sábado, 3 de novembro de 2012

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Comemoração dos fiéis defuntos. Papa: a morte não interrompe a ligação com Deus

Depois de ter celebrado ontem, 1 de Novembro, a festa de Todos os Santos, a Igreja faz hoje memória dos Fiéis defuntos. Falando ontem, ao meio-dia, na Praça de São Pedro, Bento XVI recordou que “nos santos nós vemos a vitória do amor sobre o egoísmo e sobre a morte”. E acrescentou, já em alusão à celebração de hoje, dos fiéis defuntos:

Só a fé na vida eterna nos faz amar verdadeiramente a história e o presente, mas sem apegos, na liberdade do peregrinos, que ama a terra porque tem o coração no céu. A Virgem Maria nos obtenha a graça de acreditar fortemente na vida eterna e de nos sentirmos em verdadeira comunhão com os nossos caros defuntos”.

Esta tarde, pelas 18 horas, Bento XVI desceu à cripta da basílica de São Pedro, para um momento de oração pessoal junto dos túmulos dos últimos Papas.
Amanhã, sábado, de manhã, o Santo Padre preside, na basílica de São Pedro, a uma celebração eucarística em sufrágio pelos 11 cardeais e pelos 143 bispos falecidos nos últimos 12 meses. De entre estes, três portugueses o bispo emérito de Beja, D. Manuel Falcão, o bispo emérito de Coimbra, D. Albino Cleto, e o bispo emérito de Angra do Heroísmo, D. Aurélio Escudeiro. (RV)
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A vida eterna não é um desdobramento infindo do tempo presente, mas algo de completamente novo: Bento XVI, na missa de sufrágio pelos Bispos falecidos


“A vida eterna não é um desdobramento interminável do tempo presente, mas algo de completamente novo” – sublinhou Bento XVI, neste sábado de manhã, na Missa a que presidiu, na basílica de São Pedro, em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos doze meses.
O Papa começou por observar que a tradição de visitar os cemitérios por ocasião dos Fiéis Defuntos permite renovar o elo que nos une às pessoas queridos que nos deixaram.
“Paradoxalmente, a morte conserva aquilo que a vida não pode manter”.- observou. Como os nossos defuntos viveram, aquilo que amaram, recearam, esperaram, … nós o descobrimos, de modo singular, a partir dos túmulos, que permanecem como um espelho da sua existência… É como se os túmulos nos interpelassem, convidando-nos a restabelecer com os defuntos um diálogo que a morte pôs em crise… “Os lugares de sepultura constituem como uma espécie de assembleia, na qual os vivos encontram os próprios defuntos, com eles reforçando os vínculos de uma comunhão que a morte não pôde interromper”.
E o Papa prosseguiu aludindo às Catacumbas romanas, onde se adverte, mais do que em qualquer outro lugar, os elos profundos que nos ligam à cristandade antiga. É como se entrássemos em comunicação com aquele que ali conservam o seu passado, feito de alegrias e de dores, de derrotas e de esperanças.

“Isto acontece porque a morte diz respeito ao homem de hoje, exatamente como ao de então. E mesmo se tantas coisas dos tempos passados se nos tornaram alheiras, a morte permanece a mesma”.
Perante esta realidade, o ser humano de cada época procura um raio de luz que o faça esperar, que fale ainda de vida. È este desejo que a visita aos túmulos exprime. “Mas como respondemos nós, cristãos, à questão da morte?” – interrogou-se Bento XVI.
“Respondemos com a fé em Deus, com um olhar de sólida esperança que se fundamenta na Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Então a morte desabrocha na vida, na vida eterna, que não é um desdobramento infindo do tempo presentes, mas algo de completamente novo”.
Sublinhando que é neste clima de fé e de oração que a assembleia litúrgica se encontrava reunida à volta do altar para oferecer o sacrifício eucarístico em sufrágios dos bispos falecidos no último ano, Bento XVI mencionou um a um os dez cardeais mortos desde dezembro passado, incluindo o cardeal Martini, a 31 de agosto…
A mesa eucarística – observou o Papa – antecipa de modo eloquente o que o Senhor prometeu no sermão da montanha: a posse do Reino dos Céus, o tomar parte na Jerusalém celeste. “A nossa oração é alimentada por esta firme esperança, que não engana, porque garantida por Cristo, que quis viver na carne a experiência da morte para triunfar sobre ela com o prodigioso acontecimento da Ressurreição”.
“É o próprio Espírito Santo, por meio do qual o amor de Deus foi derramado nos nossos corações, a fazer com que a nossa esperança não seja vã” – recordou o Papa. É graças ao Mistério pascal de Cristo, o único Justo, que, superando o limiar da morte, os nossos olhos poderaão ver a Deus, contemplar o seu rosto.
E Bento XVI concluiu a sua homilia convidados a dirigir o olhar a Maria, com amor confiante. Que ela vele sobre todos os que dormem o sono da paz, aguardando em jubilosa esperança a ressurreição. “E nós elevamos por eles, a Deus, a nossa oração, firmes na esperança de nos encontrarmos todos um dia, unidos para sempre no Paraíso”.

