O Congresso Eucarístico Paroquial foi um grande investimento na vida da paróquia. As palavras do Padre Matias Soares diz aquilo que foi o Congresso. A nossa caminhada continua firme e forte.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
CONVERSA COM MARCELO BARROS
Conversa, quinta feira, 01 de novembro 2012
Hoje visitei o centro histórico de San
Juan de Porto Rico. Uma cidade linda, patrimônio da humanidade que me
lembra muito Havana antiga, agora restaurada em todo o seu esplendor.
Ali descobri que a ilha de Porto Rico foi invadida pelos holandeses em
1625, um ano depois de terem invadido a Bahia. Também me chocou o fato
de tudo ser em inglês e com bandeira norte-americana. A senhora que me
guiou me contou que os norte-americanos tinham derrubado todos os
coqueiros para que aquela área fosse mais desprotegida e ninguém pudesse
se aproximar do Morro sem que eles vissem. Depois uma conversa com o
bispo de Caguas, Mons. Ruben Gonzalves. Recebeu-me muito amigavelmente.
Sobre a política, me disse que o povo é dividido e fala pouco disso.
Tive a impressão de uma boa pessoa, simples e acessível.
Aos cristãos daqui perguntei: E
a Igreja? Eles me responderam: não se compromete como Igreja a não ser
pelos valores morais e espirituais.... Mas, o que são esses valores?
Eles não teriam também dimensão política.
Aqui fiquei muito contente com a notícia
de que no Brasil, os nossos irmãos indios Kaiowá do Mato Grosso do Sul
conseguiram chamar a atenção sobre a sua realidade e a justiça voltou
atrás e sustou o decreto de expulsão dos indios de sua terra ancestral.
Graças a Deus. Mesmo de longe, celebro com eles essa vitória que também
foi vitória de tanta gente que divulgou a notícia e a denunciou. Bendito
seja Deus.
Hoje à noite terei o lançamento da
agenda latino-americana 2013. Vou ter de falar sobre economia e
espiritualidade. E parece que no auditório estarão muitos economistas.
Que Deus me ilumine.
‘Temporada de Caça’ Ilegal a Aves Expõe Tráfico de Animais no Brasil
Published on 2 de novembro de 2012 in Programa Território Animal. 0 Comments

Filhote de papagaio é alimentado por veterinária em centro de recuperação em São Paulo
O período de vai setembro a dezembro é a época de reprodução da arara e do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva),
duas das principais vítimas do mercado negro de animais silvestres no
Brasil. Esse é também o período em que as autoridades mais registram
ocorrências do tráfico ilegal dessas aves e de outros animais. Os
criminosos retiram as aves de seus ninhos em troncos de árvores enquanto
elas ainda estão nos ovos ou não têm penas para voar. Um filhote de
papagaio-verdadeiro é vendido aos traficantes, por sitiantes e
trabalhadores rurais do interior do país, por cerca de R$ 30.
A ave é então revendida ilegalmente
pelos criminosos por R$ 150 em feiras do sudeste do país. O filhote
também pode receber uma anilha falsa e ser vendido por até R$ 1.000 –
como se sua origem fosse um criadouro legalizado. Além das aves, também
são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais,
macacos em risco de extinção e até anfíbios – usados em pesquisas
científicas por indústrias farmacêuticas.
Só neste ano, a Polícia Federal
apreendeu em suas operações quase 14 mil animais silvestres. A maior
parte deles pássaros – cerca de 13 mil. Apesar de variar muito
anualmente, o número de animais apreendidos pelo órgão vem crescendo. Em
2007, foram menos de 500 espécimes recuperados. Os policiais dizem
acreditar que o número de animais apreendidos seja apenas uma pequena
parte do número de espécimes contrabandeados. O Ibama – órgão
responsável pela fiscalização – foi procurado pela BBC Brasil para
comentar o assunto, mas decidiu não se manifestar.
Rotas
A maior parte dos animais silvestres
apreendidos pela polícia foi capturada por criminosos nas regiões norte e
nordeste do país, segundo o delegado Adalto Machado, da Delemaph
(Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio
Histórico) da Polícia Federal de São Paulo.
Mas, segundo ele, um grande número de
animais também procede de Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraná e até do Uruguai. Depois de capturados por moradores locais, os
bichos são vendidos para traficantes que os escondem às centenas em
carros de passeio. Na viagem até São Paulo, os animais enfrentam a
superlotação das gaiolas, o calor e às vezes até a falta de água e
comida.
