domingo, 2 de dezembro de 2012
EDUCAÇÃO
Roberto Civita: "Uma boa Educação é absolutamente indispensável para ensinar a pensar"
Para o Diretor Editorial do Grupo Abril, a capacidade de entender o mundo depende da Educação
A educação diversificada de
Roberto Civita levou-o a uma posição de destaque no mundo editorial
atual
Reconheço que a mistura é um pouco esquisita, mas – por mero acaso ou obra do destino – acabou sendo a combinação ideal para me preparar para ser o Editor de mais de cinquenta revistas e uma centena de coleções culturais.
Independentemente disso tudo, aprendi que uma boa Educação é absolutamente indispensável para ensinar a pensar, aprender a questionar, se situar no tempo e no espaço, se exprimir com clareza e fazer análises lúcidas. Muito além de qualquer aprendizado específico, considero isso essencial tanto para obter sucesso na vida, quanto para entender o mundo em que vivemos e ser um cidadão atuante e consciente do próprio país e do planeta.
Roberto Civita é Presidente do Conselho de Administração e Diretor Editorial do Grupo Abril, Presidente da Fundação Victor Civita e conselheiro do Educar para Crescer.
Fonte: Educar para Crescer
sábado, 1 de dezembro de 2012
Paz e guerra
Todos os Documentos do Concílio Vaticano II têm um conteúdo
absolutamente atual. A Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (Alegria e
Esperança) é um destes, ao situar a Igreja em sua relação com o mundo.
Vista sob muitos ângulos, a face do mundo se apresenta com luzes de
esperança e com trevas de sofrimento. Uma das chaves de leitura da
situação da humanidade diz respeito à paz e à guerra entre as nações. Há
cinquenta anos, os Padres Conciliares tiveram grande lucidez e agudo
profetismo, ao tratarem desse tema. “É, portanto, claro, que nos devemos
esforçar por todos os meios por preparar os tempos em que, por comum
acordo das nações, se possa interditar absolutamente qualquer espécie de
guerra. Isto exige, certamente, a criação duma autoridade pública
mundial, por todos reconhecida e com poder suficiente para que fiquem
garantidos a todos a segurança, o cumprimento da justiça e o respeito
dos direitos. Porém, antes que esta desejável autoridade possa ser
instituída, é necessário que os supremos organismos internacionais se
dediquem com toda a energia a buscar os meios mais aptos para conseguir a
segurança comum. Já que a paz deve antes nascer da confiança mútua do
que ser imposta pelo terror das armas, todos devem trabalhar por que se
ponha, finalmente, um termo à corrida aos armamentos e por que se inicie
progressivamente e com garantias reais e eficazes, a redução dos mesmos
armamentos, não unilateral evidentemente, mas simultânea e segundo o
que for estatuído”. A história contemporânea demonstra que a ONU não
consegue ser essa “autoridade pública mundial, por todos reconhecida”.
A Gaudium et Spes mostra que a aspiração da paz é, antes de tudo, uma
questão de mentalidade. “No entanto, evitem os homens entregar-se apenas
aos esforços de alguns, sem se preocuparem com a própria mentalidade.
Pois os governantes, responsáveis pelo bem comum da própria nação e ao
mesmo tempo promotores do bem de todo o mundo, dependem muito das
opiniões e sentimentos das populações. Nada aproveitarão com dedicar-se à
edificação da paz, enquanto os sentimentos de hostilidade, desprezo e
desconfiança, os ódios raciais e os preconceitos ideológicos dividirem
os homens e os opuserem uns aos outros. Daqui a enorme necessidade duma
renovação na educação das mentalidades e na orientação da opinião
publica. Aqueles que se consagram à obra de educação, sobretudo da
juventude, ou que formam a opinião pública, considerem como gravíssimo
dever o procurar formar as mentalidades de todos para novos sentimentos
pacíficos. Todos nós temos, com efeito, de reformar o nosso coração, com
os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos
realizar juntos para o progresso da humanidade.” .
Na perspectiva da cultura de paz, a Gaudium et Spes mostra quão
importante é o papel dos “que formam a opinião pública” que podem ser
considerados “promotores da paz”.
A cultura de paz deve ser permanentemente alimentada no coração das
pessoas, na estrutura da sociedade e no bojo das instituições políticas,
embora o GPS da guerra identifique permanentes pontos vermelhos no mapa
das nações. A cultura de paz há de prevalecer num mundo onde se instala
a cultura de guerra na convivência das nações e no relacionamento das
pessoas e dos grupos sociais. De sua parte, “a Igreja de Cristo, no meio
das angústias do tempo atual, não deixa de esperar firmemente.”
