terça-feira, 9 de outubro de 2012

Home > Igreja > 09/10/2012 19:36:46




Igreja pede ao Governo ugandense para libertar prisioneiros políticos


Campala (RV) - O Arcebispo de Campala, em Uganda, Dom Cyprian Kizito Lwanga, pediu ao Governo para libertar todos os prisioneiros políticos do país como um gesto de clemência em vista do 50º aniversário de independência, celebrado nesta terça-feira.

Segundo o jornal local New Vision, o prelado evidenciou durante a missa dominical que a libertação dos presos políticos seria um passo importante para a reconciliação, a justiça e a paz em Uganda, mesmo porque alguns deles estão detidos injustamente.

Falando sobre a situação do país cinqüenta anos após a independência da Inglaterra, Dom Lwanga denunciou os males que continuam afligindo essa nação como abuso de poder, violações dos direitos humanos, corrupção, ignorância, um sistema educacional inadequado, e a mistura de religião e política.

Ainda durante a homilia, o arcebispo falou da questão agrária denunciando a desapropriação injusta de terras em detrimento dos pobres, não obstante a reforma agrária.

"Vivemos num país cheio de contradições. A ciência e a tecnologia estão fazendo grandes avanços em todas as esferas da vida humana, fornecendo a humanidade o que serve para tornar o nosso Planeta um lugar maravilhoso para todos, mas a extrema pobreza, a doença e a fome continuam matando milhares de pessoas todos os dias" – concluiu Dom Lwanga. (MJ)
  Home > Igreja > 09/10/2012 19:38:39




Povo haitiano não desiste e continua lutando por uma vida melhor


Porto Príncipe (RV) - Passaram-se quase três anos do terremoto no Haiti que destruiu 90% das escolas, 60% dos hospitais, matou milhares de pessoas, deixou mais de 350 mil feridos e mais de um milhão de crianças órfãs.

A metade da população haitiana vive com menos de um dólar por dia, 500 mil pessoas estão desabrigadas, 90% das crianças sofrem de doenças causadas pela água contaminada. Além disso, a cólera está assolando o país e a crise econômica internacional atingiu essa nação já duramente provada.

No entanto, a população nunca desistiu e continua lutando por uma vida melhor. Recentemente, mais de 3 milhões de crianças voltaram às escolas, mais de 20 mil nos institutos salesianos presentes no Haiti. Desse número, mais de 10 mil fazem uma refeição por dia na Obra das Pequenas Escolas do Padre Bohnen.

Uma nota enviada à Agência Fides destaca que os missionários salesianos vivem no Haiti há mais de 75 anos, trabalhando com as crianças pobres, mulheres e doentes.

Segundo dados do Banco Mundial, várias intervenções parecem testemunhar o desejo de renascimento desse país, como a remoção de 11 milhões de metros cúbicos de detritos que tornou novamente possível o movimento pelas ruas, um milhão de pessoas deixou os campos de deslocados e seiscentas mil terão em breve acesso à eletricidade.

As Missões Salesianas de Madri fez um apelo em favor da solidariedade promovendo a campanha "75 anos no Haiti", que convida a comunidade internacional a continuar trabalhando e ajudando os missionários para que essa nação não seja esquecida. (MJ)
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1º dia do Sínodo: Nova Evangelização, um desafio