Quando chegam ao local de revenda, os
animais normalmente ficam escondidos em cômodos pequenos e sujos. Cerca
de 20% deles morrem na viagem ou até dez dias após terem sido
apreendidos pela polícia, segundo a veterinária Liliane Milanelo, do
Cras (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) do governo de São
Paulo.
“Eles chegam (em centros de recuperação)
com elevado grau de estresse, algumas vezes com lesões permanentes,
fraturas e olhos furados, devido à aglomeração. Chegam também
desidratados, com desnutrição e alguns animais em óbito, infelizmente”,
disse ela.
O delegado Machado afirmou que, segundo
investigações da PF, uma parte dos animais silvestres que chegam a São
Paulo é enviada ao exterior – principalmente para a Europa e os Estados
Unidos.
As principais rotas de saída do Brasil
são voos para Portugal e rotas terrestres que cruzam as fronteiras com a
Argentina e o Uruguai.
Recuperação
Os animais vítimas de traficantes que
são recuperados pela polícia são enviados para centros especiais de
recuperação. Neles, são identificados, marcados e separados segundo
espécies e idade. Recebem então uma avaliação clínica. Segundo a
veterinária Mila Nelo, os que estão doentes passam por cirurgias ou
tratamentos com medicamentos. Aqueles que estão desnutridos ou
estressados são submetidos a um processo de reabilitação.
Ele inclui treinamentos para obter
comida sozinho, voar – no caso das aves – e para evitar a aproximação
das pessoas. Os animais aguardam então a formação de lotes para que
sejam enviados em grupo aos seus Estados de origem, onde são soltos na
natureza.
Contudo, segundo ativistas, o Ibama não
tem capacidade para dar esse tipo de tratamento a todos os animais
apreendidos. O órgão passa por um processo de descentralização, mas
ainda não tem locais de reabilitação suficientes para atender a
demanda. Para tentar resolver o problema, credencia entidades estaduais
ou privadas para receber os animais. (Fonte: BBC Brasil)
Acordo fracassado |
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Importantes nações não conseguiram chegar a um acordo
nesta quinta-feira (1) para a criação de grandes áreas marinhas
protegidas na Antártida, dentro de um plano para intensificar a
conservação de espécies como baleias e pinguins em torno do continente
gelado.
A Comissão para a Conservação dos Recursos
Vivos Marinhos Antárticos (CCAMLR, na sigla em inglês) concordou, no
entanto, com a realização de uma sessão especial na Alemanha em julho de
2013 para tentar romper o impasse depois do encontro de 8 de outubro a
1o de novembro em Hobart, na Austrália.
Ambientalistas
criticaram a falta de acordo sobre novas áreas marinhas protegidas no
Mar de Ross e no Leste da Antártida, que abriga pinguins, focas, baleias
e aves marinhas, bem como estoques valiosos de krill.
"Estamos
profundamente desapontados", disse à Reuters Steve Campbell, da Aliança
Oceano Antártico, que agrupa organizações de conservação, no final da
reunião anual da CCAMLR. Ele contou que a maior resistência veio da
Ucrânia, Rússia e China.
Ambientalistas disseram
que os Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Nova Zelândia estão
entre os países que pressionam por um acordo sobre novas zonas
protegidas.
Algumas frotas de pesca estão rumando
para o sul porque os estoques estão esgotados mais perto de casa e
algumas nações se preocupam com o fechamento de grandes áreas dos
oceanos. A CCMALR é composta por 24 Estados-Membros e a União Europeia.
"Este
ano, a CCAMLR se comportou como uma organização de pesca em vez de uma
organização dedicada à conservação das águas da Antártida", disse Farah
Obaidullah, do Greenpeace.
Entre as propostas, um
plano EUA-Nova Zelândia teria criado uma área protegida de 1,6 milhão de
quilômetros quadrados no Mar de Ross -- aproximadamente do tamanho de
Irã.
E a UE, Austrália e França propuseram uma série de reservas de 1,9 milhão de km² no Leste da Antártida -- maior do que o Alasca.
Na
semana passada, o ator Leonardo di Caprio lançou uma petição para
proteger os mares em torno da Antártida com o grupo de campanha Avaaz,
dizendo que "as baleias e pinguins não podem falar por si, por isso cabe
a nós defendê-los".
