sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Odetinha: a pequena candidata carioca aos altares

A Congregação para as Causas dos Santos aprovou “nihil obstat”, nesta quarta-feira, 31 de outubro, que o processo da candidata carioca aos altares, Odette Vidal de Oliveira, mais conhecida como “Odetinha” tenha início. Mística da Eucaristia, ao receber a comunhão, com apenas 7 anos de idade, ela já tinha abertura de coração para pedir: “Oh meu Jesus, vinde agora ao meu coração!”.
Reconhecendo sua fé viva, sua confiança inabalável e intenso amor por Deus e pelo próximo, a Igreja no Rio de Janeiro criou uma comissão coordenada pelo Vigário Episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, para apresentar a candidata oficialmente à Congregação para as Causas dos Santos.
— O primeiro passo foi apresentar a Odetinha, fazendo o pedido oficial à Congregação para as Causas dos Santos, para darmos o início às pesquisas. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, abençoou e assinou esse nosso pedido e, agora, a Congregação já responde àquilo que nós estávamos esperando, que é o “nihil obstat”. O próximo passo é a abertura do processo arquidiocesano. Temos como projeto que, no dia 18 de janeiro de 2013, durante a festa de São Sebastião, se faça essa abertura, quando Dom Orani vai nomear o tribunal, com todos os responsáveis e, a partir daí, a equipe vai convocar todas as pessoas que por ventura tiveram contato com a Odetinha, para que as mesmas respondam perguntas a seu respeito. A ideia inicial é que também, no dia 20 de janeiro, tenhamos uma Missa na Catedral, onde seja designada a Igreja para a qual Odetinha será levada e onde vão ficar suas relíquias. Teremos a exumação de seu corpo e uma série de atividades vão acontecer até o mês de janeiro, preparando tudo isso, contou Dom Roberto.
Breve Histórico
Odette Vidal de Oliveira nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 15 de setembro de 1930. Chamada carinhosamente pelos pais de “Odetinha”, lírio de pureza e caridade, dotada de um amor extraordinário a Jesus Eucarístico, ia à missa com sua mãe. Desde muito pequena, aos quatro anos, já possuía colóquios íntimos com o Senhor Sacramentado.
Tendo se mudado para o bairro de Botafogo, na zona sul do Rio, fez a sua Primeira comunhão no Colégio São Marcelo, da Paróquia Imaculada Conceição, ao lado de sua casa, em 15 de agosto de 1937, aos sete anos de idade. Desde então, ao receber a comunhão, dizia: “Oh meu Jesus, vinde agora ao meu coração!”. Seu confessor atestou sua fé viva, confiança inabalável, intenso amor a Deus e ao próximo.
Demonstrou profunda caridade para com os pobres e a busca da santidade de forma impressionante e extraordinária para uma criança tão nova. Inserida de fato na causa de promoção dos mais carentes, gostava muito de ajudá-los com obras concretas de misericórdia, e atividades caritativas semanais (sua mãe fazia uma feijoada aos sábados para os pobres a seu pedido e ela colocava seu avental e servia a todos alegremente). Irradiou e inspirou uma imensa obra social, assumida com seriedade pelos seus pais, tornando-os grandes apóstolos da caridade por toda sua vida. Estes colaboraram efetivamente com muitos Institutos de Vida Religiosa, salvando alguns da falência, além do trabalho com as meninas órfãs (um pedido de Odetinha), até hoje administrado por religiosas e voluntários.
Sua piedade explica o segredo de todo o bem que realizou com máxima paciência, admirada por todos até o fim. A modéstia e o pudor foram um grande sinal de uma alma pura e boa, nos divertimentos mais inocentes de sua infância. Amava os lírios e rezava o terço diariamente, revelando, assim, sua confiança total em Nossa Senhora. Queixava-se, ainda, pelo fato de São José, que tanto trabalhou e sofreu por Jesus e Nossa Senhora, ser tão pouco honrado.
Nos últimos quarenta e nove dias de sua vida sofreu dolorosa enfermidade – paratifo, suportada com paciência cristã. No leito de dor, dizia: “Eu vos ofereço, ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e pelas crianças pobres (Cf. Ef. 5, 1-2)”. No dia de sua morte, ocorrida em 25 de novembro de 1939, Odetinha recebeu a Sagrada Comunhão às 7h30min e na ação de graças disse: “Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo”. Assim, serenamente, às 8h20min entregou sua alma inocente a Deus.
Ele escolhe tantas vezes os pequeninos para tornar mais evidente as maravilhas de sua Graça. “Foi arrebatada para que a malícia não lhe mudasse o modo de pensar ou para que as aparências enganadoras não seduzissem a sua alma”. (Sb. 4,11).
Seu túmulo situa-se na quadra 06, n.º. 850, no Cemitério São João Batista (Botafogo). Até hoje é um dos mais visitados, sobretudo aos sábados e domingos, por inúmeras pessoas que ali acorrem para agradecer benefícios espirituais e temporais que atribuem à sua intercessão junto a Deus. Sua biografia oficial, lançada no ano seguinte de sua morte pelo Padre Afonso Maria Germe, causou grande comoção na sociedade carioca.
Eis como Odetinha rezava seu “Tercinho de amor”: nas contas pequenas – “Meu Jesus eu vos amo!”; nas contas grandes – “Quero passar meu céu fazendo bem à terra”; nas três últimas contas – “Meu Jesus, abençoai-me, santificai-me, enchei o meu coração de vosso amor”.
Oração
Ó querido Jesus, que escolhestes as criancinhas, curando-as e as abençoando, demonstrando particular predileção por elas, que Vos louvam com um louvor perfeito e revelando, assim, o Reino de Deus aos menos favorecidos da sociedade, aos simples e aos humildes.
Olhai com carinho nosso pedido, pelos méritos infinitos de Vosso Santíssimo Coração e do Coração Imaculado da Santíssima Virgem que, se for para a Vossa maior Glória e bem de nossas almas, Vos digneis glorificar, diante de toda a Igreja, a menina Odete Vidal de Oliveira (Odetinha), lírio de pureza e caridade da Igreja Particular de São Sebastião do Rio de Janeiro e exemplo de vida para o povo de Deus.
Unidos em Comunhão eucarística e guiados pela doçura do Espírito Santo, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que Vos pedimos. Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
Colaboração: Marcylene Capper e Padre João Cláudio (Fonte: Arquidiocese do RJ)