Os trabalhos da 13ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foram abertos na manhã desta segunda, 08, com a oração das Laudes, presidida pelo Papa, na Sala Paulo VI. Bento XVI se dirigiu aos 262 padres sinodais de todo o mundo com as seguintes palavras: “O cristão não deve ser morno; este é o mais grave perigo para o cristianismo de hoje: a tepidez desacredita o cristianismo” – refletiu o Papa.
Logo após, teve início a primeira sessão solene, com a saudação dos presidentes-delegados e a introdução do Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic. Ele destacou que um dos desafios para a Nova Evangelização é o individualismo. “A nossa cultura exalta o indivíduo e minimiza a relação necessária entre as pessoas. Exaltando a liberdade individual e a autonomia, é fácil perder de vista a nossa dependência dos outros e a responsabilidade diante do outro.”
A Nova Evangelização não é um programa, disse Dom Eterovic. Trata-se de um modo de pensar, de ver e de agir. “É como uma lente através da qual vemos as oportunidade de proclamar novamente o Evangelho. É também um sinal de que o Espírito Santo continua a trabalhar ativamente na Igreja.”
Para o Secretário-Geral do Sínodo, no centro da Nova Evangelização está a renovada proposta do encontro com o Senhor Ressuscitado, o seu Evangelho e a sua Igreja àqueles que não acham mais atraente a mensagem da Igreja.
Foi apresentado o "Relatório antes da discussão", apresentado pelo relator-geral da Assembleia sinodal, o arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl. Em seguida, o arcebispo de Hong Kong, Cardeal John Tong Hon, dirigiu aos Padres sinodais palavras vibrantes: recordou o temor do regime comunista vivido por parte de tantas famílias da diocese, antes da anexação da cidade à China, 1997.
Depois, o Cardeal Tong Hon recordou três princípios fundamentais da evangelização: a comunhão tanto com Deus quanto como os homens, em particular, com os pobres; o serviço entendido como doação de si e a doutrina, ou seja, aquele encontro pessoal com Cristo que nos leva a ser suas testemunhas:
"Devemos ser testemunhas zelosas da nossa fé" – concluiu o bispo de Hong Kong.
Ao término da primeira sessão dos trabalhos, realizou-se na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, um encontro do qual participaram o arcebispo de Washington e relator-geral do Sínodo, Cardeal Donald Wuerl, e o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.
"Anunciar o Evangelho num contexto caracterizado pelas novas tecnologias. Esse é um dos principais desafios da nova evangelização", afirmou Dom Celli ressaltando com precisão um dos temas mais difíceis que os Padres sinodais deverão abordar na definição dos objetivos da nova evangelização.
Por sua vez, o Cardeal Wuerl disse que dentre os principais temas evidenciados pelo Sínodo encontra-se o da recuperação de uma correta identidade católica: tanto entre os jovens adultos, quanto naqueles que se distanciaram da fé.
O purpurado explicou que uma escassa consciência de identidade torna difícil também a relação e o diálogo em âmbito ecumênico. Uma das bases das quais partir novamente no complexo percurso da nova evangelização nos é dada pelo Catecismo da Igreja Católica, do qual estamos para celebrar o 20º aniversário.
Mas como transmitir corretamente a mensagem evangélica, a Palavra de Jesus no atual contexto social, como encontrar o método justo? Dom Celli falou aos jornalistas de uma Igreja que por sua natureza deve anunciar o Evangelho, e se não o faz, trai a sua vocação.
O problema não é tecnológico, mas de método: "É preciso entender como a Igreja pode dialogar com os homens e as mulheres de hoje, entrando em sintonia com eles, partilhando alegrias, esperanças, dificuldades e tensões", explicou o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.
Fonte: CNBB

ONU: Mundo precisa de mais 1,7 milhão de professores até 2015 para cumprir meta


O mundo precisa de mais 1,7 milhão de professores até o ano de 2015 para atingir a educação primária universal. O número foi divulgado na última sexta-feira (5), Dia Mundial dos Professores, pela ONU (Organização das Nações Unidas). A educação primária universal é um dos oito objetivos previstos nas Metas de Desenvolvimento do Milênio.
Segundo a Rádio ONU, a declaração conjunta de várias agências, incluindo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), afirma que é preciso treinamento adequado de professores e garantia dos direitos dos docentes, incluindo salários justos e a valorização da igualdade e da autonomia profissional.
A Unesco também lançou uma estratégia para 2012-2015, que busca diminuir a falta de professores, principalmente na África Subsaariana; melhorar a qualidade do ensino e promover debates globais sobre educação.
(*Com informações da Rádio ONU)
   Home > Sínodo > 09/10/2012 17:59:19



Sínodo: apelo em favor da paz na Síria e auspício de que a Nova Evangelização não seja somente um slogan


Cidade do Vaticano (RV) - Foi aberto na manhã desta terça-feira, com um apelo em favor da paz na Síria, o segundo dia de trabalhos do Sínodo sobre a nova evangelização, em andamento no Vaticano.

