sábado, 19 de janeiro de 2013

Amigos com o dinheiro iníquo


Há, nos evangelhos, uma exortação de Jesus que nos parece estranha, até mesmo incompreensível para muitos: "Fazei amigos com o dinheiro iníquo, que vos receberão nas moradas eternas" (Lc 16,9). De que amigos o Senhor nos está falando? E esta coisa de dinheiro iníquo? Devemos nós, de algum modo, possuir dinheiro iníquo? Fazer amigos com o dinheiro iníquo não é, precisamente, o que mais vemos nos escândalos de corrupção que carcomem a política do nosso País? Estaria Nosso Senhor corroborando atitudes vis, mesquinhas, até maquiavélicas, justificando meios tortos para fins proveitosos?
Primeiro de tudo: de qual dinheiro está falando o Senhor? Dinheiro, aqui, é uma metáfora. Na verdade esse dinheiro que nos pode fazer ricos é todo e qualquer bem, espiritual ou material que tenhamos. Assim, dinheiro, no dizer de Jesus, é minha saúde, minha juventude, meu bom nome, dinheiro é minha inteligência, meus talentos, dinheiro são meus bens... Até minha fé, minha vida espiritual são dinheiro! Dinheiro, portanto, são minhas riquezas. Todos estes bens são chamados “dinheiro” porque são uma forma de riqueza: proporcionam segurança e apoio na vida. Todas estas coisas nos definem e nos dão o horizonte no qual vivemos nosso cotidiano, nos dão segurança, configuram nossa identidade. Note que, de certo modo, todos temos alguns desses dinheiros, todos somos ricos de algo! Ninguém de nós pode, calmamente, ao escutar o Senhor falar em dinheiro, em riqueza, pensar: “Isto não diz respeito a mim, pois não sou rico!” As palavras do Senhor sempre dizem respeito a todos nós!
Mas, se é isto o "dinheiro", por que, então, Jesus o chama de iníquo? Tenho culpa de ser jovem? Que iniquidade há num talento que tenho - aliás dado pelo próprio Deus? E os bens materiais que ganhei com meu trabalho, por que seriam iníquos? Jesus não chama nossos bens de desonestos; chama-os iníquos. E por quê? Porque tudo neste mundo é ambíguo, tudo neste mundo pode tomar o lugar de Deus no meu coração! Eu posso endeusar minha saúde, meus amigos, meus talentos; posso absolutizar meus bens materiais, meu trabalho, minha fama, meu sucesso. Assim fazendo, permitiria que coisas deste mundo fossem o sentido e o referencial da minha existência, desviaria minha vida da sua verdade: vivemos por Deus e para Deus; cairia na mentira, numa vida de ilusão! Não esqueçamos, não sejamos ingênuos: as realidades deste mundo – todas elas – são ambíguas, pois trazem a séria ameaça de se tornarem um absoluto, a ponto de alguém chegar mesmo a pensar: Meu trabalho é minha vida; minha família é minha vida! Toda riqueza que possuamos nos deve colocar em estado de alerta para a ela não apegarmos de modo escravizador o coração. Por isso tais realidades são chamadas de “injustas pelo Senhor”, ainda que em si mesmas nada tenham de desonestas ou pecaminosas.
Por tudo isto é que no mesmo contexto do Evangelho, somente alguns versículos depois (v. 13), Jesus afirma que ninguém pode servir a dois senhores: ou coloco minha vida no Deus verdadeiro ou, ao invés, transformo bobamente em deus o que não pode me dar a vida verdadeiramente. Isto mesmo: Quem é o Deus da minha vida, quem é o Absoluto do meu coração: O Senhor ou estas coisas? Note, meu Leitor paciente, que esta questão é fundamental na nossa vida. Dela depende vivermos na verdade ou numa triste mentira!
Ainda seguindo a exortação do Senhor, podemos perguntar: Como fazer “amigos” com esse “dinheiro”? Como usar os bens deste mundo, os talentos que tenho, as chances que a vida me concedeu, de modo a ser livre em relação a eles e não roubar o lugar no meu coração que somente a Deus pertence por direito e por verdade? Eis a resposta: usando todas estas realidades de modo livre e libertador, sem absolutizar o que é relativo, sem endeusar o que é passageiro, o que é fugaz, o que não pode preencher totalmente o coração; sabendo utilizar para o bem dos outros aquilo que o Senhor e a vida me concederam; em outras palavras: passar por esta vida fazendo o bem aos que nos rodeiam, sendo generoso no uso dos dons que o Senhor nos concedeu! São estes os “amigos”, por nós beneficiados, que darão testemunho de nós diante do Cristo juiz, recebendo-nos, assim, nas moradas eternas. Estejamos atentos: que saibamos usar os bens que passam, de modo a abraçar os que não passam, pois é bem usando estas coisas pequenas que receberemos a grande coisa: a Vida eterna!
No Evangelho, há o contraponto desta generosidade, que ilustra bem a loucura de viver para si. Recorda-se daquele rico da parábola de Lc 12,13ss? Ele teve boa colheita e pensou consigo mesmo: “Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, goza a vida”. Veja: esse homem não roubou, não explorou ninguém, trabalhou... E foi condenado! Por quê? Simplesmente porque não foi rico para Deus e para os outros! Não pensou em agradecer ao Senhor pelo que adquirira, não lhe passou pela mente dar uma mínima ajuda a quem necessitava, não cogitou das algo ao empregados que lhe serviram... Nada! Pensou somente nele! A sentença do Senhor é implacável: “Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?” E o Senhor nos previne, a mim e a você: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus!” (Lc 12,21).



