sábado, 24 de novembro de 2012
Ele vem com as nuvens
Escrito por Dom Henrique
Chegamos
ao fim do ano litúrgico de 2012. O tempo voa, a vida passa! E no último
domingo do ano da Igreja proclamamos o Senhor Jesus como Rei do
Universo.
O
Apocalipse afirma: “Jesus Cristo é a Testemunha Fiel, o primeiro a
ressuscitar dentre os mortos, o Soberano dos reis da terra”. Aqui está
tudo! A afirmação é forte, bela, confortadora!
Sendo
a “testemunha fiel” Jesus é o “Sim” do Pai à humanidade, é o
cumprimento de todas as suas promessas, de tudo quanto o Antigo
Testamento anunciou e esperou. Ele é o cumprimento também de todas as
nossas esperanças, de todos os sonhos do coração humano, de sua sede de
paz, de harmonia, de vida. Ele é a Testemunha Fiel, Ele é o cumprimento,
Ele é a realização, a Palavra definitiva do Pai para nós – e esta
Palavra é de perdão, paz e salvação.
Ele
é o “primeiro a ressuscitar dos mortos”, o início de uma nova
humanidade, que vence a morte, que vence todo pecado, tudo aquilo que
inferniza a vida humana e nos afasta de Deus. Afirmar que Jesus é o
Primogênito dentre os mortos é professar que Ele é causa e modelo de
nossa ressurreição: ressuscitaremos porque Ele ressuscitou,
ressuscitaremos como Ele ressuscitou, ressuscitaremos para Ele, o
Ressuscitado! Ele é cabeça, início e princípio de uma humanidade nova e
libertado pecado.
Por
isso ele “o Soberano dos reis da terra”: toda autoridade lhe foi
concedida e todo poder somente tem sentido se está a serviço de sua
autoridade, que é autoridade de vida, de paz, de graça, de justiça e de
verdade!
Assim,
celebrar Cristo como Rei do Universo no último domingo do ano litúrgico
é proclamar que o mundo, que a história não caminham como uma nau sem
rumo, não marcham para um destino cego nem rumam ao sabor de um acaso
tirano e malvado. Não! Tudo está nas mãos Daquele que é o nosso
Salvador. O Cristo que tudo dirige, que tudo guia, fá-lo para salvar!
Portanto,
os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas.
Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista,
medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque
ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não
vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada
pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o
Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o
Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os
valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de
graça, reino de justiça, de amor e de paz.
Que
a celebração do Cristo Rei nos faça não somente contemplar Aquele que
está nos céus, sentado à direita do Pai, mas, nos faça, iluminados por
ele, discernir a situação de nossa sociedade, de nosso mundo, de nossa
vida! Que por nossas atitudes e opções, por nosso modo de viver e agir, o
seu Reino esteja presente entre nós! Em nome de Cristo, digamos sim à
vida, sim à retidão, sim à piedade, sim ao Evangelho! Não ao aborto, não
à imoralidade, não à impiedade, não à destruição sistemática da
família, não à difamação orquestrada pelos meios de comunicação contra a
Igreja, com o único fim de desmoralizar o Evangelho!
O
texto do Apocalipse nos convida: “Olhai! Ele vem com as nuvens!” – isto
é, Ele vem como Deus, Ele vem glorioso, Ele vem com o poder do
Espírito. Ele vem para levar à plenitude nossa vida, nosso testemunho,
nosso trabalho pelo Reino. É nessa certeza e nessa esperança que
caminhamos! Por isso jamais teremos o direito de desanimar e descansar!
Ele vem; e nos espera, como Rei, no futuro, que preparamos e plantamos
no presente!
Ele vem... “o Alfa e o Ômega, Aquele que é, que era e que vem, o Todo-Poderoso!”