Em 2010, os governos
estabeleceram a meta de ampliar as áreas protegidas para 10 por cento
dos oceanos do mundo para salvaguardar a vida marinha do excesso de
pesca e outras ameaças, como a poluição e alterações climáticas. Em
2010, o total era de 4 por cento.
A CCAMLR disse
em um comunicado que os membros haviam identificado várias regiões do
Oceano Antártico que merecem elevados níveis de proteção.
"Essas
áreas importantes podem fornecer uma referência para pesquisa
científica sobre os impactos das atividades, como a pesca, bem como
oportunidades significativas para monitorar os impactos das mudanças
climáticas no Oceano Antártico", disse.
(Por Alister Doyle, em Oslo)
Fonte: IG
02.11.2012
02.11.2012
Odetinha: a pequena candidata carioca aos altares
- Raphael Freire
A Congregação para as Causas dos Santos
aprovou “nihil obstat”, nesta quarta-feira, 31 de outubro, que o
processo da candidata carioca aos altares, Odette Vidal de Oliveira,
mais conhecida como “Odetinha” tenha início. Mística da Eucaristia, ao
receber a comunhão, com apenas 7 anos de idade, ela já tinha abertura de
coração para pedir: “Oh meu Jesus, vinde agora ao meu coração!”.
Reconhecendo sua fé viva, sua confiança
inabalável e intenso amor por Deus e pelo próximo, a Igreja no Rio de
Janeiro criou uma comissão coordenada pelo Vigário Episcopal para a Vida
Consagrada, Dom Roberto Lopes, para apresentar a candidata oficialmente
à Congregação para as Causas dos Santos.
— O primeiro passo foi apresentar a
Odetinha, fazendo o pedido oficial à Congregação para as Causas dos
Santos, para darmos o início às pesquisas. O Arcebispo do Rio, Dom Orani
João Tempesta, abençoou e assinou esse nosso pedido e, agora, a
Congregação já responde àquilo que nós estávamos esperando, que é o
“nihil obstat”. O próximo passo é a abertura do processo arquidiocesano.
Temos como projeto que, no dia 18 de janeiro de 2013, durante a festa
de São Sebastião, se faça essa abertura, quando Dom Orani vai nomear o
tribunal, com todos os responsáveis e, a partir daí, a equipe vai
convocar todas as pessoas que por ventura tiveram contato com a
Odetinha, para que as mesmas respondam perguntas a seu respeito. A ideia
inicial é que também, no dia 20 de janeiro, tenhamos uma Missa na
Catedral, onde seja designada a Igreja para a qual Odetinha será levada e
onde vão ficar suas relíquias. Teremos a exumação de seu corpo e uma
série de atividades vão acontecer até o mês de janeiro, preparando tudo
isso, contou Dom Roberto.
Breve Histórico
Odette Vidal de Oliveira nasceu na
cidade do Rio de Janeiro em 15 de setembro de 1930. Chamada
carinhosamente pelos pais de “Odetinha”, lírio de pureza e caridade,
dotada de um amor extraordinário a Jesus Eucarístico, ia à missa com sua
mãe. Desde muito pequena, aos quatro anos, já possuía colóquios íntimos
com o Senhor Sacramentado.
Tendo se mudado para o bairro de
Botafogo, na zona sul do Rio, fez a sua Primeira comunhão no Colégio São
Marcelo, da Paróquia Imaculada Conceição, ao lado de sua casa, em 15 de
agosto de 1937, aos sete anos de idade. Desde então, ao receber a
comunhão, dizia: “Oh meu Jesus, vinde agora ao meu coração!”. Seu
confessor atestou sua fé viva, confiança inabalável, intenso amor a Deus
e ao próximo.
Demonstrou profunda caridade para com os
pobres e a busca da santidade de forma impressionante e extraordinária
para uma criança tão nova. Inserida de fato na causa de promoção dos
mais carentes, gostava muito de ajudá-los com obras concretas de
misericórdia, e atividades caritativas semanais (sua mãe fazia uma
feijoada aos sábados para os pobres a seu pedido e ela colocava seu
avental e servia a todos alegremente). Irradiou e inspirou uma imensa
obra social, assumida com seriedade pelos seus pais, tornando-os grandes
apóstolos da caridade por toda sua vida. Estes colaboraram efetivamente
com muitos Institutos de Vida Religiosa, salvando alguns da falência,
além do trabalho com as meninas órfãs (um pedido de Odetinha), até hoje
administrado por religiosas e voluntários.
