segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Reflitam!


O desemprego é uma grande desgraça e deve ser resolutamente combatido. [444]
 
Indígenas denunciam mortes e problemas de saúde decorrentes da pulverização de veneno nas imediações da terra indígena .
 
CIMI
 
“Foi um ataque visível para nós, eu vi um pequeno avião jogando veneno aproximadamente às 8 horas da manhã do dia 26, bem próximo a aldeia, eu mesmo estou com problemas de vista e dores de cabeça após o despejo”, afirma o Padre Aquilino Xavante. O mesmo conta que não é o primeiro caso de despejo de veneno e que já ocorreram mortes nos Xavante em função de pulverização em locais próximos a aldeia. A fazenda ao lado da terra é constituída de plantação de soja e fica a menos de 10 km da Terra Indígena Marãwaitsédé. Cosme Xavante, uma das lideranças de Marãwaitsédé, afirma que o avião passou rapidamente por cima da aldeia. “Nós temos uma lavoura na divisa com a fazenda. Eles passaram jogando veneno na semana passada também, sempre teve pulverização, mas nunca tão perto, nossa saúde está prejudicada”.
 
A liderança afirma que a Funai compareceu à aldeia e que o órgão alegou encaminhar o caso para investigação pelo Ibama. Em entrevista ao Cimi, o órgão indigenista afirmou que não há nenhuma comprovação por intoxicação ou despejo de agrotóxicos, mas que estão apurando a denúncia.
 
A operação de desintrusão da TI está em andamento e, segundo informe da Funai, “quem não sair terá os bens confiscados pela Justiça e deverá responder pelo crime de desobediência”. Os invasores tentam intimidar os indígenas após o mandado de desintrusão dos ocupantes ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 18 de outubro, pelo então presidente do STF, o ministro Carlos Ayres Britto.
 
De lá para cá, intimidações e ataques pelos fazendeiros têm sido constantes. No dia 3 de novembro de 2012, um indígena foi perseguido na cidade de Água Boa por dois carros com pessoas que reconheceu serem do núcleo da invasão do território indígena Marãiwatsédé e capotou o veículo, sofrendo algumas escoriações.
Outro caso de intimidação que teve repercussão foi contra o bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, que se afastou no início de dezembro de 2012 de São Félix. O bispo foi acusado de ter sido responsável pela decisão do STF. Ameaças haviam se tornado cada vez mais insistentes e perigosas: "O bispo não verá o fim de semana".
 
Histórico
Marãwaitsédé está localizada nos municípios de Alta Boa Vista e São Félix do Araguaia, estado do Mato Grosso, e começou a ser invadida durante a década de 1950, sendo adquirida na década seguinte irregularmente pela agropecuária Suiá-Missu. Os indígenas acabaram sofrendo migração forçada para a Missão Salesiana de São Marcos, 400 km longe de Marãiwatsédé, onde houve epidemia de sarampo. Cerca de 150 indígenas morreram e, em 1980, a terra foi vendida para a empresa petrolífera italiana Agip.
 
Durante a Conferência de Meio Ambiente realizada no início de 1990 no Rio de Janeiro, a Eco 92, a Agip anunciou, sob pressão, que devolveria Marãiwatséde aos Xavante. Dos 165 mil hectares homologados e registrados pela União, apenas 20 mil estão ocupados pelos indígenas. A terra foi homologada pelo Executivo em 1998 e mesmo com o reconhecimento, os indígenas sofrem grandes pressões de latifundiários e do poder político local para que Marãiwatsédé permaneça nas mãos dos fazendeiros.
(Fonte: Comissão Pastoral da Terra)
 

 
Após se espalhar pelo Sul e Centro-Oeste nas últimas décadas, a soja agora avança pelo Norte e Nordeste brasileiros, mas encontra a resistência de ambientalistas, que tentam minimizar os impactos dessa expansão nos dois biomas mais diversos do país - a Amazônia e o Cerrado.
 
Da BBC Brasil, em Brasília
 
Em estudo publicado em 2012, a organização ambientalista WWF Brasil diz que hoje, entre os cinco Estados brasileiros que concentram os maiores focos de desmatamento em razão da soja, três são do Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia) e um da região Norte (Tocantins). Ao avançar pela região, que entre estudiosos passou a ser chamada de Mapitoba (agregando as iniciais de cada Estado), a soja passa a ocupar o centro-norte do Cerrado, a última região do bioma em que ainda não estava presente. 
 
O doutor em agroecologia Cássio Franco Moreira, coordenador do Programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF Brasil, diz que hoje cerca de 50% do Cerrado já foi desmatado, "parte significativa em função da soja". Segundo ele, pequenos e médios produtores têm promovido desmatamentos ilegais na Mapitoba, que abriga as últimas áreas de Cerrado intactas.
 