Fundação Joseph Ratzinger organiza Simpósio na PUC-Rio

A Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI, com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), através de seu Departamento de Teologia, promoverá nos dias 8 e 9 de novembro de 2012, no Campus da PUC-Rio, o II Simpósio sobre o pensamento de Joseph Ratzinger.
Tomando como base a indagação sobre “o que faz o ser humano, humano”, o título deste II Simpósio será: Humanização e sentido da vida. Divididos em eixos temáticos e de comunicações: filosófico-teológico; midiático; expressões culturais; socioeconômico; técnico-científico.
Este Simpósio herda a experiência do primeiro realizado na cidade de Bydgoszcz, na Polônia, nos dias 27 e 28 de outubro de 2011. Os organizadores do evento estimam reunir reitores de prestigiosas universidades do Brasil e de outros dez países como membros do comitê científico, o qual é presidido pelo Pe. Josafá Carlos de Siqueira, S.J. Reitor da PUC-Rio.
A Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI foi criada em 1º de março de 2010, com a finalidade de promover o conhecimento e o estudo da teologia, e a premiação de pesquisadores e a organização e a realização de eventos de alto valor cultural e científico.
Entre os personagens mencionados na programação, destaca-se a presença do Cardeal Dom Cláudio Hummes, que fará a primeira conferência, assim como do Comitê Honorário composto por Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de Rio de Janeiro e Mons Giuseppe A. Scotti, Presidente da Fundação Joseph Ratzinger. Os Arautos do Evangelho estão envolvidos na organização do evento.
Uma das motivações para a realização do Simpósio no Rio de Janeiro é a visita do Papa Bento XVI à cidade, em virtude da Jornada Mundial da Juventude em julho de 2013.