Sua piedade explica o segredo de todo o
bem que realizou com máxima paciência, admirada por todos até o fim. A
modéstia e o pudor foram um grande sinal de uma alma pura e boa, nos
divertimentos mais inocentes de sua infância. Amava os lírios e rezava o
terço diariamente, revelando, assim, sua confiança total em Nossa
Senhora. Queixava-se, ainda, pelo fato de São José, que tanto trabalhou e
sofreu por Jesus e Nossa Senhora, ser tão pouco honrado.
Nos últimos quarenta e nove dias de sua
vida sofreu dolorosa enfermidade – paratifo, suportada com paciência
cristã. No leito de dor, dizia: “Eu vos ofereço, ó meu Jesus, todos os
meus sofrimentos pelas missões e pelas crianças pobres (Cf. Ef. 5,
1-2)”. No dia de sua morte, ocorrida em 25 de novembro de 1939, Odetinha
recebeu a Sagrada Comunhão às 7h30min e na ação de graças disse: “Meu
Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo”. Assim, serenamente, às 8h20min
entregou sua alma inocente a Deus.
Ele escolhe tantas vezes os pequeninos
para tornar mais evidente as maravilhas de sua Graça. “Foi arrebatada
para que a malícia não lhe mudasse o modo de pensar ou para que as
aparências enganadoras não seduzissem a sua alma”. (Sb. 4,11).
Seu túmulo situa-se na quadra 06, n.º.
850, no Cemitério São João Batista (Botafogo). Até hoje é um dos mais
visitados, sobretudo aos sábados e domingos, por inúmeras pessoas que
ali acorrem para agradecer benefícios espirituais e temporais que
atribuem à sua intercessão junto a Deus. Sua biografia oficial, lançada
no ano seguinte de sua morte pelo Padre Afonso Maria Germe, causou
grande comoção na sociedade carioca.
Eis como Odetinha rezava seu “Tercinho
de amor”: nas contas pequenas – “Meu Jesus eu vos amo!”; nas contas
grandes – “Quero passar meu céu fazendo bem à terra”; nas três últimas
contas – “Meu Jesus, abençoai-me, santificai-me, enchei o meu coração de
vosso amor”.
Oração
Ó querido Jesus, que escolhestes as
criancinhas, curando-as e as abençoando, demonstrando particular
predileção por elas, que Vos louvam com um louvor perfeito e revelando,
assim, o Reino de Deus aos menos favorecidos da sociedade, aos simples e
aos humildes.
Olhai com carinho nosso pedido, pelos
méritos infinitos de Vosso Santíssimo Coração e do Coração Imaculado da
Santíssima Virgem que, se for para a Vossa maior Glória e bem de nossas
almas, Vos digneis glorificar, diante de toda a Igreja, a menina Odete
Vidal de Oliveira (Odetinha), lírio de pureza e caridade da Igreja
Particular de São Sebastião do Rio de Janeiro e exemplo de vida para o
povo de Deus.
Unidos em Comunhão eucarística e guiados
pela doçura do Espírito Santo, concedei-nos, por sua intercessão, a
graça que Vos pedimos. Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
Colaboração: Marcylene Capper e Padre João Cláudio (Fonte: Arquidiocese do RJ)
Fundação Joseph Ratzinger organiza Simpósio na PUC-Rio
- Ter, 30 de Outubro de 2012 19:12
- Carlos Moioli
A Fundação Vaticana Joseph Ratzinger –
Bento XVI, com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-Rio), através de seu Departamento de Teologia, promoverá nos dias 8
e 9 de novembro de 2012, no Campus da PUC-Rio, o II Simpósio sobre o
pensamento de Joseph Ratzinger.
Tomando como base a indagação sobre “o que faz o ser humano, humano”, o título deste II Simpósio será: Humanização e sentido da vida. Divididos em eixos temáticos e de comunicações: filosófico-teológico; midiático; expressões culturais; socioeconômico; técnico-científico.
Tomando como base a indagação sobre “o que faz o ser humano, humano”, o título deste II Simpósio será: Humanização e sentido da vida. Divididos em eixos temáticos e de comunicações: filosófico-teológico; midiático; expressões culturais; socioeconômico; técnico-científico.