Por ora, no entanto, ele diz que o plantio de soja na região é praticado em sua maioria por grandes produtores. Esses, afirma, são mais capazes de arcar com os desafios logísticos da região e costumam respeitar a legislação ambiental. A postura reflete as cada vez maiores exigências de compradores, que não querem ser associados à destruição do meio ambiente.
 
Pastagens
Ainda assim, de acordo com o Código Florestal atual, propriedades no Cerrado podem usar até 65% de suas terras para a atividade agropecuária, o que abre margem para novos desmates, ainda que legais. Somente 3% do território do Cerrado está protegido por unidades de conservação federal ou estadual. Moreira diz, porém, que o Brasil poderia expandir plantações de soja sem desmatar nada. Ele cita cálculo do governo federal que apontou a existência de 200 milhões de hectares de pastagens no Brasil.
 
Segundo ele, é possível transformar até 30% das áreas hoje ocupadas por pastos em plantações, sem prejuízos para os pecuaristas. "Há incentivos financeiros do governo para que isso ocorra."
 
Enquanto isso, diz o coordenador da WWF, instituições ambientalistas têm negociado com grandes compradores mundiais da soja a conservação de áreas prioritárias do Cerrado. Hoje, os compradores já concordaram em proibir a comercialização de soja produzida em áreas de floresta recém-desmatada, o que inclui área do Cerrado conhecida como Cerradão. Agora os ambientalistas tentam incluir na lista regiões do Cerrado com vegetação mais baixa e rala. Caso consigam, Moreira prevê que, até 2023, serão desmatados 3% adicionais da área de Cerrado.
 
"Se expandirmos a produção de acordo com essas regras e se houver respeito ao Código Florestal, em dez anos podemos ter condições de negociar um desmatamento zero."
 
Acordo na Amazônia
Na Amazônia, apesar da expectativa de expansão da soja nos próximos anos em Rondônia e no Pará, negociações entre compradores e ambientalistas já tiveram avanços mais sólidos. Em 2006, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a ANEC (Associação Brasileira de Exportadores de Cereais), o Greenpeace e outras entidades assinaram um acordo batizado de Moratória da Soja.
 
O acordo determina que, até janeiro de 2014, as 24 maiores empresas comercializadoras de soja, que representam 90% do mercado nacional, não comprem o produto de fornecedores na Amazônia que tenham desmatado após 2006.
 
"Acreditamos que o acordo foi um dos motivos para a diminuição no desmatamento na Amazônia nos últimos anos", afirma Rômulo Batista, do Greenpeace.
(Fonte: Comissão Pastoral da Terra)

Reflexão

A Igreja cumpre o mandato ordenado por Cristo: "Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura". Desse modo, como batizados somos todos chamados para evangelizar o mundo inteiro. (Carlos)

México: Igreja denuncia novas agressões contra migrantes no Chiapas



Ciudad Ixtepec (RV) – Nos primeiros dias de 2013, foram registradas novas agressões e violências contra os migrantes no Chiapas: é o que denuncia, através da Agência Fides, a "Casa del Migrante Hermanos en el Camino", estrutura católica de acolhimento e assistência, às vésperas do 99º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que se celebra este domingo, 13 de janeiro.

Sobre o tema "Migrações: peregrinação de fé e de esperança", as comunidades católicas no México, respondendo ao convite do papa Bento XVI, reafirmam seu compromisso de trabalhar pelos migrantes, mas denunciam graves situações.

O responsável pela Casa do Migrante, Padre Alejandro Solalinde Guerra, apresentará a denúncia às autoridades do Chiapas pelas novas violências contra os migrantes centro-americanos. Segundo a nota enviada a Fides, as agressões ocorreram em Coita, Arriaga e perto de Tapachula, no Chiapas, por obra da polícia e de outras pessoas.

"Como primeiro ponto – explica Pe. Solalinde Guerra –, é urgente deter os homicídios de mulheres, e organizar um movimento social para defendê-las. Além disso, é preciso reconhecer que, no passado, havia uma eliminação sistemática do migrante: queremos pelo menos conhecer a verdade sobre as valas comuns de migrantes em Estados como Veracruz. Queremos saber onde estão, quantos e quem são os desaparecidos".

No México, por ocasião do Dia Mundial do Migrante, muitas organizações assinaram uma declaração para pedir proteção aos direitos dos migrantes. Padre Solalinde Guerra recebeu em 2012 o prêmio nacional pelos Direitos Humanos. 

(Fonte: Rádio Vaticano)

Papa nomeia brasileiro Visitador Apostólico para fiéis ucranianos na América do Sul



Cidade do Vaticano (RV) –O Papa Bento XVI nomeou este sábado (12) o brasileiro Dom Daniel Kozelinski Netto Visitador Apostólico para os fiéis ucranianos de rito bizantino residentes no Uruguai, Paraguai, Chile e Venezuela.

