segunda-feira, 15 de outubro de 2012

  Home > Sínodo > 2012-10-15 10:36:04



Bispos portugueses intervieram sábado no Sìnodo


Pausa dominical, ontem, no Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização. Os trabalhos retomaram esta manhã, prosseguindo com as intervenções dos Padres sinodais. Entretanto, sábado de manhã intervieram os bispos do Porto e de Lamego, representantes portugueses no Sínodo.
D. Manuel Clemente, vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou que o tema em debate desafia à “redescoberta e aprofundamento da novidade constante de Cristo, nas atuais circunstâncias da Igreja e do mundo”. “A dispersão e itinerância tornam difícil a convivência habitual, familiar e comunitária. A individualização da vida, potenciada pela tecnologia, leva ao subjetivismo e ao virtualismo que rarefazem a realidade social e eclesial”, declarou o prelado, citado pelo boletim oficial do Sínodo dos Bispos.
O bispo do Porto aludiu à realidade portuguesa, que disse ser caraterizada por “uma população muito móvel e frequentemente opaca na mentalidade”. D. Manuel Clemente destacou que essa opacidade “poda derivar da maior densidade das ‘realidades temporais’ quando absorvem a atenção imediata e as intenções a médio prazo”, dificultando a abertura ao “horizonte espiritual e religioso”. “Generaliza-se assim o secularismo pessoal e ambiental”, alertou.
Por sua vez D. António Couto, bispo de Lamego (foto), considerou que a Igreja “deverá ter a dinâmica das primeiras comunidades cristãs”, como um “átrio permanente da fraternidade aberta ao mundo”. “Deverá ser, por outro lado, uma Igreja anunciadora, completamente vinculada ao seu Senhor, não seduzida pelas novidades da última moda”, acrescentou, apelando a um “estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, audaz, próximo e dedicado”.
“Deixo a pergunta: porque é que os santos lutaram tanto, e com tanta alegria, para serem pobres e humildes, mas nós esforçamo-nos tanto para ser ricos e importantes?”, concluiu o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização.
No final da nona reunião geral dos participantes, D. Manuel Clemente foi eleito como um dos membros da Comissão para a Informação deste Sínodo, presidida pelo arcebispo italiano D. Claudio Maria Celli, responsável máximo do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (Santa Sé).
A primeira semana da assembleia sinodal contou com mais de 130 intervenções dos mais de 260 bispos presentes e outros convidados, tendo ficado marcada pela diversidade de temas e preocupações apresentadas, da secularização e relativismo na sociedade à imagem que os media transmitem da Igreja, passando por questões ligadas à liturgia e sacramentos, formação do clero, organização territorial, imigração, família, arte e cultura, ecumenismo ou mesmo um pedido de consagração do mundo ao Espírito Santo.
(Cfr Agência Ecclesia)
Home > Igreja > 2012-10-15 10:38:11



Beatificados em Praga 14 franciscanos mártires da fé


Foram beatificados neste sábado14 frades franciscanos na Catedral de São Vito em Praga na República Checa. A primeira beatificação do Ano da Fé foi para 14 religiosos que foram martirizados no sec. XVII por uma multidão enfurecida e animada pelo ódio contra Igreja Católica. Estavamos na boemia no ano de 1611 onde proliferavam várias seitas protestantes hostis aos católicos e, sobretudo à dinastia católica dos Habsburgo. O Padre Frederico Bachstein, mestre dos noviços do convento e todos os seus companheiros da Ordem dos Frades Menores, foram assassinados no interior do convento no dia 15 de Fevereiro de 1611.

