Fábula do porco-espinho
Durante
uma era glacial, quando o globo terrestre esteve coberto por grossas
camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e
morreram, por não se adaptarem ao clima gelado.
Foi então que uma
grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e
sobreviver, começou a se unir, a juntar-se um pertinho do outro. Assim,
um podia aquecer o que estivesse mais próximo. E todos juntos, bem
unidos, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno rigoroso.
Porém,
os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos,
justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, calor vital, questão
de vida ou morte. Na dor das
“espinhadas”, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se
por não suportar os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito. Mas
essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a
morrer congelados. Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a
pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual
conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para
conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos
recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram ao gelo. Sobreviveram.
Fonte: Família Cristã