Dom Genival Saraiva de França
é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional
de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão
Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz;
Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do
Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da
CNBB NE2.
Arcebispo se reunirá com a imprensa
O
Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, agendou um
café com a imprensa natalense, dia 5 de dezembro, às 8 horas, no Centro
Pastoral Pio X - subsolo da Catedral Metropolitana. Na ocasião, Dom
Jaime fará uma retrospectiva das principais ações realizadas, na
Arquidiocese de Natal, neste ano, assim como falará das perspectivas
pastorais para 2013.
Na oportunidade, o Arcebispo também agradecerá à imprensa pela divulgação das atividades realizadas na Arquidiocese.
Na oportunidade, o Arcebispo também agradecerá à imprensa pela divulgação das atividades realizadas na Arquidiocese.
Fonte: Arquidiocesedenatal
Comentário Litúrgico - 1º Domingo do tempo do Advento
Com esta celebração, estamos
ingressando no tempo do Advento e começando um novo ano litúrgico. Advento,
quer dizer “dia da vinda”. É um tempo que nos alerta a nos prepararmos para
acolher o Senhor, o Deus da vida que vem nos visitar. Sendo assim, a manifestação
do Senhor tem dois aspectos:
1)
A sua manifestação em nossa carne ao nascer, que
constitui sua primeira vinda;
2)
A sua manifestação em glória e majestade no
final dos tempos, que constitui sua segunda vinda.
As três de hoje nos falam de vinda.
Estejamos
bastante atentos para o sentido que tem a liturgia deste 1º domingo: Diante da
vinda do Filho do Homem, precisamos, portanto, levantar, erguer a cabeça e
tomar cuidado, ficar atentos. Melhor ainda, ficar de pé diante do Filho do
Homem.
1ª Leitura
(Jr 33,14-16)
Os israelitas, aos quais o
profeta dirige suas palavras contidas nesta leitura, voltaram há pouco tempo de
Jerusalém em ruínas. Ao seu redor só aparecem sinais de ruínas de morte.
Começa
a reconstrução da Nação, mas a passos lentos. Todos se encontram desanimados.
Mas para este povo desanimado, o profeta dirige uma mensagem de esperança:
estão chegando os dias nos quais o Senhor cumprirá todas as suas promessas.
O
“rebento de Davi”, esperado pelos israelitas, - nós bem o sabemos – já chegou:
é Jesus de Nazaré.
Evangelho
(Lc 21,25-28.34-36)
Abre-se o Evangelho de hoje
com estas palavras: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a
aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações, pelo bramido no mar e das
ondas... Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem
sobreviver para toda a terra. As próprias forças do céu serão abaladas”
(vv.25-26). Cuidado, não tomemos tais expressões ao pé da letra. Hoje devemos
concentrar nossa atenção na narrativa de Lucas: deixemos, portanto, que ele
fale. Para descrever uma grande mudança, uma intervenção de Deus, a Bíblia
emprega normalmente imagens impressionantes.
Em
domingos anteriores, temos dito que essa maneira de dizer a mensagem com
“imagens apocalípticas” era bastante comum aos lábios dos pregadores e
escritores no tempo de Jesus Cristo.
O
mais importante mesmo é entendermos o que o Mestre objetiva a nos repassar como
proposta de salvação. Cuidado para não pensarmos que o Filho de Deus, ao invés
de anunciar aos corações dos ouvintes de fé uma proposta de esperança, esteja
aterrorizando-os. Nada disso!
Contudo,
é neste mundo que, por causa do pecado perverso praticado por alguns, vai-se
criando situações praticamente insuportáveis; espalham-se as violências, as
guerras e instalam-se climas desumanos. Tomados pela dor e pelo desespero,
homens e mulheres chegam a se perguntar: O que acontecerá? Quando será o fim? E
como será o nosso fim? “Os homens definharão de medo” (v. 26).
Disto
isso, quer dizer que a história caminhará para possível catástrofe?
Absolutamente, não! Garante Jesus –
Quando tudo parecer arruinar-se no pecado, virá o Filho do Homem com grande
poder e majestade, e do caos fará surgir um mundo novo (v.27). Um mundo novo,
porém, já surgiu com Jesus de Nazaré.
O
que nos dirá a segunda parte do evangelho de hoje? No mínimo, nos dirá o que e
como devemos fazer, enquanto aguardamos a construção do mundo, em sua
plenitude, nos finais dos tempos.