O pensamento do Papa Bento XVI 
A definição de ser humano e o sentido da vida em um mundo globalizado serão objetos de estudo do II Simpósio sobre o Pensamento de Joseph Ratzinger, que será realizado na Universidade, nos dias 8 e 9 de novembro. Com organização do Departamento de Teologia, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e da Fondazione Vaticana Joseph Ratzinger – Benedetto XVI, o simpósio contará com a presença de professores de dez universidades estrangeiras. Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Paulo Cezar Costa, professor da PUC do Departamento de Teologia e membro do comitê organizador do simpósio, falou ao PUC URGENTE sobre o estudo do pensamento do Papa Bento XVI.
 Qual é a importância de estudar o pensamento de Joseph Ratzinger?
Dom Paulo Cezar –  Este Papa é um teólogo. Joseph Ratzinger publicou muitas obras e foi considerado, em 2005, uma das maiores personalidades intelectuais do ano pela revista Time. Além do conhecimento teológico, Ratzinger tem uma cultura muito vasta. A reflexão do Papa Bento XVI busca um diálogo com a sociedade e com o meio acadêmico. Ele aponta para uma das questões mais importantes do mundo de hoje: alargar a razão. Vivemos em um mundo técnico. O perigo pode ser nos determos naquelas pequenas parcelas de conhecimento nas quais somos especialistas. Assim, não percebemos que a razão é bem maior. O Papa nos convida, então, a alargar a razão, para que ela dialogue com as outras formas de saber, principalmente com o mundo da fé. Ele tem certeza de que a fé tem um discurso para iluminar a ciência e o sentido da vida.

Qual é a reflexão proposta pelo Papa Bento XVI?
Dom Paulo Cezar –  Queremos mostrar que Joseph Ratzinger propõe alargar a razão. E, assim, criando mais diálogos, demonstrar que uma única leitura não dá conta da totalidade da realidade. Ele diz que a razão deve encontrar a si mesma no sentido de que ela é mais ampla do que pensamos. O mundo de hoje é muito fragmentado. É bom porque temos mais condições de aprofundar um estudo, como provam os grandes especialistas de diversas áreas do saber. Mas o perigo é estarmos fechados em nossa área do saber, sem o diálogo com outros campos de conhecimento como a filosofia e a teologia. O diálogo mostra onde estão as nossas deficiências e incapacidades. Mostra, ao mesmo tempo, nossa força e nossa fragilidade, aquilo que sabemos e também as respostas que não temos. Certas respostas são dadas apenas pela ciência. Algumas respostas mais profundas só podem ser dadas pela fé.
Quais são os objetivos do II Simpósio sobre o Pensamento de Joseph Ratzinger?
Dom Paulo –  O simpósio tem como objetivo promover o diálogo. Nós queremos fazer com que o pensamento de Joseph Ratzinger possa dialogar com os mundos da cultura, da ciência e educação e da política. O simpósio pretende mostrar que o Papa Bento XVI quer que a fé fale ao coração do ser humano do mundo de hoje. Tem como temas a humanização e o sentido da vida. É um convite aos jovens e acadêmicos a perceber que o sentido da vida não se encontra simplesmente nas realidades deste mundo. O sentido vai além do ter e possuir. A vida tem um sentido mais profundo que, em última instância, só Deus pode realizar.
O que representa para a PUC sediar o Simpósio a menos de um ano da Jornada Mundial da Juventude?
Dom Paulo – O simpósio será sediado no Brasil, na PUC, por causa da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro em julho de 2013. O simpósio está ligado à preparação da Jornada Mundial da Juventude. Nós escolhemos uma universidade porque é a comunidade do saber. É um lugar próprio para o diálogo dos saberes. O primeiro simpósio foi realizado numa universidade da Polônia e, agora, será na PUC-Rio. O Papa Bento XVI é um homem de ciência. Queremos que o pensamento dele se relacione com a academia e com a sociedade. Por isso, teremos literatos e economistas, por exemplo, na programação do simpósio.

