domingo, 2 de dezembro de 2012

TEMPO DO ADVENTO





EDUCAÇÃO

Roberto Civita: "Uma boa Educação é absolutamente indispensável para ensinar a pensar"

Para o Diretor Editorial do Grupo Abril, a capacidade de entender o mundo depende da Educação


29/11/2012
Foto: A educação diversificada de Roberto Civita levou-o a uma posição de destaque no mundo editorial atual
A educação diversificada de Roberto Civita levou-o a uma posição de destaque no mundo editorial atual
Tive o privilégio – e a sorte – de poder estudar em ótimas escolas desde o primário. Após terminar o secundário no “Graded” de São Paulo, fui para Rice, no Texas, estudar Física Nuclear. De lá, passei para a Universidade de Pennsylvania, onde cursei Economia na Wharton e Jornalismo na faculdade correspondente. Fiz um curso de Sociologia em Columbia enquanto trabalhava no meu primeiro emprego na Time Inc.
Reconheço que a mistura é um pouco esquisita, mas – por mero acaso ou obra do destino – acabou sendo a combinação ideal para me preparar para ser o Editor de mais de cinquenta revistas e uma centena de coleções culturais.
Independentemente disso tudo, aprendi que uma boa Educação é absolutamente indispensável para ensinar a pensar, aprender a questionar, se situar no tempo e no espaço, se exprimir com clareza e fazer análises lúcidas. Muito além de qualquer aprendizado específico, considero isso essencial tanto para obter sucesso na vida, quanto para entender o mundo em que vivemos e ser um cidadão atuante e consciente do próprio país e do planeta.
Roberto Civita é Presidente do Conselho de Administração e Diretor Editorial do Grupo Abril, Presidente da Fundação Victor Civita e conselheiro do Educar para Crescer.
Fonte: Educar para Crescer

sábado, 1 de dezembro de 2012


Somos cristãos para os outros. [11]

Paz e guerra

Todos os Documentos do Concílio Vaticano II têm um conteúdo absolutamente atual. A Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (Alegria e Esperança) é um destes, ao situar a Igreja em sua relação com o mundo. Vista sob muitos ângulos, a face do mundo se apresenta com luzes de esperança e com trevas de sofrimento. Uma das chaves de leitura da situação da humanidade diz respeito à paz e à guerra entre as nações. Há cinquenta anos, os Padres Conciliares tiveram grande lucidez e agudo profetismo, ao tratarem desse tema. “É, portanto, claro, que nos devemos esforçar por todos os meios por preparar os tempos em que, por comum acordo das nações, se possa interditar absolutamente qualquer espécie de guerra. Isto exige, certamente, a criação duma autoridade pública mundial, por todos reconhecida e com poder suficiente para que fiquem garantidos a todos a segurança, o cumprimento da justiça e o respeito dos direitos. Porém, antes que esta desejável autoridade possa ser instituída, é necessário que os supremos organismos internacionais se dediquem com toda a energia a buscar os meios mais aptos para conseguir a segurança comum. Já que a paz deve antes nascer da confiança mútua do que ser imposta pelo terror das armas, todos devem trabalhar por que se ponha, finalmente, um termo à corrida aos armamentos e por que se inicie progressivamente e com garantias reais e eficazes, a redução dos mesmos armamentos, não unilateral evidentemente, mas simultânea e segundo o que for estatuído”. A história contemporânea demonstra que a ONU não consegue ser essa “autoridade pública mundial, por todos reconhecida”. 
A Gaudium et Spes mostra que a aspiração da paz é, antes de tudo, uma questão de mentalidade. “No entanto, evitem os homens entregar-se apenas aos esforços de alguns, sem se preocuparem com a própria mentalidade. Pois os governantes, responsáveis pelo bem comum da própria nação e ao mesmo tempo promotores do bem de todo o mundo, dependem muito das opiniões e sentimentos das populações. Nada aproveitarão com dedicar-se à edificação da paz, enquanto os sentimentos de hostilidade, desprezo e desconfiança, os ódios raciais e os preconceitos ideológicos dividirem os homens e os opuserem uns aos outros. Daqui a enorme necessidade duma renovação na educação das mentalidades e na orientação da opinião publica. Aqueles que se consagram à obra de educação, sobretudo da juventude, ou que formam a opinião pública, considerem como gravíssimo dever o procurar formar as mentalidades de todos para novos sentimentos pacíficos. Todos nós temos, com efeito, de reformar o nosso coração, com os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos realizar juntos para o progresso da humanidade.” . Na perspectiva da cultura de paz, a Gaudium et Spes mostra quão importante é o papel dos “que formam a opinião pública” que podem ser considerados “promotores da paz”.
A cultura de paz deve ser permanentemente alimentada no coração das pessoas, na estrutura da sociedade e no bojo das instituições políticas, embora o GPS da guerra identifique permanentes pontos vermelhos no mapa das nações. A cultura de paz há de prevalecer num mundo onde se instala a cultura de guerra na convivência das nações e no relacionamento das pessoas e dos grupos sociais. De sua parte, “a Igreja de Cristo, no meio das angústias do tempo atual, não deixa de esperar firmemente.”
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Arcebispo se reunirá com a imprensa

