sábado, 20 de outubro de 2012

Parceria

Educação integral conta com a contribuição de universidades

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoveu, de terça-feira, 16, a quinta, 18, em Brasília, reunião técnica com universidades parceiras para debater o papel da universidade no desenvolvimento da educação integral. O encontro, sob o tema Programa Mais Educação: Construindo a Política da Educação Integral no Brasil, contou com a presença de 30 instituições federais de educação superior.

Desde 2008, representantes das universidades parceiras encontram-se semestralmente para debater os programas e as ações que as instituições vêm realizando no campo da educação integral. As propostas em destaque apresentam novos conceitos para formação de professores nos cursos de pedagogia e licenciatura e defendem a produção de conhecimento com base na pesquisa de pós-graduação.

Para a diretora de Currículos e Educação Integral da SEB, Jaqueline Moll, as federais devem participar da construção da política educacional brasileira. “As universidades têm um papel importante na construção dessa política e no diálogo com as escolas, para construir outros conceitos de educação integral”, disse.

A professora Ana Emília Gonçalves de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desenvolve projetos de extensão voltados para a educação em tempo integral, defende que o papel dessas instituições vai além da formação de profissionais que atuam na educação. “Estamos construindo algo novo em um processo que já está acontecendo, por isso precisamos de pesquisa e extensão no campo da educação integral. A universidade pública tem uma responsabilidade com a sociedade”, afirmou.

O programa Mais Educação foi criado em 2007 para atender, inicialmente, 1.380 escolas que apresentavam os piores resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). De acordo com a proposta do programa, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório. Contam ainda, com café da manhã, almoço e lanche. Os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e dão aulas de reforço, principalmente de português e matemática. Em 2012, o programa chegou a 32 mil escolas.

Assessoria de Comunicação Social (ACS MEC)

Para reduzir a pobreza e a fome

Este ano, o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, está lembrando as cooperativas, que têm participação decisiva na produção e distribuição de alimentos.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) escolheu o tema para o Dia Mundial da Alimentação 2012: “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo”. Tal opção está relacionada às comemorações do Ano Internacional do Cooperativismo.
Todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro. Trata-se de um chamamento aos países para a adoção de políticas, programas e ações com o objetivo de eliminar a fome no mundo e assegurar a segurança alimentar dos povos.
Conforme comunicado da FAO, “as cooperativas estão presentes em todos os países e setores, incluindo agricultura, alimentação, finanças, saúde, comercialização, seguros e crédito”. Ainda segundo a FAO, “estima-se que as cooperativas tenham um bilhão de membros em todo o mundo, gerando mais de 100 milhões de empregos. Na agricultura, silvicultura, pesca e pecuária, os seus membros participam em atividades de produção, partilha de riscos e lucros, poupança de custos e geração de rendimento, que lhes proporcionam maior poder de negociação na hora de vender ou comprar no mercado”.
O Dia Mundial da Alimentação 2012 destaca as cooperativas agrícolas e sua contribuição para a redução da pobreza e da fome. Afinal, do número aproximado de 925 milhões de pessoas que passam fome no mundo, 70% vivem em áreas rurais, onde a agricultura é a principal atividade econômica. As cooperativas agrícolas e alimentares já são um importante instrumento contra a pobreza e a fome, mas podem fazer muito mais.
É tempo de fortalecer essas organizações e facilitar sua expansão, bem como criar um ambiente comercial, legal, político e social favorável em que possam se desenvolver.
Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) / Fotografia: Douglas Mansur