Escrito por Dom Henrique (Fonte: costahs.blog.uol.com.br)

Jovens filipinos 'correm' para participar da JMJ


Rádio Vaticano

A Jornada Mundial da Juventude acontece em julho deste ano, no Rio de Janeiro.
Jovens filipinos da cidade de Davao se reunirão no próximo dia 7 de abril na corrida “Run for Rio” – ou “Corra para o Rio”, em português – para arrecadar fundos para a viagem dos cinco voluntários selecionados da cidade. Eles precisam de 150 mil PhP, o que equivale a cerca de 7.500,00 reais (aproximadamente 3.750 dólares).

“A corrida vai acontecer primeiramente na cidade de Davao. O evento está sendo organizado pelos voluntários internacionais oficiais das Filipinas, mas as pessoas podem nos dizer se estão interessadas em estender sua ajuda, especialmente na organização da corrida” - explica Perry Paul Galario Lamanilao, um dos organizadores do evento.

De acordo com o jovem Perry, as expectativas pela JMJ são muitas e os desafios também. “Há muita expectativa espiritual, física, mental e emocionalmente. No entanto, um dos maiores desafios agora é levantar fundos para enviar todos os voluntários da cidade de Davao ao Brasil” - afirma.

Perry Lamanilao explica que o alto custo da viagem não desanima os filipinos que estão empenhados na arrecadação do valor. E ele ainda deixa uma mensagem aos voluntários que enfrentam a mesma dificuldade.

“Lembrem-se que a cada dia nós devemos servir ao Senhor com alegria. Servir ao Senhor significa servir aos outros que estão especialmente em necessidade. Todos temos a necessidade de alguma coisa – amor, tempo, cuidados e compaixão. E assim, viremos de diferentes regiões do mundo, reunindo nossas orações para louvar a Deus e amá-lo ainda mais. A JMJ, para mim, não é apenas um evento, é um dia de mudança de vida para todos nós, fieis leigos” - assinala.

Por último, o jovem filipino contou ao portal voluntários da JMJ Rio 2013 que pessoas de qualquer idade poderão participar da corrida:

“As inscrições foram divididas em categorias: há corridas de 3, 5, 12 e 21 km. A taxa de inscrição é para nos ajudar com as despesas e, claro, arrecadar fundos para nosso grupo de voluntários. Esta depende da escolha dos quilômetros a serem corridos” - finaliza.
Fonte: Canção Nova

Decisões...



 



Sexta, 18 de janeiro de 2013
Decisões, tempos e pessoas !