COMPARAÇÃO
Pe. Joãozinho, SCJ
"10 escolas públicas estão entre as 100 melhores do
Enem 2011. As 10 melhores escolas são particulares. As 50 piores são
públicos".
Comentário:
Existem muitos fatores que contribuem para a desigualdade, se compararmos o público com o particular. Mas a escola pública está dando passos significativos, procurando alcançar as melhorias que merecem. Para quem convive somente no setor privado com suas contribuições e elogios dificilmente vai enxergar a nossa caminhada histórica e necessária por melhores dias no setor público. Na escola pública se encontram as crianças, jovens e adultos do meio popular e classe média desse país. Uma justa distribuição da riqueza começa na escola com conhecimento e as outras condições para o futuro ser melhor. Já foi pior, agora entramos nos números, subimos degraus, não somos invisíveis. (Carlos)
Melhores alunos da rede pública superam média da rede privada
23/11/2012
Os 37,5 mil alunos da rede pública de ensino com melhor
média no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 superam a média dos
alunos da rede privada de ensino, destacou nesta quinta-feira (22) o
ministro Aloizio Mercadante (Educação).
A comparação é feita sempre entre os alunos concluintes do ensino médio das duas redes.
Esse recorte de 37,5 mil estudantes equivale, segundo estimativa da pasta, aos 12,5% das vagas nas 59 universidades federais que deverão ser reservadas para cotistas da rede pública no processo de seleção do vestibular de 2013 --o total de vagas estimado é de 300.000.
"O topo da rede pública é muito melhor do que a média do setor privado", disse Mercadante, em defesa da nova regra. Esses alunos da rede pública tiveram média de 630,4 pontos --considerando apenas as quatro provas objetivas do Enem 2011. Entre esses alunos da rede pública estão aqueles matriculados em colégios militares e de aplicação-- muitos desses fazem seleção para ingresso no colégio.
Ao mesmo tempo, a média dos alunos da rede privada foi de 569,2 pontos. A média geral dos alunos da rede pública, entretanto, é abaixo disso: 474,2. "A média da rede pública é inferior à rede privada, [mas] é um volume muito maior de estudantes", disse o ministro.
Fonte: Folha Online
A comparação é feita sempre entre os alunos concluintes do ensino médio das duas redes.
Esse recorte de 37,5 mil estudantes equivale, segundo estimativa da pasta, aos 12,5% das vagas nas 59 universidades federais que deverão ser reservadas para cotistas da rede pública no processo de seleção do vestibular de 2013 --o total de vagas estimado é de 300.000.
"O topo da rede pública é muito melhor do que a média do setor privado", disse Mercadante, em defesa da nova regra. Esses alunos da rede pública tiveram média de 630,4 pontos --considerando apenas as quatro provas objetivas do Enem 2011. Entre esses alunos da rede pública estão aqueles matriculados em colégios militares e de aplicação-- muitos desses fazem seleção para ingresso no colégio.
Ao mesmo tempo, a média dos alunos da rede privada foi de 569,2 pontos. A média geral dos alunos da rede pública, entretanto, é abaixo disso: 474,2. "A média da rede pública é inferior à rede privada, [mas] é um volume muito maior de estudantes", disse o ministro.
Fonte: Folha Online
DOM MAURO MORELLI
A paz é fundamentada no respeito à vida e na
partilha do bocado necessário para viver com dignidade e esperança.
Justiça e Paz.
Home > Igreja > 24/11/2012 12:07:18