Ontem, dia dos Fiéis Defuntos, o Santo Padre deslocou-se à cripta desta mesma basílica para um momento de oração pessoal junto dos túmulos dos últimos Papas. Ocasião em que o Papa exortou os prestentes à oração de sufrágio: "Confiamos à misericórdia do Pai aqueles que têm aqui a sua sepultura, aguardando a ressurreição da carne, em especial os Sumos Pontífices que desempenharam o serviço de pastores da Igreja universal para que participem da eterna liturgia do céu". (RV)

Catecismo da Igreja:
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição.  

"Ao morrer, reencontramos nossos mortos queridos. Não estaremos no vazio do nada,mas adentraremos o sítio do amor, da plenitude"(Karl Jaspers)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

PALAVRAS DE ENCERRAMENTO DO CONGRESSO PAROQUIAL

O Congresso Eucarístico Paroquial foi um grande investimento na vida da paróquia. As palavras do Padre Matias Soares diz aquilo que foi o Congresso. A nossa caminhada continua firme e forte.

CONVERSA COM MARCELO BARROS

Conversa, quinta feira, 01 de novembro 2012

Hoje visitei o centro histórico de San Juan de Porto Rico. Uma cidade linda, patrimônio da humanidade que me lembra muito Havana antiga, agora restaurada em todo o seu esplendor. Ali descobri que a ilha de Porto Rico foi invadida pelos holandeses em 1625, um ano depois de terem invadido a Bahia. Também me chocou o fato de tudo ser em inglês e com bandeira norte-americana. A senhora que me guiou me contou que os norte-americanos tinham derrubado todos os coqueiros para que aquela área fosse mais desprotegida e ninguém pudesse se aproximar do Morro sem que eles vissem. Depois uma conversa com o bispo de Caguas, Mons. Ruben Gonzalves. Recebeu-me muito amigavelmente. Sobre a política, me disse que o povo é dividido e fala pouco disso. Tive a impressão de uma boa pessoa, simples e acessível. 
Aos cristãos daqui perguntei: E a Igreja? Eles me responderam: não se compromete como Igreja a não ser pelos valores morais e espirituais.... Mas, o que são esses valores? Eles não teriam também dimensão política. 
Aqui fiquei muito contente com a notícia de que no Brasil, os nossos irmãos indios Kaiowá do Mato Grosso do Sul conseguiram chamar a atenção sobre a sua realidade e a justiça voltou atrás e sustou o decreto de expulsão dos indios de sua terra ancestral. Graças a Deus. Mesmo de longe, celebro com eles essa vitória que também foi vitória de tanta gente que divulgou a notícia e a denunciou. Bendito seja Deus. 
Hoje à noite terei o lançamento da agenda latino-americana 2013. Vou ter de falar sobre economia e espiritualidade. E parece que no auditório estarão muitos economistas. Que Deus me ilumine.

