quinta-feira, 18 de outubro de 2012

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Cotas sociais e raciais

Em conformidade com as resoluções do STF, a presidente Dilma sancionou a lei das cotas sociais e raciais, definida como direito de acesso às universidades públicas federais. Além do que é previsto na Constituição Federal, o Brasil adota políticas afirmativas em atenção aos interesses dos grupos sociais. Leve-se em conta que o Legislativo evita enfrentar várias questões conflitivas, remetendo-as ao Judiciário. Algumas políticas afirmativas convertem-se em leis. No caso da lei das cotas, a tentativa é a inclusão social dos empobrecidos e dos afro-descendentes, secularmente excluídos. Esse resgate social serviria de reparação às injustiças e às dívidas sociais. De fato é desejável que os grupos (e as minorias) discriminados e excluídos socialmente recuperem as oportunidades que lhes foram negadas ao longo da história. Que sejam incluídos no processo do desenvolvimento com melhores oportunidades de estudo, capacitação profissional, saúde, assistência social. Tais condições podem e devem ser absorvidas ampliando as boas condições para o funcionamento de escolas técnicas, vinculadas às universidades públicas.
A lei das cotas sociais e raciais arrisca-se a uma resposta imediatista. A decisão do STF revela a constitucionalidade das tais cotas, porém não resolve a questão crucial, relativa aos critérios para admissão de alunos em universidades públicas. Onde fica a valorização e o mérito de candidatos e de alunos que pleiteiam ansiosos a universidade? Em cada universidade caberá aos reitores a definição dos critérios de implementação da lei das cotas. Não basta a simples facilitação do acesso de alunos se não estiverem preparados. Pergunta-se se os professores possuem condições concretas para manter e elevar o nível do sistema de aprendizado e habilidades oferecidas nas universidades... Esse fator é fulcral. O que já acontece na maioria das escolas públicas brasileiras, no ensino fundamental e médio? Os alunos têm acesso à escola cujo sistema de ensino e aprendizado é péssimo. Resultado, os alunos não conseguem se qualificar. Não basta facilitar o acesso à escola ou à universidade, omitindo-se ou se camuflando os indicativos e critérios de seleção e acompanhamento de alunos.
Com isso, a atual lei de cotas sociais e raciais abre um precedente para a adoção de outros tipos de cotas. O questionamento fundamental reside na qualificação profissional dos universitários credenciados por mérito. A delicada questão remete-nos à urgente reforma do sistema de educação brasileira, criando condições e oportunidades para todos, independentemente de raça ou quaisquer outras particularidades. Os crimes odiosos cometidos no passado, como o regime escravocrata e, consequentemente, a reprodução da discriminação e da apartação social, não são reparados ou compensados por “decretos”, mas com a superação do atraso científico, tecnológico, econômico, priorizando a criação de oportunidades para todos, sem exceção. O atraso de um povo não se identifica apenas com a falta de recursos, mas com a corrupção e ausência de valores éticos e morais.



Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.
Home > Cultura e sociedade > 18/10/2012 11:49:46




Ruas de Jerusalém vão ganhar nomes



Jerusalém (RV) - Em princípio, no fim do ano, todas as ruas de Jerusalém terão um nome. E no ano de 2013 a cada casa será dado um número. Dito isto, batizar na cidade antiga é um assunto delicado.

Se Jerusalém não tem necessidade de se “fazer um nome”, mais de mil das suas ruas saem, pouco a pouco do anonimato. Com efeito, a Comissão de finanças da municipalidade de Jerusalém, sob a égide do Presidente da Câmara, Nir Barkat, destinou um orçamento inicial de cerca de 1 milhão de Shekels (mais ou menos 200 mil euros) para pôr em prática o seu projeto de dar um nome às ruas e números às casas em Jerusalém do Leste. Foi durante uma reunião do tribunal Supremo de Israel, em 9 de novembro de 2011, que a municipalidade de Jerusalém decidiu a dar, até ao fim de 2012, a todas as ruas e ruelas um nome. O plano da numeração, por seu lado, deveria acontecer em 2013. Concretamente, o plano foi tornado possível graças à ajuda de fotografias aéreas e de mapas de satélites. O estaleiro começou primeiro nos bairros de Choufatat e de Beit Hanina e em seguida de Tsur Baher e de Jabak Moukaber.

