição toda a sua pessoa, <<aceita>> tornar-se lugar da habitação de Deus".

"Por vezes, também no caminho e na vida de fé podemos perceber a nossa pobreza, a nossa inadequação diante do testemunho que devemos oferecer ao mundo. Mas Deus escolheu justamente uma humilde mulher, num vilarejo desconhecido, numa das províncias mais distantes do grande império romano."

Em seguida, o Santo Padre fez uma exortação:

"Mesmo em meio às dificuldades mais árduas a serem enfrentadas, devemos sempre ter confiança em Deus, renovando a fé na sua presença e ação em nossa história, como na de Maria. Nada é impossível a Deus! Com Ele a nossa existência caminha sempre num terreno seguro e está aberta a um futuro de firme esperança."

"Somente se nos abrirmos à ação de Deus, como Maria, somente se confiarmos a nossa vida ao Senhor como a um amigo de quem confiamos totalmente, tudo muda, a nossa vida adquire um novo sentido e um novo rosto: o rosto de filhos de um Pai que nos ama e jamais nos abandona", observou o Pontífice.

Bento XVI concluiu sua catequese afirmando que "mesmo se por vezes nos sentimos frágeis, pobres, incapazes diante das dificuldades e do mal do mundo, o poder de Deus age sempre e opera maravilhas justamente na fraqueza. A sua graça é a nossa força" (cfr 2 Cor 12,9-10).

Após a sua catequese – proferida em italiano –, o Santo Padre fez um resumo da mesma em várias línguas, saudando os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes. Eis o que disse em português:
 "Queridos irmãos e irmãs,

Este tempo de Natal dá resposta a um mistério grande e impressionante que se esconde no Menino de Belém: Como pode um ser assim frágil e pequenino ter trazido ao mundo uma novidade tão radical, que mudou o rumo da história? – Pode, porque é o Filho de Deus feito homem: «Nascido do Pai antes de todos os séculos, (…) encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria». N’Ela acontece uma nova criação: com a encarnação de Jesus, o Espírito divino cria um novo início da humanidade. Acreditamos que nada é impossível a Deus! A fé dá vida a uma novidade tão forte, que produz um segundo nascimento. De fato, no início do nosso ser de cristãos, está o Baptismo que nos faz renascer como filhos de Deus. Mas, só abrindo-nos à ação de Deus como Maria, só entregando a nossa vida ao Senhor como a um Amigo de quem nos podemos fiar, é que tudo muda, a nossa vida ganha uma nova grandeza: a de filhos do Pai do Céu, que nos ama e nunca nos abandona.

A minha saudação amiga para todos os peregrinos de língua portuguesa, desejando que a luz do Salvador divino resplandeça intensamente nos vossos corações, para serdes semeadores de esperança e construtores de paz nas vossas famílias e comunidades. Com estes votos de um Ano Novo sereno e feliz para todos, de coração vos abençoo."

O Santo Padre despediu-se dos presentes concedendo a todos a sua Bênção apostólica. (RL)

Mais um ano



Uberaba (RV) - Em clima de Epifania, isto é, da manifestação de Jesus Cristo para o mundo, celebramos o primeiro domingo de 2013, certamente num propósito firme de fazer com que seja um ano de paz, de harmonia, progresso e valor da vida humana. Esta é uma realidade que se torna concreta com o esforço de cada cidadão.
A revelação de Deus, que no passado era feita pelos profetas, nos acontecimentos e fatos, agora se plenifica na vinda de seu Filho, que se encarna numa criança tão simples e indefesa. Deus não se revela de forma triunfal e com sinais espetaculares. A sua grandeza acontece na humildade e na simplicidade da vida.
Jesus nasce e se torna uma “estrela” para todos os povos. Ela clareia o coração das pessoas para que sejam comprometidas com a natureza criada, com o meio ambiente e com a vida em geral. Isto acontece na liberdade, no respeito para com a decisão de cada pessoa, não impondo nada sobre suas decisões particulares.
Deus vem a nós com a proposta do Reino. Ele acontece nos gestos de bondade e de vida, naquilo que faz com que o ser humano se torne divino. Para isto é necessário reconhecer os sinais da “estrela-guia”, tornando-nos também sinais de autenticidade humana para o mundo. Assim estaremos contribuindo para o bem de todos.
Os Reis Magos foram a Belém, ao encontro do Menino. Levaram consigo presentes de valor. O ouro representava a realeza de Deus, indicando que Ele era o verdadeiro rei, dignidade reconhecida pelos Magos. O incenso indicava que Ele era Deus e deveria ser adorado. A mirra era alusiva à humanidade de Jesus, mostrando que Deus estava assumindo a condição humana.
Os Magos eram pagãos, mas foram guiados por uma estrela até Jesus. Nós somos guiados por quem e onde temos encontrado Deus? Ou ele não existe dentro de nossos princípios? Que presentes lhe temos oferecido ou, que tipo de atitudes, que realizamos, revelam a presença de Deus em nós? Um fecundo 2013 para você.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

