A vida em comunidade é uma experiência de aprendizado que nos fortalece como povo que se organiza tendo em vista o ideal de fraternidade. Para formar comunidade eclesial pela base se faz necessário conhecer bem o lugar. A relação de confiança entre os missionários e a comunidade é fundamental, a unidade é na verdade garantida pela Palavra de Deus. (Carlos)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Arcebispo Di Noia aos lefebvrianos: o Papa os aguarda, o futuro de vocês está na unidade da Igreja
Cidade do Vaticano (RV) - As relações da Santa Sé com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X permanecem "abertas e cheias de esperança". Inicia-se desse modo a longa carta que, por ocasião do Advento, o vice-presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei – o organismo vaticano preposto para a recomposição do cisma lefebvriano –, Dom Joseph Augustine Di Noia, endereçou por iniciativa pessoal, e portanto não revestido de caráter oficial, aos membros da Fraternidade francesa.
Articulada numa introdução, dois parágrafos dedicados ao "Manter a unidade na Igreja" e ao "Lugar da Fraternidade Sacerdotal na Igreja", e com uma conclusão, a missiva passa em resenha as dificuldades do passado à luz de uma constatação, ressaltada com clareza no final, isso é, que o Papa Bento XVI deseja fortemente superar as tensões existentes na Igreja e na Fraternidade.
Todavia, inicialmente, o Arcebispo Di Noia ressalta que, apesar dos passos de diálogo dados pela Igreja, "o tom e o conteúdo" de recentes declarações de autorizados membros da Fraternidade suscitaram "perplexidade acerca da real possibilidade de uma reconciliação".
Em tais circunstâncias parece claro que um "novo elemento" deva ser introduzido na questão, se não quiser mostrar-se "aos olhos da Igreja, do grande público e, no fundo, de nós mesmos, como empenhados num intercâmbio cortês, mas sem esperança nem fruto", afirma Dom Di Noia.
Insistindo, à luz da Escritura e do magistério eclesial, no dever da manutenção da unidade da Igreja, o vice-presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei reconhece que "a verdadeira unidade é um dom do Espírito", mas também que "as nossas decisões e as nossas ações nos tornam – escreve – capazes de cooperar para a unidade do Espírito ou de agir contra as sugestões do Espírito".
Por isso, o prelado apela às virtudes da humildade, da mansidão, da paciência e do amor que podem ajudar a "reconhecer a bondade" das posições de outros que, embora não partilhadas, podem ser examinadas "em espírito de abertura e de boa fé".
Quanto ao lugar da Fraternidade São Pio X na Igreja, Dom Di Noia afirma que ele reside na raiz do carisma que foi aprovado em 1970: "formar sacerdotes para o serviço do povo de Deus".
Portanto, precisa o arcebispo, não se pede à Comunidade francesa que abandone o "zelo" de seu fundador, Dom Lefebvre, pelo contrário, mas que "renove" a chama daquele zelo em formar homens a serviço de Cristo.
De fato, não faz parte do carisma "a tarefa de julgar e corrigir a teologia ou a disciplina de outros na Igreja", faculdade própria do Pontífice.
O arcebispo conclui com realismo fazendo a seguinte pergunta: "Uma reconciliação eclesial imediata e total acabaria com a suspeita e a desconfiança de ambas as partes? Provavelmente não seria assim tão fácil. Porque – reconhece logo em seguida – as nossas almas "devem primeiro ser sanadas, purificadas da amargura e do ressentimento" nascidos em trinta anos de "amarguras e ressentimentos" recíprocos.
"Mas o que buscamos – acrescenta – não é uma obra humana: buscamos a reconciliação e a cura pela graça de Deus". "O único futuro imaginável para a Fraternidade Sacerdotal está no caminho rumo à plena comunhão com a Santa Sé, na aceitação de uma profissão de fé incondicionada na sua plenitude, e, portanto, com uma vida sacramental, eclesial e pastoral bem ordenada."
O Arcebispo Di Noia conclui a carta com a exortação de São Paulo aos cristãos de Éfeso: vivei "de modo digno da vocação a que fostes chamados: com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz" (Ef 4, 1-3). (RL)
Fonte: Rádio Vaticano
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Seminarista Andreson Madson da Arquidiocese de Natal
Igreja celebra 30 anos do Código de Direito Canônico, fruto do Concílio
Cidade do Vaticano (RV)
- "O Código: uma reforma querida e solicitada pelo Concílio." Trinta
anos após a promulgação do Código de Direito Canônico vai se realizar,
na próxima sexta-feira, dia 25, em Roma, uma Jornada de estudo promovido
pelo Pontifício Conselho para os Textos Legislativos e pelo Instituto
Internacional de Direito Canônico e Direito comparado das Religiões de
Lugano, sob patrocínio da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI e
da Fundação João Paulo II.
O programa da Jornada de estudo foi
ilustrado nesta terça-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo
presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal
Francesco Coccopalmerio, e pelo presidente da Fundação Vaticana Joseph
Ratzinger- Bento XVI, Mons. Giuseppe Antonio Scotti.
Trinta anos
do Código de Direito Canônico e 50 anos do Concílio Vaticano II. Era 25
de janeiro de 1959 quando João XXIII, no Mosteiro de São Paulo Fora dos
Muros, para a surpresa de todos, anunciava o Concílio Vaticano II e o
início da reforma do Código de Direito Canônico, recordou o Cardeal
Coccopalmerio:
"O Papa João XXIII, em sua grande agudeza de
espírito, tinha claro que era a nova eclesiologia nascida de um encontro
ecumênico e mundial como o Concílio que deveria guiar a revisão do
Código."
A foto escolhida para o dépliant desta Jornada de
estudo traz à memória a promulgação do novo Código. Era 15 de janeiro de
1983. Uma imagem "histórica":
"João Paulo II assina com olhar
de satisfação, consciente do valor e do alcance de tal assinatura, sob o
olhar atento e contente do Cardeal Ratzinger", enfatizou o purpurado.
O
novo Código, de um lado acolhe o Concílio e, de outro, estabelece
normas positivas para a sua aplicação. E dentre as inovações
conciliares, o cardeal evidenciou a colegialidade do episcopado, "uma
feliz redescoberta"; a missão própria e ativa dos fiéis leigos na vida
da Igreja"; a concepção de paróquia não estrutura ou território, mas
"comunidade de fiéis"; o novo impulso ecumênico e "a possibilidade de
acolher nos sacramentos da Igreja Católica, embora com condições
precisas, os cristãos não-católicos". Em seguida, o purpurado concluiu:
"A feliz junção Concílio Vaticano II e Código de Direito Canônico produziu frutos de renovação, em múltiplos âmbitos e em vários níveis, na vida da Igreja." (Rádio Vaticano)
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