O que está por trás das placas

À primeira vista, é um atraso que é assim colmatado. Desde há dezenas de anos, os habitantes do Leste de Jerusalém, por falta de toponímia, e apesar dos impostos municipais pagos, não podiam receber o seu correio em casa. Para isso tinham de ir às mercearias do bairro ou às raras agências dos correios de Jerusalém Leste (9 agências contra 42 em Jerusalém Oeste). Inútil de dizer que a distribuição de cartas e encomendas sem morada é uma missão impossível. Dir-se-á mesmo, irracional. É portanto uma boa notícia para facilitar a vida quotidiana do bairro oriental, que seja para os moradores, os carteiros, entregas no domicílio, canalizadores, electricistas ou outros técnicos …mas também para os serviços de socorros de urgência (bombeiros, médicos…).

A uma segunda observação, pode-se esconder por trás deste projeto de números e letras, um caso de memória, logo um caso político. A escolha do nome das ruas, – privilégio da municipalidade – quer-se geralmente como uma vitrine de uma cidade (a sua história política, a sua história religiosa, a sua história cultural….), numa palavra o seu bilhete de identidade no esmalte de milhares de placas. Entre outros, seguramente. Compreende-se, portanto, que para a cidade três vezes santa, o que está em jogo se transforma num verdadeiro quebra-cabeças, quando se sabe que o estatuto da cidade é discutido desde 1967 na cena internacional. De uma maneira geral, cada cidade defende, pelas suas placas toponímicas, a imagem que ela quer dar de si mesma. Mas Jerusalém cristaliza entre os seus muros e no coração dos seus habitantes uma mistura de subjectividades e de heranças muitas vezes controversas.

A questão que se esconde é crucial: o nome de uma rua representa um patrimônio imaterial. Como evitar o perigo de fazer desaparecer a identidade do bairro acrescentando nomes que não têm uma ligação direta e/ou positiva com moradores?

Para Mgr. Shomali, vigário patriarcal em Jerusalém, “dar um nome a uma rua é tomar uma posição: é dar um sinal de autoridade”. Face ao “embaraço da escolha dos nomes em razão da história tripla de Jerusalém (judaica, cristã e muçulmana) “, o bispo auxiliar espera que “os nomes das ruas respeitem as heranças de Jerusalém”. E Mgr. Shomali continua, dizendo que “se derem às ruas o nome de personalidades que fizeram bem à cidade (para lá da sua pertença religiosa) não há problema”.

Teoricamente, os residentes e as associações locais em Jerusalém Leste (maioritariamente de língua árabe) foram consultados para proporem nomes para as ruas. Na realidade, a municipalidade apelou aos cidadãos para se absterem de todas as propostas “provocadoras”, por exemplo de autores de atentados. Os nomes foram submetidos à aprovação de uma primeira comissão especial, depois a uma segunda presidida por um juiz do Supremo Tribunal como é o caso de Jerusalém Oeste. Entre a lista de nomes, os dos escritores libanês Khalil e egípcio Taha Hussein foram apresentados. O nome de uma ex-cantora vedeta egípcia Oum Kalthoum foi atribuído a uma rua de Jerusalém Leste.

(RB - Patriarcado Latino de Jerusalém)
Home > Jovens > 18/10/2012 11:53:57




Aplicativos possibilitam novas formas de ler a Bíblia


Natal (RV) - O constante avanço das tecnologias digitais possibilita que a Bíblia torne-se cada vez mais acessível aos católicos conectados ao mundo digital.

Atualmente, estão disponíveis na internet versões online da Bíblia, bem como, Liturgia diária e Liturgia das Horas, Orações e Ofícios. Dentro desse universo, hoje, os católicos podem fazer uso também de aplicativos da Bíblia para smartphones e tablets, que permitem uma maior comodidade de conexão, com facilidade e baixo custo.