Calendário 2013



Jales (RV) - A Bíblia nos recomenda contar bem os nossos dias. Os anos também!

Já estamos vivendo mais um, de número 2013. Este número é próprio do calendário cristão, que por motivos práticos acabou sendo adotado universalmente, ao menos para fins de registros oficiais.

Este calendário tem como característica maior a sincronia entre duas formas de contar os anos, seguindo o ciclo lunar, que é próprio do calendário judaico, e seguindo o ciclo solar, que é próprio do calendário romano.

Já foram feitas diversas tentativas de unificar os dois critérios. De tal modo, por exemplo, que o dia primeiro do ano caísse sempre no mesmo dia da semana. E assim as outras efemérides, que teriam as mesmas referências fixas.

Mas estas tentativas foram inúteis, diante do impasse de não mexer na sequência dos dias da semana. Até hoje a contagem dos dias da semana nunca foi interrompida. Ao passo que no ajuste feito pelo Papa Gregório, se passou do domingo dia 04 de outubro de 1580, ao dia 15 de outubro, mas o dia seguinte foi mantida a segunda-feira, sem mexer, portanto, na contagem semanal, que nunca foi interrompida há séculos e séculos.

Os judeus, com razão, se encontram bem mais adiantados do que nós com seu calendário. E os muçulmanos, ao contrário, têm uns quantos anos a menos do que nós. Eles começam sua contagem no ano em que Maomé foi para Meca, quando o nosso calendário já tinha chegado a 622 anos.

Existem outras culturas que não fazem questão de somar a sequência dos anos. Como os chineses, por exemplo. Para eles o calendário é rotativo, cada ano levando um nome, que periodicamente retorna. Enquanto os anos vão passando da mesma maneira!

Seja como for, já nos encontramos dentro de um novo ano. Do ponto de vista das motivações religiosas, ele herdou do ano passado a marca da fé.

Se não podemos mexer nos calendários, é possível, isto sim, preenchê-los bem, com nossas boas motivações. Assim, não só contaremos bem nossos anos, mas os viveremos com intensidade.

Já nos encontramos, portanto, no Ano da Fé. Ao longo deste ano, teremos oportunidade de acolher bem os diversos apelos que o Ano da Fé vem nos apresentando.

Com esta atitude, sabendo-nos tão limitados a ponto de não garantirmos nem o dia seguinte, queremos desde agora confiar nas mãos de Deus todos os dias deste ano de 2013.

O Senhor da história, a quem pertencem o tempo e a eternidade , nos abençoe e nos proteja em cada dia deste novo ano, que queremos colocar por inteiro em suas mãos.

D. Demétrio Valentini

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

AMANDA GURGEL, VEREADORA DO PSTU

'Quero convocar a população, a juventude de Natal, a continuarem na luta para barrar esse aumento dos vereadores. O meu partido, o PSTU, acredita que não é dentro dos gabinetes que as verdadeiras mudanças acontecerão em Natal, no Rio Grande do Norte e em nosso país. As verdadeiras mudanças virão das mobilizações populares, virão do povo organizado, virão dos mais explorados e dos mais oprimidos, virão daqueles que estão cansados de serem enganados com as falsas promessas, virão de mulheres e homens que se levantarão para construir outra sociedade'(Amanda Gurgel, Vereadora do PSTU).

Reflexão com Padre Paulo Henrique

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Deus é Amor. Somente o amor é digno de fé (Hans Urs von Balthasar). 