Na presença do Papa, bispos do mundo inteiro chamaram a atenção para a necessidade de valorização dos migrantes e a importância de um exame de consciência por parte da própria Igreja sobre o modo como viver a fé.

Paz e solidariedade para com as vítimas do conflito na Síria: a Sala do Sínodo não esquece o mundo externo e reza pela estabilidade do país do Oriente Médio.

Em seguida, o olhar dos prelados se alargou para os desafios da nova evangelização e evocou, de fato, a necessidade de valorização dos migrantes, cujo tesouro principal é a fé que eles carregam consigo no mundo inteiro, transformando-se em verdadeiros evangelizadores.

Portanto, que a Igreja os apóie e os proteja de certas discriminações da sociedade, ajudando-os na integração, sem privá-los da sua identidade.

Mas o Sínodo faz também autocrítica e pede um exame de consciência sobre o modo de viver e testemunhar a fé: o risco de burocratizar a vida sacramental pode levar à perda de credibilidade e isso significa esquecer que para evangelizar é preciso ser evangelizado.

Daí, o forte chamado também ao Sacramento da Penitência, quase desaparecido em algumas regiões do mundo, e definido, ao invés, como o Sacramento da nova evangelização.

Foi também central o apelo a uma nova humildade da Igreja, de modo a não fechar-se em debates intra-eclesiais, mas saiba propor o Evangelho com humildade, na ótica de uma nova caridade.

Foi destacada a importância de evitar o repetir-se de escândalos na vida sacerdotal e de se responder à emergência educacional porque – foi frisado – não se pode evangelizar bem se não se educa bem e vice-versa.

Talvez – pergunta-se o Sínodo – a "pedra angular" da nova evangelização esteja justamente no passar de uma pastoral passiva e de mera conservação a uma pastoral intrépida, de missão permanente, que veja sacerdotes testemunhar a Boa Nova com entusiasmo.

Ademais, algumas reflexões dos Padres sinodais auspiciam uma consagração do mundo ao Espírito Santo, olhando para Maria como primeiro exemplo de mulher leiga evangelizadora, e para o diálogo entre a beleza da arte e da fé como instrumento de nova evangelização.

Destaca-se também o testemunho da Igreja nos EUA, que introduziu o rito da bênção da criança no ventre materno: um modo – explicam os Padres sinodais estadunidenses – para aproximar toda a família do nascituro dos sacramentos, em particular, o Sacramento do Batismo.

Em seguida, foi sugerido reforçar a pastoral militar, por sua natureza ligada à paz e à promoção do bem comum dos povos.

Por fim, ao término da Congregação Geral, a Sala do Sínodo ouviu o pronunciamento do delegado fraterno Simo Peura, luterano, e do convidado especial Lamar Vest, presidente da Sociedade Bíblica Americana, à qual, pela primeira vez – em 200 anos de atuação – foi oferecida essa oportunidade.

A valorização do Batismo e de uma Igreja missionária, que testemunhe Cristo na promoção da justiça, esteve no centro da primeira reflexão.

Por sua vez, Lamar Vest evidenciou a grandeza e o frescor da Bíblia, que permanece sempre igual, apesar das transformações do mundo.

Os trabalhos da tarde desta terça-feira prosseguem com um relatório do Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, no qual explica como a Exortação apostólica Verbum Domini de Bento XVI, após o Sínodo de 2008 sobre a Palavra de Deus, está sendo acolhida.

Na parte da tarde de segunda-feira, a Assembleia sinodal acolheu a apresentação dos relatórios dos cinco continentes para ilustrar como o tema da nova evangelização tem sido acolhido nas Igrejas particulares do mundo inteiro.