Não
obstante os sofrimentos, as confusões, as nossas incoerências, as fugas diante
de nossa responsabilidade cristã em transformar o que se segue na contramão do
Reino de Deus, ninguém pode se deixar abater: “Reanimai-vos e levantai as
vossas cabeças – ensina Jesus – porque se aproxima a vossa libertação” (v. 28).
Atenção,
muita atenção: Só quem reza é tem condições de cultivar esta “vigilância” e
pode interpretar e ajudar a mudar a tristeza em alegria com os olhos de Deus.
Segunda
leitura (1 Ts 3, 12-4,2)
Na segunda leitura de hoje,
S. Paulo invoca o auxílio de Deus sobre os tessalonicenses que já testemunham
uma fé operosa. Contudo, embora estejam vivendo de forma agradável ao Senhor,
são chamados a progredir na vida cristã, através de um amor transbordante,
comprometido com as pessoas. O amor mútuo e universal é o caminho da perfeição,
a maneira de ser manter vigilantes na espera do Senhor.
“E
nesta tensão do ´já´ e do ´ainda não´ que celebramos, alimenta-nos da palavra e
da eucaristia, para que tenhamos coragem de erguer do chão tudo o que está
abatido”.
Pe. Francisco de Assis
Pároco de Nova Cruz/RN
Papa celebra vésperas com universitários e recorda a JMJ Rio2013
- Sáb, 01 de Dezembro de 2012
- Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI presidiu na tarde
deste sábado, 1º de dezembro, na Basílica Vaticana, a celebração das
vésperas do primeiro domingo do Advento com os Universitários dos
ateneus romanos e das Universidades Pontifícias, por ocasião do inicio
do Ano Acadêmico.
Na Basílica também estava presente uma
delegação de estudantes da Pontifícia Universidade de Belo Horizonte,
guiada pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom João Justino de Medeiros
Silva.
Na homilia, Bento XVI se dirigiu
diretamente aos estudantes, para dizer-lhes que não estão sós: docentes,
capelães, reitores e o próprio Papa estão com eles neste caminho de
preparação aos grandes desafios da vida e a serviço na Igreja e na
sociedade.
“O Ano Litúrgico que iniciamos com essas
Vésperas será também para vocês o caminho para reviver, mais uma vez, o
mistério da fidelidade a Deus. Vivendo-o com a Igreja, experimentarão
que Jesus Cristo é o único Senhor do cosmo e da história, sem o qual
qualquer construção humana corre o risco de perder-se no vazio.”
Vivemos num contexto, disse o Papa, em
que muitas vezes encontramos indiferença em relação a Deus. Mas no
profundo de quem vive esta distância de Deus, exista uma nostalgia de
infinito, de transcendência.
“Os jovens têm a tarefa de testemunhar
nas salas de aula universitárias o Deus próximo, que se manifesta também
na busca da verdade, alma de todo empenho intelectual. A fé é a porta
que Deus abre na nossa vida para nos conduzir ao encontro com Cristo, no
qual o hoje do homem se encontra com o hoje de Deus.”
Na oração desta tarde, prosseguiu o
Pontífice, nos dirigimos idealmente em direção à Gruta de Belém para
saborear a verdadeira alegria do Natal: a alegria de acolher no centro
da nossa vida aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão
abertos sobre o mundo e sobre cada homem.
“Somente esta certeza poderá conduzir a
humanidade rumo à paz e à prosperidade, neste momento histórico delicado
e complexo. Também a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de
Janeiro será para vocês, jovens universitários, uma grande ocasião para
manifestar a fecundidade histórica da fidelidade de Deus, oferecendo seu
testemunho e seu empenho para a renovação moral e social do mundo. A
entrega do Ícone de Maria Sedes Sapientiae à delegação universitária
brasileira por parte da Capelania universitária de ‘Roma Ter’ é um sinal
deste compromisso comum.”
A cidade de Belo Horizonte será a sede
do Congresso Mundial de Universidades Católicas (Cmuc), entre os dias 18
e 21 de julho de 2013.
O evento, que faz parte da Semana
Missionária em Belo Horizonte, antecederá a 28ª Jornada Mundial da
Juventude (JMJ) e é promovido pela PUC Minas em parceria com a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação
Internacional de Universidades Católicas (Fiuc), a Organização de
Universidades Católicas da América Latina e Caribe (Oducal) e a
Associação Nacional de Educação Católica (Anec).
As inscrições para o Congresso já podem ser feitas pelo site www.cmuc.pucminas.br.
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