sexta-feira, 19 de outubro de 2012

     Home > Igreja > 19/10/2012 19:45:25



Apelo do Sínodo: Cristãos manifestem a esperança num mundo em crise


Cidade do Vaticano (RV) - Manifestar a esperança num mundo em crise: este objetivo da nova evangelização foi lembrado, nesta sexta-feira, pelo Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano. Os relatos dos círculos menores apresentam algumas propostas concretas para os documentos finais da assembleia.

Os pequenos grupos seguiram métodos diferentes, mas todos voltados para o mesmo resultado: levar a esperança a um mundo em crise, a uma modernidade em que há, ao mesmo tempo, a ausência e anseio por Deus.

Segundo os bispos, a Igreja deve focar primeiramente o exame de consciência. "Se falamos de nova evangelização talvez seja porque os cristãos perderam alguma coisa, algo que a Igreja não soube oferecer. Por outro lado, para evangelizar é preciso ser evangelizados" – destaca o Sínodo.

Outro tema importante abordado foi o diálogo ecumênico e inter-religioso. O primeiro torna crível o anúncio do Evangelho, o segundo se baseado no conhecimento profundo da Bíblia e nos testemunhos de vida, ajuda na difusão da Palavra de Deus até mesmo nos países de maioria muçulmana.

A profunda crise da família foi também debatida pelos padres sinodais. A família deve ser ajudada apoiando os pais como primeiros catequistas de seus filhos e reiterando a importância do Sacramento do Matrimônio.
Os cristãos políticos foi também outro ponto abordado pelos bispos. "Coerentes com a fé, eles devem ser guiados pela reta consciência e por valores não negociáveis. Neste contexto, foi feito o convite de relançar as obras de justiça social e caridade, segundo a Doutrina Social da Igreja, para que a opção pelos pobres torne crível o anúncio do Evangelho e crie verdadeiros oásis de encontro com Deus".
Home > Igreja > 19/10/2012 19:46:50



Arcebispo mexicano: É preciso resgatar os católicos que se distanciaram da Igreja



Tlalnepantla (RV) - O Arcebispo de Tlalnepantla, Dom Carlos Aguiar Retes, Presidente da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), encontrando-se com os jornalistas numa pausa dos trabalhos do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, disse que uma das prioridades da Igreja no México é resgatar os católicos que se distanciaram da vida eclesial.

O prelado frisou que na América latina as dioceses católicas têm milhares de agentes pastorais, fiéis que trabalham em várias atividades da Igreja, mas que não possuem influência na sociedade, não obstante o número seja grande.

"A Igreja cresceu muito nos últimos cinqüenta anos e chegou o momento de fazer um salto de qualidade para promover, ajudar e apoiar os leigos a tornarem presente o Evangelho na vida particular e profissional.

Dom Aguiar observou que incentivando os católicos a estarem presentes no mundo da política, economia, empresas, sindicatos e hospitais, os fiéis que se distanciaram da Igreja tomarão consciência de sua identidade espiritual.

Nesse sentido, será necessário que a Igreja mude de mentalidade, que os sacerdotes não continuem utilizando métodos do passado para uma pastoral de conservação.

O arcebispo recordou que em 1910, 90% da população viviam nas zonas rurais, nas pequenas comunidades, enquanto 10% viviam na cidade. Cem anos depois, em 2010, a situação mudou completamente. Quase 90% vivem nas cidades e poucos ficaram nas zonas rurais. "Isso significa que é necessário modificar as estratégias. Os métodos que a Igreja usava devem mudar para novas condições" – concluiu Dom Aguiar. (MJ)
O trabalho das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil para o Dia Mundial das Missões


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Cidade do Vaticano (RV) - No próximo domingo, 21, a Igreja no Brasil e no mundo celebra o Dia Mundial das Missões. Trata-se de um grande acontecimento e uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária da Igreja.

O Dia Mundial das Missões tem o objetivo de celebrar a unidade da Igreja através da partilha e da fraternidade.

Mariangela Jaguraba conversou com o Diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil, Pe. Camilo Pauletti, sobre o trabalho das POM no Brasil para o Dia Mundial das Missões. (MJ)

Home > Igreja > 19/10/2012 15:00:01




Apelo de Dom Kaigama pela paz na Nigéria


Roma (RV) - Retornar aos verdadeiros valores do Cristianismo e do Islamismo para criar uma sociedade nigeriana que viva na paz e na harmonia. É o apelo lançado por Dom Ignatius Ayau Kaigama, Arcebispo de Jos e Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, no seu discurso ao Fórum organizado pela “Federal Radio Corporation of Nigeria” sobre a “Tolerância Religiosa e Coexitência Pacífica”.