Em representação do Papa, esteve a presidir à celebração o Cardeal Angelo Amato Prefeito da Congregação para a causa dos santos. Aos microfones da RV referiu que nos inícios do sec.XVII em várias zonas da Europa vivia-se um clima de ódio aos católicos e estes estavam muitas vezes em perigo de vida. "Ninguém podia acusar os frades do Convento de Nossa Senhora da Graça de serem nacionalistas ou conspiradores políticos porque a maioria eram estrangeiros e sem qualquer posição política assumida" - disse o Card. Amato que aproveitou para enquadrar a heroicidade dos beatos frades: "O seu testemunho de fé fica demonstrado no sua humilde vida na caridade de Cristo, pelo seu calvário, pelo seu perdão. A sua beatificação inspira sentimentos de paz, fraternidade e alegria.
(Fonte: Rádio Vaticano)

Conteúdo da intervenção de D. António Couto, no Sínodo


Eis a intervenção de D. António Couto, sábado de manhã, no Sínodo dos Bispos (texto divulgado):
"A Igreja de ontem, de hoje e de sempre, deverá possuir os traços do rosto de Jesus Cristo. Deve, por isso, ser filial, fraterna, afectuosa, próxima e acolhedora, como bem a representou o beato Papa João Paulo II na Catechesi tradendae [1979], n. 67, e na Christifideles Laici [1988], n. 26. Deverá ter a dinâmica das primeiras comunidades cristãs, como o autor do livro dos Actos dos Apóstolos as apresentou: permanentemente atentas à Palavra de Deus, à comunhão, à fracção do pão e à oração (2, 42-47; 4, 32-35; 5, 12-15), átrio permanente da fraternidade aberta ao mundo, de modo a ser e a espelhar uma Igreja jovem, ágil e bela, tão jovem, ágil e bela que as pessoas lutarão para entrar nela.
Deverá ser, para além disso, uma Igreja anunciadora, completamente vinculada ao seu Senhor, não seduzida pelas novidades da última moda, mas bem consolidada na fidelidade ao seu Senhor, que se traduz no dom total de si, num estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, audaz, próximo e dedicado. Sim, temos necessidade de anunciadores do Evangelho sem ouro, prata, cobre, alforge, duas túnicas… Sim, é de conversão que falo, e pergunto-me: porque é que os Santos lutaram tanto, e com tanta alegria, para serem pobres e humildes, e nós esforçamo-nos tanto para sermos ricos e importantes?" (Fonte: Rádio Vaticano)

Home > Audi�ncias e Angelus > 2012-10-14 15:47:12




Os ricos usem a riqueza para dar sentido à vida: Bento XVI no Angelus deste domingo, em que recordou a beatificação, em Praga, os primeiros Beatos deste Ano da Fé


Como habitualmente, também neste domingo, Bento XVI apareceu ao meio dia, à Janela do seu apartamento, sobre a Praça de São Pedro, para rezar a oração do Angelus e fazer uma breve reflexão com os fieis ali reunidos e no mundo inteiro, através dos de comunicação social.

Tal como sugere o Evangelho deste domingo em que São Marcos fala do encontro de Jesus com o rico opulento, foi sobre a questão da partilha das riquezas com os mais necessitados que o Papa centrou as suas palavras.

No encontro com esse rico, fiel observante dos mandamentos da lei de Deus, mas que não tinha ainda encontrado a felicidade e pergunta, por isso, a Jesus “como fazer para ter a vida eterna”, Jesus aproveita o desejo profundo desse homem habituado a “comprar” tudo com o dinheiro e apegado aos seus bens materiais, para lhe propor dar tudo aos pobres e a segui-Lo. “Vem, segue-me!”

Mas o homem que pensava que Jesus lhe ai propor algum mandamento especial que pudesse, quem sabe, cumprir também com a ajuda do dinheiro, não compreendeu essa proposta de Jesus. O Filho de Deus colhe, então, a ocasião para explicar aos seus discípulos “quão difícil é para os ricos entrar no reino de Deus”, Aliás, disse, “é mais fácil para um camelo passar pelo fundo duma agulha do que para um rico entrar no reino de Deus”

Perante o espanto dos discípulos, Jesus acrescentou todavia, que isto é impossível para os homens, mas não para Deus, porque a Deus tudo é possível .