Fonte: PUC-Rio - Por: Guilherme de Oliveira

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Natureza espiritual

Há coisas que passam, devido à sua insignificância, e há fatos que ficam na memória das pessoas, em razão de sua significação. A mente humana, sabiamente, deleta do arquivo da memória aquele acervo de informações que não mais é útil ao indivíduo, jogando-o na lixeira do esquecimento. Por sua importância, conserva a memória daquilo que diz respeito ao mundo de suas relações institucionais e pessoais. Nesse universo, sem dúvida, deixam traços duradouros as relações das pessoas com o mundo de sua convivência e do exercício de suas atividades; porém, realmente duradouras são as experiências das relações interpessoais porque aí falam mais alto a vida familiar e o círculo de amizade.
A memória de cada pessoa guarda, com especial destaque, sentimentos, palavras e fatos que envolvem as pessoas mais próximas, pelos laços de consanguinidade e de amizade. De muitas maneiras e nas mais diversas circunstâncias, a memória se coloca diante de um passado mais ou menos longínquo, envolvendo pessoas que continuam tocando o seu coração, com a marca da saudade. Esse fato, mais do que um elemento puramente natural, pode ser visto numa ótica mais profunda – a relação espiritual. “O Homem, enquanto animal, ou seja, indivíduo dotado de estrutura biofísica e capacidade sensitiva então nós temos de admitir que sua morte é uma consequência natural do seu processo existencial: ser gerado, nascer, crescer, amadurecer, envelhecer e morrer. Notemos que todos estes momentos da existência humana são idênticos em qualquer animal, porém, o Homem não se reduz a uma estrutura biofísica naturalmente direcionada à morte física: ele é um ser espiritual em um corpo material vivente. De fato, seu corpo físico só é ‘corpo’ humano por causa da alma espiritual que nele habita como uma morada corruptível. (...) O homem, por sua natureza também material, ‘deve’ morrer, mas por sua natureza também espiritual, ‘não-precisa’ morrer.”
Humanamente, a morte de uma pessoa atinge a família e não é indiferente à comunidade, em razão da separação definitiva que provoca. A celebração de finados, no dia 2 de novembro, é um momento de memória coletiva, marcado por tristeza e saudade. Todavia, os cristãos encontram o sentido da vida, na memória de seus mortos porque o fazem fundamentados na promessa da ressurreição que Jesus assegurou àqueles que nele creem. (cf. Jo 11, 17-27)
Por sua origem e vocação, o ser humano não conhece os limites da morte natural, como ensina a Sagrada Escritura: “Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza”. (Sb 2,23)
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

NO TÉRMINO DA NOSSA VIDA É O QUE NOS JULGARÁ É O AMOR

Mensagem do Padre Toninho , no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, desta sexta-feira, dia 2 de novembro de 2012.

A Palavra meditada, hoje, está em II Coríntios 5,1-10.

" Saiba que a morte não tem mais a última palavra em nossa vida, porque Jesus 'matou a morte', no alto da Cruz."
Foto: Cancaonova.com


Essa palavra vem nos ajudar muito neste dia de finados. O nosso corpo é moradia nesta terra, mas Deus os dá outra moradia no céu. Jesus disse à Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que esteja morto viverá.” Essa é a nossa esperança.

Nós não queremos abrir mão desta vida, do nosso corpo mas e se hoje for o seu dia ? Lembre-se que precisamos estar preparados! Não sabemos o dia e nem hora que iremos nos encontrar com o Senhor. A Igreja reza no prefácio dos fiéis defuntos, que quando morrermos vamos nos libertar desse corpo de morte, e vamos abraçar a vida eterna.
Muitas vezes as pessoas perguntam: Padre se eu era coxo, cego, surdo lá no céu eu também serei deficiente? Não meu irmão. No céu você terá um corpo glorioso, um corpo novo. Mas para ir para lá precisamos passar pela morte.

Preparar-se para a morte é a máxima de hoje. Somos cidadãos dos céus. Essa é nossa verdadeira morada. São Francisco de Assis chamava a morte de irmã. E eu quero dizer para você: a morte está 24horas ao seu lado. Elá está on line.

São João da Cruz ele dizia: “No término da nossa é que nos julgará é o amor.” O amor nos impele a desejar o céu. A morte é uma etapa que precisamos viver para estarmos definitivamente com Deus.

Sabe porque nós nos desesperamos quando vemos a morte ? Saiba que a morte não tem mais a ultima palavra em nossa vida, porque Jesus matou a morte, no alto da Cruz. Jesus é a ressurreição.

Quando meu pai morreu eu tinha 17 anos, foi no dia da minha formatura de colegial. Ele me disse que no dia de sua morte: “Meu filho o Pai vai embora, mas quando eu chegar no céu, eu vou pedir a Jesus por você.” Essa palavra do meu pai me dá forças até hoje.