Padre Vicente Fernandes, da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz (RN), faz uso constante dos aplicativos da Bíblia e Liturgia das Horas. "Os aplicativos nos possibilitam uma conexão mais rápida com as informações, e, nesse caso, com a Palavra de Deus, pois podemos acessar os textos bíblicos em qualquer lugar. Acredito que a Igreja seja assertiva em utilizar as novas tecnologias para evangelizar, pois é preciso que ela esteja inserida em todos os meios", destaca.

Entre os jovens católicos, o uso das novas tecnologias é muito comum. Este é o caso de Éden Guerra, administrador e vocalista da Banda Divina Luz. Segundo ele, o mundo atualmente proporciona inúmeras facilidades em diversos setores, e uma delas, é a busca de Deus nas tecnologias. "Na minha opinião, ler a bíblia pela internet, smartphone, celular, notebooks ou trablets, tem a mesma finalidade e entendimento que na impressa. Ando com minha Bíblia dentro do carro, mas também com o aplicativo no meu tablet, que possibilita o estudo todos os dias, em qualquer lugar. Para mim, a palavra de Deus é a mesma em todos os lugares e formas em que ela se apresenta. O que devemos ter em mente é que Deus, com certeza, se alegrará se dedicarmos o mínimo de tempo a ler os seus ensinamentos, seja de qual forma for", ressalta.

Apesar do constante crescimento entre os católicos que utilizam os aplicativos para ler a Bíblia, ainda existem pessoas que preferem a versão impressa. Este é o caso da jornalista e agente da Pascom, Janyara Lima. "Mesmo com todas as ferramentas tecnológicas ao nosso alcance que nos permite acessar a Bíblia virtualmente e de uma forma mais rápida, prefiro ler a versão impressa, pois dessa forma, tenho a sensação de estar mais próxima de Deus e da sua palavra. Além disso, saber localizar os livros na Bíblia para mim é muito importante, pois mostra conhecimento e aproximação com o Evangelho", destaca.

Mensagem de Bento XVI

Segundo a mensagem do Papa para o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado este ano, os novos meios de comunicação são um "verdadeiro dom para a humanidade" e, por isso, devem ser postos ao serviço de todos os seres humanos. Ainda na mensagem, Bento XVI diz que as novas tecnologias tem um "potencial extraordinário", quando usadas para favorecer a compreensão e a solidariedade humana.

Alguns aplicativos

Pocket Terço - Aplicativo gratuito para Iphone, que permite o acesso a liturgia diária, orações, bem como, uma opção para recitação do Santo Terço.

YouVersion Bíblia - Aplicativo gratuito da Bíblia para smartphones que possuem tecnologia Android. Contém todos os livros da Bíblia, e possui a opção de ouvir os textos bíblicos em áudio.

(RB-Muticom)
Conselho Pontifício para a Cultura passa a integrar a Comissão para os Bens Culturais


Entretanto, em Roma, no âmbito da Sede Apostólica, a Comissão para os Bens Culturais da Igreja passa a ficar integrado, a partir de agora, ao Conselho Pontifício da Cultura. (Na foto, frescos da igreja Santa Maria Antiqua, no Foro Romano, em fase de restauro) Entra de facto em vigor no próximo dia 3 de Novembro um documento pontifício – o motu proprio Pulchritudinis fidei (da beleza da fé) , na qual Bento XVI predispõe a fusão das duas instituições. Em entrevista hoje publicada na edição quotidiana de “L’Osservatore Romano”, o cardeal Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura ilustra as razões e as consequências desta disposição, e confirma que este setor dos Bens Culturais da Igreja fica especialmente confiado a D. Carlos Azevedo, Delegado daquele Conselho Pontifício. A este departamento dos Bens Culturais correspondem outros setores como o de “Fé e cultura”, o Átrio dos Gentios e o recentemente instituído para se ocupar do Desporto.
“Também a UNESCO (o departamento das Nações Unidas para a Educação e a Cultura) – recorda o cardeal Ravasi, protege hoje em dia a chamada “cultura imaterial”. Na base deste novo conceito de cultura já não está a ideia – do século XVIII – de uma aristocracia intelectual, mas sim um conceito antropológico – a elaboração consciente de cada obra da criatividade humana”.
Entre as áreas de competência deste Departamento dos Bens Culturais estará, naturalmente, a colaboração com a Fundação para os Bens e Atividades Artísticas da Igreja.(RV)

