domingo, 18 de novembro de 2012

Vaticano: Papa desvaloriza previsões apocalípticas sobre o fim do mundo

Bento XVI diz que os católicos têm de evitar leituras superficiais da existência

Centro Televisivo do Vaticano
Cidade do Vaticano, 18 nov 2012 (Ecclesia) – Bento XVI desvalorizou hoje no Vaticano as previsões sobre o fim do mundo e lembrou que Jesus evitou agir como um “vidente”, mesmo quando usava imagens apocalípticas nos seus discursos.
“Ele (Jesus), pelo contrário, quis afastar os seus discípulos de todos os tempos da curiosidade sobre as datas, as previsões, e que dar, pelo contrário, uma chave de leitura profunda, existencial e indicar, sobretudo, o caminho correto”, disse o Papa, na recitação da oração do Angelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Após destacar que Cristo “não descreve o fim do mundo”, Bento XVI observou em alemão que “o tempo tem um objetivo”, apesar de todas as dificuldades que atingem as pessoas.
“Também nos nossos dias não faltam calamidades naturais e, infelizmente, guerras e violência. Também hoje temos necessidade de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança, ainda mais por causa do relativismo em que estamos mergulhados”, precisou.
O Papa colocou esse fundamento na Palavra de Deus, à qual “todas as criaturas, desde os elementos cósmicos – sol, lua, firmamento – obedecem”.
“Com a esperança perseverante na vitória da Cruz, o coração humano encontrará sempre um chão firme, a verdadeira paz, na presença constante do Senhor, verdadeiro fim de todas as coisas, cuja ajuda nunca nos abandona”, acrescentou.
Em francês, Bento XVI convidou os fiéis a “participar regularmente na missa dominical, necessária para cada cristão”.
OC

Sem a democratização dos meios de produção e de comunicação fica difícil a superação da miséria e dos males da fome. Coragem!

 

Bento XVI cita exemplo de José de Anchieta aos jovens



Bento XVI voltou a recordar aos brasileiros a figura de seu Apóstolo, o Beato José de Anchieta. Desta vez, o Santo Padre dirigiu-se aos jovens do mundo inteiro ao citá-lo na “Mensagem para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude”, publicada na sexta-feira (16/11), sobre a JMJ Rio 2013.
Disse o Santo Padre: “Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo.” 
Essa frase do Papa é antecedida por um aceno à entrega da própria vida feita por jovens generosos em favor da construção do Reino de Deus. Bento XVI escreve ainda: “Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia.” 
É verdade! Basta pensarmos no Brasil recém achado, sem estradas, sem recurso algum e o aquilo que José de Anchieta realizou, adoentado e apenas com o conhecimento de um jovem de 18 anos. 
Esse rapaz, cheio de ardor por Jesus Cristo, aprendeu, em poucos meses, a língua tupi para evangelizar os donos da terra e colaborar no trabalho missionário de seus companheiros, observou o que agradava aos indígenas e lançou mão do teatro, da dança e da música para catequizá-los. 
Sim, o Santo Padre tem razão ao apresentar o jovem José de Anchieta, ou melhor, o jovem José do Brasil, como modelo e incentivo aos jovens de hoje. 
Fonte: Rádio Vaticano

O domingo coloca os mais fortes em comunhão com os mais fracos. Dia de visitas a enfermos e a quem vive sozinho em casas ou abrigos.
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Saúde, bem universal a defender, não mercadoria sujeita às leis do mercado: Bento XVI, aos trabalhadores da saúde (RV)


Na conclusão da Conferência anual promovida pelo Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, milhares de pessoas participaram, neste sábado de manhã, na Aula Paulo VI do Vaticano, num encontro final de reflexão e oração, em que interveio o cardeal Angelo Comastri, arcipreste da basílica de São Pedro. Recordamos que o tema desta Conferência era “O hospital, lugar de evangelização: missão humana e espiritual”.
Ao fim da manhã, Bento XVI deslocou-se à Sala das audiências para dirigir a palavra aos presentes: às largas centenas de participantes na iniciativa promovida pelo Conselho Pontifício para a pastoral no campo da saúde, juntaram-se também, nesta manhã, membros da Associação dos Médicos Católicos Italianos, que se tinham reunido na Universidade Católica para debater o tema “Bioética e Europa cristã”, e ainda doentes, familiares, capelães e voluntários, e finalmente estudantes de Medicina.