É o amor que vai nos unir lá no céu. O que vai nos identificar é o amor. Não coloque sua esperança aqui nesta vida. Aqui é somente um estágio, pelo qual nós passamos. A morte não deve ser vista com um bicho-papão. Mas ela deve ser vista como nosso passaporte. Onde uma árvore tomba, ela fica. Onde a nossa alma tomba, lá ela fica.

Eu não sei quanto tempo eu tenho. O importante é viver bem o dia de hoje, e aproveitar para me preparar para meu encontro definitivo com o Senhor. Tenha uma visão espiritual. Não pare naquilo que é externo.

Qual é o sentido que estou dando à minha vida? Não pare no aspecto da morte. O que a morte dessa pessoa quer me ensinar? Não culpe Deus pela morte, o nosso Deus é o Deus da vida. Se a morte entrou no mundo foi por causa da desobediência do homem e da mulher.

Não perca tempo. Reconcilie-se com a irmã morte. Quem ama prepara o outro para se encontrar com Deus. Quem ama gera os filhos e filhas, marido, amigos para Deus. Lembre-se você foi feito para o céu, mas para ir pra lá não tem como pular etapas. É preciso viver bem essa vida e preparar bem sua morada definitiva. A morte é essa passagem necessária para entrarmos na vida eterna.

Diga para pessoa que você a ama hoje, porque se você morrer hoje você vai morrer em paz. Não deixe para amar amanhã. Ame hoje. Ponha sua confiança no Senhor, é para lá que dirigimos a nossa vida.

Neste dia de finados elevemos o nosso olhar para o céu. Lá é o nosso lugar. Tenha esse anseio de ganhar o céu, mas comece aqui na terra: amando, perdoando, nãos endo ranzinza. Senhor hoje eu quero ganhar o céu. Eu quero trabalhar todos os dias, para ganhar o céu.

Padre Toninho
Sacerdote da Comunidade Canção Nova

Padre explica o que acontece à pessoa após a morte

André Luiz
Da Redação


Arquivo Canção Nova
Padre Wagner Ferreira, Doutor em Teologia Moral e Formador Geral da Comunidade Canção Nova
Nesta sexta-feira, 2, a Igreja celebra um dia especial de orações pelos fiéis defuntos, o dia de Finados. Desde os primeiros séculos, os cristãos já visitavam os túmulos dos mártires para rezar por eles e por todos aqueles que um dia fizeram parte da comunidade primitiva. No século XIII, o dia dos fiéis defuntos passou a ser celebrado oficialmente em 2 de novembro, já que no dia 1º de novembro era comemorada a solenidade de todos os santos.
Ao celebrar esta data, é comum pensarmos sobre o fim da vida neste mundo. Logo, é possível se perguntar: o que acontece após a morte? Para onde foram os que morreram? Céu e inferno são realmente lugares ou apenas estados de espírito?

Padre Wagner Ferreira, Doutor em Teologia Moral e Formador Geral da Comunidade Canção Nova,  explica, segundo a doutrina da Igreja Católica, o que acontece à pessoa após a morte. O padre fala ainda sobre céu, inferno e purgatório e,  esclarece a diferença entre o juízo final e o fim do mundo.
noticias.cancaonova.com Em primeiro lugar, como devemos olhar a realidade da morte?

Padre Wagner Ferreira – Quando a Igreja lida com a morte, Ela sempre tem o seu olhar voltado para o Mistério de Cristo Vivo e Ressuscitado. Como diz o livro do Apocalipse, Ele é o vivente. Ele é fonte de vida e ressurreição para aqueles que nele crêem. A Igreja vê a realidade da morte como uma realidade dramática, que toca toda e qualquer pessoa humana, mas ao mesmo tempo, tendo o seu olhar fixo em Jesus Ressuscitado, a Igreja crê na morte humana como uma passagem, um momento em que vamos definitivamente ao encontro de Deus, com muita esperança.
noticias.cancaonova.comO que a Igreja ensina sobre o céu e o inferno?