Dom Kaigama sublinhou que as três religiões monoteístas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo pregam a paz e a tolerância. Em particular o arcebispo de Jos recordou diversos trechos evangélicos nos quais Jesus exorta ao diálogo para resolver disputas, evitando a violência

Dom Kaigama – destaca a agência Fides – apresentou então alguns exemplos de solidariedade entre cristãos e muçulmanos, fazendo referência também à sua experiência pessoal. “Recentemente fui convidado pelos jovens muçulmanos de Jos a romper o jejum do Ramadã na Mesquita Central, enquanto alguns anos atrás passei duas noites na casa do falecido Emir de Wase, Alhaji Haruna Abdulahi, e viajei com ele para a Alemanha durante duas semanas, para apresentar os nossos esforços de construção da paz. Para mim esses são exemplos de diálogo de vida que auspicio para os muçulmanos e cristãos”, concluiu Dom Kaigama.

O apelo do presidente da Conferência Episcopal nigeriana chega no momento em que a violência se faz presente em várias áreas do país. Ontem 30 pessoas perderam a vida no Estado central de Benue num ataque perpetrado pelos criadores Fulani, em grande parte muçulmanos, contra um vilarejo habitado por agricultores Tiv, na maioria cristãos. Nos dias passados em Maidugiri durante violentos conflitos entre o exército e o grupo islâmico Boko Haram, foram assassinadas pelo menos 24 pessoas. (SP)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quinta-Feira, 18 de outubro 2012
Cumulados pela graça da sabedoria Em I Coríntios 2,6-7 está escrito: “Entretanto, o que pregamos entre os perfeitos é uma sabedoria, porém, não a sabedoria deste mundo nem a dos grandes deste mundo, que são, aos olhos daquela, desqualificados. Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória”.

Sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu (pois se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da Glória). Aqui Paulo diz dos dons do Espírito Santo; estes foram o meio que Deus nos deu.

Os dons do Espírito Santo foram reservados para nós, por isso devemos ser apóstolos do uso dos dons, pois quem tem o Espírito tem os dons d’Ele. Da mesma forma, que nós somos inseparáveis dos nossos defeitos e qualidades, assim é o Espírito Santo e os seus dons. Para Deus nada é impossível. Não podemos nos basear no intelectual dos homens, mas sim, na sabedoria de Deus. Peçamos ao Divino Amigo que nos cumule com essa graça [sabedoria].

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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Cotas sociais e raciais

Em conformidade com as resoluções do STF, a presidente Dilma sancionou a lei das cotas sociais e raciais, definida como direito de acesso às universidades públicas federais. Além do que é previsto na Constituição Federal, o Brasil adota políticas afirmativas em atenção aos interesses dos grupos sociais. Leve-se em conta que o Legislativo evita enfrentar várias questões conflitivas, remetendo-as ao Judiciário. Algumas políticas afirmativas convertem-se em leis. No caso da lei das cotas, a tentativa é a inclusão social dos empobrecidos e dos afro-descendentes, secularmente excluídos. Esse resgate social serviria de reparação às injustiças e às dívidas sociais. De fato é desejável que os grupos (e as minorias) discriminados e excluídos socialmente recuperem as oportunidades que lhes foram negadas ao longo da história. Que sejam incluídos no processo do desenvolvimento com melhores oportunidades de estudo, capacitação profissional, saúde, assistência social. Tais condições podem e devem ser absorvidas ampliando as boas condições para o funcionamento de escolas técnicas, vinculadas às universidades públicas.
A lei das cotas sociais e raciais arrisca-se a uma resposta imediatista. A decisão do STF revela a constitucionalidade das tais cotas, porém não resolve a questão crucial, relativa aos critérios para admissão de alunos em universidades públicas. Onde fica a valorização e o mérito de candidatos e de alunos que pleiteiam ansiosos a universidade? Em cada universidade caberá aos reitores a definição dos critérios de implementação da lei das cotas. Não basta a simples facilitação do acesso de alunos se não estiverem preparados. Pergunta-se se os professores possuem condições concretas para manter e elevar o nível do sistema de aprendizado e habilidades oferecidas nas universidades... Esse fator é fulcral. O que já acontece na maioria das escolas públicas brasileiras, no ensino fundamental e médio? Os alunos têm acesso à escola cujo sistema de ensino e aprendizado é péssimo. Resultado, os alunos não conseguem se qualificar. Não basta facilitar o acesso à escola ou à universidade, omitindo-se ou se camuflando os indicativos e critérios de seleção e acompanhamento de alunos.
Com isso, a atual lei de cotas sociais e raciais abre um precedente para a adoção de outros tipos de cotas. O questionamento fundamental reside na qualificação profissional dos universitários credenciados por mérito. A delicada questão remete-nos à urgente reforma do sistema de educação brasileira, criando condições e oportunidades para todos, independentemente de raça ou quaisquer outras particularidades. Os crimes odiosos cometidos no passado, como o regime escravocrata e, consequentemente, a reprodução da discriminação e da apartação social, não são reparados ou compensados por “decretos”, mas com a superação do atraso científico, tecnológico, econômico, priorizando a criação de oportunidades para todos, sem exceção. O atraso de um povo não se identifica apenas com a falta de recursos, mas com a corrupção e ausência de valores éticos e morais.



Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.
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Ruas de Jerusalém vão ganhar nomes



Jerusalém (RV) - Em princípio, no fim do ano, todas as ruas de Jerusalém terão um nome. E no ano de 2013 a cada casa será dado um número. Dito isto, batizar na cidade antiga é um assunto delicado.

Se Jerusalém não tem necessidade de se “fazer um nome”, mais de mil das suas ruas saem, pouco a pouco do anonimato. Com efeito, a Comissão de finanças da municipalidade de Jerusalém, sob a égide do Presidente da Câmara, Nir Barkat, destinou um orçamento inicial de cerca de 1 milhão de Shekels (mais ou menos 200 mil euros) para pôr em prática o seu projeto de dar um nome às ruas e números às casas em Jerusalém do Leste. Foi durante uma reunião do tribunal Supremo de Israel, em 9 de novembro de 2011, que a municipalidade de Jerusalém decidiu a dar, até ao fim de 2012, a todas as ruas e ruelas um nome. O plano da numeração, por seu lado, deveria acontecer em 2013. Concretamente, o plano foi tornado possível graças à ajuda de fotografias aéreas e de mapas de satélites. O estaleiro começou primeiro nos bairros de Choufatat e de Beit Hanina e em seguida de Tsur Baher e de Jabak Moukaber.

O que está por trás das placas

À primeira vista, é um atraso que é assim colmatado. Desde há dezenas de anos, os habitantes do Leste de Jerusalém, por falta de toponímia, e apesar dos impostos municipais pagos, não podiam receber o seu correio em casa. Para isso tinham de ir às mercearias do bairro ou às raras agências dos correios de Jerusalém Leste (9 agências contra 42 em Jerusalém Oeste). Inútil de dizer que a distribuição de cartas e encomendas sem morada é uma missão impossível. Dir-se-á mesmo, irracional. É portanto uma boa notícia para facilitar a vida quotidiana do bairro oriental, que seja para os moradores, os carteiros, entregas no domicílio, canalizadores, electricistas ou outros técnicos …mas também para os serviços de socorros de urgência (bombeiros, médicos…).

A uma segunda observação, pode-se esconder por trás deste projeto de números e letras, um caso de memória, logo um caso político. A escolha do nome das ruas, – privilégio da municipalidade – quer-se geralmente como uma vitrine de uma cidade (a sua história política, a sua história religiosa, a sua história cultural….), numa palavra o seu bilhete de identidade no esmalte de milhares de placas. Entre outros, seguramente. Compreende-se, portanto, que para a cidade três vezes santa, o que está em jogo se transforma num verdadeiro quebra-cabeças, quando se sabe que o estatuto da cidade é discutido desde 1967 na cena internacional. De uma maneira geral, cada cidade defende, pelas suas placas toponímicas, a imagem que ela quer dar de si mesma. Mas Jerusalém cristaliza entre os seus muros e no coração dos seus habitantes uma mistura de subjectividades e de heranças muitas vezes controversas.

A questão que se esconde é crucial: o nome de uma rua representa um patrimônio imaterial. Como evitar o perigo de fazer desaparecer a identidade do bairro acrescentando nomes que não têm uma ligação direta e/ou positiva com moradores?

Para Mgr. Shomali, vigário patriarcal em Jerusalém, “dar um nome a uma rua é tomar uma posição: é dar um sinal de autoridade”. Face ao “embaraço da escolha dos nomes em razão da história tripla de Jerusalém (judaica, cristã e muçulmana) “, o bispo auxiliar espera que “os nomes das ruas respeitem as heranças de Jerusalém”. E Mgr. Shomali continua, dizendo que “se derem às ruas o nome de personalidades que fizeram bem à cidade (para lá da sua pertença religiosa) não há problema”.

Teoricamente, os residentes e as associações locais em Jerusalém Leste (maioritariamente de língua árabe) foram consultados para proporem nomes para as ruas. Na realidade, a municipalidade apelou aos cidadãos para se absterem de todas as propostas “provocadoras”, por exemplo de autores de atentados. Os nomes foram submetidos à aprovação de uma primeira comissão especial, depois a uma segunda presidida por um juiz do Supremo Tribunal como é o caso de Jerusalém Oeste. Entre a lista de nomes, os dos escritores libanês Khalil e egípcio Taha Hussein foram apresentados. O nome de uma ex-cantora vedeta egípcia Oum Kalthoum foi atribuído a uma rua de Jerusalém Leste.

(RB - Patriarcado Latino de Jerusalém)