Vinte anos do Catecismo: Jesus é a chave para interpretar toda a Bíblia
A transmissão da Revelação divina se realiza de dois modos: mediante a Tradição e com a Sagrada Escritura. Esses dois modos – como ensina o Catecismo – "estão estreitamente entrelaçados e são comunicantes" (CIC 80).
A Igreja considera a Bíblia a "norma suprema" da fé. Portanto, não somente consideramos as Sagradas Escrituras um texto profundamente religioso, mas consideramos que ele tenha sido inspirado pelo próprio Deus. Assim sendo, a Bíblia, enquanto tal, está isenta de todo e qualquer erro concernente à nossa salvação.
Isso significa que nos textos bíblicos podem existir, por exemplo, imprecisões de caráter histórico ou geográfico, devido aos limites do autor humano, mas a verdade que Deus nos quis revelar para fins da nossa salvação não tem erro.
Na Bíblia encontramos a verdadeira Palavra de Deus trazida pela língua do homem. Por isso – como lemos no Catecismo – "a fé cristã não é 'uma religião do Livro'" (CIC 108). O Novo Testamento não caiu do céu, mas é fruto da pregação das primeiras comunidades cristãs. Por isso as Sagradas Escrituras devem ser lidas e interpretadas na Tradição viva de toda a Igreja.
Esse princípio não nos impede uma leitura individual da Bíblia. Aliás, somos convidados a fazê-lo sistematicamente. A nossa compreensão pessoal, porém, deve ser colocada diante do ensinamento da Igreja.
Lendo as diversas páginas da Bíblia devemos recordar que o seu centro é constituído por Jesus. A sua morte e a sua ressurreição são, portanto, a chave interpretativa de toda a Bíblia.
Portanto, lemos a Sagrada Escritura individualmente e junto com a Igreja, descobrindo a multiplicidade de sentidos que ela contém. Para encorajar-nos a tal leitura, o Catecismo nos recorda as célebres palavras de São Jerônimo: "Ignorar as Escrituras é ignorar Cristo" (CIC 133). (RL)

Escrito por Dom Henrique 

Em
Sergipe, nas três dioceses, Aracajú, Propriá e Estância, existem grupos
de JM. Segundo a coordenadora estadual, Fernanda Rodrigues Santana “a
questão financeira, a articulação do Conselho Missionário Regional
(COMIRE) e a falta de perseverança dos jovens são as principais
dificuldades”. Fernanda avalia como pontos positivos a parceria da JM
com a Infância e Adolescência Missionária (IAM). “Os nossos trabalhos
são feitos juntos”. Destacou ainda o reconhecimento e o apoio por parte
dos padres e das Religiosas. Sobre a articulação e organização destaca
“a boa comunicação entre as três dioceses o que fortalece o trabalho”. O
comprometimento dos jovens, as missões realizadas, as implantações de
novos grupos, são outras luzes.
Gabriel
Araújo Pacheco, representante da JM do estado de Tocantins destacou
como positivo “a boa organização na coordenação, o apoio dos bispos das
cinco dioceses no estado e o acompanhamento das Irmãs religiosas”. Já
os maiores desafios, segundo ele, são “as distâncias entre as dioceses,
o insuficiente domínio da metodologia e o fraco conhecimento do que é a
JM por parte de membros do clero”.
À
distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu
dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os
cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens,
se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças,
tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a
paz para todos.