Padre Wagner Ferreira – O céu é a própria vida de Deus, da Santíssima Trindade. Fomos salvos por Jesus para viver eternamente na vida de Deus. No céu, nós experimentaremos plenamente o amor do Senhor. É a nossa alegria eterna, a felicidade eterna. O inferno é aquele estado da alma em que, a pessoa, com clareza, com consciência muito clara, rejeitou a vida de Deus. É uma realidade dramática até pensar nisso. Deus tem um amor profundo e imenso pela pessoa humana. Criou cada pessoa livre e Ele não quer que ninguém O ame de forma obrigada. Deus não nos criou para sermos robôs. Mas, no respeito da nossa liberdade, ele respeita também aquele filho que quis dizer não a Ele. Portanto, o inferno seria esse momento definitivo em que a pessoa escolhe de forma muito clara, uma existência eterna, porém, sem Deus.
noticias.cancaonova.com Segundo a Bíblia e a doutrina Católica, o que acontece após a morte?

Padre Wagner Ferreira - A partir da revelação bíblica, dos textos das Sagradas Escrituras, principalmente os textos do Novo Testamento, a Igreja crê que as pessoas, depois de sua morte, fazem a experiência do chamado juízo particular. Se elas estiveram, em sua vida terrena, comprometidas com Deus, com os valores do Reino de Deus, da justiça, do amor, da solidariedade para com o próximo e tudo mais, é claro que estas pessoas viveram uma vida de seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo e vão seguir o Senhor também em sua vitória na Ressurreição. Essas pessoas em seu juízo particular, vão para a glória de Deus, para o Céu, para a Vida Eterna.
Agora, quem, infelizmente, viveu sua vida terrena sem compromisso com Deus, com a fé, com o amor ao próximo, a justiça, a solidariedade, depois de sua morte a pessoa segue para um juízo particular de condenação. É Claro que Deus não condena ninguém, mas a pessoa que, durante sua vida, escolheu uma vida sem Deus, descomprometida, desvinculada do amor ao próximo, da solidariedade e assim por diante, ela mesmo se condena. Mas, a Igreja nunca se pronuncia dizendo: tal pessoa foi para o inferno! Por mais terrível que tenha sido aquela pessoa, jamais a Igreja se pronuncia desta forma.
noticias.cancaonova.comE o purgatório, como compreendê-lo?

Padre Wagner Ferreira - Se a pessoa procurou seguir a Cristo, mas em alguns momentos de sua vida, essa opção pelo Senhor e pela vivência dos valores do Reino de Deus não foi vivida com tanta coerência, a Igreja acredita que a pessoa passa, depois de sua morte, por uma experiência de purificação final, antes de participar eternamente da glória de Deus. É o que a Igreja chama de purgatório, ou seja, uma purificação final para que a pessoa possa participar eternamente da glória de Deus.
noticias.cancaonova.comQuanto à salvação: é dom de Deus ou fruto do esforço humano?

Padre Wagner Ferreira - A Igreja professa essa verdade, juntamente com o Apóstolo São Paulo: as pessoas são salvas pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo. Mas, o Apóstolo São Tiago também diz que se a fé não for acompanhada pelas obras ela é morta. Portanto, se eu creio em Jesus Cristo, e entro numa dinâmica de Salvação, esta fé me leva ao seguimento de Jesus, a um testemunho que se verifica em obras de amor, de justiça, de solidariedade, e etc. Mas, aquele que diz: creio em Jesus Cristo, mas no dia-a-dia não vive conforme esta fé na realidade, está enganado. Uma autêntica fé em Cristo me leva a um compromisso com a verdade. São obras de fé que testemunham a graça redentora de Cristo.
noticias.cancaonova.comO que dizem as Escrituras e a doutrina católica sobre o juízo final? Ele corresponde também ao fim do mundo?

Padre Wagner Ferreira - O juízo final é uma verdade de fé, presente nas Sagradas Escrituras, em diversos textos bíblicos. A revelação bíblica e a tradição da Igreja nos ensinam que Nosso Senhor Jesus Cristo, um dia, virá para manifestar plenamente a glória de Deus na existência e na história humana. Jesus veio uma primeira vez, estabeleceu definitivamente o Reino de Deus e, depois, Ele ascendeu à glória de Deus. Mas, nós cremos que um dia Ele virá em sua glória para julgar os vivos e os mortos. De modo a estabelecer definitivamente o seu Reino. A vinda gloriosa de Jesus não significa fim do mundo ou destruição do mundo. Mas, será um momento, segundo a Igreja, de renovação de todas as coisas, de um estabelecimento definitivo do Reino de Deus, onde Deus será tudo em todos.
noticias.cancaonova.com E, por que é preciso rezar pelos mortos?