E a este respeito o Papa citou São Clemente de Alexandria, segundo o qual a parábola do rico opulento ensina aos ricos que não devem descurar a sua salvação, como se fossem já condenados a não entrar no reino dos céus, nem devem considerar a sua riqueza hostil à vida, mas devem, isso sim, aprender a usá-la para dar sentido à vida

O Papa recordou ainda que a Igreja está cheia de exemplos de pessoas ricas que souberam usar os próprios bens de forma evangélica, chegando mesmo à santidade… E lembrou o caso de São Francisco, Santa Isabel da Hungria ou São Carlos Borromeo…

Bento XVI concluiu as suas reflexões com os fieis invocando Nossa Senhora, sede da sabedoria, para nos ajudar a acolher com alegria o convite de Jesus, para entrar na plenitude da vida.

Depois da Oração o Papa saudou os peregrinos em diversas línguas, começando por recordar, em italiano, que, ontem em Praga, foram proclamados os primeiros beatos deste Ano da Fé: Federico Bachstein e treze confrades da ordem dos Frades Menores fraciscanos, martirizados em 1611 por causa da sua fé. Recordam-nos – disse o Papa – que acreditar em Cristo significa estar dispostos também a sofrer com Ele e para Ele.

Em esloveno e polaco, Bento XVI saudou os peregrinos da Eslovénia e da Polónia, recordando os 250 anos da paróquia de Dob Pri Domzalah na Eslovénia, e o “Dia do Papa, com o lema “João Paulo II – Papa da Família”, na Polónia.

“N’ayons pás peur de vivre e de proclamer notre foi en Dieu”

Em língua francesa Bento XVI exortou os cristãos a não terem medo de viver e de proclamar a própria fé em Deus e recordou que hoje como ontem viver para Deus obriga a fazer escolhas por vezes difíceis e convidou, neste mês do Rosário, a virar o olhar para Maria, confiando-lhe as nossas famílias a Assembleia sinodal reunida no Vaticano para reflectir sobre a Nova Evangelização.

Have de Cougare to ask Lord wahta morte can we do….”

Em inglês Bento XVI convidou a ter a coragem de perguntar a Deus “que mais podemos fazer, especialmente para os pobres, as pessoas sós, os doentes, os que sofrem de algum modo, por forma a sermos testemunhos e herdeiros da vida eterna prometida por Deus. 

Fonte: Rádio Vaticano)
 A generosidade do Papa 
                                                      Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá


Apresentou-se certa vez, a Bento XIV, um pobre pai de família e, contando-lhe suas necessidades, pediu-lhe um auxílio.
- Tenho apenas vinte escudos – disse o Papa – se lhe bastam, dou-os com gosto.
 Um jovem prelado, que estava presente, advertiu-o, em voz baixa, que vinte escudos eram demais, bastavam dez.
 – O senhor tem dez escudos consigo? - Perguntou-lhe o Pontífice.
O prelado, metendo a mão no bolso, apresentou-lhe dez escudos. Então o Papa, entregando ao pobre seus vinte escudos com mais aqueles dez, disse:
- Agradeça também ao Monsenhor, que concorre ao benefício, acrescentando à minha oferta a sua de dez escudos.
- O prelado ficou bastante desapontado, mas calou-se...
Uma simples história de caridade, talvez um pouco forçada como a do Monsenhor, acabou sendo mais uma ajuda para quem estava precisando.
O evangelho deste domingo é um conjunto de palavras do Senhor Jesus, que continua ensinando aos seus discípulos. Primeiro ele diz que ninguém pode fazer milagres em seu nome e depois falar mal dele. O importante é que “toda língua confesse que Jesus é o Senhor, para a glória de Deus Pai” diz a carta aos Filipenses (2,11). No nome de Jesus só se deveria fazer o bem a quem precisa - também se simples e, aparentemente, insignificante como um copo de água. O escândalo acontece quando o nome de Jesus é usado para prejudicar alguém ou dar vantagem a uns sobre contra outros. Jesus não pode ser de parte. Por isso, os pequenos e os pobres ficam escandalizados porque acreditam no amor do Pai para com todos. Privilégios e enriquecimentos, usando o nome de Deus, só podem desnortear a fé dos simples. Pensando bem, porém, todos os discípulos verdadeiros deveriam ser os simples e pobres de coração que procuram amar a Deus servindo ao seu próximo, com generosidade e desprendimento, porque somente de Deus aguardam a  recompensa.
Na última parte do evangelho, encontramos aquelas palavras de Jesus que não deixam de nos surpreender e incomodar. Entendemos que elas não devem ser tomadas literalmente cortando mesmo mãos, pés e arrancando olhos. No entanto, a decisão de mudar certas atitudes ou costumes nos custa quase quanto arrancar membros do nosso corpo. Mais uma vez, devemos entender as palavras de Jesus como um convite à liberdade. Liberdade para amar e fazer o bem. Para possuir o grande tesouro que é “entrar no reino de Deus” vale a pena renunciar não somente aos males, mas também a outros “bens” menos valiosos. Não por desprezo ou heroísmo. Como considerar inúteis uma mão, um pé ou um olho? Eles podem ser, porém, obstáculos para a nossa participação no reino. A porta para entrar é sempre estreita, precisa deixar fora muitas coisas. Sabemos que por nosso orgulho, muitas vezes, custa-nos demais renunciar a uma ideia ou uma opinião. Perdemos amizades, até a própria família, mas não admitimos erros, não pedimos socorro para nos libertar de certos vícios que estão grudados em nós, mais do que os membros do nosso corpo.
Achamos tudo isso tão difícil e até inútil porque o reino do qual Jesus fala nos parece tão longe! Por que deveríamos renunciar a algo bom para nós, hoje, pensando num prêmio tão duvidoso no futuro? Na realidade o bem que fazemos já é sinal e presença do reino. A renúncia a algo de menos importância é para começarmos a ser felizes hoje, escolhendo a parte melhor, aprendendo a amar, a servir, a nos doar. Ninguém aprende a fazer isso de uma vez só, precisamos treinar também para amar, talvez com pequenos gestos – o copo de água! – um sorriso, uma mão estendida, uma ajuda a quem sofre.
Talvez precisamos de alguém que nos empurre para doar. O Monsenhor da história não ficou muito feliz por ter dado os dez escudos, mas já os tinha entregado. Aprendeu com a lição do papa Bento XIV (14 mesmo), lá pelos anos de 1700.  

domingo, 14 de outubro de 2012

  Home > Igreja > 13/10/2012 17:24:37



Ano da Fé para jovens da Papua Nova Guiné: Evangelho para dizer "não" aos vícios


Port Moresby (RV) - O Ano da Fé é, para os jovens da Papua Nova Guiné, "uma grande oportunidade e um convite a redescobrir o Evangelho para dizer 'Não' à droga, ao consumo de álcool, à libertinagem e à desordem em campo sexual".

É o que afirma, numa mensagem enviada à agência missionária Fides, o coordenador nacional da Pastoral de Juventude no país situado na parte leste da segunda maior ilha do mundo – Nova Guiné –, Pe. Shanti Puthussery, membro do Pontifício Instituto Missões Exteriores.

Pe. Shanti detém-se sobre a chamada a situação da "geração perdida", ou seja, a faixa dos jovens entre os 15 e 20 anos que, no contexto do país, vive relevantes problemas sociais.

"Muitos desses jovens já se encontram prejudicados e quase destruídos pela droga, pela pornografia, por relações sexuais desordenadas e pelo desmedido consumo de álcool – conta o sacerdote –, e não estou certo de que as autoridades civis tenham plena consciência da gravidade desses problemas, mas, como Igreja Católica, creio que temos a responsabilidade de promover atividades de formação integral para os jovens. O Ano da Fé deve ser acompanhado com a ação social e a transformação da sociedade."

"Caso contrário – prossegue Pe. Shanti –, as práticas de fé permanecem vazias e não preenchem o vazio na sociedade e nas relações interpessoais. Devemos ajudar os jovens a levarem a sério os nossos ensinamentos, a fim de mudar as suas vidas, o que hoje é muito difícil para eles." (RL) (Fonte: Rádio Vaticano)
    Home > Cultura e sociedade > 13/10/2012 17:35:30 /Rádio Vaticano




Trabalhos sinodais: Nova Evangelização é sinal de que o Espírito Santo continua operando ativamente na Igreja


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso encontro semanal dedicado à nova evangelização. Depois de um caminho de preparação para a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, chegamos ao grande evento para o qual a Igreja no mundo inteiro olha e acompanha com grande atenção esperando dele, com a assistência do Espírito Santo, abundantes frutos para a Igreja nos anos vindouros, ou seja, a Assembléia sinodal que tem como tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", evento este que se enriquece e se entrelaça com o "Ano da Fé", iniciado nesta quinta-feira, 11 de outubro, no 50º aniversário de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II.