Bento XVI recordou a mensagem que, há cinquenta anos, o Concílio Vaticano II dirigiu aos doentes, recordando que não são “nem abandonados, nem inúteis”, porque, unidos à Cruz de Cristo, contribuem para a sua obra salvífica. Dirigindo-se particularmente aos profissionais e aos voluntários que exercem atividade no campo da saúde, o Papa lembrou que esta “singular vocação” requer “estudo, sensibilidade e experiência”. A quem escolhe trabalhar no mundo do sofrimento vivendo a sua atividade como uma missão humana e espiritual, exige-se uma competência ulterior, que vai para além dos títulos académicos. “Trata-se (explicitou) da ciência cristã do sofrimento indicada expressamente pelo Concílio como a única verdade capaz de responder ao mistério do sofrimento e de fornecer a quem se encontra na doença um alívio sem ilusões”. “Cristo não suprimiu o sofrimento. Nem sequer quis revelar plenamente o seu mistério. Tomou-o todo sobre si e isto basta para compreendermos todo o seu valor. Desta ciência cristã do sofrimento vós sois peritos qualificados!” “O facto de serdes católicos, sem medo, dá-vos uma maior responsabilidade no âmbito da sociedade e da Igreja” – advertiu ainda Bento XVI, que insistiu na necessidade de reservar “especial atenção à dignidade da pessoa que sofre, aplicando também no âmbito das políticas da saúde o princípio de subsidiaridade e o da solidariedade.
Referindo a crise económica atual, que subtrai recursos à tutela da saúde, Bento XVI advertiu que os hospitais e as estruturas de assistência têm que repensar a própria função. E isso porque "a saúde é um bem universal a assegurar e defender", não pode passar a "simples mercadoria sujeita às leis do mercado, e portanto um bem reservado a poucos".
Aludindo ao tema desta Conferência anual, Bento XVI concordou na necessidade de considerar os hospitais lugar privilegiado de evangelização, porque onde a Igreja se faz “veículo da presença de Deus, ela torna-se ao mesmo tempo “instrumento de uma autêntica humanização do homem e do mundo”. “Só tendo bem presente que no centro da atividade médica e assistencial está o bem-estar do homem, na sua condição mais frágil e indefesa, do homem à busca de sentido perante o mistério insondável do sofrimento, (só assim) se pode conceber o hospital como lugar em que a relação de tratamento não é uma profissão, mas sim uma missão; onde a caridade do Bom Samaritano é a primeira cátedra, e o rosto do homem sofredor – o próprio Rosto de Cristo”.

sábado, 17 de novembro de 2012

Publicações/Vaticano: Novo livro do Papa vai ajudar a «repensar» o Natal, diz cardeal Gianfranco Ravasi

Presidente do Conselho Pontifício da Cultura é um dos responsáveis pela apresentação mundial da obra

Braga, 17 nov 2012 (Ecclesia) – O livro final da trilogia de Bento XVI sobre “Jesus de Nazaré” vai ajudar a “repensar o mistério do Natal”, disse hoje em Braga o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé).
“Este livro terá um relevo particular para os crentes, por causa do tema da encarnação, sobretudo nas proximidades do Natal, mas também tem um valor para todos, porque aborda o tema das crianças, da maternidade, da paternidade, do massacre dos inocentes, da fuga do Egito”, disse à ECCLESIA.
Segundo este responsável, os episódios abordados pelo Papa enfrentam “temas dramáticos”, que não interessam “apenas aos crentes”.
O cardeal Ravasi e a teóloga brasileira María Clara Bingemer vão apresentar na terça-feira o novo livro de Bento XVI, que aborda a infância de Jesus, editado pelo Vaticano e a Rizzoli, com edição portuguesa a cargo da Principia, chegando às livrarias na quarta-feira.
Na publicação, o Papa defende que a figura de Cristo se distingue das personagens da mitologia e apela à “seriedade” da pesquisa histórica.
“Jesus não nasceu nem apareceu publicamente no vago ‘outrora’ do mito. Ele pertence a um tempo datável exatamente e a um ambiente geográfico indicado com clareza”, escreve Bento XVI.
O livro vai abordar os chamados “evangelhos de infância”, sobre os primeiros anos de vida de Cristo, e é apresentado pelo próprio Papa como uma introdução aos dois livros precedentes sobre a figura e a mensagem de Cristo.
O cardeal Ravasi, um especialista no estudo da Bíblia, destaca que os evangelhos têm de ser lidos a partir da história e da literatura, mas também com um “olhar teológico” que remete para a “dimensão transcendente”.
O primeiro volume de ‘Jesus de Nazaré’ tinha sido publicado em 2007 e era dedicado ao começo da vida pública de Cristo (desde o batismo à transfiguração).
A segunda parte da obra foi apresentada em março de 2011, passando em revista os momentos que precederam a morte de Jesus e a sua ressurreição.
Toda a obra começou a ser escrita no verão de 2003, antes da eleição de Joseph Ratzinger como Papa.
“Espero que o pequeno livro, não obstante os seus limites, possa ajudar muitas pessoas no seu caminho rumo a e com Jesus”, sublinha agora Bento XVI.
A Principia Editora, como já tinha acontecido aquando do segundo volume, foi selecionada no âmbito de uma consulta internacional lançada pela editorial italiana Rizzoli, detentora dos direitos mundiais da obra e responsável pelas negociações para a cedência dos direitos de publicação para cada idioma.
A divulgação e a apresentação da obra em Portugal têm o apoio da Agência ECCLESIA.
PTE/OC

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