Ano da Fé

Catecismo Jovem

Fé é conhecimento e confiança. [21] 
(Catecismo Jovem)

Bento XVI: Que 2013 traga espaço para boas notícias e o silêncio


Agência Ecclesia


O Papa pediu apoio aos que vivem “situações de pobreza e de marginalização, bem como as famílias em dificuldade"
O Papa Bento XVI presidiu hoje, 31, no Vaticano uma cerimônia de agradecimento a Deus pelo ano que passou, pedindo que 2013 traga mais espaço para o silêncio e para as boas notícias.

“O mal faz mais barulho do que o bem: um assassinato brutal, a propagação da violência, injustiças graves fazem notícia; pelo contrário, os gestos de amor e de serviço, o cansaço quotidiano suportado com fidelidade e paciência, muitas vezes na sombra, não aparecem”, enfatizou o Papa, na homilia da cerimônia.

Bento XVI sustentou, neste contexto, que as pessoas não se podem limitar apenas às notícias para perceber o mundo e a vida. "Temos de ser capazes de permanecer no silêncio, na meditação, na reflexão calma e prologada; devemos saber parar para pensar”, prosseguiu.

De acordo com o Papa, esta é uma maneira de encontrar “cura” para as “feridas inevitáveis do cotidiano” e chegar à “sabedoria que permite avaliar as coisas com olhos novos.
A cerimônia incluiu a proclamação do hino ‘Te Deum’ (nós te louvamos, Senhor), um dos mais antigos hinos litúrgicos da Igreja, que se canta em celebrações solenes de ação de graças. “Qualquer que seja o andamento do ano, fácil ou difícil, estéril ou rico de frutos, nós damos graças a Deus”, disse Bento XVI, numa reflexão a partir deste hino.

O Papa destacou que no ‘Te Deum’, cantado neste dia em milhares de igrejas, se encontra uma “sabedoria profunda”: “Esta sabedoria faz-nos dizer que, apesar de tudo, há bem no mundo e este bem está destinado a vencer graças a Deus, o Deus de Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado”.

Projetando 2013, no qual a Igreja Católica prossegue o Ano da Fé iniciado em outubro, Bento XVI deixou votos de que os próximos meses levem a uma “maior consciência de que o encontro com Cristo é a fonte da verdadeira vida e de uma esperança sólida”.

“A fé arrisca-se a ficar obscurecida em contextos culturais que são obstáculos para o seu enraizamento pessoal e a sua presença social”, alertou. O Papa desafiou os cristãos à coerência de vida, em particular os que são pais, para que deem um exemplo enquanto “educadores da fé”.

Dirigindo-se aos fiéis de Roma, Bento XVI destacou a “complexidade da vida numa grande cidade” e a cultura que “muitas vezes surge com indiferente na relação com Deus”.

Este testemunho, frisou o Papa, implica o apoio aos que vivem “situações de pobreza e de marginalização, bem como as famílias em dificuldade, especialmente quando têm de assistir pessoas doentes e com deficiência”.

O primeiro dia de 2013 será assinalado por Bento XVI por uma missa na Basílica do Vaticano, às 9h30, na solenidade litúrgica de Maria Santíssima, Mãe de Deus, e 46.º Dia Mundial da Paz.
Que o Senhor vos abençoe e proteja no novo ano.

Bento XVI na Solenidade da Mãe de Deus: "O homem é feito para a paz, que é dom de Deus"



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI celebrou na manhã deste 1º dia de 2013, na Basílica de São Pedro, a Missa da Solenidade de Maria Santíssima, a Santa Mãe de Deus.

No início de sua homilia, o Santo Padre destacou como “é particularmente significativo que no início de cada novo ano Deus projeta sobre nós, seu povo, a luminosidade de seu santo Nome que é pronunciado três vezes na solene fórmula da bênção bíblica. E não menos significativo é que ao Verbo de Deus – que <<se fez carne e veio habituar no meio de nós>> como a <<luz verdadeira, que ilumina todo homem>> – seja dado oito dias após o seu natal – como nos narra o Evangelho de hoje – o nome de Jesus”. "É por este nome que estamos aqui reunidos.”

Após, Bento XVI saudou os presentes, começando pelos Embaixadores do Corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, seguido por seu Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone. Ao Cardeal Turkson e a todos os componentes do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz agradeceu pelo empenho em difundir a Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano tem como tema “Bem-aventurados os construtores de paz".

