terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Papa: "O Espírito Santo é quem nos recorda as coisas de Deus"
Francisco lembrou que o Espírito Santo “é quase sempre um desconhecido de nossa fé”:
“Hoje, muitos cristãos não sabem quem é o Espírito Santo, como ele é. E algumas vezes, ouve-se dizer: ‘Mas eu me arranjo com o Pai e o Filho: rezo o Pai Nosso ao Pai, faço a comunhão com o Filho, mas com o Espírito Santo... não sei o que fazer’. Ou então se diz: ‘O Espírito Santo é a pomba, aquele que nos dá sete dons...’. Mas assim, o pobre Espírito Santo fica sempre no fim e não encontra um bom lugar em nossas vidas”.
Prosseguindo, Papa Francisco, ressaltou que o Espírito Santo é um “Deus ativo entre nós”, que nos faz lembrar, que desperta nossa memória. O próprio Jesus explicou aos Apóstolos, antes de Pentecostes, que o Espírito lhes recordaria tudo o que ele havia dito. Ter memória – especificou - significa também recordar das próprias misérias, que nos escravizam, além da graça de Deus, que destas misérias nos redime.
Papa Francisco concluiu com um convite aos cristãos a pedirem a graça da memória, para serem pessoas que não esquecem do caminho percorrido, não esquecem as graças recebidas, não esquecem o perdão dos pecados e nem que foram escravos e que o Senhor lhes salvou.
(CM)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/bra/Articolo.asp?c=691554
do site da Rádio Vaticano
domingo, 12 de maio de 2013
O que dizer sobre a realidade da juventude? Os crismandos respondem.
"Vejo os jovens desligados do mundo religioso, adolescentes sem apoio familiar e que por esse motivo são totalmente ignorantes, violentos. Eles só precisam de respeito das pessoas e principalmente Deus no coração" (Jovem Crismando).
"Muitos jovens preferem o mundo do que a Deus. Jovens que não respeitam a si próprio. Mas nem todos estão nesse meio. Preferem ir a uma festa do que a uma missa. Procuram a solução de seu problema nas bebidas ... e não em Deus. Jovens que se deixam levar por qualquer coisa" (Jovem Crismando 2).
"Muitos jovens de hoje em dia estão caindo no meio das drogas. São influenciados por algumas músicas que só falam de bebedeira e não respeitam as mulheres" (Jovem Crismando 3).
"A maioria acha que basta se batizar, já é um cristão. Mas muitas vezes a própria família não orienta para o caminho correto" (Jovem Crismando 4).
"Muitos não querem saber de Deus, nem de estudo e trabalho. Acham mais fácil roubar" (Jovem Crismando 5).
"Os jovens estão bastantes envolvidos no mundo da tecnologia esquecendo de ir à Igreja. Passam a maior parte do tempo no celular e não se lembram de servir a Deus. Os jovens são bem rebeldes, na maioria das vezes por motivos besta, daí ficam tristes" (Jovem Crismando 6).
"Montando uma história de tristeza para suas vidas" (Jovem Crismando 7).
"Os jovens de hoje em dia, a maioria, não todos, vivem dispersos no mundo onde não há regras nem limites. Não podemos descartar os jovens que tem bons objetivos na vida e que sabem o que quer, estes são acusados de não aproveitarem a vida. Muitos não pensam em traçar metas para o futuro, é por isso que muitas vezes se perdem na escuridão, nas drogas, perdem totalmente seu rumo. Boa parte deles não frequentam a Igreja, pois acham que só de pão vive o homem. Mas esses jovens são capazes de mudar se quiserem" (Jovem Crismando 8).
Comentário:
Existe uma parcela significativa da juventude que está presente na Igreja e que tem uma visão do mundo em sua volta. sabem fazer a distinção entre o que é bom e ruim na sociedade. Eles tem consciência disso: "Esses jovens são capazes de mudar se quiserem". A nossa catequese trabalha com uma realidade desafiadora. Vamos torcer para daqui surgirem novas lideranças jovens, claro, com conteúdos necessários para provocar a mudança na sociedade. (Carlos: Catequista)
A paz e unidade das
religiões
“O mundo não
terá paz enquanto as religiões não dialogarem e isso não ocorrerá se as Igrejas
cristãs não se unirem”. Essa afirmação do teólogo suíço Hans Kung deve ser
lembrada por ocasião da Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos que ocorre
cada ano e dessa vez será celebrada nessa semana de 12 a 19 de maio. O costume
de consagrar uma semana anual para orar e trabalhar pela unidade das Igrejas já
dura de cem anos. Entretanto é difícil avaliar o resultado dessa prática
ecumênica. Como a unidade é dom de Deus e cremos que a oração é sempre de
alguma forma escutada, orar juntos é sempre bom e fecundo. O risco é que
algumas Igrejas nomeiem uma comissão ecumênica, encarreguem seus membros de
participarem das relações ecumênicas em nome da Igreja e depois disso se
desinteressem pelo assunto. Nesse caso, as reuniões, fóruns e orações em comum
envolveriam sempre os mesmos e poucos personagens. Estes, ao cumprirem as
atividades ecumênicas acabam legitimando suas Igrejas a não mudar nada. As
comunidades concretas e paróquias continuam como sempre foram. Ignoram e até
desprezam as outras Igrejas e religiões.