Até então Dom Kozelinski Netto, Bispo titular de Eminenziana, era Administrador Apostólico “sede vacante” da Eparquia de Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires dos Ucranianos (Argentina).

Dom Daniel Kozelinski Netto, do clero da Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos, nasceu em Colônia Paraiso, no Estado do Paraná, em 18 de fevereiro de 1952.

Estudou Filosofia e Teologia em Curitiba. Formou-se em Pastoral Juvenil e Catequética na Pontifícia Universidade Salesiana, em Roma. Foi ordenado presbítero em 10 de fevereiro de 1980. Exerceu inúmeros cargos, como pároco e reitor.

Em 20 de junho de 2007 foi nomeado por Bento XVI Bispo titular de Eminenziana e Auxiliar da Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos. Em 22 de junho de 2011 foi nomeado Administrador Apostólico “sede vacante” da Eparquia de Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires dos Ucranianos (Argentina).

Os fiéis ucranianos de rito bizantino estão presentes em várias partes do mundo devido às emigrações, principalmente para Austrália, Brasil e Estados Unidos, no período de 1880 a 1945. Hoje, estima-se que sejam cerca de seis milhões, sendo a maioria na Ucrânia. No Brasil, a Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos pertence à Província Eclesiástica de Curitiba e ao Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese de Curitiba. 

(Fonte: Rádio Vaticano)

Palavras do Papa antes do Angelus - 13/01/2013

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)


ANGELUS
Praça São Pedro - Vaticano
Domingo, 13 de janeiro de 2013

Queridos irmãos e irmãs,

Com este domingo depois da Epifania se conclui o Tempo litúrgico do Natal: tempo de luz, a luz de Cristo que, como novo sol nascendo no horizonte da humanidade, dissipa as trevas do mal e da ignorância. Celebramos hoje a festa do Batismo de Jesus: aquele Menino, filho da Virgem, que contemplamos no mistério do seu nascimento. Nós O vemos hoje adulto imergir-se nas águas do rio Jordão, e santificar assim todas as águas com o cosmos inteiro – como evidencia a tradição oriental. Mas por que Jesus, no qual não havia obra de pecado, foi fazer-se batizar por João? Por que ele queria cumprir aquele gesto de penitência e conversão, junto com tantas pessoas que assim queriam preparar-se à vinda do Messias? Aquele gesto – que marca o início da vida pública de Cristo – coloca-se na mesma linha da Encarnação, da descida de Deus do mais alto dos céus ao abismo do inferno. O sentido deste movimento de redução divina se resume em uma única palavra: amor, que é o nome do próprio Deus. Escreve o apóstolo João: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: Deus mandou ao mundo o seu Filho unigênito, para que vivamos por ele”, e o mandou “como expiação dos nossos pecados” (1 Jo 4, 9-10). Então porque o primeiro ato público de Jesus foi receber o batismo de João, o qual, vendo-o chegar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).

Narra o evangelista Lucas que enquanto Jesus recebia o batismo, “estava em oração, o céu se abriu e desceu sobre Ele o Espírito Santo em forma corpórea, como uma pomba, e veio uma voz do céu: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer” (3, 21-22). Este Jesus é o Filho de Deus que é totalmente imerso na vontade do amor do Pai. Este Jesus é Aquele que morrerá na cruz e ressurgirá pelo poder do mesmo Espírito que agora se coloca sobre Ele e o consagra. Este Jesus é o homem novo que quer viver como Filho de Deus, isso é, no amor; o homem que, diante do mal do mundo, escolhe um caminho de humildade e de responsabilidade, escolhe não salvar a si mesmo, mas oferecer a própria vida pela verdade e pela justiça. Ser cristão significa viver assim, mas este estilo de vida comporta um renascimento: renascer do alto, de Deus, da Graça. Este renascimento é o Batismo, que Cristo doou à Igreja para regenerar os homens à vida nova. Afirma um antigo texto atribuído a Santo Hipólito: “Quem cai com fé neste banho de renascimento, renuncia ao diabo e se afeiçoa com Cristo, nega o inimigo e reconhece que Cristo é Deus, se despoja da escravidão e se veste de adoção filial” (Discurso sobre a Epifania, 10: PG 10, 862).

Segundo a tradição, nesta manhã tive a alegria de batizar um grande grupo de crianças que nasceram nos últimos três ou quatro meses. Neste momento, gostaria de estender a minha oração e a minha benção a todos os recém-nascidos; mas, sobretudo, convidar todos a fazer memória do próprio Batismo, daquele renascimento espiritual que nos abriu o caminho da vida eterna. Possa cada cristão, neste Ano da Fé, redescobrir a beleza de ser renascido do alto, do amor de Deus, e viver como filho de Deus.