‘Temporada de Caça’ Ilegal a Aves Expõe Tráfico de Animais no Brasil

Filhote de papagaio é alimentado no Cras
Filhote de papagaio é alimentado por veterinária em centro de recuperação em São Paulo
O período de vai setembro a dezembro é a época de reprodução da arara e do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), duas das principais vítimas do mercado negro de animais silvestres no Brasil. Esse é também o período em que as autoridades mais registram ocorrências do tráfico ilegal dessas aves e de outros animais. Os criminosos retiram as aves de seus ninhos em troncos de árvores enquanto elas ainda estão nos ovos ou não têm penas para voar. Um filhote de papagaio-verdadeiro é vendido aos traficantes, por sitiantes e trabalhadores rurais do interior do país, por cerca de R$ 30.
A ave é então revendida ilegalmente pelos criminosos por R$ 150 em feiras do sudeste do país. O filhote também pode receber uma anilha falsa e ser vendido por até R$ 1.000 – como se sua origem fosse um criadouro legalizado. Além das aves, também são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais, macacos em risco de extinção e até anfíbios – usados em pesquisas científicas por indústrias farmacêuticas.
Só neste ano, a Polícia Federal apreendeu em suas operações quase 14 mil animais silvestres. A maior parte deles pássaros – cerca de 13 mil. Apesar de variar muito anualmente, o número de animais apreendidos pelo órgão vem crescendo. Em 2007, foram menos de 500 espécimes recuperados. Os policiais dizem acreditar que o número de animais apreendidos seja apenas uma pequena parte do número de espécimes contrabandeados. O Ibama – órgão responsável pela fiscalização – foi procurado pela BBC Brasil para comentar o assunto, mas decidiu não se manifestar.

Rotas

A maior parte dos animais silvestres apreendidos pela polícia foi capturada por criminosos nas regiões norte e nordeste do país, segundo o delegado Adalto Machado, da Delemaph (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico) da Polícia Federal de São Paulo.
Mas, segundo ele, um grande número de animais também procede de Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e até do Uruguai. Depois de capturados por moradores locais, os bichos são vendidos para traficantes que os escondem às centenas em carros de passeio. Na viagem até São Paulo, os animais enfrentam a superlotação das gaiolas, o calor e às vezes até a falta de água e comida.
Quando chegam ao local de revenda, os animais normalmente ficam escondidos em cômodos pequenos e sujos. Cerca de 20% deles morrem na viagem ou até dez dias após terem sido apreendidos pela polícia, segundo a veterinária Liliane Milanelo, do Cras (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) do governo de São Paulo.
“Eles chegam (em centros de recuperação) com elevado grau de estresse, algumas vezes com lesões permanentes, fraturas e olhos furados, devido à aglomeração. Chegam também desidratados, com desnutrição e alguns animais em óbito, infelizmente”, disse ela.
O delegado Machado afirmou que, segundo investigações da PF, uma parte dos animais silvestres que chegam a São Paulo é enviada ao exterior – principalmente para a Europa e os Estados Unidos.
As principais rotas de saída do Brasil são voos para Portugal e rotas terrestres que cruzam as fronteiras com a Argentina e o Uruguai.

Recuperação

Os animais vítimas de traficantes que são recuperados pela polícia são enviados para centros especiais de recuperação. Neles, são identificados, marcados e separados segundo espécies e idade. Recebem então uma avaliação clínica. Segundo a veterinária Mila Nelo, os que estão doentes passam por cirurgias ou tratamentos com medicamentos. Aqueles que estão desnutridos ou estressados são submetidos a um processo de reabilitação.
Ele inclui treinamentos para obter comida sozinho, voar – no caso das aves – e para evitar a aproximação das pessoas. Os animais aguardam então a formação de lotes para que sejam enviados em grupo aos seus Estados de origem, onde são soltos na natureza.
Contudo, segundo ativistas, o Ibama não tem capacidade para dar esse tipo de tratamento a todos os animais apreendidos. O órgão passa por um processo de descentralização, mas ainda não tem locais de reabilitação suficientes para atender a demanda. Para tentar resolver o problema, credencia entidades estaduais ou privadas para receber os animais. (Fonte: BBC Brasil)