Metas da nossa caminhada

17/10/2012 | Geovane Saraiva * Viver bem neste mundo, na lógica do projeto de Deus, quer dizer ir encontro do reino, inaugurado por Jesus de Nazaré, na doação de sua própria vida. Ele não somente despojou-se de tudo, mas assumiu na sua vida, a condição dos sofredores, para com eles caminhar, para curá-los, para trazê-los de volta à vida digna. E o reino continua hoje, neste mundo, com a doação daqueles que assumem a mesma causa de Jesus, tornando-se pobres, com o mesmo Espírito do Mestre. Gosto muito dos pensamentos de Dom Helder Câmara, na sua grande profundidade: "Caminhar é ir ao encontro de metas. Significa mover-se para ajudar muitos outros a moverem-se, no sentido de tudo fazer para criar um mundo mais justo e humano".
O Evangelho do sermão da montanha começa com as bem-aventuranças, declaração maravilhosa e solene, proclamada pelo Filho de Deus, na qual o reino de Deus nos é revelado como uma boa notícia aos pobres. Essa declaração ou anúncio é um grito de alegria, feito por Jesus de Nazaré, pela chegada do reino de Deus e, ao mesmo tempo, uma proposta rigorosa e exigente a um estilo de vida, no desprendimento e despojamento: "Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o tipo de mal contra vós por causa de mim" (Mt 5, 11).
Vivemos num mundo, experimentando muitos sinais de morte e nunca nos acostumamos com a dura realidade da morte. Ela pesa sobre nós. Sofremos muito com a morte, porque somos criaturas humanas e apegados a esta vida aqui da terra e não a enxergamos, na maioria das vezes como algo natural, tudo por causa das nossas contingências e limitações.
As bem-aventuranças querem nos colocar diante das tensões e dos desafios. Mas para nós, pessoas de fé, de maneira alguma, as situações duras e sinais de morte nos apontam para o fim. O Deus que enviou o seu Filho Jesus e o ressuscitou, nos ensina a viver bem aqui na terra, com pés firmes no chão, e assim, sonhar com a glória futura. "Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus" (Mt 5, 12).
Compreendemos que somos limitados, que não conseguimos dar um passo há mais, diante das tragédias, tensões e situações de limites. Elas nos ensinam e relevam algo precioso: a certeza de que a realidade dura e pesada dos sinais de morte nos engrandece e humaniza, dizendo-nos que a vida está acima de tudo. Daí olhar para a realidade da morte como nossa irmã e companheira inseparável. O exemplo vem de Francisco de Assis, ao dizer com grande Fe, sabedoria e confiança: "Louvado seja Deus pela irmã morte".
Quando injustiça e tudo aquilo que gera a morte chegar perto de nós e bater à nossa porta, surpreendendo-nos e deixando nosso coração marcado pela dor e sofrimento, peçamos que a tristeza se transforme em alegria e esperança, certos de que o critério para o nosso julgamento e o julgamento da história é o da prática da justiça. Somos, portanto, desafiados a colocar a nossa própria vida diante do projeto de Deus, no amor que se traduz em justiça, verdade e solidariedade. É deste modo, que a piedade divina se transforma em misericórdia e generosidade, como diz tão bem o Profeta Oséias: "Quero misericórdia e não sacrifício" (Os, 6, 6).
Jesus nos promete e nos assegura a felicidade, não apenas num futuro longe e distante, lá no céu, na eternidade, mas já aqui na terra. A vontade de Deus é que o seu reino seja algo concreto e presente no mundo, através de nós, seus seguidores. Todo aquele que deseja participar e tem como sonho maior o reino de Deus, precisa experimentar a alegria da transformação interior, no desprendimento e despojamento, usando os bens deste mundo, mas com uma grande vontade de abraçar os bens que são eternos, que não passam, tendo diante dos olhos a promessa do Filho de Deus, na busca da sua própria felicidade e a do próximo.
*Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, Escritor, Membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), e da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza. Pároco de Santo Afonso.
Fonte: www.paroquiasantoafonso.org.br