Falando sobre a inspiração para a Mensagem do Dia Mundial da Paz deste ano, baseada no Evangelho de São Mateus ‘Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus’, explicou o Santo Padre: “infelizmente, apesar de o mundo ainda estar marcado por ‘focos de tensão e de conflitos causados pelas crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo prevalecimento de uma mentalidade egoísta e individualista expressa inclusive por um capitalismo financeiro desregulado’, bem como por diferentes formas de terrorismo e de criminalidade, tenho a convicção de que ‘as multíplices obras de paz, das quais o mundo é rico, testemunham a inata vocação da humanidade à paz. Em toda pessoa o desejo de paz é aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o desejo de uma vida plena, feliz e bem realizada. O homem é feito para a paz que é dom de Deus”.

E acrescenta: “a bem-aventurança diz que ‘a paz é dom messiânico e obra humana ao mesmo tempo. É paz com Deus, no viver segundo a sua vontade. É paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação’. Sim, a paz é o bem por excelência a ser invocado como dom de Deus e, ao mesmo tempo, a ser construída com todo esforço”.

Ao meditar sobre o fundamento, a origem e a raiz desta Paz, Bento XVI destaca a figura de Maria, que permaneceu inabalável diante de tantas dificuldades: “Como podemos sentir a paz em nós, apesar dos problemas, das obscuridades, das angústias? A resposta nos é dada pelas Leituras da liturgia de hoje. Os textos bíblicos, sobretudo o texto extraído do Evangelho de Lucas, pouco antes proclamado, nos propõem contemplar a paz interior de Maria, a Mãe de Jesus. Cumprem-se para ela, durante os dias em que <<deu à luz o seu filho primogênito>>, muitos eventos imprevistos: não somente o nascimento do Filho, mas antes a viagem cansativa de Nazaré a Belém, o não encontrar lugar no alojamento, a busca fortuita de um refúgio durante a noite; e depois o canto dos anjos e a visita inesperada dos pastores. Em tudo isso, porém, Maria não se perturba, não se agita, não fica transtornada com os fatos maiores do que ela; simplesmente pondera, em silêncio, o que acontece, guarda-o em sua memória e em seu coração, refletindo sobre eles com calma e serenidade”.

E ressalta o Santo Padre: “Essa é a paz interior que queremos ter em meio aos eventos por vezes tumultuosos e confusos da história, eventos dos quais muitas vezes não entendemos o sentido e que nos desconcertam”.

O Santo Padre, explicando a identidade de Maria como Mãe de Deus, disse: “segundo a Lei de Moisés, após oito dias do nascimento, a criança deveria ser circuncidada, e naquele momento lhe era dado o nome. Deus mesmo, mediante a sua mensagem, havia dito a Maria – e também a José – que o nome a ser dado ao Menino era <<Jesus>>”. “Aquele nome que Deus já havia estabelecido antes mesmo que o Menino fosse concebido, agora lhe é dado oficialmente no momento da circuncisão. E isso marca uma vez para sempre também a identidade de Maria: ela é <<a mãe de Jesus>>, ou seja, a mãe do Salvador, do Cristo, do Senhor. Jesus não é um homem como qualquer outro, mas é o Verbo de Deus, uma das Pessoas divinas, o Filho de Deus: por isso a Igreja deu a Maria o título de Theotokos, isto é, <<Mãe de Deus>>”.

E recorda bento XVI, referindo-se à primeira Leitura, Bento XVI: “a paz é dom de Deus e está ligada ao esplendor do rosto de Deus, segundo o texto do Livro dos Números, que transmite a bênção usada pelos sacerdotes do povo de Israel nas assembléias litúrgicas”. “Da contemplação da face Deus nascem alegria, segurança e paz”.

Então Bento XVI explica o significado concreto do contemplar a face do Senhor: “Significa conhecê-lo diretamente, por quanto é possível nesta vida, mediante Jesus Cristo, no que se revelou. Gozar do esplendor da face de Deus significa penetrar no mistério do seu Nome a nós manifestado por Jesus, compreender algo da sua vida íntima e da sua vontade, a fim de que possamos viver segundo o seu desígnio de amor sobre a humanidade”. “O Filho de Deus feito carne fez-nos conhecer o Pai, fez-nos perceber em sua face humana visível a face invisível do Pai; através do dom do Espírito Santo derramado em nossos corações, fez-nos conhecer que n'Ele também nós somos filhos de Deus”.