Bispos africanos denunciam violência na RDC


Kinshasa (RV) - Os bispos provenientes de 40 países africanos denunciam a violência na República Democrática do Congo.
"Estamos indignados e consternados ao ver como a guerra desencadeada há alguns meses no leste da República Democrática do Congo está se expandindo, causando um novo drama humano" – afirmam os bispos presidentes das Caritas africanas num comunicado enviado à Agência Fides. Os prelados se reuniram em Kinshasa, de 20 a 22 deste mês, para debater sobre a missão e a identidade da Caritas à luz da encíclica de Bento XVI Deus caritas est.
A ofensiva no Norte Kivu feita pelo grupo guerrilheiro M23, que terminou com a conquista da capital Goma, é explicada dessa forma pelos bispos africanos: "Milhares de homens, mulheres e crianças, vítimas da violência, de uma guerra que lhes foi imposta, estão perplexos e vivem mais uma vez na profunda miséria em Goma e seus arredores. Eles estão sem moradia, passam fome, sofrem estupros e todos os tipos de violência, incluindo o recrutamento de crianças. Trata-se de uma ofensa contra a dignidade dessas pessoas como seres humanos e filhos de Deus."
Os bispos reafirmam sua convicção "de que a nossa não é mais a época de guerras nem conquistas do território, mas de colaboração", e denunciam "a exploração ilegal de recursos naturais, principal causa dessa guerra".
Por essa razão, os signatários do documento pedem à ONU, União Africana, União Europeia, ao Governo da RDC e países envolvidos de alguma forma na guerra, além das multinacionais do setor de mineração para encontrarem uma solução justa que coloque um fim definitivo ao sofrimento da população civil no leste da RDC, evitando jogá-los no desespero e violência.
Os bispos, enfim, lançam um apelo em prol da solidariedade cristã, especialmente através das Caritas espalhadas pelo mundo. (MJ)


Bispos africanos denunciam violência na RDC


Kinshasa (RV) - Os bispos provenientes de 40 países africanos denunciam a violência na República Democrática do Congo.
"Estamos indignados e consternados ao ver como a guerra desencadeada há alguns meses no leste da República Democrática do Congo está se expandindo, causando um novo drama humano" – afirmam os bispos presidentes das Caritas africanas num comunicado enviado à Agência Fides. Os prelados se reuniram em Kinshasa, de 20 a 22 deste mês, para debater sobre a missão e a identidade da Caritas à luz da encíclica de Bento XVI Deus caritas est.
A ofensiva no Norte Kivu feita pelo grupo guerrilheiro M23, que terminou com a conquista da capital Goma, é explicada dessa forma pelos bispos africanos: "Milhares de homens, mulheres e crianças, vítimas da violência, de uma guerra que lhes foi imposta, estão perplexos e vivem mais uma vez na profunda miséria em Goma e seus arredores. Eles estão sem moradia, passam fome, sofrem estupros e todos os tipos de violência, incluindo o recrutamento de crianças. Trata-se de uma ofensa contra a dignidade dessas pessoas como seres humanos e filhos de Deus."
Os bispos reafirmam sua convicção "de que a nossa não é mais a época de guerras nem conquistas do território, mas de colaboração", e denunciam "a exploração ilegal de recursos naturais, principal causa dessa guerra".
Por essa razão, os signatários do documento pedem à ONU, União Africana, União Europeia, ao Governo da RDC e países envolvidos de alguma forma na guerra, além das multinacionais do setor de mineração para encontrarem uma solução justa que coloque um fim definitivo ao sofrimento da população civil no leste da RDC, evitando jogá-los no desespero e violência.
Os bispos, enfim, lançam um apelo em prol da solidariedade cristã, especialmente através das Caritas espalhadas pelo mundo. (MJ)
Home > Igreja > 2012-11-24 11:49:57


A Igreja é de todos os povos e culturas, uma polifonia de vozes: Bento XVI na celebração em que criou seis novos cardeais