São 262 Padres sinodais, constituindo o maior número de participantes na história dos Sínodos: 103 da Europa, 63 da América, 50 da África, 39 da Ásia e 7 da Oceania. Presentes também 45 especialistas e 49 auditores. Registra-se, ainda, a presença dos delegados fraternos representantes de 15 Igreja e comunidades eclesiais não ainda em plena comunhão com a Igreja Católica.

A Igreja no Brasil encontra-se representada pelos seguintes Padres sinodais: o bispo de Lorena, SP, Dom Bendito Beni dos Santos, escolhido por Bento XVI; e os bispos escolhidos pela CNBB e aprovados pelo Papa, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha; o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Pedro Odilo Scherer; e o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, sendo que os suplentes eleitos são o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; e o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

Já na apresentação do grande evento eclesial, o secretário-geral do Sínodo, Dom Nikola Eterović, recordou o que aqui temos reiteradamente enfatizado: que "a Igreja existe para evangelizar". E já nos trabalhos sinodais propriamente ditos, o arcebispo destacou que "a nova evangelização é também um sinal de que o Espírito Santo continua trabalhando ativamente na Igreja".

E é justamente sobre a ação do "Espírito Santo protagonista da missão" que temos dedicado as últimas edições deste espaço, no âmbito de nossa revisitação à Redemptoris missio, encíclica de João Paulo II, de 1990, sobre a validade permanente do mandato missionário. Ao tempo em acompanhamos com particular interesse os trabalhos dos Padres sinodais, em sua primeira semana de atividades, na edição de hoje trazemos o nº 25 da Carta encíclica, que prossegue o texto intitulado "O Espírito guia a missão":

25. "Os missionários, seguindo esta linha de ação, tiveram presente os anseios e as esperanças, as aflições e os sofrimentos, a cultura do povo, para lhe anunciar a salvação em Cristo. Os discursos de Listra e de Atenas (cf. At 14, 15-17; 17, 22-31) são considerados modelo para a evangelização dos pagãos: neles, Paulo « dialoga » com os valores culturais e religiosos dos diferentes povos. Aos habitantes da Licaônia, que praticavam uma religião cósmica, Paulo lembra experiências religiosas que se referiam ao cosmos; com os Gregos, discute sobre filosofia e cita os seus poetas (cf. At 17, 18.26-28). O Deus que vem revelar, já está presente nas suas vidas: de fato, foi Ele Quem os criou, e é Ele que misteriosamente conduz os povos e a história; no entanto, para reconhecerem o verdadeiro Deus, é necessário que abandonem os falsos deuses que eles próprios fabricaram, e se abram Àquele que Deus enviou para iluminar a sua ignorância e satisfazer os anseios dos seus corações (cf. At 17, 27-30). São discursos que oferecem exemplos de inculturação do Evangelho.
Sob o impulso do Espírito, a fé cristã abre-se decididamente às nações pagãs, e o testemunho de Cristo expande-se em direção aos centros mais importantes do Mediterrâneo oriental, para chegar depois a Roma e ao extremo ocidente. É o Espírito que impele a ir sempre mais além, não só em sentido geográfico, mas também ultrapassando barreiras étnicas e religiosas, até se chegar a uma missão verdadeiramente universal."

Amigo ouvinte, por hoje nosso tempo já acabou. Acompanhemos o Sínodo dos Bispos não somente com grande interesse, mas – como nos pediu o Santo Padre na vigília do importante evento eclesial – também com nossas orações, certos de que o Espírito Santo que nos vivifica e anima a Igreja haverá de nos indicar o caminho a seguir, as oportunidades de proclamar de novo a mensagem perene do Evangelho e a verdade de Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre. (RL)