O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, agendou um café com a imprensa natalense, dia 5 de dezembro, às 8 horas, no Centro Pastoral Pio X - subsolo da Catedral Metropolitana. Na ocasião, Dom Jaime fará uma retrospectiva das principais ações realizadas, na Arquidiocese de Natal, neste ano, assim como falará das perspectivas pastorais para 2013.

Na oportunidade, o Arcebispo também agradecerá à imprensa pela divulgação das atividades realizadas na Arquidiocese.
Fonte: Arquidiocesedenatal

Comentário Litúrgico - 1º Domingo do tempo do Advento


Com esta celebração, estamos ingressando no tempo do Advento e começando um novo ano litúrgico. Advento, quer dizer “dia da vinda”. É um tempo que nos alerta a nos prepararmos para acolher o Senhor, o Deus da vida que vem nos visitar. Sendo assim, a manifestação do Senhor tem dois aspectos:
1)    A sua manifestação em nossa carne ao nascer, que constitui sua primeira vinda;
2)    A sua manifestação em glória e majestade no final dos tempos, que constitui sua segunda vinda.
As três de hoje nos falam de vinda.
Estejamos bastante atentos para o sentido que tem a liturgia deste 1º domingo: Diante da vinda do Filho do Homem, precisamos, portanto, levantar, erguer a cabeça e tomar cuidado, ficar atentos. Melhor ainda, ficar de pé diante do Filho do Homem.
1ª Leitura (Jr 33,14-16)
                Os israelitas, aos quais o profeta dirige suas palavras contidas nesta leitura, voltaram há pouco tempo de Jerusalém em ruínas. Ao seu redor só aparecem sinais de ruínas de morte.
                Começa a reconstrução da Nação, mas a passos lentos. Todos se encontram desanimados. Mas para este povo desanimado, o profeta dirige uma mensagem de esperança: estão chegando os dias nos quais o Senhor cumprirá todas as suas promessas.
                O “rebento de Davi”, esperado pelos israelitas, - nós bem o sabemos – já chegou: é Jesus de Nazaré.
Evangelho (Lc 21,25-28.34-36)
                Abre-se o Evangelho de hoje com estas palavras: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações, pelo bramido no mar e das ondas... Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobreviver para toda a terra. As próprias forças do céu serão abaladas” (vv.25-26). Cuidado, não tomemos tais expressões ao pé da letra. Hoje devemos concentrar nossa atenção na narrativa de Lucas: deixemos, portanto, que ele fale. Para descrever uma grande mudança, uma intervenção de Deus, a Bíblia emprega normalmente imagens impressionantes.
                Em domingos anteriores, temos dito que essa maneira de dizer a mensagem com “imagens apocalípticas” era bastante comum aos lábios dos pregadores e escritores no tempo de Jesus Cristo.
                O mais importante mesmo é entendermos o que o Mestre objetiva a nos repassar como proposta de salvação. Cuidado para não pensarmos que o Filho de Deus, ao invés de anunciar aos corações dos ouvintes de fé uma proposta de esperança, esteja aterrorizando-os. Nada disso!
                Contudo, é neste mundo que, por causa do pecado perverso praticado por alguns, vai-se criando situações praticamente insuportáveis; espalham-se as violências, as guerras e instalam-se climas desumanos. Tomados pela dor e pelo desespero, homens e mulheres chegam a se perguntar: O que acontecerá? Quando será o fim? E como será o nosso fim? “Os homens definharão de medo” (v. 26).
                Disto isso, quer dizer que a história caminhará para possível catástrofe? Absolutamente, não!  Garante Jesus – Quando tudo parecer arruinar-se no pecado, virá o Filho do Homem com grande poder e majestade, e do caos fará surgir um mundo novo (v.27). Um mundo novo, porém, já surgiu com Jesus de Nazaré.
                O que nos dirá a segunda parte do evangelho de hoje? No mínimo, nos dirá o que e como devemos fazer, enquanto aguardamos a construção do mundo, em sua plenitude, nos finais dos tempos.
                Não obstante os sofrimentos, as confusões, as nossas incoerências, as fugas diante de nossa responsabilidade cristã em transformar o que se segue na contramão do Reino de Deus, ninguém pode se deixar abater: “Reanimai-vos e levantai as vossas cabeças – ensina Jesus – porque se aproxima a vossa libertação” (v. 28).
                Atenção, muita atenção: Só quem reza é tem condições de cultivar esta “vigilância” e pode interpretar e ajudar a mudar a tristeza em alegria com os olhos de Deus.
Segunda leitura (1 Ts 3, 12-4,2)
                Na segunda leitura de hoje, S. Paulo invoca o auxílio de Deus sobre os tessalonicenses que já testemunham uma fé operosa. Contudo, embora estejam vivendo de forma agradável ao Senhor, são chamados a progredir na vida cristã, através de um amor transbordante, comprometido com as pessoas. O amor mútuo e universal é o caminho da perfeição, a maneira de ser manter vigilantes na espera do Senhor.
                “E nesta tensão do ´já´ e do ´ainda não´ que celebramos, alimenta-nos da palavra e da eucaristia, para que tenhamos coragem de erguer do chão tudo o que está abatido”. 
Pe. Francisco de Assis 
Pároco de Nova Cruz/RN