Salvatorianos elegem brasileiro Superior Geral

18/10/2012 | Arlindo Pereira Dias / Revista Missões Os missionários Salvatorianos (Sociedade do Divino Salvador), reunidos no seu Capítulo Geral, elegeram no dia 17 de outubro, como 11º Superior Geral, o padre brasileiro Milton Zonta. Após a missa solene presidida pelo atual superior geral, o polonês padre Karl Hoffman, os capitulares cantaram o "Veni Creator Spiritus" e procederam à eleição. Já na primeira votação o padre Milton recebeu os votos necessários para ser eleito.
O XVIII Capítulo Geral tem por tema: "Conhecer, Amar e Proclamar". São 50 participantes, representantes de 23 países: (Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Cameron, Canadá, China, Colômbia, Congo, Inglaterra, Equador, Filipinas, Espanha, Índia, República Checa, Polônia, Tanzânia, Suíça, EE.UU, Venezuela, Hungria e Itália). Os missionários encontram-se reunidos desde o dia 3 de outubro na cidade de Cracóvia, Polônia. Mostrando-se bastante emocionado, ao responder à pergunta se aceitaria o encargo, padre Milton afirmou: "Na certeza de que a Divina Providência guia a historia Salvatoriana com sabedoria, com profunda humildade, eu aceito assumir este serviço".
Padre Milton Zonta nasceu em 1960 na cidade de Videira, Santa Catarina. Entrou na congregação em 1979, com a idade de 19 anos e fez sua primeira profissão religiosa em 1980. Foi ordenado sacerdote no dia 17 de janeiro de 1987. No Brasil trabalhou como pároco, formador e exerceu o serviço de provincial. No ano de 2006 foi eleito Conselheiro Geral e responsável pela área de formação a nível mundial.
A Sociedade do Divino Salvador foi fundada em Roma no dia 8 de dezembro de 1881, pelo Servo de Deus Padre João Batista Jordan.
Fonte: www.revistamissoes.org.br


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Home > Igreja > 17/10/2012 12:34:38



Bento XVI: toda a humanidade tem que lutar sem cessar contra a pobreza


Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se esta quarta-feira, 17 de outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa saudou os expoentes do “Movimento Agir Todos pela Dignidade do Quarto Mundo”, que estavam presentes na Praça S. Pedro, encorajando-os em seu compromisso de proteger a dignidade e os direitos dos que são condenados a sofrer a chaga da miséria, “contra a qual toda a Humanidade deve lutar sem cessar”.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas, para promover a conscientização sobre o problema e para motivar os esforços de erradicação da pobreza em todas as partes do mundo.

Em 17 de outubro de 1987, em Paris, o Padre Joseph Wresinski, fundador do "Movimento Agir Todos pela Dignidade do Quarto Mundo" inaugurou, na presença de 100 mil pessoas, uma placa de pedra em celebração de todas as vítimas da pobreza. Nela, estava gravada a seguinte mensagem: "Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados. Unir-se para fazer com que sejam respeitados é um dever sagrado”.

Na última década, milhões de pessoas saíram da pobreza, e obtiveram um melhor acesso à saúde e à educação. Todavia, apesar destes avanços importantes, há ainda lacunas críticas a serem preenchidas. O tema para o Dia Internacional de 2012 é "Pôr fim à violência que a extrema pobreza representa: promover a responsabilização e construir a paz".

Isabelle Perrin, diretora-geral do Movimente, em sua mensagem do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, afirmou: "É um dia para recusar o inaceitável. (...) 17 de outubro é uma data para honrar os milhões de pessoas que enfrentam o impossível, aqueles cuja coragem e cuja existência desafiam nossas certezas, nossos modos de pensar e agir”.

Nessa mesma data, os salesianos da Região Interamérica estão empenhados na 10ª reunião regional de opção preferencial. Uma semana de conferências sobre o empenho da Congregação no continente americano e a opção preferencial pelos pobres. Responsabilizar quem vive na pobreza, especialmente os jovens, é um dos principais temas discutidos durante este encontro.

(BF-ANS)