Para evitar
esse risco, em 1968, a coordenação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos
católicos do Brasil) publicou um documento preparatório ao diretório ecumênico.
Ali os bispos ensinavam que a pastoral ecumênica e a abertura para outras
Igrejas só acontecem se se basearem em uma “ecumenicidade” de toda a pastoral e
atividades eclesiais. Ou a Igreja inteira se compromete nesse caminho ou a
pastoral ecumênica terá sempre poucos resultados positivos.
Nesse ano de
2013, o tema proposto para a semana da unidade é a palavra bíblica do profeta
Miquéias: “O que Deus exige de nós?”. O próprio texto responde: “ Deus pede que
pratiquemos a justiça e a bondade e vivamos com simplicidade” (Mq 6, 6- 8).
Infelizmente,
no mundo atual, um dos fenômenos religioso que mais crescem é o fundamentalismo
dogmático e moral. Em nome de Deus, essa corrente religiosa prega a
intolerância e a discriminação de grupos e pessoas. Hoje, no Brasil, cada vez
mais aumenta o número de deputados e políticos ligados a esses grupos
impropriamente chamados de “evangélicos”. Dominam a Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados e impõem a toda a sociedade seus preconceitos
moralistas, afirmados em nome da Bíblia e de um Deus bem diferente do Pai de
amor maternal, revelado por Jesus e acreditado por muitas tradições
espirituais.
Nas Igrejas
mais antigas, (como a Católica, Anglicana e Luterana), essa semana de orações
pela unidade dos cristãos prepara a festa de Pentecostes que encerra o tempo
pascal e celebra que o Espírito de Deus é dado a todo o universo, aceita todas
as culturas e se manifesta em todo gesto e ato de amor. É esse espírito de abertura
universal que a semana de oração pela unidade e os fóruns de diálogo
inter-religioso praticam. Essas atividades de diálogo entre Igrejas e religiões
podem sim ajudar a nossa sociedade a não afundar em projetos autoritários e
fanáticos que oprimem e discriminam grupos e pessoas, em nome da fé. Paulo
escreveu: “Foi para que sejamos livres que Cristo nos libertou. Permaneçam na
liberdade” (Gl 5, 1). “Onde houver liberdade, aí está o Espírito de Deus” (2
Cor 3, 17). (Fonte: Marcelo Barros)
A verdadeira oração faz-nos sair de nós próprios... para as chagas de Jesus e dos irmãos: Papa Francisco na homilia da Missa
“Por vezes, aborrecemo-nos na oração” – considerou o Papa, observando que mais do que pedir isto ou aquilo, a oração é antes de mais, como lembrava o Evangelho de hoje, “a intercessão do próprio Jesus diante do Pai, fazendo-lhe ver as suas chagas”.
"Ele reza por nós diante do Pai…. Eu sempre gostei disto. Jesus, na sua ressurreição, teve um corpo bonito: as chagas da flagelação, dos espinhos, desapareceram, todas elas. Os hematomas dos golpes, desapareceram. Mas Ele quis ter sempre as chagas, e as chagas são precisamente a sua oração de intercessão ao Pai: "Mas ... olha ... este Te pede em meu nome, olha!". Esta é a novidade que Jesus nos diz. Diz-nos esta novidade: ter confiança na sua paixão, ter confiança na sua vitória sobre a morte, ter confiança nas suas chagas. Ele é o sacerdote, e este o sacrifício: as suas chagas. E isso nos dá confiança, hein?, nos dá a coragem para rezar".
"A oração ao Pai em nome de Jesus faz-nos sair de nós mesmos; a oração que nos aborrece está sempre dentro de nós mesmos, como um pensamento que vai e vem. Mas a verdadeira oração é sair de nós mesmos para o Pai em nome de Jesus, é um êxodo de nós mesmos".
"Se nós não conseguirmos sair de nós mesmos para o irmão necessitado, para o doente, o ignorante, o pobre, o explorado, se nós não conseguirmos fazer esta saída de nós mesmos para aquelas chagas, nunca aprenderemos a liberdade que nos leva à outra saída de nós mesmos, para as chagas de Jesus. Há duas saídas de nós mesmos: uma para as chagas de Jesus, a outra para as chagas dos nossos irmãos e irmãs. E este é o caminho que Jesus quer na nossa oração". (Fonte: Rádio Vaticano)
Responsabilidade coletiva face ao futuro da espécie humana
10/05/2013
Numa
votação unânime de 22 de abril de 2009 a ONU acolheu a idéia, durante
muito tempo proposta pelas nações indígenas e sempre relegada, de que a
Terra é Mãe. Por isso a ela se deve o mesmo respeito, a mesma
veneração e o mesmo cuidado que devotamos às nossas mães. A partir de
agora, todo dia 22 de abril não será apenas o dia da Terra mas o dia da
Mãe Terra.