Padre Wagner Ferreira - Esta prática de oração pelos defuntos tem o seu embasamento nas Sagradas Escrituras. Particularmente, existe uma passagem do segundo livro dos Macabeus capítulo 12, versículo 46, que diz assim: “Eis por que ele, Judas Macabeu, mandou oferecer este sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos de seu pecado”. Então, essa prática de rezar pelos defuntos é muito antiga, vem desde o povo de Israel. Por isso a Igreja entendeu, desde a sua origem, como uma prática importante. Nós somos chamados a rezar pelos fiéis defuntos para que possam ser agraciados com a Misericórdia, com o perdão, com o Amor de Deus. É uma prática piedosa e que a Igreja quis estabelecer um dia para que todos nós, Igreja Peregrina, rezemos pela Igreja Padecente.
noticias.cancaonova.com Além de rezar pelos que já morreram, existem outras formas de se viver bem este dia de Finados?

Padre Wagner Ferreira – Além desta atenção especial para com os fiéis defuntos, Finados também é uma oportunidade para que nós como Igreja Peregrina neste mundo possamos rever as nossas opções. Uma vez que a morte pode bater a nossa porta a qualquer momento, nós precisamos ter essa atenção também, não por medo da morte ou de ir para o inferno, mas, pelo contrário, mas por uma adesão mais bonita pelas coisas de Deus e o ao amor ao próximo. É também uma oportunidade para que nós possamos rever as nossas escolhas, tendo em vista também nós comungarmos eternamente da glória de Deus.
Mensagem do dia
 
Sexta-Feira, 02 de novembro 2012
Qual é a razão de sua vida? A Igreja inteira em todas as partes da terra rezava - na época do Concílio Vaticano II - pedindo o Espírito Santo como um novo Pentecostes. E porque a Igreja rezou no mundo inteiro, o Senhor a atendeu. Ela pediu que se renovassem os carismas como na Igreja primitiva e o Senhor a atendeu.

Graças a Deus, mesmo se a Renovação Carismática Católica (RCC) não estivesse firme, a Igreja ainda assim estaria se renovando, pois a vinda do Senhor está próxima. E urge que façamos de tudo para levar todos à arca da salvação: o Coração de Cristo. É necessário que vivamos e estejamos – com Jesus – nos caminhos, leis e mandamentos divinos.

Nosso mundo está cheio de lama, na miséria moral e espiritual, e Deus já não aguenta mais essa situação; não suporta ver este mundo emporcalhado, porque ama os filhos d’Ele. Quem o sujou foi o inimigo de Deus, e, infelizmente, ele teve e continua tendo muitos adeptos para isso. Agora, o Senhor vai voltar para limpar a face da terra; para fazer justiça. Justiça não é apenas castigar os maus, mas também premiar aqueles que são bons, que estão fazendo o bem. Os que lutam para viver os mandamentos de Deus merecem este mundo limpo.

É preciso que decidamos a quem servir. Pois muitos dos nossos servem a Deus e aos "ídolos" também; obedecendo mais ou menos as leis divinas, deixando-se, muitas vezes, levar pelas paixões e pelo pecado. Não podemos mais viver assim “pulando de galho em galho” como se nada estivesse acontecendo. Deus já teve paciência demais conosco; não podemos mais abusar.

Não fomos criados apenas para viver 80, 90, 100 anos de prazeres nesta terra, aliás, é uma ingenuidade pensar que isso seja possível. Fomos criados por Deus e para Deus para fazer parte de Sua família, para estar com Ele para sempre no céu. Esta é a razão de sua vida, esta é a razão de minha vida, porque antes de tudo, fomos criados para a vida eterna, resgatados pelo Preciosíssimo Sangue de Cristo. Façamos nossa parte, irmãos!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CRISMA DOS JOVENS E ADULTOS DE NOSSA PARÓQUIA

 
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