O denominador comum dos cinco pronunciamentos foi o desafio da globalização que tende a transformar as culturas locais, desagregando os seus valores tradicionais como a família.

Especificamente, para obter bom êxito na obra evangelizadora a Ásia aposta no diálogo – definido como uma necessidade, não um luxo – com as culturas, com os pobres, com as religiões, inclusive enfrentando de modo heróico os sofrimentos da crescente perseguição.

A África, por sua vez, combate o fundamentalismo islâmico e olha para os ensinamentos de Paulo VI que exortava: "Africanos, sejam missionários de vocês mesmos". Além disso, chama a atenção para a questão dos evangelizadores que vão para o exterior não em função da missão, mas em busca de vantagens econômicas.

A Europa faz apelo àquela herança cristã da qual parece ter perdido a memória e olha para os exemplos positivos das Jornadas Mundiais da Juventude e das missões cidadãs para contrastar uma sociedade dominada pela mídia, pela economia e pelos direitos humanos de terceira e quarta geração, distantes de uma visão humana, cristã e moral do mundo e atrelados apenas às opiniões e aos desejos pessoais de cada um.

Por sua vez, a Igreja na América identifica a nova evangelização com a Missão Continental e, ao mesmo tempo, pede um exame de consciência sobre o modo de viver a fé, apostando na família como Igreja doméstica e envolvendo os leigos, definidos como os principais protagonistas da nova evangelização.

Por fim, para Igreja na Oceania – onde se constatam "ilhas de humanidade" – a nova evangelização parte dos jovens, das escolas, da vitalidade dos católicos unidos, mesmo na diversidade étnica, pela promoção dos direitos dos nativos e pelo Pátio dos Gentios.

De fato, a iniciativa do Pontifício Conselho para a Cultura, pensada para facilitar o diálogo com os que não creem, é vista como o lado bom da secularização, ao contrário do secularismo mais agressivo que impede a confrontação, por exemplo, sobre questões bioéticas.

No fundo, o auspício comum dos relatórios por continentes é que se prossiga o caminho iniciado com coragem e otimismo, mostrando respeito por quem ainda não recebeu o dom da fé e fazendo de modo que a nova evangelização não seja somente um slogan. (RL)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

JMJ Rio 2013: como será o atendimento médico?


Cidade do Vaticano (RV) - RealAudioMP3 Em julho de 2013, o Rio de Janeiro será palco do maior evento católico do mundo, a Jornada Mundial da Juventude. Entre as dúvidas mais comuns está o serviço de saúde. Para isso, está sendo formada uma equipe especializada em atendimento médico e ambulatorial.

O voluntário Pedro Spineti descreve o projeto para a equipe da área médica. De acordo com ele, esta equipe será formada para servir em postos de atendimento médico, próximos as paróquias, e essa divisão será feita por forania. “Este posto será localizado em uma paróquia e terá uma equipe de um médico, um enfermeiro e dois socorristas”, completou Pedro.

Para ele, atendimento médico na própria paróquia é uma forma de acolhida ao peregrino, que não precisará se deslocar para ser atendido. Esses postos atenderão, principalmente, problemas gastrointestinais, viroses respiratórias, dores de cabeça, doenças relacionadas ao clima, portanto, eles se caracterizarão por um atendimento ambulatorial. Caso haja peregrinos que necessitem de avaliação complementar, eles serão encaminhados a uma unidade de emergência para o atendimento necessário. Em casos de emergência graves será acionado o SAMU.

O responsável pela equipe de saúde faz ainda um apelo. Ele pede que profissionais da área da saúde se voluntariem, pois ainda há poucos profissionais de saúde inscritos.