Nas decisões que envolvem sua vida, jamais decida sozinho! Tenha do lado alguém que lhe conheça a fundo, ame e deseje o seu bem. Nunca decida em tempo de crise! Quando decidimos em crise, a chance de cometer um erro é enorme. Não escute a todos! Se é tempo de decisão, fale com as pessoas certas. Se quiser ter absoluta certeza sobre como decidir, visite muitas vezes o Santíssimo Sacramento!

Estarei rezando por você!


Seu irmão,
Ricardo Sá 
Fonte: Canção Nova
Mensagem do dia
 
Sábado, 19 de janeiro 2013
Deus quer realizar maravilhas por meio dos carismas "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo, instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Gl 3,16-17).

O Senhor quer que você se assuma como carismático. Deus quer que os carismas desabrochem em você como ocorreu na vida da Virgem Maria e dos discípulos. Nossas famílias e o mundo precisam dessa manifestação do amor de Deus.

Todos os fundadores foram carismáticos, e o meu pai espiritual, Dom Bosco, foi 'ultracarismático'. Inúmeros foram os milagres que Deus realizou por intermédio dele, entre eles a multiplicação de pães, de avelãs, ressurreição de mortos, sonhos, visões, multiplicação de hóstias, etc..

Deus quer realizar maravilhas em sua casa também por meio dos carismas. Creia!

Vinde, Espírito Santo, e renova a face da terra!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Católicos indonésios ajudam vítimas de enchentes



Jacarta (RV) - Os católicos na Indonésia responderam ao apelo das autoridades de Jacarta, dando início a uma coleta de gêneros alimentícios em favor dos deslocados que sofrem por causa das fortes enchentes que atingiram a capital.

Nesta quinta-feira, o Governador Joko Jokowi Widodo declarou estado de emergência, lançando um pedido oficial de ajuda. Várias áreas de Jacarta estão alagadas e em algumas delas a água chega a 4 metros de altura.

O balanço é de pelos menos 11 mortos. Existem também milhares de pessoas que ficaram sem casa. Ao apelo lançado pelas autoridades, ressalta a agência AsiaNews, responderam vários grupos de voluntários, organizações ativistas e cidadãos comuns. Dentre esses, há muitos católicos. Na área de Kampung Melayu, a Paróquia de Santo Antônio já recebeu muitos deslocados oferecendo-lhes abrigo.

A essa iniciativa se uniram também vários grupos de fiéis que forneceram alimentos e bebidas. Contribuiu também de maneira ativa a Conferência Episcopal da Indonésia fornecendo o necessário para aliviar o sofrimento da população da capital, paralisada pelas inundações.

Na Indonésia, os católicos são uma minoria de cerca de 7 milhões de pessoas, equivalente a 3% da população total.

(Fonte: Rádio Vaticano)

Bolívia: Consagrado o primeiro bispo indígena



Santa Cruz de la Sierra (RV) - Foi ordenado o primeiro bispo indígena boliviano. Trata-se do bispo auxiliar da Arquidiocese de Santa Cruz de la Sierra, Dom René Leigue Cesari.

A cerimônia de ordenação foi presidida pelo Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Cardeal Julio Terrazas Sandoval, no último dia 16, e estavam presentes também o Arcebispo coadjutor, Dom Sérgio Gualberti Calandrina, o Núncio Apostólico na Bolívia, Dom Giambattista Diquattro, além de bispos auxiliares, sacerdotes, diáconos e agentes pastorais.

Na homilia, o purpurado agradeceu ao prelado indígena por aceitar essa missão não obstante as dúvidas e fraquezas humanas e lembrou-lhe que a missão do bispo é ser ministro da unidade e testemunha da verdade.

Depois de cinqüenta anos de sacerdócio e trinta e quatro de ministério episcopal, o Cardeal Terrazas disse que estava satisfeito por ordenar um bispo de Santa Cruz, homem nascido, criado e formado naquela terra.