Papa celebra vésperas com universitários e recorda a JMJ Rio2013

O Papa Bento XVI presidiu na tarde deste sábado, 1º de dezembro, na Basílica Vaticana, a celebração das vésperas do primeiro domingo do Advento com os Universitários dos ateneus romanos e das Universidades Pontifícias, por ocasião do inicio do Ano Acadêmico.
Na Basílica também estava presente uma delegação de estudantes da Pontifícia Universidade de Belo Horizonte, guiada pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom João Justino de Medeiros Silva.
Na homilia, Bento XVI se dirigiu diretamente aos estudantes, para dizer-lhes que não estão sós: docentes, capelães, reitores e o próprio Papa estão com eles neste caminho de preparação aos grandes desafios da vida e a serviço na Igreja e na sociedade.
“O Ano Litúrgico que iniciamos com essas Vésperas será também para vocês o caminho para reviver, mais uma vez, o mistério da fidelidade a Deus. Vivendo-o com a Igreja, experimentarão que Jesus Cristo é o único Senhor do cosmo e da história, sem o qual qualquer construção humana corre o risco de perder-se no vazio.”
Vivemos num contexto, disse o Papa, em que muitas vezes encontramos indiferença em relação a Deus. Mas no profundo de quem vive esta distância de Deus, exista uma nostalgia de infinito, de transcendência.
“Os jovens têm a tarefa de testemunhar nas salas de aula universitárias o Deus próximo, que se manifesta também na busca da verdade, alma de todo empenho intelectual. A fé é a porta que Deus abre na nossa vida para nos conduzir ao encontro com Cristo, no qual o hoje do homem se encontra com o hoje de Deus.”
Na oração desta tarde, prosseguiu o Pontífice, nos dirigimos idealmente em direção à Gruta de Belém para saborear a verdadeira alegria do Natal: a alegria de acolher no centro da nossa vida aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão abertos sobre o mundo e sobre cada homem.
“Somente esta certeza poderá conduzir a humanidade rumo à paz e à prosperidade, neste momento histórico delicado e complexo. Também a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro será para vocês, jovens universitários, uma grande ocasião para manifestar a fecundidade histórica da fidelidade de Deus, oferecendo seu testemunho e seu empenho para a renovação moral e social do mundo. A entrega do Ícone de Maria Sedes Sapientiae à delegação universitária brasileira por parte da Capelania universitária de ‘Roma Ter’ é um sinal deste compromisso comum.”
A cidade de Belo Horizonte será a sede do Congresso Mundial de Universidades Católicas (Cmuc), entre os dias 18 e 21 de julho de 2013.
O evento, que faz parte da Semana Missionária em Belo Horizonte, antecederá a 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e é promovido pela PUC Minas em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação Internacional de Universidades Católicas (Fiuc), a Organização de Universidades Católicas da América Latina e Caribe (Oducal) e a Associação Nacional de Educação Católica (Anec).
As inscrições para o Congresso já podem ser feitas pelo site www.cmuc.pucminas.br.