Mas como os nossos bispos vêem a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Nós conversamos com Dom Edmilson Amador Caetano, Bispo de Barretos, São Paulo. (SP)
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Relator-geral do Sínodo: cristãos devem superar a síndrome do embaraço de anunciar Jesus


Cidade do Vaticano (RV) - Logo após o pronunciamento do Papa, na Sala do Sínodo, o presidente-delegado da Assembléia sinodal, o arcebispo de Hong Kong, Cardeal John Tong Hon, tomou a palavra, seguido pelo secretário-geral do Sínodo, Dom Nikola Eterović.

Em seguida foi dado espaço para o "Relatório antes da discussão", apresentado pelo relator-geral da Assembléia sinodal, o arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl.

As palavras que o bispo de Hong Kong dirigiu aos Padres sinodais foram palavras vibrantes: recordou o temor do regime comunista vivido por parte de tantas famílias da diocese, antes da anexação da cidade à China, 1997.

Mas justamente essa crise, que em chinês significa também oportunidade, levou muitos católicos não praticantes a reaproximar-se da Igreja, em busca de encontrar um apoio espiritual. Sinal disso é o fato de na Páscoa passada três mil adultos terem recebido o batismo.

Depois, o Cardeal Tong Hon recordou três princípios fundamentais da evangelização: a comunhão tanto com Deus quanto como os homens, em particular, com os pobres; o serviço entendido como doação de si e a doutrina, ou seja, aquele encontro pessoal com Cristo que nos leva a ser suas testemunhas:

"Devemos ser testemunhas zelosas da nossa fé" – concluiu o bispo de Hong Kong.

Destacamos, ainda, a participação do Cardeal Werl, ou seja, a apresentação do "Relatório antes da discussão", feita em latim. Tratou-se de um relato apaixonado e lúcido.

Partindo do princípio de que aquilo que se proclama "não é uma informação sobre Deus, mas, Deus mesmo" feito homem, o purpurado não hesitou em abordar o difícil contexto da nova evangelização na sociedade atual, em que existe "a separação intelectual e ideológica de Cristo da sua Igreja"; a "barreira do individualismo" que faz decair a responsabilidade do homem em relação ao outro; o racionalismo que transforma a religião numa "questão pessoal"; a "drástica redução da prática da fé" entre os batizados.

Esse rosto da sociedade que muda "de modo dramático" tem suas raízes fincadas nos ano 70 e 80, décadas de "catequeses verdadeiramente escassas", de descontinuidade, "de "aberrações na prática da liturgia", explicou o Cardeal Wuerl.

"É como se um tsunami de influência secular – disse o purpurado – levasse consigo indicadores sociais como o matrimônio, a família, o conceito de bem comum e a distinção entre bem e mal. "E não somente isso: "os pecados de poucos" alimentaram a desconfiança nas estruturas da Igreja.

Nessa cultura marcada pelo "secularismo, materialismo e individualismo" não faltam, todavia, sinais positivos lançados pelos jovens, pelas crianças e por seus pais. Numa palavra: pela família, "modelo-lugar da nova evangelização", "primeiro elemento constitutivo da comunidade", muitas vezes tão subestimada e ridicularizada pela sociedade contemporânea.

E se os missionários do passado percorreram "imensas distâncias geográficas" para anunciar o Evangelho, os missionários do presente devem superar "distâncias ideológicas igualmente imensas", sem sequer sair do bairro.

"A nova evangelização não é um programa – ressaltou o arcebispo de Washington. Trata-se de um novo modo de pensar, de ver e de agir. É como uma lente através da qual vemos as oportunidades de proclamar de novo o Evangelho."

Daí, o convite a ter, na verdade da mensagem cristã, "uma nova confiança", muitas vezes desgastada por um sistema de valores leigos que se impuseram como superior ao estilo de vida proposto por Jesus.

Substancialmente, os cristãos devem "superar a síndrome do embaraço" de anunciar "o tesouro simples, genuíno e tangível da amizade com Jesus", explicou o purpurado.

Tal anúncio, porém – exortou o relator-geral –, seja testemunhado na vida, porque evangelizar significa oferecer a experiência do amor de Jesus e não "uma tese filosófica de comportamento". (RL)