A
Igreja é de todos os povos e é por isso que se exprime nas várias
culturas, numa polifonia de vozes: sublinhou o Papa, na celebração do
Consistório que teve lugar, neste sábado de manhã, na basílica de São
Pedro, para a criação de seis novos cardeais: James Harvey, dos Estados
Unidos, novo arcipreste da basílica de São Paulo fora de muros; o
Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Béchara Boutros Raï, libanês; o
arcebispo maior de Trivandrum dos Siro-Malankareses, União Indiana; o
arcebispo de Abuja, na Nigéria, John Onauyekan; o arcebispo de Bogotá,
Colômbia, Ruben Salazar Gómez; e o arcebispo de Manila, Filipinas, Luís
Antonio Tagle
Comentando, na homilia, as palavras do Credo “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”, Bento XVI centro sobre o aspeto da catolicidade da Igreja, desenvolveu “algumas considerações” sobre esse “traço essencial da Igreja e da sua missão”.
As notas caraterísticas da Igreja – sublinhou o Papa – correspondem a um desígnio divino. “É Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja o ser una, santa, católica e apostólica, e é Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”.
“a Igreja é católica, porque Cristo, na sua missão de salvação, abraça toda a humanidade. Embora a missão de Jesus na sua vida terrena se tivesse limitado ao povo judeu, «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24) todavia desde o início estava orientada para levar a todos os povos a luz do Evangelho e fazer entrar todas as nações no Reino de Deus”.
Aludindo ao título de “Filho do Homem”, usado no Livro de Daniel, o Papa sublinhou que esta uma imagem “preanuncia um reino totalmente novo, sustentado não por poderes humanos, mas pelo verdadeiro poder que vem de Deus”.
“Jesus serve-Se desta expressão rica e complexa, aplicando-a a Si mesmo, para manifestar o verdadeiro carácter do seu messianismo, como missão destinada a todos e cada um dos homens, superando todo o particularismo étnico, nacional e religioso.”
E é precisamente seguindo Jesus, deixando-se atrair para dentro da sua humanidade e, portanto, na comunhão com Deus que se entra neste novo reino, que vence toda a fragmentação e dispersão.
“Jesus envia a sua Igreja, não a um grupo, mas à totalidade do género humano para, na fé, o reunir num único povo a fim de o salvar, como justamente se exprime o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Lumen gentium: «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus» (n. 13).
A universalidade da Igreja – fez notar o Papa - deriva da universalidade do único desígnio divino de salvação do mundo. Carácter universal que aparece claramente no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo cumula da sua presença a primeira comunidade cristã, para que o Evangelho se estenda a todas as nações e faça crescer em todos os povos. (RV)


A Igreja é de todos os povos e culturas, uma polifonia de vozes: Bento XVI na celebração em que criou seis novos cardeais


Comentando, na homilia, as palavras do Credo “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”, Bento XVI centro sobre o aspeto da catolicidade da Igreja, desenvolveu “algumas considerações” sobre esse “traço essencial da Igreja e da sua missão”.
As notas caraterísticas da Igreja – sublinhou o Papa – correspondem a um desígnio divino. “É Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja o ser una, santa, católica e apostólica, e é Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”.
“a Igreja é católica, porque Cristo, na sua missão de salvação, abraça toda a humanidade. Embora a missão de Jesus na sua vida terrena se tivesse limitado ao povo judeu, «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24) todavia desde o início estava orientada para levar a todos os povos a luz do Evangelho e fazer entrar todas as nações no Reino de Deus”.
Aludindo ao título de “Filho do Homem”, usado no Livro de Daniel, o Papa sublinhou que esta uma imagem “preanuncia um reino totalmente novo, sustentado não por poderes humanos, mas pelo verdadeiro poder que vem de Deus”.
“Jesus serve-Se desta expressão rica e complexa, aplicando-a a Si mesmo, para manifestar o verdadeiro carácter do seu messianismo, como missão destinada a todos e cada um dos homens, superando todo o particularismo étnico, nacional e religioso.”
E é precisamente seguindo Jesus, deixando-se atrair para dentro da sua humanidade e, portanto, na comunhão com Deus que se entra neste novo reino, que vence toda a fragmentação e dispersão.
“Jesus envia a sua Igreja, não a um grupo, mas à totalidade do género humano para, na fé, o reunir num único povo a fim de o salvar, como justamente se exprime o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Lumen gentium: «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus» (n. 13).
A universalidade da Igreja – fez notar o Papa - deriva da universalidade do único desígnio divino de salvação do mundo. Carácter universal que aparece claramente no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo cumula da sua presença a primeira comunidade cristã, para que o Evangelho se estenda a todas as nações e faça crescer em todos os povos. (RV)
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