Santuário de Lourdes é evacuado após inundação

Lourdes / AP
Transbordamento de rio forçou evacuação de santuário de Lourdes, na França
Autoridades francesas evacuaram neste sábado centenas de peregrinos que visitavam o santuário católico de Lourdes, no sudoeste da França, devido ao transbordamento de um rio local.
A elevação do nível de água forçou a maior parte do fechamento do santuário, que atrai anualmente cerca de 6 milhões de visitantes.
A cidade de Lourdes tornou-se um centro de peregrinação para os católicos, especialmente doentes e deficientes, após o relato da aparição da Virgem Maria a uma menina camponesa em 1858.
(Fonte: BBC Brasil)

sábado, 20 de outubro de 2012

Comentário litúrgico - 29º Domingo do Tempo Comum


Atenção! Tenhamos presente que, celebrar a Eucaristia sem ter presente a memória Daquele que disse que veio a este mundo e a cada um de nós, não para “ser servido, mas para servir” e, que, por isso, terminou morrendo, para ser fiel ao projeto de seu Pai, provando seu amor incondicional por nossa causa, é viver totalmente iludido (evangelho). Viver de acordo com a ética cristã é lutar e defender a vida, a exemplo de Deus, e se preciso, sacrificar a própria vida (I leitura). Como Jesus, nós também devemos ter a coragem de descer ao nível das “massas sobrantes”, dos oprimidos e marginalizados.
1ª leitura (Is 53,10-11)
                A pretensão de muitos é ter o domínio sobre os seus semelhantes; colocar-se a serviço de alguém é algo muito raro.
            Nos versículos apresentados, a narração trata do quarto canto do servo de Javé: sua paixão, morte e vitória. O “servo” é vitimado por um julgamento iníquo, consequência de uma sociedade patrocinadora da injustiça.   
            Tem-se a impressão que este “servo” fora castigado por Deus. Olhando sem o devido aprofundamento teológico-bíblico, parece até que Deus se felicita com o sofrimento dos outros.
            Nada disso! Aquilo que aos olhos dos homens é um fracasso, para Deus é um triunfo. É através do sacrifício, do sofrimento, dom de si mesmo que realiza a salvação.
            A imagem do “servo sofredor” é a imagem de Jesus, que nos patrocinou a salvação, humilhando-se para servir a todos, doando-lhes gratuitamente a própria vida.
A atitude de fidelidade ao Pai faz o “servo sofredor” oferecer a sua vida como sacrifício expiatório, o que garantirá o triunfo do plano de Deus, que é vida em plenitude para todos.
Evangelho (Mc 10,35-45)
Jesus e os discípulos estão se dirigindo a Jerusalém e o ministério de Jesus se aproxima do fim. Atenção para um detalhe: É sempre um caminho pedagógico. Mas, qual é mesmo a preocupação do Mestre? Dessa vez, a sua preocupação “número um” é demonstrar para os seus discípulos, que tipo de Messias ele O é. Não obstante, Pedro ter confessado a Jesus que Ele era o Messias, não o convenceu suficientemente. É necessário superar a ideia de que o Messias seria o líder poderoso prestes a manifestar domínio e glória. Pois bem, a questão aqui é a seguinte: Depois de cerca de três anos de convívio, os discípulos ainda manifestam incompreensão em relação à novidade de Jesus, imaginando que ele assumiria o poder (a “glória”) em Jerusalém.
Diante das pretensiosas e equivocadas reivindicações dos discípulos e das contendas entre eles, Jesus faz uma crítica do exercício do poder neste mundo.
Trata-se, aqui de um outro detalhe: Tiago e João que são os filhos de Zebedeu, eles são a segunda dupla a ser chamada por Jesus no início de seu ministério, conforme narração dos evangelhos sinóticos. Eles aparecem, ainda, com frequência, junto com Pedro, como um trio mais próximo a Jesus. O evangelho de João não menciona o nome de Tiago. Tiago foi decapitado por Herodes Agripa em 42 d.C.
Há uma menção do apóstolo Paulo a “Tiago, irmão do Senhor” (Gl 1,19). Trata-se de Tiago “Menor”, parente de Jesus, que foi chefe da Igreja de Jerusalém e foi martirizado por apedrejamento em 62 d.C.
Rejeitando, de maneira generalizada, o abuso de poder dos chefes das nações e de seus grandes, Jesus reafirma a novidade do Reino. Enquanto a sociedade é dividida entre poderosos e opressores e oprimidos explorados, Jesus propõe a conquista da unidade a partir da humildade e do serviço, resgatando-se a vida dos mais excluídos e marginalizados. Porém, quando Jesus é suspenso na cruz, são dois marginalizados que estão à sua direita e à sua esquerda, em duas cruzes.
Sem muitas demoras, Jesus logo nos leva a compreender que só há uma maneira de ser que caracteriza a autenticidade cristã, totalmente diferente do que é institucionalizado pelos grandes e importantes neste mundo: A lógica defendida por Jesus contradiz a lógica do mundo. Como assim? “Aquele que quiser se grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos”.
É exatamente essa compreensão que falta aos discípulos de ontem e aos de hoje; nem sempre alcançamos que seguir a Jesus, significa estar dispostos não só a falar, mas a viver, a beber o seu cálice. O caminho para chegar a isso não é o do poder, mas do serviço até o dom da vida. Finalmente é a via escolhida por Jesus, servo sofredor.
Um alerta para todos os cristãos, especialmente para nós os agentes da missão: Como discernimos o poder-serviço em nossa vida de homens e mulheres consagrados a Deus e ao povo?
Quais as relações que predominam em nossa sociedade? Em nossas comunidades? Em nossas próprias famílias?
2ª leitura (Hb 4,14-16)
            O segundo texto lido na liturgia deste 29º Domingo do Tempo Comum, no seu vers. 15, diz assim: “Com feito, temos um sumo-sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado”. A única diferença é que, enquanto nós frequentemente faltamos com a fidelidade a Deus, ele jamais deixou-se contaminar pelo pecado.
            Conclusão: “Jesus exerceu e continua exercendo seu sacerdócio solidarizando-se com qualquer um que seja filho de Deus”. “Porque solidário com nossas fraquezas, ele inspira confiança e esperança na comunidade cristã: “Por isso, permaneçamos    firmes na fé que professamos” (v. 14b).

Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco da Paróquia da Imaculada Conceição
Pascom Nova Cruz - RN
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"Nova evangelização e santidade": Editorial do P. Lombardi


Enquanto o Sínodo reunido em Roma continua o seu laborioso caminho de reflexão sobre o amplo tema da "nova evangelização", procurando temas unificadores e fios condutores entre as centenas de intervenções pronunciadas nos dias passados por bispos, convidados e observadores, a cerimónia da canonização de domingo 21 de Outubro surge como um foco de luz e de alegria.

Exatamente sete beatos serão proclamados modelos de santidade para toda Igreja. Sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres. Viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceânia. Do jesuíta missionário em terras longínquas que morre mártir em Madagáscar, ao sacerdote educador e formador de jovens em dificuldades, à doente que desenvolve durante décadas na sua cama a preciosíssima missão espiritual do sofrimento. Do jovem catequista leigo filipino, também ele mártir, até à religiosa dedicada à cura dos leprosos e àquela que se consome pela educação de crianças, jovens e operários. Mas a verdadeira flor deste maravilhoso grupo é a jovem Catarina Tekakwita, fruto extraordinário do primeiro anúncio da fé entre as tribos dos índios da América.

Os santos são, desde sempre, as testemunhas mais credíveis da fé cristã, da presença viva e operante do Espírito de Jesus Ressuscitado, da transformação da humanidade graças à potência misteriosa do Evangelho. Sem o Espírito, a Igreja não vive, muito menos difunde eficazmente o Evangelho num mundo que terá porventura dificuldades em aceitá-lo, mas que tem uma imensa necessidade de encontrar gratuidade de amor, alegria e esperança, que não sabe onde encontrar. Também a nova evangelização recomeçará dos santos do nosso tempo. (RV)
Rigor científico e paixão pelo homem: Bento XVI, elogiando os vencedores do Prémio Ratzinger