Este Simpósio herda a experiência do
primeiro realizado na cidade de Bydgoszcz, na Polônia, nos dias 27 e 28
de outubro de 2011. Os organizadores do evento estimam reunir reitores
de prestigiosas universidades do Brasil e de outros dez países como
membros do comitê científico, o qual é presidido pelo Pe. Josafá Carlos
de Siqueira, S.J. Reitor da PUC-Rio.
A Fundação Vaticana Joseph Ratzinger –
Bento XVI foi criada em 1º de março de 2010, com a finalidade de
promover o conhecimento e o estudo da teologia, e a premiação de
pesquisadores e a organização e a realização de eventos de alto valor
cultural e científico.
Entre os personagens mencionados na
programação, destaca-se a presença do Cardeal Dom Cláudio Hummes, que
fará a primeira conferência, assim como do Comitê Honorário composto por
Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de Rio de Janeiro e Mons Giuseppe A.
Scotti, Presidente da Fundação Joseph Ratzinger. Os Arautos do
Evangelho estão envolvidos na organização do evento.
Uma das motivações para a realização do
Simpósio no Rio de Janeiro é a visita do Papa Bento XVI à cidade, em
virtude da Jornada Mundial da Juventude em julho de 2013.
O pensamento do Papa Bento XVI
A definição de ser humano e o sentido da vida em um mundo globalizado serão objetos de estudo do II Simpósio sobre o Pensamento de Joseph Ratzinger, que será realizado na Universidade, nos dias 8 e 9 de novembro. Com organização do Departamento de Teologia, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e da Fondazione Vaticana Joseph Ratzinger – Benedetto XVI, o simpósio contará com a presença de professores de dez universidades estrangeiras. Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Paulo Cezar Costa, professor da PUC do Departamento de Teologia e membro do comitê organizador do simpósio, falou ao PUC URGENTE sobre o estudo do pensamento do Papa Bento XVI.
A definição de ser humano e o sentido da vida em um mundo globalizado serão objetos de estudo do II Simpósio sobre o Pensamento de Joseph Ratzinger, que será realizado na Universidade, nos dias 8 e 9 de novembro. Com organização do Departamento de Teologia, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e da Fondazione Vaticana Joseph Ratzinger – Benedetto XVI, o simpósio contará com a presença de professores de dez universidades estrangeiras. Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Paulo Cezar Costa, professor da PUC do Departamento de Teologia e membro do comitê organizador do simpósio, falou ao PUC URGENTE sobre o estudo do pensamento do Papa Bento XVI.
Qual é a importância de estudar o pensamento de Joseph Ratzinger?
Dom Paulo Cezar – Este Papa é um
teólogo. Joseph Ratzinger publicou muitas obras e foi considerado, em
2005, uma das maiores personalidades intelectuais do ano pela revista
Time. Além do conhecimento teológico, Ratzinger tem uma cultura muito
vasta. A reflexão do Papa Bento XVI busca um diálogo com a sociedade e
com o meio acadêmico. Ele aponta para uma das questões mais importantes
do mundo de hoje: alargar a razão. Vivemos em um mundo técnico. O perigo
pode ser nos determos naquelas pequenas parcelas de conhecimento nas
quais somos especialistas. Assim, não percebemos que a razão é bem
maior. O Papa nos convida, então, a alargar a razão, para que ela
dialogue com as outras formas de saber, principalmente com o mundo da
fé. Ele tem certeza de que a fé tem um discurso para iluminar a ciência e
o sentido da vida.
Qual é a reflexão proposta pelo Papa Bento XVI?
Dom Paulo Cezar – Queremos mostrar que
Joseph Ratzinger propõe alargar a razão. E, assim, criando mais
diálogos, demonstrar que uma única leitura não dá conta da totalidade da
realidade. Ele diz que a razão deve encontrar a si mesma no sentido de
que ela é mais ampla do que pensamos. O mundo de hoje é muito
fragmentado. É bom porque temos mais condições de aprofundar um estudo,
como provam os grandes especialistas de diversas áreas do saber. Mas o
perigo é estarmos fechados em nossa área do saber, sem o diálogo com
outros campos de conhecimento como a filosofia e a teologia. O diálogo
mostra onde estão as nossas deficiências e incapacidades. Mostra, ao
mesmo tempo, nossa força e nossa fragilidade, aquilo que sabemos e
também as respostas que não temos. Certas respostas são dadas apenas
pela ciência. Algumas respostas mais profundas só podem ser dadas pela
fé.