"Agradeço a Deus por termos um guia confiável para o povo, uma palavra de encorajamento em todas as circunstâncias e uma presença amiga, uma presença que se tornou sorriso, que encoraja todas as pessoas e nos mostra a capacidade do nosso povo de acolher Deus, de amar e viver o que crê" – concluiu o purpurado. (Fonte: Rádio Vaticano)

Bento XVI sobre ecumenismo: juntos somos rosto e força de Cristo



Cidade do Vaticano (RV) - A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – que no Brasil se celebra entre Ascensão e Pentecostes – inicia-se nesta sexta-feira no hemisfério norte. A edição este ano tem como tema "O que o Senhor exige de nós", extraído do livro do Profeta Miquéias.

Desde o início de seu Pontificado, Bento XVI colocou o diálogo ecumênico entre as prioridades de seu ministério e em muitas circunstâncias as suas palavras expressaram com vigor o desejo de que todos os fiéis em Cristo reencontrem a unidade da primeira hora da Igreja. A esse propósito, aproveitamos a ocasião para recordar algumas afirmações do Santo Padre.

A unidade da Igreja nasce à distância de poucas horas de seu fim aparente. Nasce no Cenáculo – naquela esplêndida, intensa oração de Jesus que confia os Apóstolos ao Pai – e parece destruída pouco depois, quando o autor da oração pende crucificado no Gólgota.

Entre o Getsêmani e o Calvário os Apóstolos renegam, fogem, se dão por vencidos. E naquela dispersão parece espreitar o sinal daquilo que nos séculos vindouros seria da comunidade cristã, criada no sangue de um Deus morto e ressuscitado, mas incapaz de permanecer unida como o seu Artífice a havia pensado e abençoada.

Refletindo sobre os primeiros anos do cristianismo, Bento XVI observou, numa ocasião, a intervenção que São Paulo foi obrigado a fazer já no tempo dos primeiros fiéis de Corinto:

"De fato, o Apóstolo soubera que na comunidade cristã de Corinto havia nascido discórdias e divisões. Por isso, com grande firmeza, acrescenta: 'Cristo estaria dividido?' (1 Cor 1,13). Desse modo, ele afirmava que toda divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo; e, ao mesmo tempo, que é sempre n'Ele, único Cabeça e Senhor, que podemos reencontrar-nos unidos, pela força inesgotável de sua graça." (Angelus, 23 de janeiro de 2011)

A tentação da discórdia é realmente antiga, mesmo entre quem foi criado para ser uma só coisa. E a conseqüência daquela "ofensa a Cristo" – evidenciou o Papa mais vezes – é que a divisão entre os cristãos é muitas vezes uma tela escura que não deixa transparecer plenamente a presença de Deus para o restante da humanidade:

"O mundo sofre pela ausência de Deus, por causa da inacessibilidade de Deus, deseja conhecer o rosto de Deus. Mas como os homens de hoje poderiam e podem conhecer esse rosto de Deus no rosto de Jesus Cristo se nós cristãos somos divididos, se um ensina contra o outro, se um está contra o outro? Somente na unidade podemos mostrar realmente a este mundo – que tem necessidade – o rosto de Deus, o rosto de Cristo." (Audiência geral, 23 de janeiro de 2008)

E rezar juntos é o primeiro e mais imediato modo de testemunhar a unidade entre cristãos divididos:

"Na oração comum as comunidades cristãs colocam-se juntas diante do Senhor e, tomando consciência das contradições geradas pela divisão, manifestam a vontade de obedecer à sua vontade recorrendo confiantes ao seu socorro onipotente. (...) Portanto, a oração comum não é um ato voluntarista ou puramente sociológico, mas é expressão da fé que une todos os discípulos de Cristo." (Audiência geral, 23 de janeiro de 2008)

Oração, certamente, mas não só, para não ser címbalos que tocam. É necessária também a ação, a ação da caridade. E foi o que o Santo Padre sempre auspiciou do diálogo ecumênico. Colocar ao lado da oração também gestos concretos de partilhada solidariedade:

"Isso favorece o caminho da unidade, porque se pode dizer que todo alívio, mesmo pequeno, que os cristãos dão juntos ao sofrimento do próximo, contribui para tornar mais visível também a sua comunhão e a sua fidelidade ao mandamento do Senhor.

FONTE: Rádio Vaticano