Esse
reconhecimento comporta consequências importantes. A mais imediata
delas é que a Terra viva é titular de direitos. Mas não só ela, mas
também todos os seres orgânicos e inorgânicos que a compõem; são, cada
um a seu modo, também portadores de direitos. Vale dizer, cada ser
possui valor intrínseco, como enfatiza a Carta da Terra,
independentemente do uso ou não que fizermos dele. Ele tem direito de
existir e de continuar a existir nesse planeta e de não ser maltratado
nem eliminado.
Essa
aceitação do conceito da Mãe Terra vem ao encontro daquilo que já nos
anos 20 do século passado o geoquímico russo Wladimir Vernadsky
(1983-1945), criador do conceito de biosfera (o nome foi cunhado do
geólogo austríaco Eduard Suess (1831-1914) chamava de ecologia global
no sentido de ecologia do globo terrestre como um todo. Conhecemos a
ecologia ambiental, a politico-social e a mental. Faltava uma ecologia
global da Terra tomada como uma complexa unidade total. Na esteira do
geoquímico russo, recentemente James Lovelock, com dados empíricos
novos, apresentou a hipótese Gaia, hoje já aceita como teoria
científica: a Terra efetivamente comparece como um superorganismo vivo
que se autoregula, tese apoiada pela teoria dos sistemas, da cibernética
e pelos biólogos chilenos Maturana e Varela e pelo físico quântico
Fritjof Capra.
Vernadsky
entendia a biosfera como aquela camada finíssima que cerca a Terra, uma
espécie de sutil tecido indivisível que capta as irradiações do cosmos e
da própria Terra e as transforma em energia terrestre altamente ativa. A
vida se realiza aqui.
Nesse
todo se encontra a multiplicidade dos seres em simbiose entre si,
sempre interdependentes de forma que todos se autoajudam para existir,
persistir e coevoluir. A espécie humana é parte deste todo terrestre,
aquela porção da Terra que pensa, ama, intervem e constrói civilizações.
A
espécie humana possui uma singularidade no conjunto dos seres: cabe-lhe
a responsabilidade ética de cuidar, manter a condições que garantam a
sustentabilidade do todo.
Como
descrevemos no artigo anterior vivemos gravíssimo risco de destruir a
espécie humana e todo o projeto planetário. Fundamos, como afirmam
alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com altissimo
poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram um
transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta
nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda?
Temos
pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado
como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos agora,
brevemente, apresentar um complemento necessário: a ética da
responsabilidade do filósofo alemão Hans Jonas (1903-1993) com o seu
conhecido Princípio Responsabilidade, seguido pelo Princípio Vida.
Jonas
parte da triste verificação de que o projeto da tecno-ciência tornou a
natureza extremamente vulnerável a ponto de não ser impossível o
desaparecimento a espécie humana. Dai emerge a responsabilidade
coletiva, formulada nesse imperativo: aja de tal maneira que os efeitos de tuas ações não destruam a possibilidade futura da vida.
Jonas
trabalha ainda com outra categoria que deve ser bem entendida para não
provocar uma paralização: o temor e o medo (Furcht). O medo aqui possui
um significado elementar, um medo que nos leva instintivamente a
preservar a vida e toda a espécie. Há efetivamente o temor de que se
deslanche um processo irrefreável de destruição em massa, com os meios
diante dos quais não tínhamos temor em construir e que agora, temos
fundado temor de que nos podem realmente destruir a todos. Dai nasce a
responsabilidade face às novas tecnociências como a biotecnologia e a
nanotecnologia, cuja capacidade de destruição é inconcebível. Temos que
realmente nos responsabilizar pelo futuro da espécie humana por temor e
muito mais por amor à nossa propria vida. (Fonte: Leonardo Boff)
Leonardo Boff é autor Do Iceberg à Arca de Noé, Mar de Idéias 2012.
sábado, 11 de maio de 2013
Seminário nota 10!
Democratização do Estado Brasileiro é tema de Seminário
A Arquidiocese de Natal promoverá
Seminário, dias 10 e 11 próximos, no auditório do SESC, da Cidade Alta,
na capital potiguar. O evento faz parte da programação de preparação
para a 5ª Semana Social Brasileira e debaterá o tema: “Participação no
processo de democratização do Estado Brasileiro”.
O Seminário terá início, na próxima sexta-feira, 10, às 9h, com
um momento de espiritualidade, conduzido pelo cantor e compositor de
músicas religiosas, Zé Vicente. Depois, haverá uma mesa redonda, com a
participação do Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; do bispo de
Mossoró, Dom Mariano Manzana, e do administrador diocesano de Caicó,
Padre Ivanoff Pereira. À tarde, serão realizadas mais duas mesas
redondas, que terão como expositores professores da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal da Paraíba. A
partir das 19 h, haverá palestra sobre “O papel civilizatório dos
Movimentos Sociais e a luta pela democratização”, proferida pelo Frei
Beto, frade dominicano, autor de mais de 50 livros, e que já recebeu
vários prêmios pela atuação em prol dos direitos humanos.
No sábado, 11, das 8 às 12h, acontecerão oficinas temáticas,
com vistas da construção de pistas propositivas sobre o tema: “O Estado
que queremos”. (Fonte: Arquidiocese de Natal)
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