Quais são os objetivos do II Simpósio sobre o Pensamento de Joseph Ratzinger?
Dom Paulo – O simpósio tem como
objetivo promover o diálogo. Nós queremos fazer com que o pensamento de
Joseph Ratzinger possa dialogar com os mundos da cultura, da ciência e
educação e da política. O simpósio pretende mostrar que o Papa Bento XVI
quer que a fé fale ao coração do ser humano do mundo de hoje. Tem como
temas a humanização e o sentido da vida. É um convite aos jovens e
acadêmicos a perceber que o sentido da vida não se encontra simplesmente
nas realidades deste mundo. O sentido vai além do ter e possuir. A vida
tem um sentido mais profundo que, em última instância, só Deus pode
realizar.
O que representa para a PUC sediar o Simpósio a menos de um ano da Jornada Mundial da Juventude?
Dom Paulo – O simpósio será sediado no
Brasil, na PUC, por causa da Jornada Mundial da Juventude, que será
realizada no Rio de Janeiro em julho de 2013. O simpósio está ligado à
preparação da Jornada Mundial da Juventude. Nós escolhemos uma
universidade porque é a comunidade do saber. É um lugar próprio para o
diálogo dos saberes. O primeiro simpósio foi realizado numa universidade
da Polônia e, agora, será na PUC-Rio. O Papa Bento XVI é um homem de
ciência. Queremos que o pensamento dele se relacione com a academia e
com a sociedade. Por isso, teremos literatos e economistas, por exemplo,
na programação do simpósio.
Fonte: PUC-Rio - Por: Guilherme de Oliveira
Fonte: PUC-Rio - Por: Guilherme de Oliveira
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13:41 | Postado pela Assessoria de Comunicação CNBB NE2
Natureza espiritual
Há coisas que passam, devido à sua insignificância, e há fatos que ficam
na memória das pessoas, em razão de sua significação. A mente humana,
sabiamente, deleta do arquivo da memória aquele acervo de informações
que não mais é útil ao indivíduo, jogando-o na lixeira do esquecimento.
Por sua importância, conserva a memória daquilo que diz respeito ao
mundo de suas relações institucionais e pessoais. Nesse universo, sem
dúvida, deixam traços duradouros as relações das pessoas com o mundo de
sua convivência e do exercício de suas atividades; porém, realmente
duradouras são as experiências das relações interpessoais porque aí
falam mais alto a vida familiar e o círculo de amizade.
A memória de cada pessoa guarda, com especial destaque, sentimentos,
palavras e fatos que envolvem as pessoas mais próximas, pelos laços de
consanguinidade e de amizade. De muitas maneiras e nas mais diversas
circunstâncias, a memória se coloca diante de um passado mais ou menos
longínquo, envolvendo pessoas que continuam tocando o seu coração, com a
marca da saudade. Esse fato, mais do que um elemento puramente natural,
pode ser visto numa ótica mais profunda – a relação espiritual. “O
Homem, enquanto animal, ou seja, indivíduo dotado de estrutura biofísica
e capacidade sensitiva então nós temos de admitir que sua morte é uma
consequência natural do seu processo existencial: ser gerado, nascer,
crescer, amadurecer, envelhecer e morrer. Notemos que todos estes
momentos da existência humana são idênticos em qualquer animal, porém, o
Homem não se reduz a uma estrutura biofísica naturalmente direcionada à
morte física: ele é um ser espiritual em um corpo material vivente. De
fato, seu corpo físico só é ‘corpo’ humano por causa da alma espiritual
que nele habita como uma morada corruptível. (...) O homem, por sua
natureza também material, ‘deve’ morrer, mas por sua natureza também
espiritual, ‘não-precisa’ morrer.”
Humanamente, a morte de uma pessoa atinge a família e não é indiferente à
comunidade, em razão da separação definitiva que provoca. A celebração
de finados, no dia 2 de novembro, é um momento de memória coletiva,
marcado por tristeza e saudade. Todavia, os cristãos encontram o sentido
da vida, na memória de seus mortos porque o fazem fundamentados na
promessa da ressurreição que Jesus assegurou àqueles que nele creem.
(cf. Jo 11, 17-27)
Por sua origem e vocação, o ser humano não conhece os limites da morte
natural, como ensina a Sagrada Escritura: “Deus criou o homem para a
imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza”. (Sb 2,23)

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