Promover um saber que reuna ciência e sapiência, rigor científico e paixão pelo homem, de tal modo que este possa descobrir a arte de viver: Este – segundo o Papa – o principal mérito dos dois estudiosos hoje galardoados por Bento XVI com o “Prémio Ratzinger para a Teologia” 2012: o padre jesuíta americano Brian Daley, professor de Teologia na Universidade Notre Dame, nos Estados Unidos, e o historiador francês Rémi Brague (foto), leigo casado, professor emérito de Filosofia Medieval, na Sorbona, em Paris, e professor de Filosofia das Religiões europeias, em Munique.
Bento XVI sublinhou a competência e o empenho dos dois premiados em dois aspetos decisivos para a Igreja do nosso tempo: o ecumenismo e o confronto com as outras religiões. Estudando a fundo os Padres da Igreja – observou o Papa – o padre Daley colocou-se na melhor das escolas para conhecer e amar a Igreja una e indivisa, na diversidade das suas diferentes tradições. Por sua vez o professor Brague é um grande estudiosos da filosofia das religiões, em especial da religião hebraica e islâmica na Idade Média.
Estudos que, nos 50 anos do início do Concílio Vaticano II, convidam a reler dois documentos conciliares: a Declaração “Nostra aetate”, sobre as religiões não cristãs, e o Decreto “Unitatis redintegratio” sobre o ecumenismo, a que seria de acrescentar ainda – considerou o Papa – “um outro documento que se revelou de extraordinária importância – a Declaração “Dignitatis humanae”, sobre a liberdade religiosa.
Bento XVI exprimiu o seu “apreço e gratidão” pela atividade académica de investigação e divulgação desenvolvida pelos dois premiados:

“Personalidades como o Padre Daley e o Professor Brague são exemplares para a transmissão de um saber que une ciência e sapiência, rigor científico e paixão pelo homem (…). Temos necessidade precisamente de pessoas (assim), que, através da fé iluminada e vivida, tornem Deus presente e credível ao homem de hoje (…). Homens cuja inteligência esteja iluminada pela luz de Deus, para que possam falar também à mente e ao coração dos outros. (Isso) para que os homens e as mulheres do nosso tempo possam descobrir e redescobrir a verdadeira arte de viver: foi esta uma das grandes paixões do Concílio Vaticano II, mais do que nunca atual no empenho da nova evangelização”. (RV)
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Papa preside neste domingo, na praça de São Pedro, à canonização de sete novos santos


Bento XVI preside neste domingo, na praça de São Pedro, a canonização de sete Beatos, entre os quais a primeira santa indígena norte-americana, Kateri Tekakwitha, nascida em 1656 e falecida em 1680, no atual Canadá. Tekakwitha nasceu numa localidade dos EUA hoje denominada Auriesville, e foi beatificada por João Paulo II em junho de 1980.

Esta proclamação solene de novos santos, que desta vez tem lugar no Dia Mundial das Missões, é a décima celebração do género no atual pontificado. Bento XVI proclamou até agora 37 novos santos, incluindo o português Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável (em abril de 2009).

Entre os santos que serão proclamados amanhã estão dois mártires: Giacomo Berthieu, missionário jesuíta francês morto em Madagáscar em 1896, por não querer renunciar à sua fé; o catequista filipino Pedro Calungsod, assassinado em Guam em 1672 por um pai que se recusou a deixar o seu filho ser batizado.

Os outros novos santos são: - o padre italiano Giovanni Battista Piamarta (falecido em 1913); - a religiosa espanhola Maria Carmela Sallés y Barangueras (Maria del Monte Carmelo, morta em 1911); - a norte-americana Barbara Cope (Madre Marianne de Molokai, (falecida em 1918), que se dedicou aos leprosos; e - a leiga alemã Anna Schäffer (morta em 1925).

A cerimónia deste domingo vai decorrer pela primeira vez antes e não durante a missa, a que o Papa presidirá seguidamente.
O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, pede em três momentos sucessivos que os sete beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos”. Bento XVI profere, então, a fórmula de canonização, com a qual o estabelece que os novos santos “sejam devotamente honrados” em toda a Igreja.
Nesta altura, são trazidas para junto ao altar as relíquias dos novos santos. O rito conclui quando o Papa responde positivamente à solicitação formulada pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos para que seja redigida a Carta Apostólica a respeito das canonizações que acabaram de ter lugar. (fonte: RV)