E o Santo Padre acrescentou que a contemplação do esplendor da face de Deus Pai em Jesus Cristo, que nos torna também filhos, nos dá “a mesma segurança que o menino tem nos braços de um pai bom e onipotente”, e é nesta contemplação que reside “o princípio daquela paz profunda - <<paz com Deus>> - que está indissoluvelmente ligada à fé e à graça”. “Nada pode tirar dos fiéis esta paz, nem mesmo as dificuldades e os sofrimentos da vida”.

Por fim, o Pontífice pediu a Virgem Maria, venerada hoje com o título de Mãe de Deus, que nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. “Que nos auxilie e nos acompanhe neste novo ano; alcance para nós e para o mundo inteiro o dom da paz”. (RL - JE)

A missão do blog "Fé e Política"

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A missão do blog "Fé e Política" é evangelizar, fomentar a leitura e formar multiplicadores da mensagem cristã. Uma boa articulação entre a Palavra de Deus e o mundo real facilitará a compreensão do nosso papel na comunidade. Não existe um instrumento melhor de construção da liberdade que supere a leitura. Essa é a nossa proposta. Aqui o mais importante não é a quantidade mas a qualidade. Acreditamos na capacidade dos bons que diante dos desafios que estão postos para 2013 não se calarão. Entendemos que nossa missão é profética no sentido de anunciar um caminho diferente e de denunciar as injustiças. Claro que por meio de reflexões com respeito a dignidade humana.
Temos um povo carente de paz, solidariedade, liberdade, fraternidade. Temos um povo que sofre as consequências de práticas excludentes no campo político, social, econômico e cultural. O mais afetado é o pobre que vive sem nenhuma perspectiva para um futuro melhor. A política que defendo é a do bem comum, que não dispensa ninguém dos benefícios construídos por todos. Nesse tipo de comunidade, todos são importantes, desaparece aqueles que são considerados privilegiados por via de uma educação libertadora. Nessa comunidade todos são iguais em direitos e deveres. É importante lembrar que a fé faz sentido nessa comunidade porque sem Jesus Cristo não há salvação. No grupo de Cristo não há lugar para covardia, falsidade, inveja, rancor, preguiça e outros. 
Faz tempo que o Evangelho vem sendo preparado para fazer parte dos contextos em cada cultura, em cada povo. Que a boa nova de Jesus possa reinar em nossas vidas nesse ano novo. 
(CARLOS: Movimento Fé e Luz) 
Evangelho (Lc 2,16-21)

Hoje, a Igreja contempla agradecida a maternidade da Mãe de Deus, modelo de sua própria maternidade para com todos nós. Lucas nos apresenta o “encontro” dos pastores “com o Menino”, o qual está acompanhado de Maria, sua Mãe, e de José. A discreta presença de José sugere a importante missão de ser custódio do grande mistério do Filho de Deus. Todos juntos, pastores, Maria e José, «Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura» (Lc 2,16) é como uma imagem preciosa da Igreja em adoração.

“A Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite alusiva à Eucaristia. Foi Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”, de um encontro dos pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um “encontro” pessoal com o Senhor, a fé não acontece. Somente este “encontro”, o qual se entende um “ver com os próprios olhos”, e em certa maneira um “tocar”, faz com que os pastores sejam capazes de chegar a ser testemunhas da Boa Nova, verdadeiros evangelizadores que podem dar a conhecer o que lhes haviam dito sobre aquela Criança. «Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino» (Lc 2,17).

Aqui vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc 2,18). Devemos pedir a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta admiração naqueles a quem anunciamos o Evangelho.

Ainda há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do Menino lhes enche o coração de entusiasmo por comunicar o que viram e ouviram, e a comunicação do que viram e ouviram os conduz até a pregaria de louvor e de ação de graças, à glorificação do Senhor.

Maria, mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração» (Lc 2,19)— nos dá Jesus, cujo nome significa “Deus salva”. Seu nome é também nossa Paz. Acolhamos coração este sagrado e doce Nome e tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios!