Chegamos
ao fim do ano litúrgico de 2012. O tempo voa, a vida passa! E no último
domingo do ano da Igreja proclamamos o Senhor Jesus como Rei do
Universo.
O
Apocalipse afirma: “Jesus Cristo é a Testemunha Fiel, o primeiro a
ressuscitar dentre os mortos, o Soberano dos reis da terra”. Aqui está
tudo! A afirmação é forte, bela, confortadora!
Sendo
a “testemunha fiel” Jesus é o “Sim” do Pai à humanidade, é o
cumprimento de todas as suas promessas, de tudo quanto o Antigo
Testamento anunciou e esperou. Ele é o cumprimento também de todas as
nossas esperanças, de todos os sonhos do coração humano, de sua sede de
paz, de harmonia, de vida. Ele é a Testemunha Fiel, Ele é o cumprimento,
Ele é a realização, a Palavra definitiva do Pai para nós – e esta
Palavra é de perdão, paz e salvação.
Ele
é o “primeiro a ressuscitar dos mortos”, o início de uma nova
humanidade, que vence a morte, que vence todo pecado, tudo aquilo que
inferniza a vida humana e nos afasta de Deus. Afirmar que Jesus é o
Primogênito dentre os mortos é professar que Ele é causa e modelo de
nossa ressurreição: ressuscitaremos porque Ele ressuscitou,
ressuscitaremos como Ele ressuscitou, ressuscitaremos para Ele, o
Ressuscitado! Ele é cabeça, início e princípio de uma humanidade nova e
libertado pecado.
Por
isso ele “o Soberano dos reis da terra”: toda autoridade lhe foi
concedida e todo poder somente tem sentido se está a serviço de sua
autoridade, que é autoridade de vida, de paz, de graça, de justiça e de
verdade!
Assim,
celebrar Cristo como Rei do Universo no último domingo do ano litúrgico
é proclamar que o mundo, que a história não caminham como uma nau sem
rumo, não marcham para um destino cego nem rumam ao sabor de um acaso
tirano e malvado. Não! Tudo está nas mãos Daquele que é o nosso
Salvador. O Cristo que tudo dirige, que tudo guia, fá-lo para salvar!
Portanto,
os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas.
Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista,
medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque
ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não
vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada
pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o
Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o
Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os
valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de
graça, reino de justiça, de amor e de paz.
Que
a celebração do Cristo Rei nos faça não somente contemplar Aquele que
está nos céus, sentado à direita do Pai, mas, nos faça, iluminados por
ele, discernir a situação de nossa sociedade, de nosso mundo, de nossa
vida! Que por nossas atitudes e opções, por nosso modo de viver e agir, o
seu Reino esteja presente entre nós! Em nome de Cristo, digamos sim à
vida, sim à retidão, sim à piedade, sim ao Evangelho! Não ao aborto, não
à imoralidade, não à impiedade, não à destruição sistemática da
família, não à difamação orquestrada pelos meios de comunicação contra a
Igreja, com o único fim de desmoralizar o Evangelho!
O
texto do Apocalipse nos convida: “Olhai! Ele vem com as nuvens!” – isto
é, Ele vem como Deus, Ele vem glorioso, Ele vem com o poder do
Espírito. Ele vem para levar à plenitude nossa vida, nosso testemunho,
nosso trabalho pelo Reino. É nessa certeza e nessa esperança que
caminhamos! Por isso jamais teremos o direito de desanimar e descansar!
Ele vem; e nos espera, como Rei, no futuro, que preparamos e plantamos
no presente!
Ele vem... “o Alfa e o Ômega, Aquele que é, que era e que vem, o Todo-Poderoso!”


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